- Você está brincando? - Ela falou
- Não, não estou!
- Você estava fugindo dele como o diabo foge da cruz! Como é que agora você quer ir embora com ele? - Ela me olhava sem entender.
- Amanda querida por favor, se controle. Eles têm uma filha que está para chegar... - Adans tentava acalmar a noiva.
- Mas ele já se mostrou que não é de confiança! Como ele vai cuidar de duas mulheres grávidas! - Merda, ela tinha tocado no meu ponto fraco.
Olhei para Jack que permanecia parado e calado.
- Eu não quero fazer vocês duas brigarem, Angel vamos para o quarto? - Ele me chamou.
- Eu quero ir embora... - Meus olhos estavam cheios de lágrimas.
- Não, nós não iremos agora! Não desse jeito! - Jack anunciou. E me abraçou me levando em direção ao quarto.
- Você não vai sair daqui Angel. - Ainda ouviu as últimas palavras da irmã.
Entrei no quarto e abracei Jack e deixei as lágrimas virem à vontade. Nós nunca fomos irmãs de brigar, agora estávamos brigando tanto, e sei que tenho minha parcela de culpa. Mas o que eu posso fazer? Se sou perdidamente apaixonada por esse par de olhos azuis?
- Não chora por bobagem minha gatinha! - Ele me abraçava forte.
- Bobagem?
- Isso é briga boba de irmãos, ela se sente responsável por você!
- Isso não dá o direito à ela de me tratar assim. Nossos pais nunca nos trataram assim. - Continuava chorando.
- Vocês passaram por muitos estresses e percas nos últimos anos. Perderam os pais, passaram por dificuldades financeiras, e a sua irmã sempre foi o esteio na doença da sua mãe e do seu pai. Imagina como ela estar se sentindo com a possibilidade de vê-la sofrer ou doente?
Jack tinha amadurecido tanto, nem de longe parecia com aquele Jack de quando eles se conheceram, egocêntrico.
- Eu.. eu quero ir com você... - Finalmente consegui falar.
Ele me liberou dos seus braços e me olhou nos olhos com um sorriso lindo no olhar.
- Você não sabe o quanto isso me deixa feliz. Muito feliz meu amor. - Ele me deu um beijo na boca. Eu me sentia em paz com ele.
- Mas eu não quero que você saia brigada da casa da sua irmã. - Oque? Não entendi mais nada!
- Você desistiu de ...
- Não, claro que não! Eu jamais desistiria de você! Por nada nesse mundo! Mas ela é a única parente que você tem!
- Mas... eu não estou entendendo mais nada!
Ele me sentiu em seu colo, colocou meus cabelos para trás, alisou-os com tanta ternura. Eu fiquei observando seus gestos. Segurou sua mão por trás da minha cabeça e encostou minha testa com a dele, ficamos um tempo de olhos fechados, quando eu abri ele já estava me encarando.
- Eu amo você Angel, eu amo muito você! Você não sabe o quanto está sendo difícil para mim... mas eu quero fazer tudo certo dessa vez, não quero agir no calor da emoção e deixar pontos soltos, não! Eu quero fazer tudo direitinho! - O que ele queria dizer com isso meu Deus? Oh homem complicado.
- Eu não estou te entendendo...
- Eu vou embora amanhã! Vou resolver tudo o que eu tenho para resolver antes de vir te buscar.
Eu comecei a chorar novamente, merda! Ele está me deixando! Eu tinha que manter a minha dignidade! Eu não vou pedir para ele me levar.
- Angel, não chora... eu não estou terminando com você. - Ele falou como se adivinhasse meus pensamentos.
- Muito bonito seu papo, mas não me convence! Por que você foi em Miami atrás de mim? Eu estava bem lá! - Droga! Eu estava feito uma criança mimada.
- Eu não estou enganado você! Olhe para mim! - Eu não queria, mas ele me forçou! - Escute pelo amor de Deus o que eu tenho para falar com você.
Era difícil, meu coração estava despedaçado, eu não confiava nele. Eu não sei mais o que pensar.
- Eu irei amanhã, resolver todas as minhas pendências. Você fica, ajude sua irmã, vocês duas precisam uma da outra. Fortaleçam a relação de vocês e daqui a cinco dias eu venho buscar você. Está combinado assim? Você fica bem com a sua irmã e comigo! E todos nós ficamos felizes.
E a saudade que eu vou sentir de você não conta? Me deu vontade de perguntar. Mas eu apenas concordei. Ele tinha razão.
- Eu preciso ir ao banheiro. - Ele me soltou e eu fui em direção ao banheiro. Tirei a roupa toda e entrei embaixo do chuveiro e deixei a água cair, a temperatura estava gostosa. Eu, e a grande maioria das pessoas tem o chuveiro como terapeuta que nada fala, mas faz milagres.
Fiquei de cabeça baixa chorando, e a água lavando toda a dor, saudade, dúvida...
- Ai... - Me assustei quando senti um abraço por trás. Meu peito estava dolorido de amor. Não queria olhar para ele. Eu sabia que as intenções dele eram as melhores.
Ele me encostou na parede, encostou seu corpo ao meu, eu podia sentir seu membro duro entre as minhas pernas, isso era muita judiação.
- Eu amo você meu amor, não tenha dúvidas. Não fique triste. Assim eu acabo levando você amanhã.
Ele grudou a boca na minha, como eu desejava esse homem com todas as minhas forças! Chagava a doer de tanto amor! Ele me beijava e segurava seus seios, aquilo era bom demais.
- Eu amo você Jack!
- Eu também te amo Angel! Ele confiava beijando meus lábios com urgência, sua língua procurava a minha boca como se fosse o tudo para ele. As mãos dançavam no meu corpo, aquele dedo mágico! Eu revirava os olhos de prazer, ele me tocou até eu atingir o orgasmo.
Ainda ofegante, eu tinha que retribuir todo prazer que ele me dava. Me agachei coloquei o pau gostoso dele todo na minha boca, que saudade eu estava, ele segurava minha cabeça enquanto eu movia minha língua e meus lábios, tentando dá-lo o máximo de prazer possível.
Não aguentou muito ele explodiu na minha boca, tentando controlar os gemidos roucos de prazer.
Nossas pernas estavam bambas, moles devido ao orgasmo, ele me deixou de pé, e me ajudou a tomar banho, escovamos os dentes e saímos do banheiro, exaustos e felizes.
Ele ajudou a me enxugar, eu vesti um conjunto de moletom e fui secar os cabelos antes de dormir. Ele me deu meu remédio.
Ele estava apenas de short. Me deitei ao lado dele e ficamos frente à frente nos olhando, nos encarando. Não sei por quanto tempo ficamos assim, eu adormeci e ouvi longe ele dizer:
- Eu amo você minha gatinha! Você é a minha vida!
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Tomei remédio de olhos fechados de manhã e voltei dormir. Senti que ele me abraçava e me beijava, mas o sono era tão grande...
Tempo depois eu me acordei ele não estava lá...
Me levantei, fui ao banheiro urinar. Fiz minha higiene, escovei meus dentes, estava muito, muito frio. Saí do quarto a procura dele.
Encontrei Amanda sentada na sala, com o notebook em seu colo, provavelmente fazendo os trabalhos da faculdade.
Ela me viu, colocou o aparelho do lado.
- Cadê ele? - Eu sabia a resposta, mas eu precisava ouvir da boca dela.
- Ele viajou irmã.
Coloquei as mãos no rosto e fiz o que eu conseguia fazer de melhor... chorar... ele nem se despediu...
Consegui escrever dois capítulos hoje!
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