Lealdade de Um Consorte - (Dr...

By EduardaCrislley

457K 33.6K 41.1K

Draco e Harry tem uma profecia à cumprir ... Será que eles vão conseguir passar por todos os obstáculos que... More

Capítulo 1
Capítulo 2
Capítulo 3
Capítulo 4
Capítulo 5
Capítulo 6
Capítulo 7
Capítulo 9
Capítulo 10
Capítulo 11
Capítulo 12
Capítulo 13
Capítulo 14
Capítulo 15
Capítulo 16
Capítulo 17
Capítulo 18
Capítulo 19
Capítulo 20
Capítulo 21
Epílogo

Capítulo 8

21.3K 1.6K 1.2K
By EduardaCrislley


Quando Harry e Lucius entraram nos aposentos de Severus, a falta de jeito que Harry pensara que haveria, era inexistente havia horas. Ele sentia um quê mais seguro com o conhecimento de que Lucius era bom, realmente bom por dentro; isso tornou tudo mais fácil. "Estou feliz por termos tido uma chance de conversarmos." Harry disse enquanto se aproximavam das masmorras.

"Também estou, você é um excelente contraponto para Draco." Lucius respondeu. Ele bateu de leve no que parecia ser uma parede, e uma porta apareceu. Draco estava do outro lado, um sorriso gentil no rosto.

"Pai, Harry, tudo correu bem?" Ele perguntou enquanto os fazia entrar. Harry meramente lhe sorriu, tomando sua mão e a apertando levemente. Draco sentiu sua calma; a tempestade que sempre estava se formando por detrás de sua fachada fria se fora.

"Ah, o Pai lhe deu um presente maravilhoso." Ele disse simplesmente. Harry sorriu e beijou delicadamente sua têmpora.

"Como foi o seu dia?" Ele perguntou baixinho enquanto Draco os guiava até a sala de estar de Severus. Sofás de camurça bordô estavam dispostos ao redor da lareira. Um grande e intricado tapete oriental jazia sob eles, uma antiga bandeja de chá já preparada na mesa de café, pastéis e alguns sanduíches já estavam dispostos em pratos que combinavam com talheres de prata ao lado deles. O mestre de Poções estava sentado em uma poltrona de camurça bordô, uma xícara de chá nas mãos.

Para Harry, ele parecia muito mais relaxado que o normal; provavelmente era porque ele estava em seus próprios aposentos, no entanto, quando ele ergueu o olhar e sorriu com amor para Lucius, e Harry assistiu enquanto as linhas desapareciam de seu rosto, e as sombras em seus olhos eram substituídas por luz, ele concluiu que era por causa da companhia. Draco o trouxe de volta de seus pensamentos ao responder sua pergunta.

"Meu dia foi muito bom, muito relaxante. Sev e eu falamos sobre o Palácio dos Antigos no Reino Élfico; eu esperava que nós pudéssemos ir até lá para o Natal." Ele disse baixinho. Harry se sentou na parte do sofá mais próxima do fogo. Draco sentou-se a seu lado e se inclinou, apanhando uma xícara de chá para ele. Harry sorriu em agradecimento e tomou um gole e suspirou; uma colher de creme, duas de açúcar, exatamente como ele gostava.

"Isso é maravilhoso, Draco, e nós visitaremos o Reino para o Natal, o Pai me disse que uma reunião acontecerá nessa época. Acredito que eu tenho que ir, assim como você." Os olhos de Draco se suavizaram e ele sorriu para Harry e então para o pai deles.

"Isso é ótimo, estou certo de que o Pai lhe contou sobre a Corte e o Conselho."

"Se Corte e Conselho são mais ou menos a mesma coisa, então ele contou, sim." Harry disse gentilmente. Ele voltou-se para Lucius, que se sentara no braço da poltrona de Severus e estava correndo uma de suas mãos longas e elegantes pelo cabelo negro como tinta de seu Consorte. "Quando nós teríamos de ir?"

"Eu lhes darei uma chave de portal, que os levará diretamente para a Mansão." Ele disse, observando as mechas sedosas e negras caindo em meio a seus dedos. "E então nós viajaremos para o Reino juntos. A primeira vez ali é uma experiência fascinante, estou certo de que você apreciará, Harry." Ele sorriu gentilmente. "Você está escondendo alguma coisa, amado." Ele disse baixinho para Severus. O professor meramente olhou inocentemente para sua xícara de chá, antes de tomar um gole.

"Oh?" Ele perguntou, um sorriso minúsculo curvando seus lábios. Lucius bufou deselegantemente e então se amuou.

"Você não vai me contar?" Ele perguntou. Draco os assistiu com divertimento e afeição; Harry estava estarrecido; Lucius Malfoy... Amuado? Aqueles três nunca cessavam de surpreendê-lo.

"Não."

"Nem se eu adivinhar?"

"Não, querido."

"Você está sendo cruel, Sev." Severus ergueu o olhar para seu Lorde e deu uma risadinha.

"Se alguém visse o grande Lucius Malfoy implorando e amuando-se, eu acredito que sua reputação estaria em frangalhos." Ele disse atrevidamente. Lucius suspirou e rolou os olhos.

"Muito bem então, guarde seu segredo, eu descobrirei mais cedo ou mais tarde."

"Isso você irá, é uma surpresa até o Natal." Severus disse simplesmente e ele deu uma piscada a seu afilhado e seu esposo. Draco riu e Harry sorriu. Lucius piscou e então arqueou uma sobrancelha e fungou.

"Tudo bem." Ele disse, ofendido, mas então a falsa bravata caiu e ele se inclinou e beijou Severus amorosamente. "Eu ainda amo você, apesar disso." Severus cantarolou de contentamento.

"É claro que sim, eu também te amo." Ele disse baixinho. Eles encararam um ao outro por alguns momentos, e Harry se sentiu distintamente deslocado com tal demonstração de afeto entre dois homens usualmente frios.

Nós todos vestimos máscaras. Draco sussurrou em sua mente. Harry voltou-se para ele e sorriu.

"Eu já ouvi demais essa frase. O que ela quer dizer?" Ele perguntou delicadamente. "Eu sei que vocês costumam por uma faceta para manter as pessoas longes de seus negócios," ele piscou, "e pensando nisso, você ainda o faz." Draco assentiu.

"É claro. Os sonserinos são conhecidos por serem engenhosos e ambiciosos. Por serem covardes, mas cruéis, e sarcásticos, assim como por serem bruxos e bruxas sangue-puro. Todos nós supostamente somos Comensais da Morte em treinamento, fortemente envolvidos comas Artes das Trevas, e sempre conhecidos por seguirmos Lordes das Trevas." Draco disse, Harry o olhando perplexo.

"E isso não é verdade?"

"Bem, nós todos somos engenhosos e ambiciosos, e nós cuidamos de nós mesmos primeiro e dos outro depois. No entanto, a Sonserina é uma Casa muito leal. Nós podemos não ser amigos entre nós, podemos ter uma hierarquia dentro da Casa, e nós também podemos parecer muito próximos, mas quando se trata da nossa Casa, nós a respeitamos o suficiente para permanecermos como uma frente unida contra todas as outras oposições; principalmente as outras Casas de Hogwarts." Ele disse.

"Você está me confundindo." Harry disse baixinho. Severus deu um risinho.

"Harry, você teria de viver na Sonserina para captar a essência do que Draco está tentando te explicar. Você vê o que nós projetamos, no entanto, você nunca viu como nós realmente agimos, quando estamos em nosso próprio meio."

Harry achou melhor não mencionar que estivera no Salão Comunal deles no segundo ano; isso poderia lhe custar alguns dos pontos que ganhara com aqueles três homens.

"Bem, então acho que isso poderia ser arranjado, para que nós vivêssemos ali, certo? Quero dizer, Draco e eu não temos de viver em nossos aposentos?" Lucius balançou a cabeça; sinos minúsculos cantando lindamente enquanto ele o fazia.

"Não, claro que não, aqueles aposentos foram um presente de casamento meu e do Diretor. Blaise me contou que o quarto antigo de Draco ainda está como ele o deixou. Estou certo de que o Diretor verá isso positivamente." Lucius escarneceu e Severus bufou.

"Aquele homem vê tudo positivamente; é enojante."

"Ora, ora, Sev," Draco disse delicadamente, "não é porque você é um pessimista perpétuo que pode falar assim do professor Dumbledore." Severus arqueou uma sobrancelha.

"Olha quem fala." Ele parou por aí. Draco corou e Harry o olhou com ávido interesse.

"O que ele quer dizer com isso?"

"Oh, nada, querido, é só que eu realmente chamo o professor Dumbledore de professor Dumbledork , pelas costas." Harry estava horrorizado.

"Draco." Draco lhe sorriu, desarmando-o.

"Ele favorece todas as outras Casas em prol da Sonserina, e sempre faz decisões ruins em relação a você e à sua vida. Ele tem agido estupidamente. Todos aqueles picolés de limão o deixaram amalucado." Severus riu, assim como Lucius e mesmo Harry teve de abrir um sorriso; a lógica de Draco era imbatível.

"Tudo bem, divirta-se às custas dele." Harry disse. Draco suspirou e pousou a cabeça no ombro de Harry. Imediatamente, Harry mudou de posição, para que eles pudessem se apoiar um no outro confortavelmente. O par mais velho os observou com sorrisos nos rostos. "Eu queria te agradecer." Ele sussurrou. Draco suspirou contente.

"Pelo quê?"

Harry parou, mas então continuou, por me dar uma família que me ama. Draco se sentou e o olhou.

Você não considera a família do Weasel como sua?

Não, não de verdade. Quero dizer, eles são a minha família, de certa forma, mas não assim. Ele gesticulou em direção a Severus, Lucius e então ao seu redor. Nunca assim. Os olhos de Draco brilharam e ele se inclinou uma mais vez para Harry e se enrodilhou mais perto.

Fico feliz por você ser feliz conosco. Não somos como os Weasleys; não tão barulhentos, e ruidosos, na maior parte das vezes, nossas noites são assim, silenciosas.

Eu prefiro assim.

Obrigado por nos ter como sua família. Draco disse zombeteiro. Harry deu uma risadinha e beijou sua testa.

"Durma, se quiser, eu consigo perceber que você está cansado."

"Uh huh, alguém me deixou acordado até tarde ontem." Ele murmurou e Harry corou enquanto Severus e Lucius riam baixinho às suas custas. Draco adormeceu com seu esposo correndo os dedos por seu cabelo.

"Você realmente se importa com ele." Severus disse enquanto observava o ex-atormentador de sua existência assistindo seu Consorte dormindo. Harry assentiu e ergueu o olhar para eles.

"Eu me importo." Ele disse simplesmente. "Ele se preocupa terrivelmente com vocês dois." Ele sorriu. "Também estou começando a me preocupar. A tensão no vínculo de vocês é quase palpável, estou sentindo isso desde que entrei." Ele disse; mesmo sentindo a pressão, a incerteza, o vínculo estava lutando para aceitar o que acontecia com os dois cônjuges. Severus suspirou.

"Há muitas coisas que nós temos de fazer, que põem nossas vidas em risco todos os dias." Ele começou, "nós as fazemos há vinte anos. A separação, o perigo... A traição..." Ele apertou a mão de Lucius para confortá-lo, "tudo isso faz o vínculo se enfraquecer, e isso também deixa o vínculo raivoso. Eu tenho de te contar algo, Harry, e você nunca deve dizer uma palavra sobre isso a Draco, entendido?"

"Sim," ele disse, incerto de conseguir manter qualquer coisa oculta de seu Consorte. Lucius deu a Severus um aceno para que ele continuasse e o que o mestre de Poções contou a Harry fez o seu coração deste parar.

"Lucius é o amante do Lorde das Trevas." Severus disse baixinho.

"Impossível." Harry sussurrou; seu rosto estava pálido, seus olhos arregalados. "Voldemort, é... Ele é um monstro, não um homem, como... Quando... Oh Deus, acho que vou vomitar." Ele olhou para Lucius, que estava olhando as chamas. "Como você pôde deixar aquilo tocar em você?"

"Nós todos temos nossos papéis a representar." Lucius disse, seus olhos assombrados quando ele se voltou para Harry. Severus aumentou o aperto na mão de seu esposo e falou por ele.

"Quando fomos trazidos para os serviços do Lorde, ele imediatamente adquiriu um apreço pela aparência de Lucius; com e sem o encantamento, Lucius é um ser muito belo. E por ele ser um Elfo e ser ainda mais belo sem o encantamento, que o faz parecer um bruxo comum, Voldemort começou a desejá-lo. Nós estávamos e ainda estamos a seus serviços, Harry."

"Vocês não tiveram muita escolha, tiveram?" Harry disse tristemente enquanto olhava seu sogro. Lucius balançou a cabeça.

"Não, Sev e eu ainda estávamos batalhando contra a depressão que vinha com a nossa separação." Ele pausou e então acrescentou, "não apenas isso, mas também a perda de nossa criança, e meu casamento subseqüente a Narcisa, tudo ficou ainda pior. Esse foi o golpe final. Traição em um vínculo como esse não traz leves conseqüências. O vínculo é quase consciente, como uma pessoa, por unir duas pessoas, nada exterior deveria tentar afetá-lo."

"Por Lucius e eu já estarmos apaixonados, o vínculo imediatamente assumiu seu lugar. Ele nos deixou mais próximos do que nunca. No entanto, quando nossas vidas foram separadas uma da outra, ele insistiu em tentar nos aproximar novamente; nós sonhávamos um com o outro todas as noites, tínhamos dores de cabeça, depressão, náusea, tudo o que podia acontecer aconteceu. Com o tempo, ficou ainda pior para Lucius. Ele tinha de ter um herdeiro, o que implicava que ele teria de dormir com sua esposa, o que ele não queria, e o vínculo que nós temos lutou contra ele o tempo todo."

"O que aconteceu?" Harry perguntou tão baixinho que eles tiveram de se esforçar para ouvi-lo.

"Por eu estar quebrando meus votos... O vínculo se tornou doloroso. Após eu ter dormido com Narcisa, dor e agonia corriam por mim como fogo. Era extremamente desagradável." Ele deu de ombros, "então Lorde Voldemort me quis... Simplesmente doía." Ele tremeu. "No entanto, conforme os anos passavam, Voldemort foi derrotado, Narcisa teve Draco depois de eu ter dormido apenas uma vez com ela, e eu nunca mais a toquei desde então, mas os efeitos da nossa separação pioraram."

"Nossos corpos precisaram de um longo tempo para se adaptarem à constante tensão da nossa separação." Severus disse. "Estou certo de que você sempre se perguntou por que Lucius e eu parecíamos estar cobertos da cabeça aos pés todos os dias, mesmo quando era verão."

"Sim."

"Bem, a resposta é que nós nunca conseguíamos ficar aquecidos." Harry inclinou a cabeça. "Você descobrirá que se ficar longe de Draco por longos períodos de tempo, a sua temperatura corporal cairá, deixando você frio e entorpecido. O fogo não ajudará, banhos quentes de banheira ou duchas quentes também não. Seria como ficar do lado de fora no meio do inverno, com nada além de shorts e camiseta." Os olhos de Harry se escureceram com tristeza e raiva.

"Você quer dizer que vocês dois sofreram assim?" Harry perguntou e os dois assentiram. "Tudo por causa do imbecil do seu pai e daquele Voldemort desgraçado?"

Lucius sorriu de desdém, "Bem, eu nunca ouvi posto assim, mas sim, é essa a essência. Agora, por podermos lentamente ficar mais em contato um com o outro, o vínculo está se estabilizando."

"Bom." Harry disse enquanto se movia; Draco se enrodilhou mais perto dele e ele sorriu afetuosamente enquanto corria os dedos por seu braço. "Não quero trazer memórias horríveis à tona ou nada do tipo, mas como Voldemort pode... Bem, você sabe... Ele não é humano."

"Ahh, é aí que você se engana." Lucius disse baixinho. "Ele é muito humano agora, ele recuperou sua forma humana, graças a alguns de seus aliados." O sangue de Harry gelou.

"Quem tem o poder de dá-la de volta a ele?"

"Dragões." Severus disse simplesmente. Harry praguejou.

"Maldição," ele disse bruscamente, "eu li que o sangue deles pode fazer muitas coisas."

"Sim, foi o sangue deles que o deixou completo, e esse sangue também o deixou três vezes mais poderoso do que ele era." Lucius disse baixinho. "O fim está chegando, Harry, você precisa estar preparado." Ele olhou para Draco e seus olhos se enevoaram. "Você tem muito mais pelo que lutar do que antes." Harry seguiu seu olhar até o rosto sereno de Draco enquanto o medo o preenchia.

"Sim, eu tenho."

Eram quase três horas da manhã quando Lucius abriu os olhos, seu olhar se aguçando rapidamente na escuridão. Severus murmurou sonolento e se enrodilhou ainda mais perto dele, sua cabeça jazia no ombro de Lucius e seu corpo estava entrelaçado com o seu. Lucius sorriu amorosamente para seu Consorte, mas então olhou ao seu redor em busca do que o acordara. Lucius se soltou silenciosa e agilmente de Severus e se ergueu graciosamente da cama, ele olhou pelo chão, suas roupas estavam espalhadas, e finalmente achou as suas vestes do dia anterior. Deslizando para dentro delas, ele atravessou o corredor curto; um fogo alegre o saudou, assim como uma pequena garota Élfica.

"Bênçãos, Lorde Supremo Lucius, sou uma representante do Alto Profeta." Ela disse, fazendo uma reverência baixa para ele. "Sinto perturbá-lo em tal hora, seu Consorte deve estar irritado." Ela corou e Lucius lhe sorriu gentilmente.

"Você veio em uma hora oportuna, nós terminamos nossa sessão de amor há uma hora, então você está a salvo." Ele disse divertido enquanto ela ficava ainda mais vermelha. "Se você me acordou antes do amanhecer, deve ser muito importante." Ela assentiu e deu um passo em sua direção e lhe revelou uma sacola de seda de tamanho médio. "O que é isso?"

"Um livro, um livro muito importante." Ela disse simplesmente. "O Alto Profeta quer que você o tenha." Ele arqueou uma sobrancelha.

"Por quê?" A garota sorriu delicadamente.

"Você passou no teste dele." Lucius piscou. "Ele lhe enviou uma visão do que estava por vir, a profecia de seu filho e de seu Lorde. Você a escreveu, como ele fez há milhares de anos. Você contou a seu filho, você o guiou bem, agora você deve guiar seu Lorde, ou esse mundo perecerá. Você tem muitas coisas a fazer, mas primeiro deve ler isto. Essas são as instruções dele."

"Só porque eu passei no teste dele?"

"Sim, era um teste muito importante." Ela fez outra reverência para ele. "Você é o sucessor dele." Lucius sentiu seu coração parar. "Você será o próximo Alto Profeta, você receberá seu conhecimento infinito quando seu último suspiro deixar seu corpo. Seu fim está próximo." Ela disse tristemente. "Eu lhe imploro, apresse-se e leia isto, e quando você vier à Corte, procure por mim, seu tempo com o Alto Profeta começará então."

"Mas..."

"Eu não posso responder suas perguntas, você deve ler. Eu o deixo com as bênçãos da Deusa, seja sábio e fique protegido de toda a escuridão que o envolve." Ela disse e sumiu. Lucius permaneceu ali por alguns momentos breves, antes de tirar o livro de seus envoltórios. Ele se sentou e tocou o brasão que conhecia tão bem; o brasão Malfoy, dragões gêmeos, rugindo, chamas de vermelho e verde jorrando de suas bocas, suas garras erguidas para a batalha, e a lua e o símbolo para o poder no fundo.

"O que isso significa?" Ele murmurou para si mesmo enquanto abria a capa gasta, e seus olhos se arregalaram com as palavras que estavam escritas na primeira página.

Bênçãos Minha Criança,

Lucius, se você está lendo isso, então meu tempo como Alto Profeta está terminando. Foi um prazer, e grande alegria andar nessa Terra do começo até agora. Eu assisti seus ancestrais se tornarem mais e mais dependentes das vertentes negras da magia, e eu assisti a você e a sua criança se destacarem dentre eles como luzes puras em um oceano de escuridão.

Você provavelmente está se perguntando por que a minha criada lhe trouxe um livro com o brasão da sua família. Bem, eu devo lhe contar que também sou parte de sua família. Eu sou o Primeiro Filho da linhagem Malfoy. Meu Pai foi Lucien Deveroux Lennox Malfoy, ele foi o primeiro de nosso longo legado. Minha Mãe, que a Deusa a abençoe, era uma Elfa, então eu também me tornei um Elfo. Ao atingir a idade legal, escolhi deixar o mundo bruxo para trás. Por tal desafio, o Pai me deserdou, meu nome foi riscado da Árvore da Família... Assim ninguém saberia de mim.

É hora disso mudar.

Esse mundo cheio de magia está no limite. Esse Lorde Voldemort, é a Escuridão mais poderosa que esse mundo já viu. Harry Potter foi escolhido para destruí-lo, no entanto, se o fizer sozinho, ele também pereceria, e a magia liberada pela morte conjunta desse dois cancelaria todas as outras formas de magia existentes, incluindo todas as raças Antigas. Eu espero que isso o alcance em tempo. Você correspondeu a todas as minhas outras expectativas, e eu ficarei muito feliz em vê-lo em breve. Já se foram muitos séculos desde que conheci um Malfoy pessoalmente.

Você é meu sucessor, você será Alto Profeta pelo resto dessa existência Terrena, é hora de você voltar para casa. Venha para casa, Lucius, encontre minha criada nas escadas do Palácio, e traga seu Consorte, ele é uma linda luz a seu lado, e o ajudará a governar bem. Espero ansiosamente.

Bênçãos da Deusa, fique forte e verdadeiro, não desse o seu mal destruir a beleza que jaz dentro de você.

Com Amor,

Demetrius Alexander Malfoy.

Lucius não pôde fazer nada além de encarar. Ele releu a passagem diversas vezes, e as palavras ainda eram as mesmas. Um Malfoy, um Malfoy era o Alto Profeta da Raça Élfica, fora nascido e criado como um bruxo e ainda assim...

"Oh Deusa..." Ele murmurou. Passos baixos se aproximaram dele e ele voltou-se e olhou seu Consorte com os olhos arregalados. Severus o olhou por um momento, antes de correr para seu lado.

"Luc, amor, o que foi?" Ele perguntou. Lucius meramente o deixou ler a carta. Ele viu os olhos de Severus se arregalarem. "Merlin, é verdade?" Ele foi para a página seguinte, onde estava a árvore genealógica da família. Logo abaixo do nome dos primeiros Malfoy estavam dois nomes: um era Devon Lucien Malfoy e o outro, Demetrius Alexander Malfoy. O par vinculado trocou um olhar espantado.

"É verdade." Lucius murmurou. "Nunca pensei que fosse possível que houvesse mais Elfos na linhagem Malfoy além de mim e de Draco."

"Bem, agora você sabe." Severus disse baixinho. "Nossa, você vai ser o Alto Profeta, fantástico, de verdade." Ele sorriu. "Vamos ler, então?" Lucius sorriu para seu Consorte enquanto o homem de cabelos escuros se moldava a seu lado enquanto eles se sentavam para ficarem confortáveis.

"Sim, vamos."

Continue Reading

You'll Also Like

272K 40K 73
Eu fui o arqueira, eu fui a presa Gritando, quem poderia me deixar, querido Mas quem poderia ficar? (Eu vejo através de mim, vejo através de mim) Por...
1.1M 119K 59
Com ela eu caso, construo família, dispenso todas e morro casadão.
57.6K 7.8K 4
Draco gostava de roupas fofas, moletons rosas, glitter, saias e brilho labial de morango. Isso era um problema para a sociedade à sua volta; Harry go...
1.4K 122 8
[aviso] essa história pode conter gatilhos leia pelo seu próprio risco onde wei WuXian achou que finalmente sua vida estaria perfeita mas um evento i...