Inesperado - Em breve na Amaz...

By RafaellyMonike

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Desde a minha adolescência, quando descobri que eu era diferente dos demais, passei a me odiar. Era inaceitáv... More

Edgar
Capítulo 1
Capítulo 2
Capítulo 4

Capítulo 3

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By RafaellyMonike

Só preciso desabafar e dizer o quanto eu tô com pena de ter feito um livro tão pequeno. Tô muito apaixonadaaa! ♥

***

Edgar 

Acordo com o toque insistente da campainha. Esfrego o rosto e noto o homem ao meu lado, dormindo despreocupado. A minha cabeça lateja por causa da maldita ressaca, mas meu corpo cansado me alerta do quanto minha noite foi boa e bem agitada. O som irritante continua e eu levanto, resmungando por causa do barulho que afeta minha ressaca. Não que o álcool ajude em alguma coisa pós bebedeira, mas ao menos consegui dormir bem e esquecer por algumas horas.

Giro a chave para abrir já sabendo bem quem está do outro lado.

— Olha, Gabriel, sinto muito, mas... — Não é ele.

O nó na minha garganta reaparece e eu congelo no lugar. Não é o Gabriel querendo me dar lição de moral ou me criticar por eu tê-lo expulsado, mas pior ainda.

— Eu sabia que te encontraria aqui. Tão previsível, Edgar.

Eros. Que merda!

Sem esperar que eu o convide ou o interrompa, ele passa por mim e entra no apartamento, vendo as garrafas de bebidas dispostas em cima da mesa bagunçada. Seus olhos preocupados passam pelo cômodo e pairam sobre mim.

— Que merda você está fazendo? — Questiona.

— Vivendo, Eros. Assim como você.

Tento disfarçar meu nervosismo. Mas minha respiração está acelerada demais. Assim como os batimentos.

Meu irmão sempre foi preocupado demais, apesar de ultimamente eu ter tentado fazer tudo corretamente, ou pelo menos para que parecesse que eu estava indo bem. Não quero interferir na sua vida, nem na felicidade que ele está vivendo no momento.

— Não. Você está se afundando outra vez. — Suas palavras me fazem soltar uma risada.

— Não exagera, Eros.

— Ah, eu estou exagerando? — Ele ergue um dedo e aponta ao redor — Mantem esse lugar, as bebidas... tem alguém com você.

Fico na frente do meu irmão antes que ele aja por impulso.

— Espera um pouco. Você não pode simplesmente invadir meu apartamento e querer interferir na minha vida sexual. Eu estou bem, nada é como antes.

Para minha surpresa, ele segura meu rosto com ambas as mãos.

— Olheiras. Há dias venho notando isso. — Fala firmemente. — Ontem você estava péssimo e piorou depois. Não tente me enganar, não logo eu. A pessoa que mais conhece você.

Afasto-me e caminho até a janela em busca de um pouco de ar.

As lágrimas voltam a queimar meus olhos e meu corpo sente algo desabar por dentro aos poucos. Doendo, machucando, perfurando...

— Só preciso que abra o coração para mim. Sabe que estou aqui para fazer o que for preciso.

Ele apoia a mão sobre meu ombro e aperta em um gesto carinhoso, assim como ele fez anos atrás e eu recusei. Mas não 'posso fazer isso sempre. Não quando tudo que ele quer é me ajudar. Quando ele me ama verdadeiramente.

— Eu estava levando bem, apesar de ter sido rejeitado. — Consigo começar. — Mas ele tem alguém. Acho que vai ser difícil superar isso.

— Por que você continua tentando se machucar? Eu implorei para que parasse de buscar noticias sobre ele.

— Mas eu fiz pior. — Viro o rosto para encará-lo. — Contratei um detetive.

— Vocês são mal resolvidos. Começaram e terminaram errado. Igor tem mágoas e nunca vai esquecer. Você meio que se tornou obcecado por ele, mas duvido muito que seja amor.

— Agora você quer julgar o que eu sinto? — Solto uma risada.

— Estou dizendo que para quem ama, está fazendo tudo errado. Você tem outras pessoas, se entrega e dá seu corpo, mesmo dizendo que ama o outro. Isso não tem como ser amor. Eu jamais conseguiria sequer beijar outra mulher amando a Mel. Eu só consigo ser inteiramente dela. Isso sim é amor. — Tem razão. Ele está sendo sincero. — É por isso que eu tenho quase certeza que não tem como existir a possibilidade de vocês ficarem juntos. Ele não se importa, Edgar. Não quer saber de você. Aceite isso.

Suas palavras doem. Propositalmente ou não, elas acertam tudo, inclusive meu peito.

Meu irmão esfrega o rosto e se ajeita para se apoiar na janela, cruzando os braços em seguida.

— Acho que sei o que precisamos fazer. — Ergo as sobrancelhas com curiosidade. — Uma viagem entre irmãos. Um pouco de diversão e sair da rotina.

Repuxo meus lábios em um sorriso desanimado.

— Obrigado, Eros, mas Melissa está grávida, vai precisar de você por perto.

— Melissa será a primeira a me dar total apoio. Você sabe que ela se preocupa também.

Sim, aquela maluca se tornou uma das pessoas mais especiais na minha vida e eu tenho certeza que ela vai incentivar qualquer coisa que Eros quiser fazer para me ajudar.

Mas eu não quero isso. Interromper a vida profissional e pessoal do meu irmão por causa dos meus problemas.

— Acho que sei o que quero. — Uma pontada de apreensão martela no meu peito. — Quero ir ver meu pai.

Porque eu sei que ele está solitário e apesar de me odiar, repugnar, rejeitar, eu ainda tenho seu sangue correndo pelas minhas veias. Mesmo que minha mente grite para que eu não vá, o coração amolece.

— Não sei se isso é uma boa ideia. Principalmente nesse momento. E com você pensando no Igor.

Apesar de ir naquele lugar e ser bem tentador procurá-lo, não sei se estou disposto a ouvir as suas palavras duras outras vez. De ver a rejeição na minha direção e a paixão por outra pessoa.

— Minha intenção é só ver meu pai. Não se preocupe.

Parecendo ainda desconfiado, ele se ajeita e assente com um leve movimento na cabeça.

— Certo! Agora mande embora quem quer que esteja na sua cama, tome um banho e vamos tomar um café fora. Preciso compartilhar com meu irmão minha empolgação de ser pai, porra! Até porque você vai ser tio de primeira viagem.

Sentindo-me bem melhor, eu sorrio e vejo Eros se afastando com o aviso de que está me esperando do lado de fora.

Sei que procurar meu pai vai ter um preço, principalmente depois das coisas horríveis que ele me falou da última vez que nos encontramos, mas sei que ele anda mal, doente, não posso e nem consigo manter tanta distância assim.

Decidido, faço o que meu irmão pediu, deixando o dinheiro na mão do homem que acordou depois de vários chamados e sequer tomou um banho. Apenas se vestiu e foi embora.

Quando entro debaixo do chuveiro lembro do Gabriel e do que fiz e falei. Droga! Eu sempre estrago tudo! Preciso ir até ele.

Saio do apartamento e encontro meu irmão na calçada, que me pede para fazer uma caminhada até a padaria mais próxima.

Era disso que eu mais precisava naquela época, mas que recusei diversas vezes.

Como eu fui um tolo.

Que bom que o tenho nesse momento.

***

Ainda estou arrumando minhas coisas para a viagem, mas meu pensamento não sai do Gabriel e do que falei no outro dia. Ele sequer tem atendido meus chamados. A cada ligação cai na caixa postal. Sinto-me mal por isso, porque apesar da nossa proximidade ser estritamente sexual, eu sei o quanto ele aguentou a barra de estar ao meu lado mesmo quando eu o chamava e o obrigava a me ver desmoronar.

Não só pelo Igor. Mas pelo meu pai. Pelas coisas que ainda martelam na minha cabeça. Pelo desprezo. Há meses estamos nisso e eu agi como um babaca, assim como sempre sou. Um maldito egoísta, arrogante e babaca.

Deixo minhas coisas de lado pegando a chave do carro para ir falar com ele. Ao menos preciso sair da cidade com a cabeça em paz. Para ter que enfrentar meu pai terei de ir com calma. Sem nada pesando sobre minhas costas.

Quase uma hora depois estou chegando ao bairro. Daqueles bem populares de periferia. Casas iguais, pequenas e simples preenchem a rua que ele mora. Algumas crianças brincam na rua enquanto vou olhando em busca da sua, que é uma das últimas. Nunca tinha vindo por aqui, é a primeira vez. Até porque sempre ando com meu motorista, e apesar do Júlio saber tudo sobre mim, eu não preciso mostrar nada além do necessário. Além do mais não quero expor o Gabriel.

Desço do carro e caminho até o portão da casa de muro baixo, onde tem um jardim na parte de dentro. Abro o pequeno portão e entro. Só pela entrada dá para perceber que mora uma criança na casa. Há uma bicicleta rosa, um balançador e a bola largada do outro lado. Sinto meu coração nervoso a cada passo, até eu chegar à porta e pensar em desistir.

O que diabos estou fazendo? Vindo pedir desculpas a um garoto de programa?

Esfrego o rosto e olho ao redor, lutando contra o meu orgulho. Eu o pago bem, dou dinheiro em troca do sexo. Ele deve estar acostumado com isso.

— Edgar? — A voz grossa me chama e eu viro para vê-lo chegando. — O que está fazendo aqui?

Engulo em seco e o observo vindo na minha direção.

Gabriel é um homem muito bonito. Chamou minha atenção desde que o vi pela primeira vez em um evento de gala. Ele estava trabalhando como recepcionista do evento. Providenciei seu número e dados e pesquisei sobre sua vida. Eu buscava por sexo e diversão e ele tinha me atraído. Acabei descobrindo que ele fazia programas, mas como me falou, não saia com homens. Com meu poder de persuasão, insisti até que ele cedeu, ganhando uma boa quantia cada vez que sai comigo.

— Será que eu posso entrar? — Pergunto sem jeito.

Com uma frieza que eu nunca vi, ele passa por mim e abre a porta me dando passagem.

A casa do lado de dentro é muito bem arrumada para um homem solteiro. Não só por isso, até porque meu irmão sempre foi extremamente organizado, mas esse daqui tem uma filha, uma menina pequena que deve fazer uma bagunça.

— Quem é, papai? — A voz doce e suave fala do outro lado e eu viro para vê-la. — Oi, eu sou a Cecília!

A mãozinha balança no ar e eu correspondo lançando um sorriso para a menina.

É linda. Assim como o pai tem cabelos escuros. As bochechas rosadas e o olhar sapeca me deixam encantado.

— Vem comigo, Ceci! — Ele a chama colocando a menina no braço — Vou deixá-la na vizinha.

Assim ele sai, me deixando sozinho para sentar no sofá de dois lugares e abaixar a cabeça, a apoiando nas mãos tentando entender o que eu estou fazendo.

Quando começamos com nosso sexo, eu já sabia sobre a menina, mas esperava que ele me contasse. Um dia, entre alguns copos de uísque, ele acabou me falando que ela sofria de insuficiência renal crônica, necessitando fazer hemodiálise a cada três vezes por semana. Isso me deixou deprimido. Isso por uma criança que tem apenas oito anos de idade e passa por momentos difíceis.

Esse tinha sido e é o motivo de ele ainda ficar comigo. Eu me responsabilizei por todo o tratamento dela, para que ele não se preocupe com isso. Mas ele não aceita nada além. Parou de aceitar desde quando comecei com os depósitos, com a ajuda, ele apenas... fica comigo. E depois disso não quis me contar mais nada sobre sua vida para que eu não tentasse interferir.

— O que você quer? — Pergunta batendo a porta em seguida. — Não quero que minha vida lá fora se misture com o lar da minha filha.

Assinto sem jeito.

— Eu sei. Estou indo viajar, por isso precisava vir aqui e pedir desculpas pelo que fiz, o modo que agi.

Gabriel me interrompe erguendo a mão no ar. Ainda parece irritado.

— Não tem que me pedir desculpas por nada. Você falou a verdade, afinal, mesmo que ela seja dolorida. Você me paga pelo sexo. Não é uma mentira.

Eu estava bêbado. Com raiva. Decepcionado. Fora de mim.

— Se eu falei aquelas coisas foi porque não estava bem. Jamais quis humilhá-lo.

— Tudo bem, Edgar. Falou o que quis e tem esse direito. Eu me submeto a toda essa situação, sei das consequências. — Ele soa tão cheio de mágoa que isso me deixa mal. Mal por ter sido um estúpido. — Mas acabou. Eu estou cansado disso tudo. Do peso na consciência antes de dormir, de ter que olhar para a minha filha e saber que eu poderia ser melhor por ela.

Balanço a cabeça repetidamente. Ele é melhor. É um pai perfeito.

Quando aprofundei a investigação sobre sua vida soube do quanto ele batalhou desde o começo. Quando a mãe da garota não a quis desde o parto, rejeitando e entregando nas mãos do pai. Gabriel trabalhou de tudo, assim como a Melissa, mas com a diferença era que tinha alguém dependendo dele. Alguém que precisava de um lar decente, alimentação, saúde... e isso ele se desdobrava por ela. E ainda faz. Tudo é por ela e mais ninguém.

Gabriel não tem ninguém além da filha, com exceção dos pais, mas já estão velhos e aposentados com um salário mínimo. Então ele tira algumas horas para mim, depois para fazer bicos, ir para hospital e depois ficar com ela e cuidar da casa. Não merece que eu seja um cretino que não pensa nos sentimentos de outra pessoa.

— Não faz isso. Eu sei que errei, peguei pesado, mas não foi por mal.

Não quero ter que ir atrás de outra pessoa. Não uma que eu não confie tanto.

— Não sei se percebeu, Edgar, mas não foi a primeira vez que agiu daquela forma comigo. — Puta merda! — Sempre que você não tem o que quer, acaba dizendo coisas que eu sei que é realmente o que pensa, mas que nunca tem coragem suficiente para dizer.

Um dos meus defeitos: falar sem pensar. Desligar qualquer resquício de respeito e ofender pessoas que não merecem. Fiz isso com a Melissa várias vezes.

— Apesar do que faz, ainda é o que mais confio. E desculpa, ? Meu problema é que eu falo e só depois penso.

— Eu que não deveria me sentir ofendido com isso. É só que... — ele para e sacode a cabeça. — Melhor ir embora.

Fico confuso com a mudança na sua expressão.

— Então é isso? — Questiono. — Acabou mesmo?

Ele assente, visivelmente nervoso. Eu adoro a maneira como ele fica quando está assim. O jeito de passar a mão pelos cabelos e os dentes mordendo o lábio inferior.

— Na maioria das vezes é estranho receber pelo que faço. Mesmo sendo algo que eu escolhi, não é uma coisa pela qual eu me orgulhe. Não é por você, mas por mim.

— E ela? Como vai ser?

— Vou dar meu jeito. Sempre dei, não vai ser agora que irei desistir.

Esfrego meu rosto sentindo uma angustia no peito.

— Sobre o tratamento pode deixar que eu continuo. — Falo sério, mas ele parece recusar. — Pago por todas as despesas.

Até porque é muito gasto para uma pessoa que ganha pouco.

— Você não tem obrigação, Edgar. Nunca teve. Era um pagamento pelo que eu fazia. Dinheiro em troca de sexo. A partir de hoje eu faço tudo sozinho.

Falando assim, o sexo em troca de dinheiro, soa sujo, errado. E eu me sinto péssimo por isso.

— Isso não está em discussão. — Sou firme — Independentemente de você querer algo, eu ainda vou pagar pelas sessões de hemodiálise dela.

— Era por isso que eu não queria que soubesse. Não devia ter deixado você saber tanto sobre minha vida.

Caminho até ele e fico próximo demais para sentir seu cheiro e isso causar um desconforto na minha garganta.

— Eu me importo, certo? Talvez não devesse, mas porra, estamos nisso há mais de um ano. Não consigo evitar me preocupar com a situação dela.

Nossos olhares permanecem um sobre o outro por tempo suficiente para meu estômago estremecer.

— Como eu sei que vai continuar assim, vamos fazer um trato. — Espero que ele fale — Vou aceitar até conseguir um emprego melhor, uma pessoa de confiança para cuidar dela e me firmar. A partir dai não vou precisar que dê mais nada. E um dia eu pago por tudo, nem que para isso eu precise sair com algumas mulheres ricas.

Isso não devia me incomodar, mas incomoda. Saber que ele vai voltar a rotina de antes, mesmo que eu tenha minhas dúvidas sobre o que mais ele faz quando sobra tempo, eu não gosto.

— Pode contar comigo. — Aviso. — Você tem meu número, sabe como entrar em contato.

O silêncio permanece entre nós dois até eu perceber que já fiz o que precisava. E acabo sendo surpreendido quando recebo um abraço. Braços envolvendo meu corpo. Um gesto em forma de gratidão... e despedida.

Não faço ideia do que passa comigo, porque sinto vontade de chorar. Uma angustia enorme que afeta meu peito.

E antes que eu me sinta ainda mais estranho, afasto-me e viro para sair, sem coragem de olhar para ele por me sentir estranhamente esquisito.

— Vai atrás dele? — Sua pergunta me faz parar com a mão na maçaneta da porta.

Demoro até entender sobre o que ou quem ele está falando.

Já desabafei inúmeras vezes com Gabriel, enquanto ele escutava pacientemente ao meu lado.

Viro para encará-lo.

— Eu não sei. — Sou sincero. — Na verdade, minha intenção é ver meu pai. Mas estarei tão perto dele, que não sei como será. Se eu vou ter coragem, se ele vai me receber... é complicado.

Noto seus olhos permanecendo em mim. Sua boca abre e fecha algumas vezes.

— Certo. Faça o que seu coração mandar, isso que importa.

Assinto e saio de vez.

Fazer o que meu coração manda.

É isso.

Preciso de um tempo para mim, para resolver minha vida e procurar ter paz. Finalmente, seja com Igor ou sozinho.

Mas eu sei que mereço ser feliz. 

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