Uma união política

By jofanfiqueira

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Nada pode ser construído sem uma boa base e se manter de pé. Esse era um dos ensinamentos de seu pai, Afonso... More

Uma união vantajosa
A esperança de um entendimento mútuo
Reconhecimentos
Preparativos e contenções
Limbo
A partida
Pressentimento
Amália e Artena
O Rei está morto. Longa vida ao Rei!
O luto da rainha
Conselho da Cália
Uma visita inesperada
Última noite em Artena
De volta ao lar
sementes de desconfiança
Coroação
Acusações, parte 1
Acusações, parte 2
A Traição
Planos
Ponto fraco
Premonição
A rainha progressista
Consequências, parte 1
Desencontros
Latrilha, parte 1
Latrilha, parte 2
Latrilha, parte 3
As tropas avançam
Castelo de Memórias
Ruinas
Um novo começo
Um novo começo, parte 2 (fim)
Epílogo

Consequências, parte 2

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By jofanfiqueira


Afonso evitou Catarina por boa parte da viagem, foram dias sem falar com a esposa. Ele estava com raiva, claro, mas a verdade é que também estava envergonhado por ter ameaçado a rainha de uma forma tão vil, ele não tinha o direito de tomar nada dela, mesmo que o papel dissesse que sim, seus valores não permitiriam, seu amor por Catarina não permitiria. Além disso, ele estava abismado pelo fato de que, pela primeira vez em um quase um ano juntos, ele havia visto Catarina chorar. Desde aquele momento ele queria ir até ela e pedir desculpas, dizer que sentia muito, que não quis falar aquilo, mas conhecia a rainha bem o suficiente para saber que ela não acreditaria na ideia de que algo foi dito da boca pra fora. Além disso, um pedido de desculpas não resolveria.

O desejo de afastamento parecia mútuo, Catarina passou a maior parte do tempo na carruagem, nas pausas necessárias ela se mantinha afastada com sua guarda pessoal e Lucíola, mas mesmo de longe Afonso podia ver o quanto ela estava abatida. No penúltimo dia de viagem uma chuva gigante os atingiu e eles não puderam montar um acampamento decente, as tendas não suportariam o vento e Catarina não podia ficar a noite toda sentada em sua carruagem. Afonso optou então por uma estalagem. Ele foi até a carruagem de Catarina e bateu na porta antes de entrar e pediu para que Lucíola se retirasse.

-Os soldados vão ficar aqui, mas temos um quarto na estalagem mais próxima. - Pegue uma capa, deixe suas joias, é importante que não sejamos reconhecidos, não sabemos o que vamos enfrentar no conselho. Temos que seguir a cavalo porque as estradas não permitem a passagem da carruagem.

-Eu não quero ir. - Catarina disse encarando-o.

-Catarina, eu sei que você está irritada, mas amanhã cedo tudo isso ao seu redor será lama. Não podemos seguir viagem com esse tempo e você não pode dormir sentada aqui. - Ele disse tentando argumentar, mas a esposa parecia pouco inclinada aceitar.

-Eu não quero ficar trancada em um quarto de estalagem com você. Por sinal, eu adoraria se vossa majestade pudesse deixar essa carruagem e chamar minha dama de companhia de volta. Está chovendo, ela não deveria ficar lá fora nesse tempo.

-Catarina, eu preciso que você uma só vez, faça algo que eu estou pedindo.

-Engraçado você pedir, achei que iria me jogar em seu ombro e me arrastar daqui como a propriedade que sou. Me diga, Afonso, eu ainda posso dizer não ou não faz diferença.

-Por favor. - Ele pediu respirando fundo. Catarina sabia exatamente onde acertar para fazer o marido sair do sério. E ele estava prestes a desistir quando ela pegou a capa jogada no banco da carruagem e uma manta grossa.

-Espero que eles tenham água suficientemente decente para um banho. - Ela avisou.

Algo dentro de Afonso o fez sorrir, foi tão inesperado que ele nem teve tempo de tentar conter. Catarina, no entanto, não percebeu. Eles cavalgaram em silêncio e quando chegaram à estalagem ele pagou algumas moedas extras por uma refeição e um pouco de água quente para o banho de Catarina e para que cuidassem do cavalo que havia levado. Ele avaliou o local rapidamente, fora algumas pessoas bêbadas gritando, o local parecia quase decente. Ele subiu as escadas atrás de Catarina, enquanto a mulher que os atendeu guiava o caminho com uma vela, estava escuro o bastante para que ela não tivesse notado as feições finas de Catarina e as vestes nobres embaixo da pesada manta que a protegia da chuva. Ele agradeceu a mulher quando ela desceu e deu mais algumas moedas esperando que o gesto não chamasse muita atenção, mas que garantisse algum sossego.

Apesar de apenas iluminado pela lua cheia do lado de fora, dava para ver que o quarto era simples e lembrava a Afonso da casa de Amália, um pensamento que ele não podia compartilhar com Catarina sem começar uma guerra. Ele recomendou que a esposa continuasse enrolada até que a mulher trouxesse a água quente para a tina de banho. Enquanto isso, Afonso acendeu as velas o que permitiu que eles pudessem circular com maior facilidade. Depois que água chegou Catarina começou a se banhar de forma desastrosa o que fez Afonso rir. Era óbvio que a rainha de Montemor e Artena nunca tinha tomado um banho de tina sem ter a água jogada em seu corpo, o sabão passado cuidadosamente em sua pele.

-Me deixe ajudar. - Afonso disse se aproximando e jogando água nas costas de Catarina. Ela não negou a ajuda, mas se recusou a usar o sabão do local, disse que "deveria ter sido usado em tantos outros corpos" que nunca ousaria encostar nele. Afonso não discordou.

Enquanto Catarina se vestia ele colocou uma barreira na porta, o gesto finalmente fez Catarina falar algo diretamente com ele.

-Acha que corremos perigo aqui?

-Talvez.

-Então porque não ficamos onde estávamos? Seu argumento da chuva não era tão bom.

-Eu sei que não era, mas se alguém estivesse esperando uma oportunidade para nos atacar, eles iriam esperar que nos mantivéssemos ali, com toda a guarda. Esse é um lugar improvável, vir aqui é algo que eu nunca faria.

-Mas você fez.

-Cássio me convenceu. -Afonso respondeu se aproximando da esposa. -Vai me deixar dormir aqui com você?

-Eu tenho escolha?

-Tem. Você sempre tem escolha, Catarina. Eu sinto muito pelo que disse e eu sei que você não acha que é verdade, mas eu me arrependi no momento em que aquelas palavras saíram da minha boca. Eu só estava...

-Frustrado. Traído. Eu sei. - Ela afirmou colocando a mão na de Afonso. -Eu sei que agi errado quando fiz o que fiz pelas suas costas, mas eu não me arrependo de ter feito, e faria novamente, só que dessa vez eu te contaria.

Afonso encostou a testa na de Catarina e acariciou o cabelo da rainha.

-Eu estou tão cansado do quanto brigamos, Catarina. Parece que desde que nos casamos estamos em guerra, uma guerra que eu não sei como lutar. Eu não quero que você deixe de ser você mesma, eu não te amaria de outra forma, mas eu preciso de alguma paz. Amar não deveria ser tão complicado assim, deveria?

-Eu não sei. As grandes histórias de amor são sempre sobre sofrimento, não são?

-Preciso que a nossa não seja assim. Quero uma história de como eu e você reinamos em paz, por muitos e muitos anos.

-O que você acha que vai acontecer no conselho, se eles souberem sobre o que eu fiz? - Catarina perguntou.

-Saber como responder a essa pergunta é uma das razões pelas quais estamos aqui, além de segurança, precisamos conversar e decidir como vamos agir caso o pior aconteça, Catarina. Precisamos estar em consenso.

...........................x........................

Afonso a encara de forma confidente antes que eles atravessem juntos os portões para reunião extraordinária do conselho, todos já estavam lá, o que não podia significar algo de bom e Catarina podia sentir pela linguagem do corpo do marido que ele também não estava nada contente com aquela situação. Os presentes na sala trocaram as devidas reverências e então se sentaram.

-Bem, estamos todos aqui hoje, majestades, porque um assunto de extrema importância chegou ao nosso conhecimento. Uma grave denúncia que pode colocar em risco a harmonia de nossos reinos e que quebra um tratado estabelecido neste mesmo conselho meses atrás. - Rei Emílio afirmou.

-De que acordo estamos falando? - Catarina perguntou. Ela evitou olhar para Afonso, não queria ver o próprio temor refletido nos olhos negros do marido.

-O acordo que vossa majestade e seu marido assumiram aqui meses atrás, de não expandir o exército, recebemos uma denuncia de que a rainha Catarina havia contratado uma força de mercenários para patrulhar Artena.

-Mercenários? - Catarina perguntou. -Onde exatamente vossa majestade acha que eu poderia encontrar mercenários e porque razão colocaria o meu povo sob a proteção de pessoas que obdecem a quem jogar mais moedas de ouro? Essa denúncia é um absurdo e eu espero que vocês tenham alguma evidência, caso contrário, deixei meu reino sem governante por uma perda de tempo.

-Rei Afonso? Tem algo a dizer? - O Rei de Alfambres perguntou.

-Faço minhas as palavras da rainha. Nenhum tipo de acordo foi feito entre nossos reinos e forças mercenárias. Montemor e Artena seguem com forças próprias, com rigorosos processos de seleção, já que os protocolos de Montemor foram estendidos à Artena. A parte disso, exijo saber quem fez tais acusações. Essa pessoa é quem obviamente planeja contra a paz em nossos reinos.

Vários reis se manifestaram ao mesmo tempo e Catarina os observou em silêncio, a atitude permitiu que ela notasse que mais alguém fazia o mesmo: Otávio. O rei da Latrilha estava sentado com um meio sorriso no rosto como quem acende uma fogueira e decide contemplar enquanto as chamas devoram tudo. De repente o olhar dele encontrou o dela e apesar da sensação ruim em seu peito Catarina não baixou o olhar. A reunião arrastou pelo resto da tarde e ninguém parecia chegar a um consenso. Catarina e Afonso haviam deixado claro que não estavam dispostos a serem ameaçados e que não tinham razão alguma para tramar contra o restante dos reinos da Cália. Afonso lembrou a tradição de paz de Montemor, que mesmo sendo um reino de grande poderio sempre optou por soluções diplomáticas.

-Foi Otávio! - Ela gritou horas depois no quarto que havia sido designado para ela no castelo do Rei Emílio.

-Tem certeza, majestade? - Luciola perguntou.

-O jeito que ele me olhou, ele fez isso e queria que eu soubesse que foi ele.

-O que o Rei Afonso disse sobre o assunto?

-Ainda não tivemos a chance de conversar sobre isso.

-Nem sobre sua outra desconfiança?

-Eu não posso pensar nisso agora, Lucíola. -Catarina afirmou andando de um lado para o outro do quarto. -Eu preciso achar um jeito de provar que Otávio deseja nos destruir eu não sei...

Batidas na porta interrompem Catarina e Lucíola. Do outro lado a voz de Afonso se manifesta e a rainha pede para ser deixada a sós com o marido. Ele parece cansado, mas caminha até a esposa com passos firmes.

-Alguma novidade? - Ela pergunta encarando-o.

-Eles continuam sem saber o que fazer. Estão com medo de nos acusar e começar uma guerra que não sabem se podem vencer.

-Alguns deles realmente acreditam que eu tenha contratado mercenários, não acreditam?

-Talvez. - Afonso disse colocando os braços ao redor de Catarina. - Mas isso não importa. Eu mandei dois homens até Montemor. Eles vão preparar novos exércitos, deixar todos em alerta. Eu não quero uma guerra, mas se ela for acontecer, não vamos perder.

As vozes da bruxa invadiram a cabeça de Catarina. O que ela disse, palavra por palavra, tocando em sua mente. Muitos outros morrerão em seu nome. Você vai perder algo que nunca soube que queria e isso pode ser sua destruição. Existem várias peças se movimentando de uma só vez e a morte vai trazer o nascimento de um novo tempo e de uma nova relação, tudo que acontecer com você, vai interferir nisso. Sua casa é o melhor refúgio. Ela queria contar aquilo a Afonso, mas sabia que o marido não acreditava em profecias, magia, nem nada do tipo.

-Não podemos ir para casa? - Ela perguntou sentindo novamente o incômodo no estômago que havia se tornado uma constante nas últimas semanas. -Não gosto de ficar aqui. -Ela afirmou, mas o que realmente queria dizer era: não gosto de ficar no mesmo teto que Otávio. Afonso não respondeu, mas ela sabia bem que eles não podiam ir embora, em vez disso ele acariciou o rosto da rainha com as costas da mão.

-Se uma guerra for declarada você vai pra Artena, o filho de Lucrécia deve nascer em menos de um mês, eu te nomeie guardiã dele quando decidi que ele seria protegido do seu reino. Isso garante que você terá o controle de Montemor se algo me acontecer, pelo menos até que a criança tenha idade o suficiente.

O coração de Catarina pulou uma batida com a declaração de Afonso, ela não queria planejar um futuro sem ele, e mesmo que ela soubesse que Afonso tinha a melhor das intenções ela não queria falar sobre aquilo.

-Nada vai te acontecer. -Ela afirmou querendo acreditar no que disse a bruxa. -Nada vai te acontecer. - Repetiu beijando o marido. Catarina se afastou de Afonso e soltou os laços da veste de dormir, deixando seu corpo nu amostra. Afonso também se despiu, e fez isso sem tirar os olhos dela. Catarina pensou sobre o efeito que o olhar de Afonso a causava. Sobre como nunca mais queria ver desapontamento neles. Ela deitou na cama e abriu as pernas convidando Afonso que avançou, a barba dele arranhando as coxas dela enquanto ele a beijava com força entre elas. Afonso tinha a capacidade de destruir qualquer contenção de Catarina, fazer com que qualquer problema fosse esquecido.

Na manhã seguinte, Catarina acordou de um pesadelo. Estava suando frio. Todo seu corpo parecia feito de gelo. Ela se aninhou nos braços de Afonso e pensou nas imagens que haviam invadido seu sono. Um choro grave em meio a um caos de corpos, tudo ao seu redor era sangue e ela notou que o fluxo vinha dela mesma, uma corrente de sangue capaz de tornar o Rio Mizdes num rio de vermelho. Quando Afonso abriu os olhos ela estava encarando-o, pensando em como seria capaz de tudo para não perdê-lo. Ele deu um sorriso e beijou o topo da cabeça da esposa.

Eles ainda estavam deitados conversando quando bateram na porta. Afonso vestiu-se rapidamente, e abriu a porta, encontrando, além dos soldados que faziam a guarda de sua porta Selena e Cássio.

-Eles chegaram uma decisão? - Catarina ouviu a voz de Afonso questionar.

-Não, mas temos notícias, majestade. - Selena respondeu. Catarina terminou de vestir seu robe e recebeu um olhar de Afonso, ela sabia que ele estava checando-a antes de deixar que eles entrassem no quarto. - Alguns soldados receberam a informação de que Rodolfo fez a denúncia sobre a compra de mercenários.

-E quem acreditaria na palavra de Rodolfo? - Afonso questionou.

-Bom, majestade. Pelas informações o rei de Danna foi quem apresentou a queixa, mas baseado em Rodolfo. Soubemos ainda que seu irmão está preso em Nítia depois de fazer dívidas com as quais não pode arcar. - Cássio contou.

Reino de Danna. Catarina pensou sobre os possíveis interesses. Um reino pequeno e que devia bastante a Artena, eles não tinham poder para começar uma guerra.

-Preciso ir até lá e trazer meu irmão para o conselho, se eu oferecer algo que ele queria, a chance de conhecer o filho, ele deve aceitar falar aqui e desmentir essa história.

-Você não precisa ir, mande alguém. -Catarina pediu.

-Temo dizer, majestade, que o príncipe Rodolfo muito dificilmente aceitaria conversar com alguém que não fosse o irmão.

-Preparem parte dos homens, a outra metade ficará aqui fazendo a guarda de Catarina. - Afonso afirmou. Selena e Cássio deixaram o local e então ele se aproximou da esposa que estava sentada na cama.

-Seu plano é imprudente. Os homens vão ficar vulneráveis. E as chances de que a palavra de Rodolfo valha de alguma coisa são pequenas.

-Talvez, mas mesmo que isso não funcione, não posso deixar que meu irmão acabe enforcado em Nítia por causa de algumas moedas de ouro. - Ele disse passando a mão no ombro de Catarina. - Estou admirado por você não ter dito que iria junto.

-Eu não posso ir. A estrada até Nítia é tortuosa, a subida as colinas não acomoda a carruagem e eu não sei se devo cavalgar por grandes distâncias. - Ela confessou

-O que está dizendo? - Afonso questionou parecendo confuso.

-Eu ainda não tenho certeza, então não faz sentido dizer, mas eu acho que estou grávida. Lucíola acha na verdade, mas eu não sei.

Catarina sempre imaginou como seria dizer a Afonso que estava grávida, a notícia que ele queria tanto ouvir, a sedimentação dos acordos, a garantia da linha de sucessão, mas aquela reação nunca foi a imaginada, ele apenas ficou calado, encarando-a sem nenhuma expressão, como se ela tivesse contado algo banal.

-Não vai dizer nada?

-Eu achei que você ainda estivesse evitando engravidar.

-Não exatamente, quer dizer...

-Tudo bem, nós vamos conversar sobre isso quando você tiver certeza. Eu só preciso saber se é algo que você quer.

-Eu acho que sim. - Catarina respondeu surpresa.

-Agora eu tenho que ir. Não faça nada que possa te colocar em risco, lembre-se de onde você está e da facilidade com que se pode começar uma guerra, transformar um aliado em inimigo. - Ele disse abraçando a esposa. - Eu amo você e quando tudo isso estiver resolvido, vamos conversar direito.

-Seja cuidadoso. E volte para mim, tudo bem?

-Pode deixar. - Afonso afirmou saindo pela porta.

Catarina pediu para que Lucíola fosse chamada e em seguida sentou-se na cama, sentindo-se prestes a vomitar, se não estivesse grávida, só poderia estar doente dos nervos como sua mãe, talvez estivesse prestes a ficar louca, todos aqueles pesadelos com morte. Selena culparia a visita à bruxa, mas Catarina já tinha aqueles sonhos antes mesmo de investir algumas moedas e um pouco de sangue na previsão enigmática daquela velha.

-Majestade. - Lucíola disse entrando no quarto. -Ela estendeu um colar a Catarina e a rainha observou com curiosidade antes de pegá-lo. - Selena disse que vossa majestade deveria usar, insistiu na verdade. Disse que tinha tido um sonho com a velha e que sua alteza iria entender. Disse que deve tratá-lo como se sempre tivesse sido seu e que se alguém perguntar deve dizer isso, que tem esse medalhão desde o dia que nasceu.

Catarina deixou o medalhão sobre a cama e pediu para que criadas fossem chamadas para seu banho. Ela se perguntou sobre a natureza do sonho de Selena enquanto a água morna era jogada sobre seu corpo. Ela se perguntou se estava mesmo grávida enquanto observava o estômago plano. |Todas as peças estavam em movimento de uma só vez e ela estava assustada. Durante todo o dia não pode espantar a sensação de que havia algo que não encaixava naquela história toda, algo que estava arranhando sua cabeça por dentro, um detalhe que ela sabia que estava deixando passar despercebido. Reino de Danna. O nome não saia de sua cabeça, até que ela finalmente lembrou de algo que Felipe, filho de Otávio, lhe havia dito anos atrás, quando ainda eram crianças: sua mãe era de Danna, a falecida esposa de Otávio tinha laços sanguíneos com o reino que a estava acusando de comprar mercenários. 

............

Sei que demorei, mas espero que o capítulo um pouco maior sirva como forma de redenção. Espero que tenham gostado. Semana que vem tem mais!


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