Mulher no Poder (Em Revisão)

By rachelmps

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Melanie Fiorenzza tem 22 anos, é a filha mais nova do chefe da máfia italiana. Seu pai, o líder, está tentand... More

Sinopse
Prólogo!
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Aviso
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Eu e Ele
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Agradecimento 💜
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By rachelmps

Melanie

Eu estou assistindo televisão com Gina e Via. Um programa sobre agricultura e animais que Via adora. Como eu estou entediada, aceito assistir com elas.

- Os girassóis são tão lindos - murmura Via.

- Sim - concorda Gina focada na TV.

Suspiro e continuo a focar no campo de girassóis. Muito lindo de olhar mesmo.

Observo os dois apresentadores questionarem o florista acerca da plantação e venda das flores.

Estou faminta - penso. Acabamos de comer o café da manhã, mas já estou pensando no almoço.

O programa dá uma pausa para o intervalo.

Gina e Via aproveitam para conversar.

Continuo olhando para a televisão, quando uma propaganda me chama atenção.

Sorvete.

Variados sabores, não consigo parar de olhar, eu preciso, da sensação aveludada e gelada, derretendo da boca. Eu preciso de sorvete.

- Eu preciso... - murmuro.

Via e Gina se viram para mim sem entender nada.

- Sorvete - digo - Eu realmente estou com desejo de comer sorvete.

- Oh - murmura Via - Quando eu e Krum irmos a cidade para comprar mantimentos, eu posso trazer.

- Vocês irão hoje?

- Ahh... não, iremos dsqui a 2 dias.

- 2 dias? Eu preciso comer sorvete agora!

Tento controlar meu desejo, mas só consigo imaginar o sabor... chocolate... não pistache... ou morango.

- Desculpe - ela diz - Podemos fazer uma sobremesa gelada, como um pudim, que tal?

Não é a mesma coisa - é o que eu penso, mas não quero ser mal educada.

- Tudo bem - digo a contra gosto.

Nos dirigimos a cozinha. Via separa os ingredientes para o pudim. Eu espero impacientemente.

O que tem de errado comigo?

Observo ela jogar o leite em uma panela, depois essência de baunilha, açúcar e amido de milho.

- Ei - diz uma voz.

Me viro, e vejo Dante.

- Oi - respondemos.

- Algo cheira bem, o que estão fazendo?

- Pudim - explica Via - Melanie está com desejo de sorvete, mas eu só vou no centro daqui a 2 dias.

Ele se vira para mim.

- Você realmente quer sorvete?

- Sim - confirmo - Nunca senti um desejo tão forte.

Ele balança a cabeça para minha resposta.

- Vamos, eu te levo até alguma sorveteria no centro da cidade.

Arregalo os olhos totalmente surpresa.

- Está falando sério? - pergunto.

- Sim, vamos lá.

Me levanto rapidamente.

- Obrigada, obrigada, obrigada, obrigada - murmuro enquanto andamos até o carro.

- Não é nada demais - ele fala e se vira para mim - Mas se meu irmão perguntar, você nunca saiu dessa propriedade.

- Eu juro - digo e sorrio.

Ele acena e abre a porta do carro para mim.

Percorremos os 20 minutos do campo para a cidade em silêncio. Estou feliz por poder acabar com meu desejo, mas também por sair um pouco.

Ao chegarmos ao centro da cidade, rodamos a procura de alguma sorveteria, mas não vimos nenhuma.

- É melhor desistirmos - sussurro.

- Ne - ele nega - Eu prometi sorvete a você.

Suspiro.

- Estamos rodando os últimos 10 minutos e sem...

- Espere - ele diz e estaciona o carro.

- Por que estacionamos? - pergunto confusa.

Ele aponta para uma loja de conveniência.

- Você acha que eles vendem sorvete?

- Com certeza - murmura - Vamos lá.

Andamos lado a lado. Quando entramos, vejo vários alimentos, salgadinhos, biscoitos, bolachas... Caminho apressadamente até os freezers.

Olho de um lado para o outro procurando os potes de sorvete.

Quando vejo, me sinto emocionada, nunca pensei que um desejo de grávida fosse tão forte, quando mama me falava sobre essas coisas, pensava que ela estava exagerando.

Abro a porta do freezer e pego o sabor baunilha e outro pote de frutas vermelhas.

- Não quer levar mais? - pergunta Dante.

- Acredito que depois de consumir esses 3 litros de sorvete eu me sinta melhor.

Ele ri sem jeito e me segue até o caixa. Espero o atendente registrar os dois produtos e colocar em uma bolsa.

- Tem alguma colher? - pergunto.

Ele me olha estranhamente.

- Eu preciso comer esse sorvete, agora - explico.

Ele pega duas colheres de plástico e coloca na bolsa.

- Obrigada - digo.

Dante paga e nós dois saímos da loja.

- Tem um banco embaixo daquela árvore - ele aponta para uns 10 metros a nossa esquerda.

- Parece bom - digo.

Andamos até lá, ao sentarmos eu abro o sorvete de baunilha e como uma colherada.

- Hummm - gemo com o sabor e a sensação.

Dante me observa estranhamente, mas eu não ligo, sigo comendo e gemendo. Sorvete nunca foi tão bom.

- Hummm - gemo pela trigésima vez ou sei lá, eu parei de contar.

Ele continua me observando sem falar nada.

Rio sem graça.

- Acredito que pareço uma louca - digo - Muito diferente das educadas moças russas.

Ele balança com a cabeça.

-  Eu não direi nada a respeito disso.

Bato no braço dele levemente.

- Você deveria dizer que eu continuo uma moça educada, elegante, fina...

- Então, você quer que eu minta? - ele pergunta.

- Oh - digo ultrajada - Você é perverso.

Ele ri. E eu me junto a ele.

Ao terminar o sorvete de baunilha, abro o de frutas vermelhas.

- Obrigada - sussurro.

- Disponha - ele diz.

Sorrio.

- Eu sinto falta de casa - confesso - Eu sei que só passaram 2 semanas, mas nenhum lugar é como a nosso lar.

- Sim - ele concorda - Você tem razão, eu estou feliz de ver minha mãe novamente pelo menos.

Encolho os ombros desconfortável.

- Sinto muito - digo - Você está há quase oito meses longe de casa, por minha culpa.

- Sua culpa não - murmura - Minha culpa, meu exílio foi a consequência dos meus erros. E pensei que deixaríamos isso no passado...

Concordo com a cabeça.

- Você tem razão - dou uma colherada no sorvete - Mas não sei como conseguiu ficar tanto tempo longe de casa, o máximo que eu fiz foi passar 3 meses com minha avó materna na Itália.

- Eu mantenho minha mente ocupada - diz - Como é a Itália? Nunca estive lá.

Sorrio lembrando de quando fiz essa viagem aos 14 anos.

- É incrível - sussurro - O oposto da Rússia, lá é quente e ensolarado, cheio de pessoas e alegria.... qualquer coisa é desculpa para se reunir à mesa, abrir um vinho e brindar com a família. O barulho, a comida, as danças... eu nunca fui tão alegre e descontraída como lá.

- Parece um sonho - comenta - Talvez eu vá lá um dia.

Olha para ele e sorrio.

- Você deveria, se for realmente, procure os De Luca, a família de minha mama são melhores quando se trata de vinho.

Ele acena.

- Terei isso em mente.

Olhamos um para o outro por alguns minutos, eu sou a primeira a desviar o olhar.

Fico feliz em poder conversar normalmente com ele assim, isso significa que realmente colocamos uma pedra nos acontecimentos passados.

♧◇♡♤

No dia seguinte, me levantei cedo como de costume. Vesti minha roupa e calçado de caminhada e desci.

Dante estava sentado na varanda, bebendo café.

- Bom dia - sussurro.

Ele acena para mim.

- Bom dia.

Alongo meus braços e pernas antes de ir em direção a trilha. Quando começo a caminhar e sinto Dante em minhas costas, me viro.

- Você pode andar ao meu lado - murmuro - Se você quiser.

- Eu quero - ele diz.

Seguimos em silêncio. Respiro fundo e aproveito o ar fresco e gelado do campo.

Sinto que desde que comecei esse hábito eu estou mais disposta e com menos dores nas costas.

Coloco minha mão direita na barriga. Estou tentando não ficar assustada com o avanço da gravidez, mas a ansiedade está me dominando. O que dificulta eu me acalmar é a falta de uma supervisão médica, em casa, doutor Túlio me acompanhava o tempo todo, eu estou sozinha aqui.

Sinto falta da minha mama, dos conselhos dela. A minha maior inspiração, gostaria que ela estivesse comigo nesse momento tão importante.

Sinto falta até de Silas, mesmo sendo distante e frio, ele tinha seus momentos de ternura.

Continuo caminhando, e me desequilíbro.

- Cuidado - diz Dante e me segura pela cintura.

O encaro.

- Tudo bem?

- Sim - confirmo - Eu estava distraída...

Ele continua me olhando.

- Você pode me soltar agora - digo.

Ele finalmente solta minha cintura e se afasta alguns passos.

- Acho que devemos voltar - murmuro.

Ele concorda com um movimento de cabeça.

Não querendo deixar esse momento se transformar em um constrangimento. Eu puxo assunto:

- Eu... eu pensei em nossa conversa ontem... e apenas falamos sobre mim, eu não sei nada sobre você.

- O que você quer saber?

Penso por um instante.

- Sua idade?

- 27 anos.

Apenas 4 anos mais velho que eu.

- Comida favorita?

- Comida - ele responde.

- O quê? Isso não conta, você precisa dizer...

- Eu não tenho nenhuma comida favorita.

- Como assim? - olho para ele - Está me dizendo que entre todas as comidas, você não tem preferência nenhuma? Tipo... pão, sopa, lasanha, frango, carne...?

- Eu gosto de tudo isso.

O encaro.

- Inacreditável - digo.

- Por quê? - ele pergunta confuso.

- Nada - digo e continuo caminhando - Mas pode ter certeza, quando você provar a comida italiana, você sempre dirá que é a sua favorita.

Ele ri.

- Vocês italianos são esnobes - ele brinca.

- É a verdade, mi caro - murmuro.

Sorrimos um para o outro e andamos em direção a casa.

Pietra está sentada na varanda, ela olha para nós dois curiosa, mas não diz nada.

- Bom dia - digo.

- Mãe - a cumprimenta Dante.

- Bom dia - ela diz - Lindo dia, não?

- Sim - concorda Dante.

Aponto para a casa.

- Eu vou entrar e comer alguma coisa - aviso e deixo os dois a sós.

♧◇♡♤

Após o almoço, estou deitada em minha cama, encarando o teto.

O pessoal está lá embaixo assistindo um filme, mas eu estou sem paciência.

Suspiro.

Meu bebê chuta, coloco as mãos na barriga sorrindo.

- Eu sei - sussurro - Mama está aqui.

Ouço o barulho da porta batendo.

Me levanto e vou abrir.

- Dante - falo quando o vejo.

- Ei - ele amostra o telefone - Meu irmão quer falar com você, ele disse que liga em 5 minutos.

- Certo - me afasto da porta - Entre.

Ele entra lentamente no quarto. Observando tudo, como sempre.

- Não quis assistir o filme com os outros?

- Sem paciência - respondo e fecho a porta.

Me sento na cama. Ele senta em uma cadeira próximo a janela.

Não falamos nada. Espero pacientemente a ligação de Silas.

Aproveito que Dante está olhando para a janela e o observo atentamente. Ele é tão alto quando Silas, mas seu corpo é mais magro. O cabelo e a barba dele são maiores, e ele tem mais tatuagens, só vi algumas de relance pelos braços, mas não consigo  dizer o que são. Ele é bonito, e tem um talento perverso para tortura mental.

- Então... ele ligou de dia dessa vez, normalmente ele liga a noite - comento quando os 5 minutos já passaram.

- Sim - ele diz - Acho melhor eu voltar mais tarde, talvez eu tenha entendido errado.

Ele começa a se levantar.

- Fique - peço.

Ele senta-se novamente.

- Eu estou entediada - murmuro - Podemos conversar, que tal?

- Eu gostaria disso - ele diz e olha para minha barriga - Já pensou em possíveis nomes?

Sorrio e abraço minha barriga.

- Alguns... se for menino eu penso em Bernardo ou Francis... e se for menina Olívia ou Maria Elena.

- Nomes bonitos - comenta - Eu gosto de Samuel se for menino ou... Elizabeth se for menina.

- Eu gostei - digo animada - Você tem namorada?

Ele demora uns instantes até responder.

- Não.

Percebo que ele ficou desconfortável com a pergunta.

- Me desculpe, não é da minha conta.

- Não, não... - ele acena com os barcos - Eu não me importo, você pode me perguntar qualquer coisa, eu só não estou acostumado...

- A falar sobre assuntos amorosos?

- A falar sobre qualquer coisa - admite - Eu não converso muito, com ninguém.

Mordo o lábio insegura em como responder essa confissão dele.

- Você pode conversar comigo - falo por fim - Eu estarei aqui para ouvir.

Sorrimos um para o outro.

____________________________________

Consegui escrever esse capítulo desde sexta. Espero que gostem ;)

Estava lendo sobre signos, gostaria de ter escrito os personagens com base nisso. Na opinião de vocês, com base na personalidade dos personagens, qual signo combina mais com Melanie, Silas, Dante, Gina, etc??? Quero a opinião de vocês ♡


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