Quando eu olhei para aquele jatinho meu coração começou a bater mais forte, eu fiquei muito nervosa, porque né, eu nunca andei em nada aéreo, ate minha viagem de Los Angeles pra cá foi de ônibus, por dois motivos: 1) porque era mais barato: 2) Altura não é meu forte.
A única coisa que me acalmava era o sorriso do meu filhote, suas mãos gordinhas seguravam nas minhas me causando uma sensação de conforto, como uma flecha de chamas que ardem sem ver, era incrível como eu amava aquela criança, ele não foi concebido por mim mas eu o amava. O cuidado que eu mantenho para cuidar dele, a dedicação e esforço, eu não me imagino mais sem aqueles olhos azuis intensos me olhando todos os dias, eu nem gosto de imaginar quando ele crescer e não precisar mais de babá...
Eu não sei dizer exatamente o momento que eu dormir, só sei que eu estou com uma dor incomodante no pescoço...
Abro os olhos lentamente e olho Anthony dormindo nos meus braços, ao lado Nicolas também dorme com a cabeça recostada ao meu ombro e uma revista em mãos.
O piloto avisa que vamos pousar e eu solto um longo suspiro de alívio, arrumo Anthony em meus braços e me preparo para acordar Nicolas. Toco seu braço forte e ele desperta.
- Já chegamos? - pergunta sonolento
- Sim, estamos pousando! - disse calma
O piloto vem ate nós e tira os acessórios de segurança, descemos do jatinho e eu encaro o local, estamos numa pista de pouso e ao lado tem um carro a nossa espera, o céu de Londres irradia todo o brilho do sol fortemente, avisto um pôr-do-sol, a lua já estava quase que avista e as estrelas também não demoraria para aparecer. Um segurança coloca nossas malas no carro e eu entro atrás com Anthony, Nicolas entra na frente no banco do motorista e começa a guiar o carro.
[...]
Paramos na frente de um prédio enorme e luxuoso, o lugar é bastante movimentado, Nicolas desce do carro e entrega a chave para o manobrista, um jovem que possivelmente trabalha no hotel, ele arruma sua camiseta em seu corpo olhando discretamente para trás lançando um sorriso cínico e me aguardando. Ajeito Anthony em meus braços e sigo ao lado de Nicolas para a recepção.
- Boa noite, posso ajudar? - uma mulher pergunta e sorri gentilmente.
- Sim, duas suítes no nome de Nicolas Cortez. - pede sério.
Ela digita algo e ergue uma sobrancelha.
- Nicolas Cortez Herson? - o olha
Ele acena positivamente.
- Desculpe senhor, mas só tem uma suite reservada em seu nome - torce o lábio
Vejo o maxilar de Nicolas trincar.
- Oque? Deve ter algum engano, procure novamente. Por favor é claro - pede impaciente
A mulher digita novamente.
- Não, está correto, Nicolas Cortez, New York, uma suite
Ele suspira e passa a mão no rosto.
-Tem algum quarto livre? - pergunta e ela balança a cabeça negativamente.
Nicolas acena e ela entrega a chave, andamos ao rumo do elevador. Quando ele se abre me impressiono com o tamanho do local, esse quarto e maior que o meu apartamento antigo, tem dois sofás enorme, uma TV enorme, frigobar, e uma cama enorme e linda, o banheiro também era algo surreal, muito lindo..
Nicolas para próximo a cama e a observa, esta achando que eu vou implorar para dormir nela... Coloco Anthony sobre ela e suspiro.
- Quero saber onde está os neurônios da minha assistente...- bufa - eu juro que mandei ela reservar duas suítes
- Senhor, está tudo bem, eu não me importo - o olho
- Mas eu sim, não quero dormir com você - me olha como se eu fosse um animal
- Pode ficar com a cama senhor - falo calma
Ele apenas acena e vai para a sacada do quarto, eu não sei porque me importo mas isso me machucou, ele me olhou como se eu tivesse uma doença contagiosa, se eu não precisasse tanto desse emprego eu já teria caído fora. Ser humilhada e algo deprimente.
Olho meu celular e já são 20:30, Anthony acabou de acordar
- Vamos tomar um banho filhote? - pego ele no colo e vou para o banheiro - Não puxe seu pai Anthony, só na beleza, no humor não..
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É ISTO, fico por aqui.
Ate a proxima atualização, voltarei em breve...