blue diary | nomin

By chittapotato

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Beijos e um diário azul cheio de pensamentos e vivências nostálgicas de dois melhores amigos. No instante que... More

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By chittapotato

No meio daquela festa. A música continuava tocando; agora as luzes mais enfraquecidas e uma grande quantidade de adolescentes e jovens bêbados por quase todos os cantos daquele bar.

Jaemin só queria encontrar: Jeno, o banheiro daquele local e um lugar silencioso onde pudesse ligar para sua mãe avisando que estava bem ou algo assim. Não estava bêbado, o contrário de Chenle, beijando grande parte dos garotos daquele lugar.

— Sabem onde é o banheiro? — ele falou com dificuldade, perto do garotos que se encontravam grudados na parede. Os namorados Haechan e Mark.

— É numa porta aí no corredor ao lado. Tem duas portas. Uma o banheiro, a outra um depósito. — o mais velho fez um beicinho por não saber exatamente se o que diria era certo. 

Jaemin agradeceu com um gesto, recebendo de volta um sorriso nos lábios por parte de Mark.

— Viram o Jeno? — sorriu largo e receoso, provocando um olhar de desgosto por parte de Hyuck. 

— Sim... Mas se for atrás dele apenas para se humilhar eu nem digo. — Jaemin revirou os olhos.

— Vou apenas conversar com ele... Do jeito certo... Eu prometo! — respondeu fielmente o garoto, vendo sua concordância.

Jaemin saiu daquele canto e foi em direção daquele corredor onde poderia estar o comodo que tanto precisava encontrar. Quando encontrou, se sentiu aliviado. Se olhou na frente do espelho e revirou os olhos ao notar o estado horroroso em que estava. Se aproximou daquela pia, lavando suas mãos e arrumando seu cabelo. 

— Você é bem bonito, mas está uma bosta, ouviu? — falou baixinho se encarando no espelho — Converse com Jeno, mantenha seu foco e resolva essa história de uma vez por todas.

Enxugou suas mãos e saiu daquele banheiro com o celular apitando no bolso de sua calça. Maa quando abriu a porta, deu de cara com Jeno em sua frente. Se assustou com a sua presença e travou outra vez.

— Jaemin, podemos tentar conversar mais uma vez? — falou baixo e envergonhado, perto do garoto. Não imaginava que ficaria tão triste no momento em que ele se aproximasse. 

— Eu estava indo te procurar... Como... Certo... Claro! Podemos sim! — sorriu forçado, sendo levado pela mão por Jeno até o depósito no mesmo corredor.

Abriu a porta; entraram naquele estabelecimento pouco cheio com algumas caixas, mesas e bebidas numa grande prateleira. Um lugar calmo e quieto. Não cogitava outra ideia de como o garoto conhecia aquele lugar se não por Mark. 

— Tudo bem... Vou ser rápido e não te incomodar muito com isso. Eu tô um pouco nervoso e inseguro mas quero resolver isso logo... — ele tirou uma das alças da mochila do ombro, sendo impedido por Jaemin no mesmo instante que notasse sua ansiedade descontrolada.

— Olha pra mim... — fez o mais novo olhar para seu rosto — Não se preocupe com o tempo. — mencionou calmo, sorrindo com os lábios envergonhado — Vamos resolver isso com calma.

Jeno respirou fundo, mantendo um silêncio incerto ali no meio dos dois garotos.

— Eu... Não sei por onde começar... — suspirou pesado, sendo tomado totalmente pelo receio e angústia — Me desculpe... Eu tô parecendo um idiota imediatista e impulsivo.

— Vamos direto aos pontos, explicando e dizendo tudo o que precisamos um para o outro. Não podemos deixar mais nada para segundo plano, tudo bem? — Jeno pensou por breves instantes, garantindo um clima estranho naquela sala e concordou com aquilo que o mais novo dizia — Se recorda sobre o que disse das três chaves?

— Claro que eu lembro, o que isso tem a ver? — ele riu envergonhado e pouco nervoso com aquilo tudo, gerando um sorriso forçado no rosto de Jaemin.

— As chaves eram três questões que precisava de respostas antes de dizer sobre o que sentia e tudo mais para a pessoa que gosto... — ele suspirou fundo — Reciprocidade, insegurança e o depois. Você já sabe que gosto de você muito mais do que meu melhor amigo... — mencionava os fatos com calma e tranquilidade no tom de voz, claro que não observando o rosto do mais velho pois desejava garantir sua coragem e confiança — Preciso agora que me diga se isso é recíproco, porque aquelas coisas que você me disse trouxeram dúvidas se era realmente verdade ou mentira...

— Não, não, não! Você não deveria estar começando assim... — fechou os olhos com força, se culpando internamento com tudo aquilo.

— Entendo que você tem problemas para dizer o que sente... Mas se me disse tudo aquilo... — ele sorriu envergonhado, voltando a olhar para seu rosto.

Na Jaemin carregava aqueles olhos tristes consigo na conversa, aquilo poderia doer completamente Lee Jeno.

— Eu precisei mentir para que você me deixasse em paz. — a garganta de Jaemin se formou um nó. Ele sentiu seus olhos marejarem bruscamente, ainda olhando para aquele rosto.

Deveria fugir dali, era aquilo que o seu corpo todo implorava naquele instante. Jaemin estava se machucando e se corrompendo consigo mesmo enquanto se mantia naquela situação. O que não era diferente de Jeno. Os dois estavam quebrados pela distancia. Eram duas almas gêmeas machucadas uma pela outra.

— Ah... Estou começando a me sentir mal! F-foi uma má ideia! Eu preciso ir embora! — desviou o olhar de Jeno, mas ele rapidamente respondeu algo antes que Jaemin agisse por conta própria.

Eu escrevi para você! — mencionou firme, tirando a mochila de suas costas e abrindo-a com calma e tirando dela o seu diário — Eu sabia que iria travar na hora, então eu escrevi sobre você e esse foi um dos poucos motivos pelos quais não insisti que não lesse o diário. — Jaemin olhou para seus olhos, vendo-os enxarcados de medo e desespero — Isso está doendo em mim também, mas preciso que fique aqui comigo só mais um pouco...

O mais novo sentiu o peito doer bruscamente e lágrimas caírem sobre suas bochechas em lentidão e silêncio. Ele mesmo as secou e concordou com as palavras do outra a sua frente.

— Me diga logo! — mencionou com um pouco de dificuldade, fechando os olhos com força e fungando o nariz.

Jeno suspirou pesado, incapacitado com aquela situação que Jaemin se encontrava. Embora se culpasse internamente por causar aquele efeito naquele de cabelos tingidos, ele precisava focar naquilo que faria logo em seguida.

Ele abriu nas páginas marcadas anteriormente pela tarde, segurando com força a capa com as pontas dos dedos e tentando tomar coragem de quebrar aquele silêncio e ler tudo o que escreveu sobre o seu melhor amigo.

Eu já pensei em trilhões de escapatórias e teorias contra tudo o que falei e fiz naquele dia em que me desentendi com Na Jaemin. Não deixo de me sentir um idiota e grande babaca por tudo que possivelmente estive lhe causando nesse momento de ausência. Eu não gosto de lhe ver chateado ou magoado. — olhou de relance e rapidamente para o rosto do garoto a sua frente, voltando em instantes para a folha do diário — Não consigo expressar o que sinto, mas eu amo Jaemin tanto quanto amo a minha vida. Preciso buscar uma maneira de aprender a dizer isso sem parecer um idiota ou sem noção, como costumo pensar. — ele foi interrompido.

— Isso queima... — comentou em sussurro, sentindo o coração se acalmar e as lágrimas pararem logo depois.

Sinto medo do olhar dele, da maneira como pensa e fala quando me dá algum sermão ou bronca. Somos melhores amigos, claro, é a sua obrigação me dar um puxão de orelha quando erro ou começo a pensar em fazer besteira. — Jaemin se aproximou dele, colocando as mãos sobre as mãos nervosas e pálidas que seguravam o caderno com força.

— Jeno— o mais velho lhe interrompeu frustrado.

— Me deixe terminar. — murmurou em tom de voz irritado, suspirando fundo e não olhando para mais nenhum lugar sem ser a página do diário — Eu penso em tudo o que ele faz e a cada instante tento evitar errar ou lhe irritar, porque eu só quero lhe ver sorrindo e rindo ao meu lado, e não frustrado porque...— Jaemin calmamente tirou o diário de suas mãos e fechou lentamente, calando sua leitura.

— Jeno, isso não vai dar certo. Você precisa parar de se preocupar comigo e dizer logo o que você sente... Estou ficando cansado dessa enrolação toda mesmo não estando em posição de te julgar... — pegou o diário e pões contra sua barriga, não deixando de olhar pouco mais de perto o rosto do coreano — Me diga o que você também sente?

Lee Jeno não conseguia pensar em mais nada, não conseguia negar ou esconder mais nenhum segundo tudo o que guardava dentro de sí só. Jeno estava o caco e apenas queria chorar nos braços daquele garoto.

— Desculpa... — disse em tom baixo, olhando ainda para o chão — Não queria ter dito aquilo após nosso beijo muito menos ter mentido para você. Mas eu precisei, porque estava irritado, você disse para Chenle sobre nossos beijos e tudo mais. Agora eu entendo que foi egoísmo... Eu só precisava pensar no que fazer, mas você também disse aquilo tudo e não consegui pensar em mais nada. Apenas explodi. — olhou para Jaemin, não conseguindo evitar seus olhos tomados de tristeza e desgosto consigo mesmo.

— Você não deveria se desculpar por essas coisas... Foram reações espontâneas e, como disse, estava irritado! Eu quem deveria tomar responsabilidade sobre isso já que fui eu quem contei algo íntimo nosso para Chenle... — pensou por mais alguns segundos — Bom... Somos adolescentes, ainda estamos nos descobrindo como pessoas. Fazemos besteira e não pensamos antes de agir ou falar, isso está tudo bem. Nós dois erramos, conjuntamente.

— Muito mais eu do que você.

— Não! Nós dois erramos nisso tudo. — respondeu firmemente — Me desculpe por ter dividado de sua insegurança e de seus receios; de ter dito algo pessoal para Chenle e me desculpe por ter dito sobre o que sentia na hora errada, isso apenas te sobrecarregou.

— Não... Eu deveria ter previsto que isso daria errado. Eu fui burro e descuidado!

— Descuidado? — questionou, vendo ele mesmo concordar com a cabeça logo em seguida.  

— Por que não seria? — riu envergonhado e pouco nervoso — Eu tenho estado guardando guardando muita coisa para me proteger e priorizar nossa amizade; até que nos beijamos! Nos beijamos e tudo o que eu tinha posto sobre controle se desencadeou e intensificou.

— Isso é sobre o que...?

— Sobre o que perguntou, não precisava de respostas? — suspirou fundo e seus olhos instantaneamente se encherem de lágrimas — Eu amo você; muito mais que um simples amigo, entretanto isso poderia me machucar porque o meu medo também era que não fosse recíproco! — deu de ombros, sorrindo fraco com os lábios — Fiz tudo isso por prevenção, não podia deixar que descobrisse o meu maior segredo. Você é o meu primeiro amor. Já estava comecei a imaginar coisas com você, isso que me torna descuidado. — seu sorriso decaiu, e desta vez só contia em seu rosto um olhar triste e chateado sobre o menor. 

— Então isso é recíproco? Você também sentiu o que eu senti?! — se espantou com o próprio tom de voz.

— Sim! É recíproco, eu senti tudo aquilo também mas estava com medo de perguntar. — olhou para o rosto do garoto, tomando uma forte cor em seu rosto pelo nervosismo e angústia — Você não estava errado.

— Meu Deus, isso me deixa de alguma forma tão aliviado! — mordeu o lábio inferior, sorridente, embora tomado por incertezas ainda — Eu te amo, Jeno... — bruscamente tirou o sorriso do rosto, se controlando conforme as emoções surgiam — Inseguranças. Renjun...? Como você... O que você vai fazer sobre isso? O que sente sobre ele?

— Não sei bem explicar o que sinto por Renjun... Ele é como um sentimento existente, mas não predominante. Não penso tanto nele quanto deveria...

— Uhm... — suspirou pesado e incerto — Você sabe que eu não gosto dele por perto. Isso poderia ser um problema, concorda? Segundo tudo o que me disse, poderia ser o motivo para nos separarmos outra vez.

— Nós podemos dar um jeito nisso! Eu sei que podemos resolver essa questão.

— Como pensa em resolver isso?

O garoto se calou por breves segundos e pensou. Ele refletiu sobre tudo o que teria lhe dito e qual seria a resposta para aquele problema.

— Renjun e eu nos tornamos ótimos amigos nesse tempo que estivemos sem nos falar. Eu gostaria de mante-lo por perto só mais um pouco para saber o que realmente sinto por ele. — Jaemin sorriu de canto, incerto do que seu melhor amigo falava — Ele me ajuda a entender minhas ideias com mais facilidade do que você e...

— Está tudo bem! — disse, pouco frustrado — Você pode mante-lo por perto, mas não de mim! Eu me sinto inseguro com a sua presença e temo seus modos... Só não tente me falar sobre ele e muito menos que se aproxime de mim...

O mais velho concordou com as palavras de Jaemin, sorrindo um pouco com os lábios, ainda agonizando com a situação que se encontravam, mas não tanto quanto anteriormente.

E agora? — perguntou baixo, envergonhado — Qual a sua última dúvida?

— Eu... Gostaria de saber o que faremos depois dessa festa, dessa noite... Semana... Eu quero saber o que acontece depois? — suspirou pesado — Voltamos a ser o que éramos antes?!

— Sobre isso... — se aquietou por poucos minutos e logo, suas bochechas tomaram cor bruscamente, e suas sobrancelhas se ergueram em reação aos pensamentos — Pedirei sua mão em namoro para seus pais. — afirmou, vendo a reação do garoto a frente surpreso — Não vejo por que não ficarmos juntos se nossos sentimentos são mutuos e claro, não necessariamente agora! Nós podemos esperar algum tempo para ver se isso é realmente uma boa ideia e no que dará nossa relação e essa minha situação com Renjun... O que você acha sobre isso?!

— Isso... É uma ideia válida! — ele riu brevemente, aparentando o quão nervoso e surpreso estava pelo o que Lee Jeno lhe dizia — Nós podemos tentar isso!

Eles riram simplistas e entusiasmados pela ideia e a conversa completada com sucesso. Estavam cheios de esperança e animação. Seus olhos eram carregados pelo amor juvenil e inocente que tanto escondiam e agora, finalmente, poderiam gozar dele sem preocupação alguma.

Na Jaemin naquele instante silencioso, puxou o mais velho para mais perto e tomou seus lábios em um selar inocente e cheio de sentimentos, notando a retribuição por parte de Lee Jeno no mesmo instante, em questão de segundos.

Jeno abraçava sua cintura e aproveitava muito mais daquele contato e inundação de sentimentos e sensações novas e antigas; quase indecifráveis. Ambos corações estavam acelerados. Palpitavam freneticamente apenas com aquele contato dos dois. Se beijavam com amor. Se beijavam da forma como esperavam e ansiavam desde o inicio. 

— Isso foi a melhor coisa que poderia ter me acontecido dentre esses anos. — o alaranjado sorriu largo ao ouvir aquela frase pós-beijo e recebeu outros dois selares por parte de Jeno — Eu te amo... — falou baixinho, abraçando aquele pequeno corpo próximo ao seu. 

— Eu também te amo; muito, muito, muito... — fussurrou afastando seu rosto do dele, olhando para-o — Voltaremos a falar sobre essas coisas ainda, tudo bem?

— Claro, com toda razão. — passou sua mão entre aqueles cabelos alaranjados, fazendo ali um carinho — Vamos voltar para a festa, aproveitar a noite, uhm?

— A festa está longe de acabar. 

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