Não se apaixone por mim

By PorECollins

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Existe uma linha tênue entre o certo e o errado? Livia Mitchell não contava com todos os seus planos dando er... More

UM
DOIS
TRÊS
QUATRO
CINCO
SEIS
SETE
OITO
DEZ
ONZE
DOZE
TREZE
QUATORZE
QUINZE
DEZESSEIS
DEZESSETE
DEZOITO
DEZENOVE
VINTE
VINTE E UM
VINTE E DOIS
VINTE E TRÊS
VINTE E QUATRO
VINTE E CINCO
VINTE E SEIS
VINTE E SETE
VINTE E OITO
VINTE E NOVE
TRINTA
TRINTA E UM
TRINTA E DOIS
TRINTA E TRÊS
TRINTA E QUATRO
TRINTA E CINCO
TRINTA E SEIS
TRINTA E SETE
TRINTA E OITO
TRINTA E NOVE
QUARENTA
Ideias...
Avisos
SAVE THE DATE
Sr. e Sra. Collins
Publicado!

NOVE

20.6K 1.6K 494
By PorECollins

Cap de sábado! Boa leitura xuxus, não se esqueçam de votar!

________________________________

David Collins

Toda minha roupa cheirava a Livia, enquanto me despia para tomar banho lembrei de cada movimento nosso. Seu corpo perfeito se mexendo junto ao meu. Parecia cena de filme. Fui tomado por uma sensação de culpa ao lembrar da mulher que me esperava no andar de baixo. Me pareceu uma boa ideia convidá-la. Ela não sairia do meu pé até que jantássemos. Vi nisso uma oportunidade de causar algo na Livia. Ciúmes talvez? E pela cara que ela fez eu consegui. Quando eu passei a ser tão idiota?

Acabei o banho e desci, com a certeza de que Livia nem olharia mais na minha cara pelo resto do dia, mas para minha surpresa ela estava aos risos com Laura.

- Ela está aprovada, Sr. Collins. Vocês formam um belo casal. - Livia disse aos risos, enquanto Laura sorria de volta para ela.

- O que? - Perguntei incrédulo. De modo algum ela poderia estar fazendo isso.

- Vocês combinam demais. - Ela está me empurrando pra Laura?

- Você acha? - Tentei entrar no jogo dela.

- Ela é muito viajada, assim como você. Sabia que ela é dona e recepcionista da Mama's Bakery? Uma empreendedora, assim como você! Eu acho que vocês tem muito o que conversar. - Livia é uma incrível gênia do mal. Ela sabe que não estou interessado na Laura, ela sabe que estou louco por ela e está usando isso contra mim.

- Fico feliz que todos tenham gostado tanto dela. Talvez a vejam muito por aqui. - Livia se engasgou com a água que bebia. Perfeito.

A campainha tocou e Natalie correu para abrir a porta já que Karen estava de folga pelo resto do dia. Pra minha surpresa e alívio Antony entrou. Eu realmente precisava dele.

Encostei na parede ao lado da escada, a mesma que me agarrei com Livia após ter sido pego no flagra. Antony se aproximou de mim com um sorriso largo no rosto. - Posso saber o nome dessa bela moça? - Perguntou-me.

- Laura. - Respondi sem tirar os olhos de Livia.

- Não me contou de nenhuma Laura, tá escondendo o jogo David? - Ele perguntou me dando um leve soco no ombro.

- É que não tinha nada pra contar, Antony. Há uns dias ela me deu seu telefone que deve estar amassado por algum canto dessa casa. E hoje ela apareceu aqui.

- Apareceu? Do nada? Cara, não perde essa mulher de vista! - Ele tomou um gole da bebida que estava em sua mão observando Laura por cima do copo.

- É... eu sei. - Respondi indiferente. Antony ao notar a pouca importância que eu estava dando àquilo tudo pareceu preocupado.

- Tá tudo bem, cara? Você parece mais estranho que o normal.

- S-sim. - Finalmente tirei os olhos de Livia me virando pra Antony. - Na verdade, tem algo que preciso te contar.

- É algo sério?

- É a Livia, cara.

- A Livia? O que ela fez? Eu sabia que ela estava afim de você, David, eu disse! - Ele se gabava sem ao menos esperar que eu explicasse.

- Não é bem o que ela fez... Nós dois fizemos... Tudo bem que ela fez algumas coisas antes que não vêm ao caso... Eu também fiz...

- Vá direto ao ponto, David! - Antony me interrompeu impaciente.

- Ontem... Certo, vou falar de uma vez. Ontem ela meio que me pegou no flagra.

- No flagra? Com quem?

- Sozinho, Antony. Sozinho. - Um rubor violento surgiu em meu rosto.

- Cara, isso é normal... Só se certifica de estar sozinho antes - Antony não conseguiu segurar a risada. O olhei sério e ele fingiu suavidade.

- É pior do que você imagina.

- Cara, eu estou ficando preocupado...

- A calcinha dela estava na minha mão. - O interrompi. Preferi dizer de vez.

- O QUE!? - Antony gritou e eu dei um soco em sua costela disfarçadamente. O arrastei até a cozinha para ter mais privacidade.

- Esse jantar vai sair ou vocês dois vão continuar conversando? - Natalie gritou da sala me fazendo lembrar de todas as pessoas que estavam naquela casa.

Comecei a cozinhar enquanto Antony me perguntava detalhe por detalhe do que acontecera.

- Como ela ficou? Ela odeia você? - O tom de Antony era desesperador.

- Ódio... não é bem a palavra. - Agora eu não pude evitar rir.

- David, o que aconteceu?

- O celular dela tocou e eu a vi na porta me olhando. Ela desceu e eu desci atrás dela

- Nu? - Antony me interrompeu.

- Claro que não, Antony. Me deixe terminar! Eu desci atrás dela e ela estava no celular com o Bryan. Parei e comecei a observá-la tentando pensar numa desculpa, mas ela não é burra, Antony. Ela entendeu perfeitamente o que estava acontecendo.

- Ela fez um escândalo? - Antony perguntou olhando pra ela.

- Ela me perguntou se eu estava pensando nela.

- Puta que pariu, David. Você estava?

- É claro, Antony, eu estava com a calcinha dela!

- Não fique nervosinho, David. Você quem se masturbou pensando na melhor amiga da sua filha. - Antony sorria maliciosamente e eu queria socar sua cara. - E aí? O que aconteceu?

- Aí eu confessei que ela estava me deixando louco e ela... Bom, ela retribuiu até demais.

- Como assim? Vocês TRANSARAM? - Gritou mais uma vez e não hesitei em lhe socar.

- Antony! Por Deus, cala essa boca! - Passei a mão pelos cabelos já impaciente. - Não transamos. - Virei de costas para ele e abaixei o tom de voz. - Nos beijamos.

- Um beijo? - Antony perguntou com os olhos fixos em mim enquanto se apoiava no balcão.

- Alguns... Digamos que as coisas esquentaram por essa cozinha. Inclusive em cima desse balcão. - Antony levantou bruscamente.

- Eu não sei se fico feliz ou preocupado. Ela ficou estranha depois?

- Não, eu achei que ela ficaria, eu estava morrendo de medo que ficasse, mas cada vez que a gente se vê, cada vez que nos olhamos eu sinto que queremos a mesma coisa...

- David? - Mais uma vez interrompido.

- Sim?

- Você está apaixonado por ela?

- É CLARO QUE NÃO! - Dessa vez eu gritei. - Não... Não sei, não posso estar.

- David, meu caro, você está fodido.

***

O incrível cheiro do molho bechamel exalou quando a massa ficou pronta. Sentamos todos à mesa. Por ironia do destino (ou plano de Livia) eu tinha Laura do lado e Livia à minha frente. Antony estava na cabeceira e Natalie sentou-se ao lado de Livia. O jantar tinha tudo pra dar errado.

- O verão em Vermont é incrível, você deveria conhecer. - Laura falava sobre sua casa de verão e toda aquela conversa parecia sem propósito. Eu estava ficando incrivelmente entediado. - Onde você cresceu, David?

- Em Wisconsin, o verão lá também é lind... - Minha fala foi interrompida quando eu senti o pé de Livia subindo sobre minha perna. Tudo estava calmo demais para ser verdade. Tentei me recuperar do espanto pra voltar a falar. - Lindo! É lindo, quem sabe um dia te levo para conhecer. - Disse num sussurro alto no ouvido de Laura. Olhei de canto para Livia que observava incrédula. Ela quer jogar, vamos jogar.

Livia moveu o pé para perto dos meus testículos com força, eu gelei de medo. Seu rosto era inocente, ela ria de algo que Natalie falava. Maldita gênia do mal. Ela me pressionou aos poucos, coloquei a mão por debaixo da mesa e agarrei seu pé, pude vê-la estremecer, mas ela não olhou pra mim.

Caminhei com os dedos pelo peito de seu pé macio, o pressionei em mim deixando-a sentir minha semi ereção, Livia sorriu. Pervertida. Conduzi o pé dela com movimentos leves pra cima e pra baixo. Eu estava ficando louco.

Laura falava algo que não prestei atenção, algo sobre a noite agradável que estávamos tendo. Fingi reciprocidade e ela tocou minha mão em um claro sinal de flerte. Livia, que assistia a cena, tentou me pressionar mais forte e eu larguei o seu pé cruzando as pernas para proteger minhas partes.

O jantar se estendeu pela noite, encarava Livia a cada dois minutos, mas ela sequer olhava pra mim. Todos se despediram de Laura e eu a levei até a porta.

- David, obrigada pela noite. A massa estava incrível, você cozinha muito bem.

- Obrigado. - Assenti e sorri. - Insisto que me deixe te levar para o seu taxi, seria um prazer fazer essa gentileza.

- Não precisa, David, estou de carro. Mas aceito outra gentileza em troca.

- Qual? - Nem pude perguntar direito. Laura me tomou nos seus lábios e eu fiquei sem reação. Seus lábios eram quentes e suaves, mas não eram os da Livia. Merda, a Livia! Soltei-a quando lembrei que Livia estava logo atrás de nós. - Nossa... E-eu, eu não esperava por isso. - Disse coçando a cabeça.

- Não pude evitar. Boa noite David, me liga?

- Claro! Boa noite Laura. - Fechei a porta à minha frente com pressa de me livrar de Laura e medo de encarar Livia. Me virei, mas ela não estava ali. Uma dúvida mortal surgiu em mim, mas não tive tempo de pensar. Antony e Natalie me olhavam orgulhosos por eu ter beijado Laura.

- Você vai ligar pra ela, né pai?

- Não. Nem tenho o número dela. E mesmo que tivesse, eu não a beijei, ela me beijou.

- Eu uso muito essa desculpa quando sou pego no flagra com uma comprometida.

- É bem a sua cara mesmo, Antony. - Retruquei. - Vamos lá em cima temos coisas de trabalho pra conversar.

- Trabalho a essa hora, David? Nem mort...

- Vamos, Antony! - O interrompi engrossando o tom de voz e ele percebeu que se tratava de outra coisa.

Subimos para meu escritório, mal deixei Antony sentar para começar a interrogá-lo.

- Livia viu?

- O que?

- Quando beijei Laura, ela viu?

- Achei que Laura tinha te beijado - Antony provocou

- Tanto faz, Antony, ela viu?

- Viu. Inventou que estava cansada e subiu para o quarto. Ela está caidinha por você, David.

- Merda, merda! Ela vai pensar que estou me aproveitando dela.

- David, dizem que eu sou muito observador sabe...

- E daí?

- Daí que eu vi o que vocês estavam fazendo na hora do jantar. Não sabia se comia ou assistia. A questão é que ela sabe o que está fazendo, David. Sabe que você está louco por ela do mesmo jeito que ela está louca por você.

- Você viu? Será que mais alguém viu?

- Claro que não, eles não têm o meu poder.

- Então está tudo bem entre mim e Livia?

- Aí já é outra história, cara. Livia vê você beijando Laura

- Laura me beijou - O interrompi

- Tanto faz. Continuando: na mesma hora inventa que está cansada e sobe pro quarto. Ela está morta de ciúmes, David! - Ele disse batendo as mãos como se tivesse desvendado um mistério. - Acho que entre vocês dois você é o mais ingênuo, céus!

- Não era bem desse jeito que eu queria que a noite terminasse. Livia com ciúmes de mim, trancada no quarto.

- Já é tarde, David. Ela já deve estar dormindo, e você também deveria.

- Você tem razão. Vai ficar por aqui? - Disse entregando-lhe a chave do quarto de hóspedes.

- Claro.

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