- Preciso fazer um exame com o seu sangue - Ele diz e eu fico séria.
- Ah, não - Dramatizo e ele revira os olhos.
- É só uma amostra, não vou tirar um litro de sangue.
- Tá - Suspiro vencida.
Ele pegou só uma amostra e me deu um band-aid.
- Doeu, bebê? - Pergunta sarcástico e eu mostro a língua pra ele.
Tony colocou o meu sangue em um microscópio e o analisou, enquanto eu dei uma volta pela garagem/laboratório do Tony. Tinha várias armaduras, mas ainda estavam em fase de construção.
- Seu sangue parece normal, mas suas células parecem diferentes de um humano normal, talvez isso explique como você veio parar aqui - Diz pensando.
- Como assim? - Pergunto cruzando os braços.
- Que isso é genealógico - Fico absorda - Seus pais são humanos? - Pergunta me deixando piradona.
- A minha mãe é normal, bom não tão normal, as vezes ela é um monstro - Desviei os meus olhos dos dele - Eu não conheci o meu pai, minha mãe disse que ele a abandonou depois que eu nasci - Suspiro tristemente, notando seu olhar arrependido, mudo de expressão e pirragueio - Mas, isso quer dizer que eu tenho descendência alienígena ou algo do tipo? - Pergunto curiosa.
- Provavelmente, mas não podemos afirmar nada, já que existem pessoas com dons incomuns que podem ser comparados com alienígenas.
Inumanos, só pode ser.
- Você tem alguma teoria em mente? - Pergunto.
- Ainda não, mas você disse que veio de outra realidade, precisamos saber qual realidade e como mandar você de volta - Ele diz pensando.
- Quantas realidades existem? - Pergunto curiosa.
- Em teoria, estima-se que existam milhares, existem milhares terras e Meddies - Responde me deixando extremamente curiosa para saber como eram as vidas e personalidades dessas eus.
- Nossa, essa tese é conhecida na minha realidade, mas não foi comprovada - Falo pensando.
- Aqui também não foi confirmada - Ele começa a fazer esboços em hologramas - Nada que eu não possa testar.
Me sentei em cima de uma mesa balançando os pés.
- Então...me fala de você - Pede.
- Eu não tenho muito a dizer sobre mim, só que antes de vir pra cá tive uma briga feia com a minha mãe, ela me expulsou de casa e foi aí que eu vim parar aqui - Digo.
- Nossa, não sei o que dizer.
- Você teve um bom relacionamento com os seus pais? - Pergunto curiosa.
Eu sei que ele não se dava bem com o pai, mas com a mãe deve ter tido um bom relacionamento.
- Eu nunca me dei bem com o meu pai, minha mãe sempre foi a melhor de todas - Ele dá um leve sorriso, notando o meu olhar ele rapidamente muda de assunto - Você disse que se formou, pretende fazer qual faculdade?
- Engenharia e administração, gosto muito dessas áreas - Respondo.
Quebra de tempo.... (Gente, por alguma razão desconhecida, a minha eu mais jovem retirou o "um ano depois" ou "dois anos depois", e colocou essa "quebra de tempo", porque era modinha, deixando a linha do tempo confusa nessa obra, vou tentar arrumar isso, acho que se passou aproximadamente 1 ano, todos os filmes da Marvel foram produzidos um ano depois do outro, então eu acho que dá pra ter uma noçãozinha de matemática, certo?)
- Senhor, acho que o senhor quer ver isso - JARVIS mostra um holograma de uma reportagem sobre um terrorista.
Já começou, Homem de Ferro 3? Caramba, já se passou tanto tempo. Depois que a reportagem terminou, ele suspira.
- O que você vai fazer quanto a isso? - Pergunto.
- Ainda nada, isso é assunto do governo, não do Homem de Ferro - Responde.
- Atá, quer ajuda? - Pergunto.
- O que você entende de ciência quântica e teorias de multiverso? - Franzo as sobrancelhas e ergo o nariz.
- Muito, eu já te ajudei com algumas coisas e você ainda não tem confiança nas minhas habilidades, fiquei em primeiro lugar na feira de ciências, eu nunca fiquei em segundo - Digo me gabo.
- Então, vamos ver do que você é capaz.
Depois de uma semana, já tínhamos uma teoria de onde e qual universo sou, e chegamos a uma conclusão, sou de um multiverso alternativo. E isso só aconteceu em um mês, agora tínhamos que achar uma maneira de me levar pra casa.
- Uma luz em volta do seu corpo te trouxe pra cá, talvez você tenha se autotransportado - Tony me olha como se tivesse achado a solução.
Engulo o salgadinho e olho pra ele desacreditada.
- Não acho que tenho poderes, se tenho, por que eles só apareceram agora? - Pergunto e como outro salgadinho.
- Quais eram as suas emoções no momento do teletransporte?
- Raiva, decepção, amargura, tristeza, falta de vontade, dor - Falo pensando, esse assunto nem me afetava mais, pra você ver o que um um ano e um mês faz. Como outro salgadinho e o olho questionadora - No que está pensando? - Pergunto.
- Você estava com emoções a flor da pele, talvez se as reproduzirmos tenhamos o mesmo efeito - Ele indaga.
- Tá querendo dizer..provocar a sua morte? - Pergunto curiosa e ele suspira e Pepper aparece, ela digita a senha, já conhecida por mim, e entra no laboratório.
- Não acredito que ainda estão aqui, já está bastante tarde - Diz severa.
- Eu avisei e ele disse: "mais uns minutos" e eu continuei comendo todo esse salgadinho calórico, enquanto dava as minhas opiniões - Amasso o pacote e jogo no lixo - Mas, a patrôa chegou e, quem sou eu para contrariá-la? Boa noite Pepper, tá ferrado Tony - Aceno pra ele após começar a subir as escadas.
Tomei um banho relaxante, mas o que o Tony disse sobre ter poderes me deixou intrigada, o sono que era bom, nada. Então me levantei e vasculhei a geladeira, depois de ouvir um barulho na garagem/laboratório (Tony não gosta desse nome, mas eu gostei de colocar barra/). Fui até lá, digitei a senha vendo Tony testar mais uma de suas armaduras, Mark 45, se não me engano, essa era a fase em que Tony tem problemas de insônia e a crise de ansiedade.
- Você está querendo se suicidar? - Pergunto após ele cair no chão, testando sua nova armadura de ferro.
- Você devia estar dormindo -Afirma.
- Não me lembro de você ter virado o meu pai - Me sento em cima da mesa.
- Deus me livre, afinal qual é o seu problema em sentar na cadeira? - Pergunta.
- Não mude de assunto, Anthony - Falo séria - Faz tempo que você anda com uma expressão cansada, eu acho que devemos parar com as pesquisas até você ficar melhor - Comento.
- Impressão sua - Ele se levanta - Vá dormir - Pede e eu cruzo os braços.
- Vá dormir você - Retruco e ele respira fundo vencido pelo cansaço.
- Você venceu.
- Isso! - Pulo animada, encaixo o meu braço no dele e o puxo para as escadas.
- Você é uma peça.
- Depois você vai me agradecer - Garanto.
No dia seguinte.
- Hmm, caramba Pepper, você é uma ótima cozinheira! - Pego mais um pedaço de torta de limão - Torta de limão é a minha favorita - Falo de um jeito apaixonado e ela ri.
- Obrigado - Agradece.
- De nada, ao contrário do Tony que não sabe nem fazer um ovo frito - O olho e ele revira os olhos.
- Você é uma bajuladora.
- É você é um péssimo cozinheiro.
- Como se você soubesse cozinhar - Ele joga na minha cara.
- Você tá colocando lenha na fogueira - Cerro os olhos.
- Tá ameaçando o Homem de Ferro?
- Não, é o Homem de Lata - O corrijo.
- Você é muito infantil.
- Você é pior por estar brigando com uma adolescente - Ele ia responder, mas fica calado.
- Você está contra a parede, Tony - Pepper sorri divertidamente.
- É um complô contra a minha pessoa - Tony revira os olhos com um pequeno sorriso.
- Eu já vou indo, até mais - Pepper da um beijo em Tony e beija a minha cabeça, minha mãe nunca fez um gesto simples e tão carinhoso como esse.
- Tchau - Observo ela ir e quando vejo, Tony já estava indo se enfurnar na sua toca. Revirei os olhos e terminei o café da manhã. Coloquei as louças no lava-louças e fui até a garagem/laboratório.
- O que eu disse sobre as pesquisas? - Pergunto descendo as escadas.
- Não estou me lembrando de você ter se tornado a minha mãe - Desbloqueio a senha.
- Me tornei, assim que você parou de dormir - Entrei e ele me olhou.
- Não estou trabalhando as pesquisas, como você quis, mas sim, outras coisas.
- Como a perfeição do mark alguma, quantas você já fez? - Pergunto, eu sei exatamente quantas ele já fez.
- 54 - Responde.
- É bem provável que a Pepper mate você quando descobrir sobre todas essas armaduras, ela imagina que só existam 10 ou 16, não um número tão grande - O seu celular vibra e ele o pega, era o Happy.
- Happy, você sempre aparece em bons momentos - Reviro os olhos.
- Claro - Ele diz sarcástico - O que eu interrompi? - Pergunta curioso.
- Um sermão meu - Falo aparecendo atrás de Tony.
-Happy essa é Meddie, Meddie esse é o meu antigo motorista, Happy - Ele nos apresenta.
- Prazer em conhecê-lo, não sabe como eu sou a sua fã - Ele me olha confuso e depois sorri - Eu sei como foi difícil aturar o Tony - Suspiro dramaticamente.
- Concordo, mas agora eu fui promovido.
- Sorte a sua, faz um ano e um mês que eu convivo com essa coisa, Tony por que você não me promove? - Pergunto cruzando os braços e Happy ri.
- Vocês são uns ingratos - Tony diz desacreditado rio.
Na enorme televisão que eu usava para ver singles, um caminhão enorme aparece com um ursinho, que na verdade era um ursão.
- Tony, que negócio é esse? - Pergunto cutucando o playboy.
- Você poderia assinar e garantir que aquilo entre em casa? - Pergunta.
- Okay, vou deixá-los conversando...era só o que me faltava, virei escrava - Subo as escadas e assino uma prancheta, difícil foi trazer aquilo pra dentro, mas no final conseguimos.
Demorou três horas para trazê-lo para dentro, até Tony deu uma ajudinha.
- Acha mesmo que ela vai gostar daquela coisa? - Pergunto girando na cadeira giratória.
- Lógico, quem não gostaria de receber um presente daquele? - Ele pergunta e eu levanto a mão - Tirando você? - Acrescenta.
- Mas, você está aqui e não lá em cima - Falo o olhando malhando.
- Shiii, ela chegou.
Revirei os olhos, vendo eles conversarem. Não demorou muito para que ela sacasse que não era ele. Pepper logo desceu as escadas.
- Eu devia ter apostado, teria virado milionária - Assim que Pepper nos viu, eu levantei as mãos em redenção - Eu avisei que não era uma boa idéia, mas ninguém me escuta, né? Então eu já vou indo, já falei como você está bonita hoje, Pepper? - Pergunto parando do lado dela, ela me deu um olhar e eu subi correndo as escadas - Boa sorte, Tony!
Eu enchi a minha barriga de salgadinho, fiz as minhas higienes matinais e fui dormir, mas acordei com o grito de Pepper. Uma vez que eu acordo, não consigo mais dormir. Então desci e abri a geladeira pegando um pedaço de torta de limão, me sentei no balcão e comecei a comer. Depois, me sentei no sofá.
- JARVIS, você poderia me mostrar as últimas notícias envolvendo o terrorista que vem deixando o Tony de cabeça pra baixo? - Pergunto massageando as têmporas.
- Claro, as últimas informações sobre ele, são de que ele ameaçou indiretamente o senhor Stark, essa em minhas análises, é a mais preocupante - Diz com sua voz robótica.
De acordo com as minhas lembranças do filme, (afinal faz tempo que eu não o assistia), Happy segue o indivíduo que estava na empresa e sofre um ataque de uma bomba-humana. É hoje que a casa desmorona.
- Droga.
Não consegui dormir, então tomei um outro banho e resolvi ocupar a minha mente com alguma distração. Quando vi, o dia já estava amanhecendo. Tive uma visão privilegiada do terraço, essa também é a primeira vez que vejo o sol nascendo. Vi também um dos carros do Tony saindo de casa.
- Você está aí - Olho pra trás e vejo Pepper - JARVIS me disse que você ficou a noite toda acordada, na verdade, ele me disse que você não dormi a muito tempo - Ela se senta ao meu lado.
- Por que o Tony saiu correndo? - Pergunto mudando de assunto.
- Happy sofreu um acidente, acho que você sabe quem ele é - Assinto.
- Nos falamos por telefone, ele me parece ser uma boa pessoa, foi algo grave? - Pergunto séria.
- Ainda não sabemos, acho que foi por isso que ele saiu daqui tão apressado - Olho pro chão.
- Tomará que ele fique bem.