Amor em Éfeso - AMAZON

By ShayNuran

126K 6.6K 1.1K

APENAS CAPÍTULOS DE DEGUSTAÇÃO/EM BREVE NA AMAZON . . Maria sempre nutriu uma paixão secreta por seu tutor. A... More

Bem-vindos!
Éfeso
Capítulo 1
Capítulo 2
Capítulo 3
Capítulo 4
Capítulo 5
Capítulo 6
Capítulo 7
Capítulo 8
Capítulo 9
Capítulo 11
Capítulo 12
Capítulo 13
Capítulo 14
Capítulo 15
Capítulo 16
Capítulo 17
Capítulo 18
Capítulo 19
Capítulo 20
Carta ao Leitor

Capítulo 10

1.7K 298 80
By ShayNuran

— Eu tenho o plano perfeito — disse Maria enquanto decorava um prato. — Eu vou dizer a ele que estou interessada em alguém e que quero sair sozinha com esse cara.

— Ele vai perguntar de quem se trata e vai sugerir conversar com ele para saber se as intenções e tudo mais que já sabemos, Maria.

— Mas eu direi que não posso revelar quem é, até porque ele é só um caso, só quero me divertir, não namorar, não casar... só me divertir como ele faz.

— Tem certeza que essa é a melhor opção? Porque eu acho que você não deveria envolver um homem nisso. Diga que quer mais espaço porque é seu direito — aconselhou enquanto terminava de preparar um doce para a sobremesa. — Você deveria conversar com Aslan e com seu pai também sobre isso que está te incomodando.

Maria bufou.

— Pinar, acorda! O que você acha que eles vão dizer? — perguntou colocando o prato decorado na mesa. — "Você tem toda razão, caninzinha, o papai está mesmo sendo injusto" ou "Oh, Sevglim, mas é claro que você pode ter um caso, aliás, faça como eu e tenha dois".

A voz engraçada fez Pinar rir com gosto.

— Você é louca e nada disso vai dar certo, mas tudo bem, vamos em frente.

— Em frente de onde? — perguntou Aslan já descendo as escadas.

— Ahn... dos balões, amanhã, vamos ver se esse festival vai dar certo mesmo. Papai quem deu a ideia para ver se assim atrai mais turistas e melhora a economia de Göreme — respondeu Pinar tentando disfarçar.

Maria saiu da cozinha em direção à sala de dois ambientes. Ela adorava a decoração aconchegante da casa dos tios. Tudo branco, clarinho com detalhes em preto e cor-de-rosa. Aproximou-se da mesa de jantar onde Aslan se encostou de braços e pernas cruzadas enquanto observava Pinar na cozinha, a meia parede deixava-os vê-la preparando a sobremesa.

Adorava observá-lo naquela posição, os braços fortes e as pernas torneadas ficavam mais evidentes. A camiseta preta deixava a tatuagem a mostra e o ar de "bom moço" era um contraste na aparência rebelde.

— É tão bom ver que nossa família não se preocupa só com assuntos internos. Estão sempre procurando fazer o melhor para o povo — disse ela retomando o assunto.

— É, eu sinto muito orgulho dos meus pais por tudo que eles representam aqui na Capadócia. A evasão escolar de meninas já chegou a zero por cento aqui e também nas regiões próximas — disse com um largo sorriso. — Mamãe está falando sobre levar esse incentivo para cidades mais afastadas e conscientizar outros pais.

— Tia Derya deveria se candidatar a presidência.

— Acho que é só o que está faltando nessa família mesmo, alguém na política — disse Aslan.

­ — Quem sabe você — falou Maria fitando o primo. — Já está destinado a ser chefe de alguma coisa, porque não de Estado também?

— É preciso muita diplomacia — opinou, Pinar.

— Será que você conseguiria, Aslan? Defender os interesses de um grupo de forma pacifica e conciliadora sem desprezar as opiniões contrárias?

Aslan viu os olhos azuis de Maria brilharem, antes inocentes e dóceis, agora o olhar tinha um enigma difícil de desvendar e aquilo o incomodava.

— Não é isso que faço todos os dias? — perguntou diante do tom desafiador e a prima deu de ombros.

— Não acho que te damos tanto trabalho, mas poderíamos fazer um teste.

— Que tipo de teste? — perguntou de cenho franzido.

Kaan também se juntou a eles observando o desenrolar da conversa.

— Bem, você viu que eu tentei ter mais liberdade, mas parece que papai sempre tem resposta para tudo — iniciou Maria.

— Ele não quer o seu mal.

— Eu sei, mas estou me sentindo prisioneira dos costumes e sinceramente, entediada — mentiu. — Vejo as outras jovens da faculdade e elas vivem comentando que foram ao shopping, ao cinema, a festas, feiras... enfim, eu só posso ir se for com você, isso é constrangedor.

— Desde quando? — perguntou Kaan sem acreditar no que ouvia.

— Não sabia que tinha tanta vergonha de mim, Maria.

— Não tenho vergonha de você, é a situação que me incomoda. Se coloque no meu lugar, gostaria de estar sendo monitorado vinte e quatro horas e sem motivo? Nunca fiz nada de errado.

— Você sabe que essa não é a razão... — disse Aslan.

— De toda forma — cortou ela. —, eu quero mais liberdade e preciso da sua ajuda.

— E o que tem em mente? — perguntou só por curiosidade para saber sobre o que Maria estava pensando, mas ele não iria contra as regras.

— Você dizer que vai comigo para algum lugar e não ir realmente. Depois nos encontramos e chegamos juntos em casa.

— Você quer que eu minta para o patriarca? Seu pai?... Isso é ser diplomata, mentir?

Maria fitou Pinar significativamente pedindo ajuda. A prima inclinou-se na meia parede cravando os olhos no tutor com expressão sarcástica.

— Quando chega em casa das suas noitadas você conta tudo para o tio Murat, Aslan?

— Não conto porque ele não me pergunta.

— É, seria bem interessante ouvir você detalhar os pontos altos de sua noite — disse Pinar cinicamente.

Aslan fitou Kaan acusadoramente.

— Ela estava na hora também! — justificou o primo mais novo em um sussurro ouvindo o tutor bufar exasperado.

— Qual a diferença, Aslan? Você sempre omite informações. Com Maria vai ser a mesma coisa. Você vai dizer "estamos saindo", mas não vai dizer "estarei com ela durante todo o tempo" — explicou Pinar. — Omitir não é pecado e nem lembro se existe alguma regra na família que fale algo sobre isso.

Aslan sorriu de canto. A ideia era simples e sinceramente, bem infantil. Por um lado, estava feliz de saber que elas não conseguiam pensar em nada mirabolante e grave demais. Como disse a Kaan; ainda eram muito ingênuas. Apesar da ideia ser boba, ela poderia pôr muita coisa em risco.

— Vocês estão me achando com cara de idiota? — perguntou cruzando os braços no peito novamente.

— Qual o problema em você me ajudar a ter mais espaço, eu não mereço? Não me acha de confiança? — reagiu Maria.

— Estou achando essa situação bem esquisita para falar a verdade, até um dia desses você estava assustada com a ideia de ir para a faculdade com um lugar cheio de pessoas desconhecidas e agora quer andar sozinha? O que aconteceu?

Pinar e ela trocaram olhares e viu a prima fazer que "não" com a cabeça. Sabia a opinião dela sobre dar a desculpa de ter alguém e ela tinha razão, porém também queria mostrar a Aslan que despertava interesses masculinos tanto quanto ele despertava os femininos.

— Eu conheci um rapaz! — disse a queima roupa fazendo um silêncio sufocante recair sobre a sala.

Aslan franziu o cenho e a fitou sem nada dizer. Essa era a hipótese mais aceitável por ele para justificar a mudança de conduta de Maria, mas ouvir a confissão era outra coisa.

— E você está gostando dele? — perguntou Kaan em tom surpreso. Podia jurar que Maria só tinha olhos para o futuro patriarca.

— Mais ou menos! — respondeu soltando o ar preso nos pulmões, mas inspirou profundamente prendendo tudo outra vez.

Pensou que talvez se tivesse dito que havia matado alguém, a tensão no ar não fosse tanta. Via Kaan boquiaberto e Aslan nem se mexer. Respirava porque era um movimento involuntário, mas de resto, nada. Adoraria saber o que estava se passando na cabeça dele naquele momento.

— E ele já te convidou para sair? ­— perguntou Kaan quebrando novamente o silêncio constrangedor.

— Uhum! — murmurou afirmando com a cabeça.

— Quem é? — reagiu Aslan, enfim, mas nem seu tom e nem seu olhar eram amigáveis.

— Acho que isso não vem ao caso — respondeu de pronto. Daria o outro golpe fatal e que Deus lhe ajudasse: —, não quero nada sério com ele, só sair e me divertir.

O olhar que Aslan lhe dirigiu fez um arrepio correr por sua espinha. O ouviu soltar a respiração pesada ainda lhe observando. O tom de voz mais grave que o normal a fez engolir em seco.

— Se quer sair com alguém eu tenho que saber quem é!

Maria silenciou, deveria ter planejado melhor, falado com algum amigo... muitos rostos passaram por sua mente, os rapazes da sua sala eram muito bonitos e sem dúvida encontraria alguém para sair, mas ainda não tinha tanta intimidade para saber quem era solteiro ou comprometido.

Se dissesse o nome de um, Aslan o procuraria e faria perguntas. E se esse não confirmasse o que ela estava dizendo? Se tivesse namorada ou até interesse em outra garota, ela seria desmentida.

— Berk Volkan! — disparou sem pensar muito, mas ele era o único que dava em cima dela sem restrições, provavelmente não tinha ninguém e dificilmente a desmentiria.

— O QUÊ? — o grito de Aslan fez eco na sala. — Você enlouqueceu?

— Volkan? Aquele idiota que o Aslan odeia? — perguntou Kaan a fitando estupefato. — Maria, aquele cara é um completo imbecil.

Aslan andou saindo de perto dela, não conseguia acreditar no que acabara de ouvir. Berk deveria ter dito algo a Maria que a deixou confusa, não tinha outra explicação, pois ela jamais se envolveria com alguém que ele reprovasse.

Cerrou os punhos querendo bater em qualquer coisa e dispersar a raiva que surgia nem sabia de onde. Só Deus para ter misericórdia de Berk quando o encontrasse, porque ele não teria.

— Claro que não, ele é... bonito, charmoso e educado comigo.

Aslan parou a frente dela a olhando confuso.

— Ele teve tempo para ser educado com você? Quando? — perguntou. — Como ele se aproximou? Você nunca me disse nada. Está escondendo coisas de mim agora, Maria?

Ela engoliu em seco. O olhar tranquilo de Aslan tinha dado lugar a uma expressão de revolta que ela nunca vira antes.

— Claro que não, eu só disse que o acho interessante e imagino que ele pensa o mesmo sobre mim.

Aslan deu um sorriso debochado.

— Ele acha muitas coisas de você... Isso eu garanto — murmurou voltando a andar.

— Maria, você já... ficou com ele? — perguntou Kaan sem saber se aquela era a pergunta mais sábia a se fazer naquele momento, mas mesmo assim a fez. Pelo que Aslan dizia, o tal Berk era muito astuto.

Aslan parou de andar a fitando interessado na resposta. O olhar inquiridor era intimidador e a fez esquecer até de seu propósito com aquela mentira parcial.

— Não... ele só me convidou para tomarmos um sorvete, mas eu estava com dor de cabeça e fui para casa — respondeu fitando de Kaan para Aslan.

Allahim! — murmurou Pinar. — Até aprece que Maria pediu para casar com o cara. Ela só disse que o acha interessante e que gostaria de sair com ele para tomar esse sorvete que ele ofereceu. Qual o problema? Até onde eu saiba, vocês fazem bem pior.

— O problema é a companhia que ela escolheu, logicamente — disse Kaan.

— É por causa dele que você anda assim tão estranha querendo que eu me afaste de você e desafiando o seu pai? — perguntou Aslan com ar incrédulo se aproximando novamente. — O acha interessante ao ponto de ir contra nós?

Ela suspirou tentando manter a calma. Aslan falava como se ela estivesse virando as costas para a família.

— Você está exagerando, Aslan... Eu só disse que queria sair com ele, assim como você faz com outras garotas — rebateu.

— Eu nunca escanteei você por outras garotas, Maria — reagiu com tom de voz alterado.

— Mas eu não quero fazer isso com você, só quero sair sozinha também — devolveu na mesma intensidade.

— Para ficar com Berk Volkan? — perguntou revoltado aproximando-se até ficar cara a cara com ela.

Os olhos azuis, incrivelmente, não expressavam medo. Maria o fitava firmemente, não era mais a garota doce que lhe seguia, era alguém diferente a quem ele ainda não conhecia. Mas ele era seu guardião, gostando ou não, ela teria que obedecê-lo.

— Minha resposta é não — murmurou ele, entredentes. — você não vai sair com Berk.

— Eu não fico regulando as suas namoradas, Aslan — murmurou de volta a respiração ofegante.

— Porque você não tem poder para isso — rebateu. —, mas eu tenho e já está decidido. Não tem acordo entre nós, eu proíbo você de chegar perto dele novamente.

Aslan se afastou dando as costas para ela e ganhando o meio da sala, precisava de ar.

— Você não pode me proibir — respondeu Maria de cenho franzido.

— Eu posso! — respondeu virando-se e fitando-a novamente. — Sou seu tutor e você vai fazer o que estou dizendo, do contrário, vou levar essa nossa conversa ao seu pai.

Os primos estancaram com a ameaça. Maria, boquiaberta, estava estarrecida com a afirmação.

— Você não faria isso, Aslan — murmurou.

— Pelo seu bem, eu faria. Vamos ver o que ele acha de você querendo se envolver com um cara que desrespeita toda mulher que encontra pela frente — revelou. — Se você não sabe, Berk coleciona mulheres como figurinhas de um álbum.

Maria riu e cruzou os braços no peito olhando para ele com cinismo.

— Onde ele encontra tanta mulher disponível para os caprichos dele, no Midnight? — o fitou com olhos semicerrados. — Mas você também não frequenta aquele lugar?

— Você não sabe o que está dizendo, Maria.

— Você faz a mesma coisa que ele, Kaan faz a mesma coisa que ele, provavelmente meu pai também agia assim e querem ter moral para acusar Berk? — disse alterada fitando-o com raiva.

— Está me chamando de hipócrita? — perguntou ele a fitando visivelmente magoado. — Não vou mais discutir isso com você, Maria. Já dei minha resposta e esse assunto está encerrado.

Ela bufou rebatendo.

— Posso não sair com Berk, mas não existe só ele no mundo. Tenho certeza que encontrarei outro cara tão interessante quanto ele.

Aslan estreitou os olhos em direção a ela, mas não respondeu.

— Já está quase na hora do jantar, vou me preparar. Você e Pinar devem fazer o mesmo — a fitou severamente. — Kaan vai pôr a mesa.

— Mas por que eu?

— Porque estou mandando! — respondeu com rispidez. — Vocês estão muito mal acostumados. Devo lembra-lhes que o tutor aqui sou eu, vocês me devem satisfação até sobre o ar que respiram, mas eu não devo nada a nenhum dos três, ficou claro?

Aslan não esperou resposta e deu as costas seguindo para as escadas. Inconformada, Maria o seguiu.

— É assim que vai se comportar o tutor da família Erdogan? — perguntou vendo-o parar no primeiro degrau e a olhar de cima.

— É! — respondeu fitando-a nos olhos. — E se não gostou, amanhã voltaremos a Istambul, poderá fazer queixa ao patriarca.

Ele virou-se novamente e subiu as escadas pisando duro até sumir no andar de cima.

— Espero que esteja satisfeita! — disse Kaan a ela.

— E por que não deveria estar? — perguntou Maria virando-se para ele desafiadora e viu o primo a fitar com desdém.

— Sua teimosia descabida não vai te levar a lugar nenhum — aproximou-se dela.

— Kaan, chega! — pediu Pinar impaciente com o irmão.

— Não é teimosia, é direito — rebateu Maria sustentando o olhar e pronta para um novo embate.

— Seu direito é de obedecer, ou ainda não entendeu as regras da família? Vou pedir para o patriarca resumir para ver se entra na sua cabeça que você não pode ser como nós.

— E quem vai me impedir? — questionou Maria cara a cara com o primo e o viu endurecer o maxilar.

— Você é uma insuportável, mas vamos ver quem pode mais.

Kaan saiu em direção à cozinha deixando a ameaça no ar.

— Esse garoto está a cada dia mais desagradável — disse Pinar.

Maria cerrou os punhos.

— Com certeza, mas ele vai aprender o lugar dele.

♢♦ Δmor em Éfeso ♦♢


Podem soltar o ar agora, canins! kkkkk

♦♢

Maria de Deus, se a ideia era matar Aslan do coração, fez certinho kkkk

Que facada em Aslan, Berk?! Aylinha cutucando bem na ferida. Vai dar ruim!  

Kaan, pode escolher a roupa do seu funeral, tá na "RIP LIST". Seria pecado desejar que mamãe Derya chegasse nessa hora e ouvisse tudo? 

♦♢

Meninas, a autora Cris Andrade está postando um livro MARAVILHOSO, Feitiços do Coração, é lindo e sou suspeita porque participei da construção dele. Convido vcs a prestigiarem e se divertirem muito aqui no wattpad, já te mais de 30 capítulos postados e ela vai retirar assim que concluir, então corram! Depois venha aqui me dizer o que acharam das trapalhadas da Melissa kkkkk

Beijosssssss

Shay N.

Continue Reading

You'll Also Like

43.5K 3.8K 20
A filha de Vincent e Elizabeth agora está crescida.. e infelizmente não sabe de sua história. Mais tudo vem como uma bomba para cima dela.. saber do...
58.1K 4.5K 46
Ela é uma bruxa, assim como sua mãe e herdou os sentidos de lobo de seu pai. Quando completa 18 anos sua tranquila vida vira de pernas pro ar, a deix...
723K 42.6K 78
Sejam bem - vindos, obrigada por escolher esse livro como sua leitura atual. Nesse livro contém várias histórias, e cada capítulo é continuação de um...
1K 210 9
Em uma época de natal, Dylan Cooper havia se reconciliado com a família, voltado aos caminhos de Deus e encontrado o grande amor de sua vida. Não dem...