Maldita noite!
Tanto que ela me pediu para não ir à essa festa, eu e o meu orgulho idiota fizemos com que ela fosse. Para que? Para acabar com nosso relacionamento.
Jéssica não deu trégua desde o início, chocou todo o grupo de investidores ao dizer que estava grávida!
Desgraçada! Nem tinha certeza que o filho era meu! Angel, com razão ficou puta da vida.
Mas antes que pudéssemos nos recuperar do terremoto que Jess tinha feito, vários fotógrafos apareceram para registrar o momento. Meu irmão chegou bem na hora, não sei se o agradecia ou se o matava por se aproveitar da situação e agarrar minha gatinha.
Mas se eu estava achando pouco, Jéssica fez o favor de anunciar aos quatro ventos que está esperando um filho meu! Por que tudo isso? Ela nunca tinha sido assim.
Angel me olhava assustada, os flash me cegaram, vinde relance ela sair com meu irmão. Depois de toda a confusão, eu a procurei por todo o salão. E não os encontrei.
- O cachorrinho já está atrás da sua dona? - Jess chegou provocando.
- Não enche!
- Eu achei que ela formou um ótimo par com seu irmão.
- Tá louca? Ela é minha! - Falei enfurecido.
- Você acha mesmo que ela vai voltar para festa depois disso tudo? - Ela sorria triunfal.
- Você me paga! - Dei conta de que ela poderia ter ido embora.
Me livrei de Jess e fui abordado por um grupo de empresários que queriam conversar, tudo o que eu não queria. Conversei um pouco, para não dar uma de mal educado, pedi desculpas e saí a procura da minha gatinha novamente.
Falei com os seguranças, mas eles disseram que ninguém tinha saído. Onde raios ela estava? Liguei para o meu irmão
#Ligação On
- Cadê ela? - Falei rosnando.
- Está aqui dentro de casa, foi ao banheiro, mas se eu fosse você eu viria logo para cá, a Jessica entrou no banheiro também.
- Merda! Você não fez nada?
- As mulheres são suas. Mas se quiser, eu cuido da loirinha!
- Jamais toque um dedo nela!
#Ligação Off
Corri para o local, cheguei bem na hora que Jéssica gritava por socorro.
Eu e o meu irmão corremos em direção ao banheiro, Angel, apesar de ser menor estava montada em Jéssica dando vários tapas na cara dela.
Que menina brava!
Jéssica contou horrores, sabia que tudo era invenção dela, Angel não seria capaz de tantas atrocidades. Mas se ela perdesse o bebê, mesmo não tendo certeza que era meu, me sentiria culpado, não queria carregar mais uma culpa!
Angel entrou bagunçando sua vida, hoje ele queria ser um homem melhor, e infelizmente a pessoa que ele mais atingia era a mulher que ele mais amava.
Agora ele estava mais uma vez no hospital, só podia ser castigo, não tinha explicação. O médico falou que o bebê estava bem, mas que ela não estava se sentindo bem, então, mas uma vez ficaria a noite em observação.
- Você não vai me deixar aqui sozinha né? -Ela foi logo falando quando me viu.
- Acho que não tenho muita opção.
Se voltasse para casa agora, Angel o mataria, se voltasse de manhã, ela o esganaria. Não estava nada fácil. Provavelmente ela iria para casa da irmã amanhã, ele não impediria. Seria bom ela passar uns dias com ela, depois ele iria buscá-la, jamais ele deixaria que ela o abandonasse.
Estava pensando seriamente em se mudar, quem sabe as coisas não melhorariam. E se Jéssica fosse atrás? Inferno! Ela era uma pedra em seu sapato.
O celular vibrou ele não reconheceu o número, não atendeu, mas o número era insistente.
#Ligação On
- Boa noite sr Parker, é da portaria do seu edifício. - Meu coração esfriou
- Pois não, o que aconteceu?
- Bom, só liguei para avisar, não por fofoca, mas achei algo estranho.
- Prossiga.
- A senhorita Angelina saiu carregando duas malas agora a pouco... bem, eu acho que o senhor gostaria de saber...
- Ela disse alguma coisa?
- Não, apenas estava chorando muito. Tão linda, fiquei com pena dela...
- Obrigado! Boa noite!
#Ligação Off
Agora eu estava realmente ferrado! Ela não tinha esperado nem amanhecer o dia. Meu coração estava apertado, mas eu sabia que a culpa era minha... totalmente minha...
#Angel
Acordei no parecia a enfermaria de hospital, Thefy muito assustada me olhando.
- Onde eu estou? - Minha cabeça ainda rodava.
- Achei melhor te trazer para o hospital, você demorou a tornar do desmaio.
- Eu não me alimentei direito, e comi algo no aeroporto que me fez muito mal. Mas depois de um banho, uma boa comida e dez horas de sono eu estarei nova! - Falei sorrindo sem graça.
O médico entrou, me olhou intensamente.
- Boa tarde, gostaria de fazer alguns exames em você menina! - Eu confirmei, ele me olhou surpreso e perguntou: -Quantos anos você tem menina?
- Dezoito... - Não estava entendendo a pergunta.
- Qual foi a data da sua última menstruação?
- Eu não lembro, pois minha menstruação é irregular.
- Então terá que fazer uma ultrassom para saber o seu tempo de gestação.
- O que? - Meus sangue sumiu.
Olhei para Thefy que também estava incrédula.
- Tanto que eu te aconselhei Angel...
Grávida! Não podia ser! Ela não estava sentindo nada, absolutamente nada!
- A enfermeira vem lhe buscar para realizar o exame, esteja pronta. Com licença. - Ele saiu ríspido, assim como entrou.
Pouco tempo depois a enfermeira veio buscá-la para fazer a ultrassom, a ficha realmente não tinha caído. O mesmo médico que lhe atendeu estava na sala de ultrassonografia. Sério, carrancudo. Ele aparentava ter uns cinquenta anos.
- Você realmente não se lembra?
- Não, a minha primeira menstruação ocorreu tardiamente, foi a pouco mais de um ano. Em seguida passou meses sem vir, eu fui ao ginecologista, ele disse que era normal, ainda mais por eu estar passando uma situação familiar complicada.
- O que seria?
- Minha mãe estava muito doente e pouco tempo depois veio a falecer.
O médico me olhou, mas não falou nada a respeito.
- E depois?
- Depois eu menstruei mais duas vezes... sempre pouco e em dois dias no máximo. Eu só menstruei três vezes em toda minha vida.
- E antes de menstruar, você se prevenia- Eu olhei pra ele sem entender. - Nas relações sexuais, você se prevenia?
- Eu não tive antes... eu...
Ele me olhou sério.
- Mocinha, eu sou médico, e não padre, eu só quero saber para poder calcular o tempo de gestação.
Deitada na cama enquanto a enfermeira me preparava.
- Eu tive minha primeira relação há quatro meses atrás
- Sem proteção? - Ele me olhava em reprovação. Lembrei de Jack insistindo, desgraçado! Agora eu estava grávida e separada dele. Mas eu não podia ter engravidado na primeira relação, senão minha barriga estaria maior.
- Sim. Eu tomei a pílula do dia seguinte.
- Juventude...
Ele passou um líquido gelado no meu ventre e deslizou um aparelho por ela, em seguida o som do coração do meu bebê ecoou pela sala. Caraca eu to grávida mesmo!
- Olhe o seu bebê. - Ele me mostrou o monitor. Na tela eu vi um bebê todo formado. - cabeça, braços, pernas. É, provavelmente você engravidou na primeira relação. -O médico falou.
- Você quer saber o sexo do bebê? - Ele perguntou e eu disse que sim.
Como a vida era? Eu nem sabia que estava grávida, hoje descubro que estou e mãe de:
- Uma menina. - Pela primeira vez o vi sorri, meus olhos se encheram de lágrimas. O que eu vou fazer meu Deus?
Ele terminou o exame e foi para o Consultorio me aguardar enquanto eu me vestia.
Entrei na sala em que ele estava, eu estava em estado de choque. Me sentei e fiquei apenas o observando. Ele me deu várias orientações.
- Doutor mas eu nunca senti nada, exceto ontem, e a minha barriga? Será que a minha filha tem um tamanho normal?
- Você é muito jovem, é magrinha, a primeira gestação geralmente demora a aparecer a barriguinha, não se preocupe. Pergunte para seu pai como foi a gestação da sua mãe, ela pode ter feito uma barriga pequena também.
- Ele também não está entre nós, faleceu há pouco mais de um mês...
O médico parou de digitar e me olhou com uma expressão indefinida.
- Com quem você mora menina? - Ele perguntou e eu fiquei calada. Nem sabia mais o que faria da minha minha vida e daquela criança recém descoberta.
- Você sabe que temos programas de adoção para ... - Nem deixei que ele terminasse de falar
- Eu não vou dar minha filha!
- Mas...
- Fora de cogitação doutor! Só quero que o senhor me indique um profissional que eu possa iniciar meu pré-natal, por enquanto eu vou ficar aqui em Miami.
- Se você quiser, pode fazer comigo. Gerald Miller. - Ele se apresentou formalmente.
Apesar de carrancudo, o médico me passava uma figura paterna. Isso era tudo que eu precisava nesse momento, até eu decidir os nossos destinos, o meu e da minha filha.
Mas de uma coisa eu tinha absoluta certeza, não quero ver o Jack tão cedo nas nossas vidas!
Eita que os hormônios da gravidez estão afloraria na nossa menina! Vamos ver como ela vai se virar.
E o Jack? O que ele fará ao descobrir que ela não está na casa da irmã?
Votem e comentem!
Muita coisa ainda está por vir...