Zach Herron
Bato na porta da casa de Eve e ela abre com uma cara nada boa. Pelo que eu havia entendido, o pai dela estava aí, e ela não se dava nada bem com ele.
- Me faltava era essa. - Ela resmunga alto sem deixar de me olhar e me puxa para dentro. - Se eu quiser virar stripper, vou virar e você não vai me impedir, seu macho palestrinha.
- Do que vo...- Paro de falar quando ouço um pigarro masculino atrás de mim.
- Então é ele? Esse garoto, Eve?! - Fala apontando para mim e ela bufa. - Não tinha um pior?
- Sim. Tem você, mas é proibido esse tipo de relação. - Fala e eu encaro o homem ali.
- Eu sou o cara que te criou, que te amou e você está me tratando assim por causa dele?! Que lindo! - Fala e eu vejo minha namorada ficar vermelha.
- Você só está com ciúmes porque agora ela também me chama de papai. - Disparo e passo o braço pela cintura da mesma. - Não se preocupe, eu sou um daddy ótimo para ela.
- SAIA DAQUI! - Grita e aponta para a porta.
- Quem tem que sair é você. - Ela fala e me olha. - Vamos subir? Temos mais o que fazer.
- Vamos. - Falo sorrindo sonso e Eve começa a me puxar pela mão, enquanto o homem resmunga algo.
- Odeio ele. - Fala quando subimos as escadas e andamos para seu quarto.
- É compreensível. - Falo enquanto nego com a cabeça e ela acaba rindo. - O que vamos fazer?
- Eu nã...- Eve para de falar quando vai fechar a porta do quarto e não consegue por seu pai segurar. - Ah mas agora pronto.
- Mas que cara chato.... - Resmungo enquanto nego com a cabeça e venho a empurrar a porta, tentando fechar a mesma.
- Eu vou ligar para a polícia por invasão de propriedade, seu embuste! - Eve fala e me afasta da porta. - Vai encher o saco de outra pessoa. Ninguém quer você aqui.
- Sua ingrata! - Ele fala e a olha feio. - Sou o seu pai e quero respeito!
- Você não pode entrar na casa dos outros sem a autorização dos donos. - Falo enquanto o olho e nego com a cabeça. - Vou chamar meu advogado.
- Cala a boca! - Fala e aponta para mim. - E você, Eve, eu estou descepcionado com o que você está se tornando.
- Não manda ele calar a boca. - Ela fala em minha defesa e olha feio para aquele embuste. - E você não tem que gostar de nada.
- Ninguém liga para sua opinião. - Falo bufando e ele me olha incrédulo. - Eu trabalho com verdades.
- Eu vou ligar para a mamãe. - Eve fala pegando o celular e ele bufa. - Ela é advogada, e você sabe bem que mamãe nunca perde um caso.
- Que seja. - Fala desistindo e saindo dali.
- Finalmente. - Falo erguendo os braços para cima e fechando a porta. - Mas que cara chato, hein?!
- Você não tem noção. - Fala e pega um cobertor. - Vamos passar a tarde deitados?
- Vamos. - Falo e ela joga alguns travesseiros para cama, enquanto eu sorrio sonso. - Você gosta de bebês?
- Gosto. - Fala e dá de ombros, me olhando. - Por que?
- Poderíamos ter um bebê. - Falo me sentando ao seu lado e ela arregala os olhos. - Sempre quis ser pai.
- Você e eu temos apenas 17 anos. - Fala e nos deitamos. - Um bebê não é um boneco, tem que ter tempo, experiência e paciência.
- Podemos ganhar isso junto com o bebê. - Falo enquanto a olho e faço beicinho. - Vamos treinar com um boneco.
- Você quer ter um bebê? Comigo? - Ela pergunta e pisca várias vezes. - Minha nossa, isso é inesperado.
- Por que não iria querer?! - Falo enquanto a olho e franzo o cenho.
- Porque é uma coisa séria. Um passo bem grande. - Fala como se fosse óbvio.
- Mas eu amo você, e você me ama. - Falo como se fosse óbvio e pisco algumas vezes seguidas . - Você me ama, não ama?
- Claro. - Fala e se enrola mais. - Só que é bem sério. Somos jovens. E talvez jovens demais para saber o que é eterno.
- Não precisa ser eterno enquanto durar. - Falo dando de ombros e beijando sua bochecha. - Você é a melhor coisa que já aconteceu comigo.
- Você é tão fofo. - Fala e me abraça. - Uma delicinha de pessoa.
- Eu sei. - Falo rindo e a abraçando de volta. - Fazemos um casal muito lindo.
- Me agradeça por ter enviado a primeira mensagem. - Fala e pisca para mim.
- Me agradeça por responder. - Falo rindo e a puxando para mais perto de mim. - Estou com sono...
- Vamos dormir então. - Fala e se aconchega em mim. - Quando a gente acordar, eu faço chocolate quente e biscoitinhos.
- Bom... Eu dou apoio moral. - Falo piscando algumas vezes seguidas ao ver que realmente não sabia fazer nada.
- Como sempre. - Diz e ri.