Flores de Inverno ♡ changki

By moonIighting_

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Um namorado perfeito, amigos de infância fiéis e sempre presentes, a perspectiva de ascender no trabalho. A v... More

Prólogo
Girassol
Narciso
Espinhos
Submerso
Crisântemo amarelo
Florescer
Luz
Competição
Fantasmas
Perdidos
Alguma coisa aconteceu
Mudança de planos
Azar
Confiar e esquecer
Flores de inverno
Shin Hoseok
O começo de algo novo
Bom com segredos
Simples
Tempestade
Quente e frio
Inferno
Extraordinário
Cinco segundos
Caos
Sonhos
Despedaçado
Farol
Novidades
Diálogo
Quebra-cabeças
Raízes
Pisando em neve
Castelo de Pedras
"Mas..."
O dia
Paciência
Bom o bastante

Surpresa!

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By moonIighting_


Era final de tarde quando Jooheon apareceu em seu apartamento. Seu melhor amigo estava bonito. Usava uma regata preta, um casaco de marca amarrado em seu cintura e calças jeans escuras largas. Nos pés, coturnos pesados e um pouco de maquiagem nos olhos, deixando-os mais delineados e esfumaçados. Assim que Wonho e Kihyun o viram chegar, eles ficaram soltando piadinhas sobre o quão bonito ele estava. O enfermeiro até mesmo havia feito um bico, brincando que queria também um beijinho de Jooheon. Para a surpresa de ambos, o mais novo apenas riu e lhe deixou um selinho rápido, antes de seguir em direção a Kihyun e avisar que eles precisavam conversar.

Ainda catatônico com o beijinho do amigo hétero de Kihyun, o enfermeiro seguiu em direção à cozinha, avisando que faria algo para o café da tarde. Como Jooheon estava com uma expressão séria e rara ao avisá-lo sobre aquela conversa, Kihyun arrastou-se para sua cadeira de rodas e seguiu em direção ao seu quarto em companhia do amigo. Ali, ele sabia que Jooheon iria se sentir mais confortável para desabafar sobre o que quer que fosse. E, como sempre estava certo – ou pelo menos gostava de acreditar que sim –, Jooheon, de fato, não demorou muito a começar a falar.

— Eu acho que não sou hétero. – Foi a primeira frase que soou pelos lábios de Jooheon, encarando-o nos olhos de maneira absolutamente séria e angustiada. Se não fosse por sua expressão claramente aflita, Kihyun teria rido daquela "revelação". Não era como se fosse uma surpresa para o mais velho, mas ele nunca questionou Jooheon a respeito daquilo diretamente, sabendo que não era um assunto que Jooheon se sentia confortável em conversar com seriedade. É claro que ele brincava sobre o beijo que tiveram, mas sempre ficou apenas na esfera da brincadeira, sem que houvesse uma conversa realmente séria a respeito daquele momento e de todos os outros em que havia percebido que Jooheon talvez não gostasse só de mulheres.

— Eu sei. – Kihyun o respondeu imediatamente, tentando soar delicado, mas sua frase havia soado firme, objetiva. Como resposta, Jooheon arregalou seus olhos de maneira adorável, a surpresa emanando em cada traço do seu rosto. Kihyun não conseguiu evitar que um sorriso se desenhasse em seus lábios ao contemplar aquela relação. Às vezes seu melhor amigo era inocente demais. Eles se conheciam há, literalmente, décadas. Era realmente difícil Jooheon surpreendê-lo de verdade, porque o conhecia como ninguém.

Tomado por um sentimento fraternal ao vê-lo tão confuso e surpreso a respeito daquela nova informação, Kihyun estendeu suas mãos e pegou as do amigo. Eles estavam um de frente para o outro na cama do mais velho, as pernas cruzadas e as mãos agora unidas. Kihyun as apertou suavemente, indicando que tudo estava bem e, em seguida, deixando claro em palavras que Jooheon poderia continuar a falar. Lee Jooheon não ser hétero, definitivamente, não era a única coisa que o seu melhor amigo queria lhe dizer. Os olhos angustiados deixavam claro que ainda havia muito mais.

— E eu acho que estou apaixonado por alguém. – Aquilo sim era uma surpresa para Kihyun. Em anos e anos de amizade, Lee Jooheon nunca havia usado aquelas palavras para se referir a alguém. Na verdade, Jooheon nunca havia sido muito de falar sobre seus sentimentos românticos para si ou para qualquer um. Ele simplesmente aparecia com uma nova namorada, eles tinham um relacionamento longo e saudável e, então, terminavam de maneira amigável meses ou anos depois. — Mas eu não tenho certeza dos meus sentimentos... Talvez seja só coisa da minha cabeça, sabe? Eu só não quero mais me sentir assim.

— Apaixonado? – Kihyun questionou confuso, embora acreditasse que não era exatamente sobre aquele sentimento que Jooheon havia se referido ao final de seu discurso. Confirmando sua hipótese, o mais novo rapidamente negou com a cabeça, mordendo os lábios, apreensivo, antes de decidir continuar a contar tudo para o amigo.

— Confuso por não saber como me sinto de verdade; angustiado quando eu o vejo com outro cara... Magoado porque eu acho que ele ainda ama o outro cara. – A voz de Jooheon soava baixa, como se ele estivesse envergonhado por estar revelando todos aqueles sentimentos íntimos. Entretanto, a forma como seu corpo tenso havia visivelmente relaxado, revelou que também havia uma parte de si que estava aliviada em contar tudo aquilo para Kihyun. Ele sabia que, independentemente do que acontecesse, teria Yoo Kihyun em sua vida, o apoiando e cuidando de si. — Eu... Eu odeio sentir tudo isso. Queria que as coisas fossem mais fáceis.

— Você não pode controlar seus sentimentos, Jooheon. Mas, pense com calma agora, quando vocês estão juntos, as coisas boas não parecem melhores ainda? Você também não é preenchido por sentimentos bons quando o vê? Felicidade? Carinho? A vontade de estar ao lado dele até mesmo em momentos bobos e aparentemente insignificantes? – Eram perguntas retóricas, apenas para que Jooheon pudesse refletir sobre o assunto. Contudo, enquanto listava todos aqueles sentimentos positivos, Jooheon assentia com a cabeça frenética, concordando com tudo.

— Eu sinto tudo isso. E mais um monte de outras coisas. – As bochechas de Jooheon coraram suavemente, o que também era algo raro na visão de Kihyun, visto que seu amigo nunca teve problemas para falar sobre seus sentimentos. — Mas... Bem, nós não tivemos tantos momentos assim. Foram poucos na realidade. Por isso, eu acho que estou ficando louco. Não posso ter me apaixonado tão rápido por alguém, posso?

— Não há uma fórmula matemática para isso, meu amor. – Era absolutamente raro Kihyun usar apelidos carinhos com qualquer um, entretanto, naquele momento, Jooheon parecia tão frágil que seu lado caloroso estava acordando. Ele arrastou-se para o lado do mais novo na cama, puxando seu rosto de maneira delicada – ou pelo menos delicada do jeito de Kihyun – para seu ombro. Jooheon riu com o gesto repentino, mas descansou a cabeça ali, permitindo que o mais velho fizesse carinho em seus fios. — Você pode estar apaixonado por esse homem. E não há nada de errado com isso, tá' bem? Você não precisa ter vergonha de amar outro cara.

— Eu não tenho vergonha. Eu tenho medo. – Jooheon admitiu, movendo suavemente seu corpo, o suficiente para que pudesse abraçar Kihyun de uma maneira confortável na cama, escondendo seu rosto no ombro do mais velho. Seu melhor amigo – que não era lá muito de carinho – envolveu seu tronco e retribuiu o abraço carinhosamente, alisando suas costas em uma tentava de tranquilizá-lo.

— Eu meto a porrada em qualquer um que mexer com você, entendeu? – A voz de Kihyun soou agressiva, como se ele fosse um encrenqueiro de dois metros de altura, o que levou Jooheon a rir audivelmente, as costas movendo-se contra a mão de Kihyun devido a risada longa e divertida. Por mais que Jooheon não pudesse ver seu rosto, Kihyun sorriu para, em seguida, continuar a falar de maneira firme e confiante: — Eu estou falando sério, Jooheon. Se alguém mexer com você, eu passo por cima com a cadeira de rodas.

— E depois corremos muito? – Jooheon questionou brincando, recebendo um "Ei!" e um tapinha leve em suas costas por parte de Kihyun. Os dois se acomodaram confortavelmente na cama, ainda abraçados e, então, repentinamente, quietos. Quando observou o rosto do melhor amigo, Kihyun percebeu que ele ainda queria falar algo, portanto, ficou em silêncio, esperando que Jooheon tomasse coragem mais uma vez.

— Hyung... É o Minhyuk. – Ele repentinamente confessou, o corpo imediatamente ficando tenso em meio aquele abraço, indicando para Kihyun o quanto revelar aquela informação havia mexido com o mais novo. — Eu sei que ele é ex-namorado do Hyunwoo hyung. E isso é muito estranho. Toda essa situação é tão estranha.

— Eu sabia que era o Minhyuk. – Kihyun também confessou, recebendo outro olhar surpreso de Jooheon. Dessa vez, ele não se controlou e riu ao ver a expressão catatônica do mais novo. Indignado, Jooheon abria a boca e fechava repentinas vezes, pensando em uma resposta apropriada, mas apenas conseguiu soltar um surpreso e indignado:

— Você sempre sabe de tudo!

— Eu sei. – O mais velho concordou e sua voz era absolutamente orgulhosa e pomposa naquele momento, assim como sua expressão confiante e feliz com aquela constatação do melhor amigo. Jooheon se limitou a rir com aquela reação do mais velho, puxando-o para ainda mais perto e aproveitando daquele raro momento de tranquilidade dos últimos dias. Estava tão ocupado com o trabalho, com seus pensamentos a respeito de Minhyuk e sobre o que conhecia de si próprio que, inevitavelmente, se esqueceu de aproveitar também das coisas boas de sua vida. E ficar ao lado do seu melhor amigo depois de quatro anos separados era, definitivamente, a melhor coisa que havia acontecido consigo durante aquele ano.

— Eu sinto que preciso pedir desculpas. – Jooheon disse repentinamente, chamando a atenção de Yoo, levando-o a erguer os olhos e encarar o rosto próximo do melhor amigo. Sem falar uma única palavra, apenas erguendo as sobrancelhas de maneira confusa, Kihyun fez com que Jooheon continuasse a falar. Sua voz, dessa vez, envergonhada e amuada: — Eu não tenho ficado tanto tempo ao seu lado. Às vezes, eu sinto que o Hoseok hyung cuida de você melhor que eu.

— Ele é meu enfermeiro. Meio que é o trabalho dele. – Kihyun respondeu, tentando fazer piada para alegrar seu melhor amigo, uma vez que ambos sabiam que Wonho também havia se tornado um grande amigo para Yoo. Mesmo com sua tentativa de humor, Jooheon ainda parecia chateado, penteando seus fios cuidadosamente e encarando-o, sua expressão continuava absolutamente incomodada e culpada. Revirando os olhos, Kihyun o abraçou de maneira mais forte, enquanto dizia firmemente: — Olha, eu não preciso que você esteja vinte e quatro horas comigo para saber que você se importa e me ama, okay? Eu nunca mais vou duvidar da sua amizade.

Era claro para ambos que Kihyun estava referindo-se à pequena briga que tiveram, assim que o mais velho havia saído do coma e ficado chateado com o silêncio de Jooheon a respeito de Minhyuk e Shownu estarem juntos. Agora, meses depois, Kihyun conseguia enxergar o quanto havia sido injusto com seu melhor amigo. Havia sentindo-se ainda mais culpado a respeito daquela briga quando, em uma das longas ligações de seus pais, eles lhe contaram sobre como Jooheon havia passado todos os quatro anos indo visitá-lo rotineiramente no hospital.

— Eu espero que não. Pretendo te seguir para todo lugar. Até ficarmos bem velhinhos e dividirmos o mesmo quarto do asilo. – Kihyun fez uma pequena careta com a sugestão, mas riu ao perceber que Jooheon parecia absolutamente sério a respeito daquilo. Antes que pudesse retrucar, argumentando que eles não iriam para asilo algum, mas que viajariam ao mundo quando mais velhos, o barulho de passos o desconcentrou e o fez desviar o olhar para a porta do quarto.

— Posso saber por que você está abraçando meu hyung? – Ao contrário do que esperava, não era Hoseok que havia aparecido para trazer café para os três, mas Im Changkyun os encarava da porta. Tentando parecer indignado, uma das mãos do fisioterapeuta estava em sua cintura, enquanto a outra apontava para os dois. Sua expressão tentava soar séria, como se estivesse realmente bravo, mas era claro que um sorriso mal escondido tentava se libertar.

Ele usava uma de suas típicas roupas de trabalho: calça branca e blusa de mangas curtas da mesma cor. Estaria todo de branco se não fosse pelos coturnos pretos em seus pés e um colar prata escuro balançando no pescoço. Aquilo queria dizer que ele havia acabado de sair da clínica de fisioterapia que trabalhava ou da casa de um dos idosos com quem vinha fazendo um trabalho fisioterapêutico diário. De toda forma, Kihyun estranhou sua presença. Eles não haviam marcado nenhuma sessão durante aquela tarde e, ainda assim, Changkyun havia aparecido com uma naturalidade admirável em seu quarto. Contudo, antes que ele pudesse questionar o motivo daquilo, seus olhos encontraram com o de Changkyun e ele perdeu qualquer linha de pensamento lógico que estava tendo antes.

Havia algo novo ali. Um carinho maior; um brilho notável. Changkyun o olhava como se ambos compartilhassem algo só deles. Um segredo, um sentimento, um beijo. E, de fato, compartilhavam. Ninguém sabia sobre o que os dois haviam vivenciado no dia anterior, naquele jardim. Não porque estavam envergonhados ou porque o momento havia sido insignificante. Muito pelo contrário. Havia sido tão especial, tão íntimo e encantador para ambos que – pelo menos naqueles primeiros dias – Changkyun e Kihyun haviam entrado em um acordo silencioso e mútuo de não contarem nada aos seus amigos. Queriam viver um pouco mais daquele segredo juntos, apenas os dois, como quando estavam naquele jardim no inverno.

— E desde quando o Kihyun é o seu hyung? Eu o conheço há mais tempo. Ele sempre foi meu hyung. – Jooheon entrou na brincadeira, apertando Kihyun ainda mais contra si – recebendo um resmungo por parte do mais velho – e um olhar de Changkyun que mesclava diversão e desafio. O mais novo, com uma das sobrancelhas arqueadas e um meio sorriso em seu rosto, negou com a cabeça, protestando silenciosamente contra seu amigo. E, surpreendendo aos dois mais velhos, Changkyun repentinamente correu em direção a cama, jogando-se no colchão ao lado de Kihyun e o puxando também para um abraço.

— Eu odeio vocês, sabia? – Um Kihyun esmagado entre os dois mais novo resmungou novamente, mas o sorriso em seu rosto deixava claro o quanto ele estava gostando de todo aquele momento com os dois. O fato de Changkyun acariciar disfarçadamente a pele de sua cintura, que havia ficado parcialmente exposta com toda aquela movimentação, definitivamente, influenciava não apenas em seu sorriso, como também no rubor em suas bochechas.

— Não odeia não. – Changkyun disse simplesmente, os dedos longos apertando suas bochechas, fazendo um bico quase que involuntário surgir nos lábios de Kihyun. Em um momento de pura insanidade, o mais velho desejou que ele o beijasse naquele exato momento, por mais que Lee Jooheon estivesse literalmente do seu lado, o abraçando também. Como se a ideia do beijo também tivesse passado pela cabeça de Changkyun, os olhos descerem em direção a sua boca e fixaram-se lá por alguns infinitos segundos. Surpreendo-o, Changkyun foi o mais racional dos dois e conseguiu disfarçar rapidamente aquele clima – que estava ficando cada vez mais óbvio para Jooheon. — Andei sabendo que o Jooheon hyung está distribuindo beijos por aí.

— Sim. O primeiro sortudo foi o Hoseok hyung. – Ao ver uma chance de mascarar seu constrangimento devido ao momento anterior, Kihyun rapidamente entrou no assunto e olhou de maneira significativa para Changkyun, como se o agradecesse. O mais novo, em resposta, apertou delicadamente sua cintura, em um claro sinal que havia entendido aquela rápida troca de olhares.

— Bem, eu já ia contar que não sou hétero mesmo... – Jooheon deu de ombros suavemente, tentando parecer indiferente e casual, mas a sensação do seu rosto quente e do coração acelerado ao tocar naquele assunto deixaram claro que ele ainda não conseguia lidar com aquela situação com a naturalidade que desejava. Pelo menos, Jooheon pensou, ele havia conseguido contar aquilo de maneira natural para Changkyun após a conversa que havia tido com seu hyung. — E, sim, Changkyun, eu não sou hétero.

— Hyung, por que ele está falando como se fosse uma novidade? – O mais novo dos três encarou Kihyun, fingindo confusão, recebendo uma risada por parte do mais velho e um "Ô, porra, vai se foder" de Jooheon. Após rir da reação do amigo, Changkyun sorriu carinhosamente em sua direção e bateu em seu ombro amigavelmente, em um gesto simples, mas que deixava claro que ele também estava ali, apoiando-o.

— Bem, eu também acho que estou apaixonado pelo Minhyuk. – Depois de demonstrar certa surpresa com aquela notícia, Changkyun logo pareceu animado, embora – assim como todos naquele quarto – ele soubesse que Jooheon gostar de Minhyuk deixaria as coisas ainda mais complicadas entre ele e Hyunwoo. — Nem adianta fazer essa cara. Ele não parece sentir o mesmo.

— Não? Como foi quando vocês fizeram amor? Não rolou nenhum um clima amoroso? – A expressão "fizeram amor" arrancou caretas enojadas de Jooheon e Kihyun simultaneamente. O mais novo riu ao perceber o quanto ambos eram parecidos em certos aspectos.

— Nós não transamos. Na verdade, só nos beijamos...Uma vez. – Dessa vez, Jooheon havia surpreendido de verdade ambos os homens. E, enquanto Kihyun rapidamente disfarçou seu choque, Changkyun pareceu não ter a mesma facilidade que o mais velho em fazê-lo. — Isso é muito estranho? Eu achar que estou apaixonado por alguém que só beijei uma vez, enquanto estava bêbado?

— De jeito nenhum! Ele deve beijar bem pra caralho. – Changkyun sugeriu brincando, tentando disfarçar sua indelicadeza em ter parecido tão surpresa com a notícia anteriormente. Sua tentativa teve resultados positivos, porque Jooheon riu e concordou com a cabeça animadamente.

— Porra, até eu fiquei com vontade de beijar o Minhyuk agora. – Kihyun disse, entrando na brincadeira. Entretanto, como nenhum dos dois sabia com detalhes sobre o encontro de paz que havia acontecido entre ele e Lee Minhyuk, ambos o olharam como se ele estivesse delirando. Como resposta, Kihyun apenas sorriu e provocou uma última vez: — Ele é gostoso.

Em uníssono, Changkyun e Jooheon o divertiram com um exasperado:

— Hyung!

Jooheon não havia ido ao apartamento de Kihyun apenas para beijar Hoseok e contar ao melhor amigo sobre seus novos e conflituosos sentimentos. Ele estava despojadamente arrumado por conta de um evento do trabalho e, no bolso de sua calça, havia três convites para a festa. Ele imaginava que Kihyun não fosse querer ir, uma vez que a gravadora havia organizado o lançamento do álbum, produzido pelo próprio Jooheon, em uma balada popular da cidade. Obviamente o lugar não era bem adaptado para receber Kihyun, mas Jooheon, ainda assim, o convidou e o garantiu que – caso ele decidisse ir –, seus chefes iriam liberar a área VIP para que ele pudesse confortavelmente ver a apresentação.

Ainda assim, Kihyun educadamente recusou o convite, mas deixou claro que Wonho e Changkyun deveriam ir. Não estava mais tão dependente de uma companhia constante para realizar tarefas básicas como ir ao banheiro ou pegar água e comida na geladeira e nos armários – Wonho havia sido gentil e cuidadoso o bastante para deixar agora todos os alimentos na parte inferior. Após muita conversa, eles haviam convencido Hoseok a seguir Jooheon, mas Changkyun negou o convite até o final. Uma parte de Kihyun estava feliz com aquilo, embora nada o garantisse que Im ficaria consigo no apartamento, como ele gostaria que acontecesse.

Não demorou muito para que Wonho estivesse completamente arrumado, vestindo roupas bonitas e estilosas, que realçavam seus músculos e seu corpo firme. Ele recebeu elogios por parte de Changkyun e Kihyun – principalmente por parte de Changkyun, que, de brincadeira, bateu em sua bunda bem marcada pela calça de couro. Já Jooheon – ainda tímido demais pela sua atitude impensada de tê-lo beijado mais cedo – apenas ofereceu seu braço para o mais velho e o guiou para fora do apartamento, rumo ao evento que possivelmente duraria a noite toda.

Quando Changkyun não foi embora ao ver Jooheon e Hoseok seguindo para fora do apartamento, Kihyun sentiu uma pontada de animação e ansiedade dentro de si. Era absolutamente raro ele e Changkyun estarem sozinhos em seu apartamento. Hoseok, naturalmente, estava sempre por perto. E, quando o enfermeiro não estava, Jooheon e Hyungwon estavam o visitando e acompanhando o processo da fisioterapia com olhares atentos e empolgados. É claro que aquilo nunca havia o incomodado, mas, naquele momento, Kihyun queria coisas que não poderia fazer em frente aos melhores amigos.

Durante os primeiros minutos em que estiveram sozinhos, eles mantiveram certa naturalidade, contudo, seus interiores quentes e ansiosos deixavam claro para ambos que eles pretendiam reverter aquela situação no primeiro sinal verde. Enquanto ainda estavam esperando que aquele momento chegasse, Changkyun buscou por algumas batatinhas na cozinha e refrigerante. Kihyun precisou morder a língua para não o provocar a respeito de seus hábitos alimentares que – o mais velho já havia observado – sempre envolviam açúcar e fritura. Em seguida, eles seguiram em direção ao quarto de Kihyun, com a desculpa ridícula do mesmo de que ele queria ver um filme deitado.

Se Changkyun havia percebido que ele não queria ver filme algum e que apenas desejava uma oportunidade de dividir a cama com ele, Im disfarçou bem. O mais novo o ajudou a deitar-se confortavelmente na cama, colocando dois travesseiros embaixo de sua cabeça e, então, ligando a televisão, perguntando qual era o filme. Exercendo todo o poder de sua paciência, Kihyun percebeu que precisaria ser mais claro com o homem. Changkyun podia fazer piadinhas com cunho sexual e flertes a cada dois segundos, mas conseguia ser tão lerdo em certas ocasiões que Kihyun perguntava-se se tudo aquilo não era um jogo do mais novo para enlouquecê-lo.

Deixando sua vergonha e orgulho de lado – como vinha fazendo frequentemente quando o assunto se tratava de Im Changkyun –, Kihyun deu duas batidinhas nada discretas no colchão, indicando para que o fisioterapeuta simplesmente deixasse a televisão de lado e viesse até ele. Com um olhar genuinamente surpreso, o fisioterapeuta largou o pacote de batatinhas e o copo grande de refrigerante para trás, sobre uma mesinha aos pés da cama, e seguiu prontamente os comandos do seu hyung.

Engatinhando dos pés da cama até Kihyun, Changkyun colocou seu corpo sobre o de Kihyun, suas pernas entrelaçando-se de modo quase automático, os peitorais firmes unidos e os lábios próximos o bastante para que eles pudessem sentir o calor de suas bocas misturando-se. Não demorou mais que alguns segundos para que Kihyun inclinasse o rosto para frente e tomasse os lábios de Changkyun em ânsia e desejo. A reação tão repentina e repleta de ardor e paixão surpreendeu o fisioterapeuta de maneira positiva. Nunca esperou que fosse Kihyun quem tomaria o comando de uma situação como aquela. Entretanto, se pensasse bem a respeito daquilo, fazia todo sentido. Seu hyung era intenso, controlador e, nitidamente, repleto de desejos carnais que haviam ficado guardados por mais de quatro anos.

Retribuindo aquele beijo com igual intensidade, Changkyun fechou seus olhos e aproveitou da sensação que era ter a língua de Kihyun tocando seus lábios de maneira lenta, arrancando-o suspiros quentes e pouco discretos. Mesmo quando abriu sua boca, permitindo e ansiando que Kihyun aprofundasse de uma vez aquele beijo, o mais velho se demorou a fazê-lo. Sugava seu lábio inferior lentamente, soltando-o igualmente sem pressa e deixando selinhos lentos por toda a extensão de sua boca, enquanto as mãos passeavam por suas costas e chegavam de maneira nada tímida até suas nádegas. Com o aperto suave naquela região, Changkyun sentiu-se à vontade o suficiente para roçar seu quadril contra o do homem sob si.

Por mais que ambos ainda estivessem devidamente vestidos, Kihyun sentiu um arrepio tomar conta de si, principalmente quando Changkyun continuou a roçar contra seu corpo de maneira pouco tímida. Finalmente aprofundando aquele beijo, Kihyun deslizou sua língua para o interior da boca do mais novo; uma de suas mãos subindo das nádegas de Changkyun e seguindo em direção a sua nuca, apertando os fios da região com força e trazendo o fisioterapeuta para ainda mais perto.

Os lábios macios de Changkyun moviam-se contra os de Kihyun no ritmo daquele beijo, as línguas tocando-se de maneira nada pudica ou suave. Tudo o que eles conseguiam ouvir era o som dos seus beijos e da respiração cada vez mais pesada pelo ritmo intenso com quem suas bocas se exploravam mutualmente. Quando o beijo se tornou longo o bastante para suas respirações se tornarem ruidosas e difíceis, Changkyun afastou-se subitamente. O barulho de sua boca deixando a de Kihyun provocando um gemido manhoso e de protesto por parte do mais velho. Em resposta, o fisioterapeuta sorriu e deixou mais um longo selinho nos lábios já suavemente inchados do homem para, logo em seguida, deslizar a boca úmida por seu pescoço.

Enquanto se ocupava em sugar suavemente a região, levando Kihyun a contorcesse embaixo de si de maneira óbvia e excitante, ele também puxava a calça de moletom que Kihyun usava para baixo. Ao deixá-lo somente de cueca, Changkyun não se fez de tímido e guiou uma das mãos em direção ao membro do mais velho, seus dedos longos apertando a ereção do homem com vontade, sentindo o calor do órgão, ainda que estivesse coberto pela fina camada de tecido. A ação imediatamente levou Kihyun a gemer mais alto e subir o quadril, praticamente esfregando seu membro contra a mão de Changkyun, como se pedisse por mais.

Já sentindo seus pensamentos enuviados pelos gemidos e reações do corpo de Kihyun, o fisioterapeuta deslizou a língua pelo pomo de adão bem marcado do mais velho, seguindo novamente em direção ao seu rosto. Seu nariz deslizava pela cheirosa, enquanto seus olhos continuavam fechados e seus lábios beijavam toda a extensão de pele quente que encontrava pela frente. Quando sua boca estava rente a orelha de Kihyun, arfando de maneira baixa e quente, Changkyun fez questão de finalmente retirar a cueca do mais velho e segurar a base do seu membro com vontade. Ele novamente escutou um dos longos e prazerosos gemidos do seu hyung, levando-o a sentir a própria ereção doer contra o aperto da boxer que usava e da calça de trabalho.

Como se estivesse lendo seus pensamentos, Kihyun rapidamente guiou as mãos até a sua calça e a puxou para baixo com força e de uma única vez. De maneira igualmente rápida e desajeitada, Changkyun a chutou para longe e, após tirar a própria camisa apressadamente, ele voltou a dar atenção ao membro quente e pulsante de Kihyun entre seus dedos. Antes que pudesse começar a masturbá-lo, sentiu os dedos de Kihyun novamente puxando os fios de sua nuca, guiando sua cabeça de modo que Changkyun pudesse encará-lo nos olhos.

— Se você rir, eu vou cortar seu pau fora. – Kihyun avisou subitamente, a voz mais grave e arfante que o normal. Com aquele aviso, Changkyun apenas arqueou as sobrancelhas, esperando que seu hyung explicasse o que estava acontecendo para que eles pudessem continuar o que estavam fazendo. — Você acha que ainda funciona direito?

— O que? Seu pau? Bem, ele parece bem saudável aqui. – O fisioterapeuta não conseguiu conter um sorriso de pura diversão, deslizando sua mão pelo pênis ereto de Kihyun, a ação provocando sons molhados devido ao pré-gozo que já escorria por todo o comprimento. Controlando um outro gemido longo e entregue, Kihyun deu um tapa nada delicado contra o braço direito de Changkyun, protestando com um:

— Eu tô falando sério, desgraça!

— Eu também estou. – Changkyun dessa vez usou um tom de voz amoroso, tentando acalmar a insegurança de Kihyun. Ele beijou delicadamente seu pescoço, lábios e finalmente – sussurrando contra seu ouvido – o provocou. — Você ainda não se tocou uma única vez pensando em mim? Eu estou decepcionado, hyung...

— E você já se tocou pensando em mim? – O mais velho questionou, sua voz uma mistura de excitada e chocada. Para provocá-lo ainda mais, Changkyun não respondeu sua pergunta, apenas manteve um sorriso absolutamente malicioso e voltou a beijá-lo com vontade.

Depois daquele momento, Kihyun permitiu-se relaxar, deixando que Changkyun chupasse lentamente sua língua e voltasse a masturbá-lo, dessa vez sem interrupções por parte do mais velho. A maneira como o fisioterapeuta o beijava e tocava seu membro provocava sensações fortes demais em seu corpo. Ele, literalmente, não transava com ninguém há mais de quatro anos. A masturbação deliciosamente lenta e firme de Changkyun estava conseguindo-o literalmente revirar os olhos de prazer e gemer como se estivesse tendo uma noite de sexo intensa.

Os sons que Kihyun emitia; a maneira como ele esfregava seu corpo de maneira completamente entregue contra o seu; os toques do mais velho na região do seu peitoral desnudo, costas e coxas também levavam Changkyun a arfar prazeroso, rouco contra a boca quente do mais velho. Estavam tão enuviados com aquele momento de prazer que, ambos, demoraram a perceber que alguém batia na porta do apartamento de maneira exagerada. E, assim que perceberam, desfizeram o beijo de maneira repentina e insatisfatória para ambos.

— Está esperando visitas, hyung? – Changkyun questionou, confuso, parando com a masturbação e colocando-se ao seu lado na cama. Contemplar o corpo do seu fisioterapeuta apenas de cueca ao seu lado, os arranhões vermelhos que havia deixado por seu peitoral firme e seus lábios inchados e bonitos quase fez Kihyun ignorar as batidas na porta e puxá-lo novamente para cima de si.

— Não. É claro que não. – O mais velho respondeu, indignado, não com a pergunta, mas com a visita inconveniente. Eles podiam até ter ignorado as batidas, caso elas não fossem tão insistentes e incômodas, lembrando-os que alguém estava há poucos metros querendo desesperadamente entrar. — Que inferno! Eu não entendo porque o porteiro não me ligou.

— Eu vou ir ver quem é e expulsar a pessoa, tudo bem? – Changkyun disse de maneira gentil e calma, tentando mascarar sua própria frustração com a interrupção e acalmando o mais velho. Kihyun assentiu com a cabeça, embora ainda estivesse claramente chateado. Como resposta, Changkyun deixou um selinho gentil em seus lábios e se afastou para buscar a calça jeans e a camisa que usava anteriormente.

Ele rapidamente vestiu-se e ajeitou os cabelos da melhor maneira que podia, encarando-se no espelho do quarto e percebendo que ainda havia um pequeno problema entre suas pernas. Tentou pensar nas coisas mais banais do mundo enquanto seguia até a porta. Pensou no trabalho, no Sr. Choi cuspindo aveia na cara do neto e até mesmo nas contas que tinha para pagar. Tudo para acalmar um pouco seu corpo e não pensar no que verdadeiramente importava: Yoo Kihyun o esperava praticamente nu no cômodo ao lado.

Como demorou alguns minutos para se acalmar, Changkyun esperou que a pessoa simplesmente desistisse e fosse embora. Contudo, o contrário aconteceu, as batidas se tornaram ainda mais frequentes e fortes. Quem quer que fosse estava realmente querendo encontrar com Kihyun naquele apartamento. E, pela primeira vez desde que haviam sido interrompidos, Changkyun se pegou curioso a respeito de quem estava atrás daquela porta. Não podia ser Wonho e Jooheon, uma vez que o enfermeiro tinha uma cópia da chave do lugar. Já Shownu e Hyungwon não insistiriam para entrar daquela forma.

Quando finalmente tomou coragem para abrir a porta, Changkyun se pegou confuso e surpreso ao encontrar uma senhora pequena e adorável. A mulher – que devia ter cerca de uns cinquenta anos – o encarava igualmente confusa e curiosa. Ela tinha cabelos curtos, na altura dos ombros, pretos e lisos. Os olhos eram gentis, mas firmes e, embora fosse bastante baixa, ela tinha uma postura tão perfeita que parecia mais alta e imponente.

— Boa noite. Aqui é o apartamento de Yoo Kihyun? – Ela finalmente o questionou, checando novamente o número do apartamento antes de voltar a encará-lo, ainda mais confusa, pois aquele definitivamente era o lugar certo. Como resposta, Changkyun assentiu, respondendo educadamente com um "Sim, senhora". —Oh, então você deve ser o fisioterapeuta do meu bebê.

— Seu bebê? – Changkyun questionou, confuso e perdido, dando espaço para que a mulher entrasse assim que ela fez menção de que queria sair do corredor.

— Sim. Eu sou Jinseo, a mãe do Kihyun. Nós não chegamos a nos conhecer, mas o docinho do Hoseok me contou que você havia se oferecido para cuidar do Kihyun de graça. Eu tenho que te agradecer muito por isso. – Jinseo disse, absolutamente simpática, enquanto olhava ao redor, como se procurasse por Kihyun. Ao escutar um barulho no quarto, provavelmente Kihyun movendo-se para saber o que estava acontecendo ali, ela deu dois passos em direção ao cômodo. — Vou ir fazer uma surpresa para ele!

— Ah! E-Eu não acho que seja uma boa ideia! – O mais novo se apressou em dizer, colocando-se em frente a mulher e boqueando seu caminho até o quarto. Confusa, ela o encarou, procurando por respostas. Changkyun imediatamente pensou em uma desculpa, porque definitivamente ele não causaria uma boa primeira impressão em sua "sogra" caso ela descobrisse o que eles estavam fazendo minutos antes. — Nós acabamos uma sessão de fisioterapia agora. Ele está tomando um banho agora. Por que não o espera aqui? Eu digo que era o porteiro e você pode fazer uma surpresa para ele.

— Boa ideia. – Ela disse sorrindo, caindo na desculpa do mais novo, praticamente fazendo-o relaxar os ombros tensos de alívio. Antes que Changkyun pudesse correr para o quarto e ajudar Kihyun a se arrumar, Jinseo perguntou, divertida: — Você não está pegando muito pesado com meu filhinho, certo?

— Não, não. Ainda não peguei muito pesado com ele. – Changkyun deu uma risadinha sem graça, tentando parecer natural, mas sua mente insistindo em pensar em outra coisa que não fosse a fisioterapia – ainda que fosse óbvio que Jinseo estava se referindo ao trabalho fisioterapêutico. — Estamos indo com muita calma.

Enquanto seguia para o quarto de maneira "natural", Changkyun tentou confortar a própria frustração, pensando que eles poderiam repetir aquele momento mais vezes durante a semana. O que ele não esperava era que a presença de Yoo Jinseo naquela casa faria com que os momentos carnais entre ele e Kihyun se tornassem absolutamente difíceis e raros. Porque Yoo Jinseo era uma mãe bastante observadora e eles precisariam ter, de fato, muita calma e cuidado para esconderem aquele segredo nas semanas seguintes. 



oooi, anjinhos!!! 

RIP Punhetinha (2019 - 2019) 

primeiramente eu queria me desculpar por esse capítulo tá IMENSO! eu quando pensei no que aconteceria nele achei q ia sair pequeno, ma ficou gigante ????? de toda forma, eu espero que não tenha sido uma leitora ruim pra vcs e que vcs tenham curtido <3 

falando nisso, o que vocês acharam do capítulo, amorzinhos? gostaram? o que acham que vai acontecer?

muito obrigada por lerem flores de inverno!

um beijão e um ótimo final de semana para todos 💖💖💖


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