Naquela aurora despertei-me, Em tons de cinza vi o céu. Os carniceiros o dominavam. Havia beberrões no chão, Gangues soltando fumaça, Carros nas praças.
Não vi amor ao próximo, havia grandes contendas e as pessoas viviam por aparências. Naquele instante a cidade comia o fruto da sua imundície.
Naquele dia os pássaros não entoaram sua doce melodia e os cães uivavam. Por presa de lobos, minha amada foi levada!
Minha alma chorou e desceu aos olhos a lágrima que representava o fim... Naquele instante havia pessoas bebendo e falando da vida alheia.
Minha alma exclamou: "As pessoas sorriem, afundando-se no pecado, vocês se contentam com tão pouco! Quero mais que curtição, só preciso de teus abraços, para alegrar e conquistar o mundo, Bela..."
Levaram o sangue do meu sangue, O coração que pulsava. Um dia a encontrarei!
Como leão dominarei os lobos e tu serás livre!
Ismael Ribeiro Lopes