Mulher no Poder (Em Revisão)

Por rachelmps

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Melanie Fiorenzza tem 22 anos, é a filha mais nova do chefe da máfia italiana. Seu pai, o líder, está tentand... Más

Sinopse
Prólogo!
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Aviso
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Eu e Ele
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Agradecimento 💜
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Por rachelmps

Melanie

Os dias passam. Não recebo nenhuma palavra de meu pai. Não me surpreendo, eu sabia que seria difícil convencê-lo de que sou forte o bastante, mas foi mais difícil do que imaginei.

Suspiro e olho minha filha no berço.

Não vejo Dante desde que ele entrou nesse quarto sem permissão, e eu o mandei embora.

Escuto uma batida na porta que me afasta dos meus pensamentos.

- Entre - sussurro.

A nova funcionária Rue, que foi designada a mim, entra timidamente.

- Muitas horas que não come nada, senhora - diz Rue - Quer que eu traga um lanche para a senhora?

Ela tem razão, comi pela manhã cedo, mas não senti vontade de almoçar e já estamos na metade da tarde.

- Sim, por favor, Rue - digo - Eu adoraria, obrigada.

Ela acena.

- Com licença - e sai novamente.

Me afasto do mei bebê dormindo e observo o tempo pela janela.

Um céu cinza se exibe, o tom escuro e morto se assemelha a meu estado de espírito desde que retornei a essa casa.

Eu retornei para cá depois de meses fora, fugindo e tentando sobreviver, mas eu sinto que aqui nessa casa, eu sou uma prisioneira.

Rue retorna com minha comida.

Ela deixa na mesinha no canto.

- Obrigada - digo.

Ela se vira para mim e me observa.

- Desculpe a intromissão senhora, mas parece cansada - murmura - Se quiser eu posso ficar de babá para a menina.

Balanço a cabeça.

Mesmo estando sem dormir a noite tendo que cuidar de Gina, eu não quero ninguém cuidando da minha filha. Eu não confio.

- Eu agradeço - falo sinceramente - Mas eu mesma quero cuidar da minha filha.

- Tudo bem - ela acena - Se precisar de mim é só chamar, senhora.

- Obrigada Rue.

Quando ela sai me aproximo da bandeja com comida. Mesmo sem fome, me forço a comer.

Depois disso, acabo adormecendo.

♧◇♡♤

Acordo sentindo uma carícia em meu rosto.

Abro os olhos lentamente.

E vejo Silas, meu marido. Sentado na cama enquanto me acaricia.

- Silas? - pergunto confusa - O que está fazendo aqui?

- Você adormeceu - me responde - Pedi que uma das funcionárias cuidasse de Rue e deixasse você dormir.

Franzo o cenho confusa.

- Por quanto tempo dormi?

- 12 horas no mínimo, pelo que Rue me relatou.

Observo o tempo lá fora, já é noite.

Sento-me na cama.

- Vou pegar minha filha - digo e tento me afastar dele, mas segura meu braço.

- Você está exausta, Melanie - diz - Não come, não dorme, tem agido como louca quando se trata da nossa filha.

- Eu faço isso para proteger minha filha - argumento.

- Nossa filha, Melanie - me diz seriamente - E você está ultrapassando os limites, precisa cuidar de você também.

Eu sei que ele está certo, mas eu não quero dar o braço a torcer.

- Eu farei qualquer coisa a meu alcance para proteger nossa filha - sussurro - Qualquer, Silas.

- E você acha que eu não? - ele me pergunta.

Posso ver a raive e a mágoa em seu olhar.

- Não sei - admito - Você queria um filho homem.

Ele endure seu rosto.

- Eu estava esperando, esperando você se acostumar e retornar a pessoa que você era antes de partir, mas eu já vi que isso não vai acontecer não é mesmo?

Ele se levanta e se afasta de mim.

Encaro suas costas, sem ver seu rosto, não consigo imaginar o que ele está sentindo ou pensando.

Ele se vira para mim. Seu rosto frio, sem expressão.

- Você mudou, Melanie. Eu mudei - murmura - Nós mudamos e não somos as mesmas pessoas de quando nos casamos, mas há uma coisa que continua a mesma para nós dois, não há nada que não fariamos para proteger nossa família. Lembre-se disso.

Dito isso, ele vai embora.

Suas palavras me perfuram, porque eu não sei o que devo sentir por esse homem.

♧◇♡♤

No outro dia, permite que Rue e outra funcionária cuidassem de Gina para mim, porque recebi o convite de Olívia, Serena e Elsa para tomar um chá.

As encontrei na sala de estar.

As três silenciam e vêem até mim quando entro no cômodo.

- É bom te ver - diz Olívia.

Sorrio.

- Eu também.

- Parece uma eternidade desde que nos vimos - comenta Elsa.

- É verdade - concordo.

- Onde está a pequena, Gina Pietra? - pergunta Serena.

Posso ver a curiosidade dela. Para mim foi uma surpresa que ela ainda está aqui, mas ela nunca escondeu que tem sentimentos por meu marido, tenho certeza que enquanto estive fora ela deve ter se aproveitado, basta saber se meu marido caiu nesse deslize.

- As babás estão cuidando dela - digo rapidamente e mudo de assunto - Quero saber as novidades, me contem tudo, sem esquecer nenhum detalhe.

Olívia começa a contar imediatamente, infelizmente, nada que me contam me interessa de fato, pois consiste mais em fofocas sobre roupas ou escândalos, do que algo ligado a máfia e aos irlandeses.

Suspiro e escuto tudo pacientemente.

- Mas nos conte de você - diz Elsa quando Olívia termina os relatos dela - O que aconteceu que ficou tanto tempo fora?

Mordo o lábio pensando, não sei o que devo contar.

- É verdade que você e Dante ficaram muito próximos nessa viagem? - pergunta Serena.

- Serena! - a repreende Elsa.

Estreio o olhar, sei que o que eu disser aqui será espalhado para todos os membros da máfia, eu tenho que manter as aparências.

- Dificilmente - minto - Como sabem, o irmão de meu marido e eu não nos damos bem, apenas respeitamos e toleramos a presença um do outro, mas não passou disso.

- E por que demorou tanto para voltar para casa? - pergunta Olívia.

- Silas estava preocupado com a minha segurança e da nossa filha - minto outra vez - Decidimos que eu voltaria quando eu estivesse segura.

- Não foi isso que eu soube - comenta Serena baixinho.

Me viro para ela.

- O que disse? - questiono.

- Nada - ela diz e bebe o chá dela.

Respiro fundo e forço um sorriso.

Mudo de assunto e elas esquecem minha estranha viagem e os rumores sobre mim e Dante.

♧◇♡♤

Retorno a minha suíte e dispenso Rue e cuido eu mesma de Gina.

Me sento na cama, e a trago para meu seio, estou amamentando ela quando Silas entra no quarto.

Suspiro e tento não ficar de cara feia quando eu o vejo, ultimamente não tenho conseguido disfarçar que não suporto vê-lo.

- Como foi o chá? - ele pergunta.

Não questiono como ele sabe, apenas respondo:

- Bem.

Ele acena e acaricia nossa filha.

- Esperei muito tempo para estarmos os três assim - ele comenta.

- Não é a mesma coisa de antes - sussurro.

- Não - ele concorda comigo - Mas pode ser melhor.

Ele se aproxima e beija meus lábios gentilmente, não me afasto.

Nos encaramos por alguns segundos em silêncio.

A pequena Gina chora, quebrando o momento que acontecia entre os pais. Começo a consolar minha filha, enquanto Silas nos observa.

- Você fica linda com nossa filha - ele me diz.

Não respondo, mas sorrio timidamente para ele.

O que é esse sentimento em meu peito?

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