Fui com Janeth para a uti neonatal, a medida que me aproximava do local, eu ficava mais nervosa.
Coração para sair pela boca de ansiedade. Antes de entrarmos na uti e vesti a roupa, fiz todos os procedimentos necessários para poder seguir adiante.
Fui cumprimentada por toda a equipe médica responsável, falaram-me que ela estava ganhando peso muito rápido, e que possivelmente ia sair antes do previsto.
Meu coração se encheu de esperanças, não vejo a hora de sair desse local e voltar para nossa casa. É o que mais necessito, retomar nossas vidas, tentar não lembrar dos momentos de pânico e quase morte que todos nós vivemos ao longo desses dias.
Fui caminhando entre as incubadoras, os bebês frágeis dentro delas. Até que parei na frente de uma que está escrito "Isabella Smith Parker"
Era o bebê mais lindo que já tinha visto em toda minha vida! Tão pequena e frágil, mas tão guerreira, lutava bravamente para viver, longe da mãe, que deveria estar lá para ajudar a ganhar peso, se sentir mais protegida amada, fiquei triste por não ter ficado ao lado da minha filha nos momentos que ela mais precisou, minha bonequinha, tão amada por nós.
Prometi a mim mesma que não ia mais chorar, mas meus olhos traidores não suportaram tanta emoção, era gratidão e amor demais, não coube no peito e transbordou pelos olhos.
- Ah meu Deus! Obrigada! - Foi tudo o que pude dizer.
Coloquei a mão no buraco da incubadora para pega-la, o toque dos meus dedos na sua pele avermelhada e frágil, fez com que ela abrisse os olhos azuis escuros e profundos, como o do pai.
Ela contraiu os músculos, formando o sorriso banguela mais irresistível do mundo, e as covinhas do pai... estavam ali nas bochechas da nossa filha! Assim como o queixo levemente furado, os cabelos escuros... Bella é uma cópia fiel do seu genitor, assim como no sonho.
- Oh meu Deus! Como é possível amar tanto um ser tão pequenino sogra? - Nunca pensei em sentir tanto amor como eu estava sentindo agora.
- Faço essa pergunta desde que os meninos nasceram, e agora com o nascimento da minha neta, entendo o porquê das avós serem tão babonas! Eu não caibo em mim de tanto amor por essa fofura. - Janeth tinha virado uma vovó coruja.
- Ela é tão linda! - Derreti-me pela minha filha.
- Já está bem mais linda! Está ganhando peso muito rápido! Até nisso parece com o pai, faminta! Acredito que mais quinze dias ela terá alta para sair.
- Tudo isso? - Assustei-me
- Sim, ela nasceu pequena, abaixo do peso, tem que fortalecer os pulmões, tudo isso. Daqui a pouco dias você poderá amamentar seu bebê. Mas agora, você pode segura-la no seu colo.
- Eu posso? - Arregalei os olhos.
- Sim, na verdade ela precisa ter esse contato com a mãe.
- Ela é tão pequena...
- Mais é forte, uma guerreira! Suportou bravamente todas as adversidades que já passou! Não é bebê da vovó? - Ela fazia voz de dengo para a neta.
A enfermeira mostrou-me a cadeira para que senta-se, acomodei-me na mesma e fiquei esperando Janeth tirar a bebê do incubadora, tadinha da minha filha, estava ligada à tantos fios no seu corpinho minúsculo, a respiração era agitada, pude ver seu pequeno tronco subir e descer...
Segurei minha menina como se fosse o cristal mais precioso da humanidade, era tão leve, tão perfeita...
- Oi filha! A mamãe não pode vir antes porque ela estava muito ocupada, mas eu estava morrendo de saudade de você, pensei todos os dias em você.
Meus olhos brilhavam de emoção, se houvesse amor maior que esse, eu juro que desconheço.
- Foi por você e pelo seu pai que a mamãe lutou pela vida, sonhar com você crescendo sem seus pais foi dolorido demais... não quero nunca que você sofra meu anjinho! A mamãe ama você mais que tudo no mundo.
Dei um cheiro na sua cabecinha pequena, seus cabelos negros fizeram cócegas no meu nariz.
- O papai não ver a hora de conhecer você, ele nem imagina o quanto você é linda e encantadora. - Sorri boba olhando para ela. - Ah filha! O papai é muito ciumento!
Janeth ria e chorava da nossa conversa.
- E como é Bella...
- Mas ele é o homem mais lindo do mundo! Você vai ter muito orgulho dele, na verdade eu já até penso nas professoras olhando seu lindo papai nas reuniões escolares. - Sorri para ela, como eu sou boba! Como se ela pudesse entender.
- Tem que me ajudar a repara-lo também, espero que não apareça mais nenhuma ex psicopata na nossa vida!
- Não vai não minha filha! Aquela vai passar um bom tempo na cadeia! - Janeth se aproximou de nós e afagou meus cabelos.
- Nunca mais ela vai perturbar vocês, aquela desgraçada quase acaba com a nossa família.
- Foram os piores dias da minha vida... mas eu não quero mais pensar nisso, só quero cuidar do meu marido e da minha filha. Não é princesa da mamãe?
Ouvimos alguém bater levemente no vidro da sala, viramos na direção e vimos Frank, Harold e Amanda acenando emocionados.
"É a cara do tio!" -Li nos lábios de Frank.
Como eu estava saudosa de todos eles, da alegria de Frank, da superproteção de Amanda e até do jeito sério do senhor Parker.
- Você tem a melhor família do mundo filha! A melhor!
Fiquei várias horas ali, incansável com o meu bebê no colo e em seguida na incubadora, mas o importante é que eu estava ao lado dela, aquele sentimento sublime de amor.
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Uma semana havia se passado, eu passava o dia inteiro na uti-neonatal com a minha filha, só saía à tarde na hora da visita, para ver Jack na uti. Graças à Deus, ele estava reagindo muito bem, em breve iria para o quarto junto comigo.
Aliás, eu já estava muito bem, vinte e dois dias depois do parto e eu me sentia muito bem, somente a noite o cansaço chegava e eu deitava no meu leito e dormia a noite toda.
Minha alta sairia dentro de uns dias, mas eu não iria embora, para a mansão dos Parker eu não voltaria, ir para o apartamento gigante que eu morava com Jack, também não. Então me aproveitei de ser uma Parker e pedi para o meu sogro para ficar no hospital até a alta dos meus amores.
No começo ele ficou meio relutante, mas depois ele viu que não teria jeito e liberou.
Entrei no leito do meu amor, encontrei-o meio irritado.
- O que esse gato selvagem tem? - Falei na entrada da porta, observando-o querer engolir Adans.
- Ir embora daqui amor! Não aguento mais ficar aqui nesse quarto! - a raiva se dissipou por um momento e ele disse: - Vem cá minha anjinha! Estou morrendo de saudades.
Eu abri um largo sorriso para o meu homem, que ainda estava tão magro e abatido, o tiro tinha perfurado muitos órgãos vitais que ainda estavam se recuperando. Foi um verdadeiro milagre ele ter escapado.
- Vou deixar os pombinhos sozinhos.
- Depois volte, não terminamos nossa conversa! - Ele falou irritado para Daniel.
Aproximei-me dele e o abracei com carinho, aninhando-me no seu colo, beijando seu pescoço até chegar na sua boca gostosa. Ele não negava nenhuma carícia.
- Saudade meu amor! - Sussurrei no seu ouvido.
- E porque você acha que eu estou tão estressado? Ver minha mulher linda e muito gostosa desfilando para lá e para cá nesse hospital e eu aqui, prostrado nessa cama, sem poder fazer nada.
Ele segurava nos meus cabelos enquanto eu beijava sua bochecha e sua orelha.
- Eu também estou de resguardo minha vida! Eu só quero que você nunca esqueça que eu te amo, que eu sou louca por você meu amor... - Ele me afastou e olhou nos meus olhos.
- E eu meu amor? Eu sou completamente alucinado por você! Puta que pariu! Você está ainda mais gostosa depois que ganhou bebê! Eu só penso em estar dentro de você!
- Ah é? Mas eu acho que vai demorar viu? - Ele bufava de raiva. - Mas eu vou esperar ansiosamente meu maridinho!
- Daniel me disse que você quase morre, se tivesse acontecido...
- Mas não aconteceu! - Eu o interrompi. - Eu estou aqui, com você e com a nossa filha, e só não estou mais feliz porque não estou na nossa casa! Mas só de vê-los se recuperando, eu já me sinto a mulher mais feliz do mundo.
Ele me puxou para perto dele e me beijou, o que começou com um selinho já estava virando um beijo intenso.
- Não pode amor... - Tentei me afastar.
- Não pode é eu ficar longe da minha mulher! Porra Angel, você é uma feiticeira desgramada!
- Ah é? - Ri pra valer. - Você dizia que eu era sua anjinha!
- Você é tudo pra mim amor!
Ficamos abraçadinhos por um tempo, aproveitando o calor do corpo um do outro.
- Quem fez sua barba amor?
- Uma enfermeira que tem me dado banho!
Puta merda! Porque eu estava com ciúmes do trabalho da enfermeira? Afastei-me um pouco dele.
Olhei-o com desconfiança. Ele deu uma risada, e me puxou para perto dele novamente.
- O pior que veio uma enfermeira mesmo, mas eu me senti mais confortável que fosse um homem! Eu estou um homem completamente dominado! - Ele fingiu tristeza.
- Você é um homem abençoado! Tem uma família linda! Tem mulher demais na sua vida: eu e a sua filha!
- E eu sou o homem mais feliz e mais sortudo do mundo minha anjinha!
- Eu também meu amor, eu também...
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Mais tarde eu volto!
Tem capítulo novo do "Prisioneira do Tráfico" vão lá conferir 🥳
Tá acabando 😢😢😢😢
Não esqueçam de votar e comentar minhas princesas ❤️🥰😍