Do terno à mamadeira

بواسطة AutoraJS

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Duas pessoas completamente opostas, mas com um elo que as farão viver juntas para sempre. Adam nasceu em berç... المزيد

AVISOS
Prólogo
Um.
Dois.
Três.
Quatro.
Cinco.
Seis.
Sete.
Oito.
Nove.
Dez.
Doze.
Treze.
Catorze.
Quinze.
Dezesseis.
Dezessete.
Dezoito.
Dezenove.
Vinte.
Vinte e um.
Vinte e dois.
Vinte e três.
Vinte e quatro.
Vinte e cinco.
Vinte e seis.
Vinte e sete.
Vinte e oito.
Vinte e nove.
Trinta.
Trinta e um.
Trinta e dois.
Trinta e três.
Trinta e quatro.
Trinta e cinco.
Trinta e seis.
Trinta e sete.
Trinta e oito.
Trinta e nove.
Quarenta.
Quarenta e um.
Epílogo.
Livro novo - Alexia & Henrique

Onze.

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بواسطة AutoraJS




~POV C.M.C.

Depois de preparar todos os pontos do jantar em comemoração a volta de Susan, decidimos ficar só Adam e eu, sem mais convidados. 

No sábado, quando Susan já estiver mais recuperada e descansada, faremos um almoço para os outros parentes próximos que também se importam muito com ela.

Amber me ajudou a dar banho em Ivy e arrumá-la, desta vez ela resmungou ao sentir a água, mas não chorou. Próximo ao horário do jantar começar, ela foi embora para o nosso apartamento. 

Adam ainda não voltou, está com sua mãe e a este momento já inventou uma desculpa para trazê-la aqui. 

Já está tudo pronto, a decoração ficou perfeita. Me sento no sofá com Ivy ao meu colo, coloquei nela o primeiro macacão que Susan deu, é da Dior e está escrito "sou dá vovó", bem clichê. 

Escuto o barulho do carro se aproximando, eles já passaram pelos portões. Em minutos o carro para em frente a porta principal e então a vejo ser aberta. Adam entra na frente apressado, me dá um beijo no canto da boca e pega Ivy em seu colo.

-Estava com saudade bebê – sussurra beijando todo o seu rostinho.

Logo Susan entra apoiada de Nikolai. Ela olha toda a decoração e sorri abertamente, assim que olha para mim faz uma cara de desentendida, ao notar o sumiço da minha barriga, então olha para Adam olhando sua neta em seu colo.

-SURPRESA! – grito indo abraçá-la.

- Ah Chloe, eu não acredito! – chora.

Nos separamos e Adam entrega Ivy para ela.

-Ah minha bonequinha, você é muito mais linda do que sonhei – fala acariciando o rosto de Ivy – Minha princesinha – continua a acariciar e desferir elogios.

Relutante, Susan entrega Ivy para Nikolai, que já estava doido para pegar a neta novamente.

-Querida, não precisava ter se incomodado tanto, muito obrigada! – Susan me abraça novamente, desta vez agradecendo pela recepção.

-De forma alguma, não me agradeça por isso – sorrio, me sentando no sofá com ela.

Adam serve a seu pai um copo com whisky.

–Você precisa descansar! No meu tempo, nós pariamos e levantávamos no máximo para ir ao banheiro – rimos.




Quinta-feira.

Acordo assustada, olho no relógio e são 3h39, Ivy ainda não se pronunciou, desde quando a coloquei para dormir ontem a noite.

Me levanto e vou até seu quarto, abro a porta e a olho dormir calmamente, suspiro aliviada. Me sento na poltrona e fico olhando-a dormir um pouco.

-Vem, volta para cama... – Adam me pede sonolento, encostado na parede do quarto de Ivy.

-Ela ainda não acordou.

-Isso é ótimo, era para você estar fazendo o mesmo.

-Meus peitos estão doendo – reclamo, acho que foi por isso que acordei.

-Quer tentar extrair seu leite?

-Acho que vou acordá-la.

-Isso é por sua conta e risco – rio.

A pego no colo, ela resmunga um pouco, mas volta a dormir.

-Ivy, meu amor, acorda – chamo, mas ela não desperta.

-Não é assim que você vai acordá-la – Adam ri.

-E você sugere que eu faça o que, superpai?

-Deixe a dormir, vamos tirar seu leite.

Olho para Ivy dormindo como um anjo, como pude ter coragem de a acordar?

-Eu sou um monstro... desculpa minha princesinha – a coloco novamente no berço enquanto Adam ri ainda mais.

-Você não é um monstro, é uma ótima mãe.

Ele abre o armário do quarto e pega uma caixinha, a abre e vem até mim com o aparelho em mãos.

-Você acha que isso vai doer?

-Não em mim – debocha e eu bato em seu braço – Ai, é brincadeira!

Pego o equipamento e o entrego, me sentando na poltrona. 

-Preparada? – pergunta, segurando a bombinha.

-Não se divirta com isso Adam, você não está ordenhando uma vaca! – advirto e posso ver que ele se segura para não rir.

Retiro meu peito para fora da camisola e Adam a encaixa em meu mamilo. 

Após alguns instantes retirando o leite, nossa filha começa a chorar. Adam retira a bombinha e pego Megan Ivy no colo, me sentando com ela na poltrona e a amamentando.

-Ela ficou com ciúmes da bombinha pegando o tetê dela – Adam brinca.

-É todo seu né meu amor.

-Agora quem fica com ciúmes sou eu – rio – Tem que dividir com o papai também filha, olha o tamanho dos peitos da mamãe, tem para nós dois – Adam fala e eu gargalho.



***



A semana se passou de forma diferente, ou melhor, o que agora é o meu normal. 

É tudo diferente com um bebê, se com a gravidez eu já tive que mudar meus hábitos, agora com minha filha preciso me adaptar em seus horários. Não sou mais eu que decido o que faço, é tudo na hora dela e em prol dela, e eu não poderia estar melhor com isso.

Assim como Adam, seus pais a mimam a todo tempo, sempre estão aqui para vê-la, Susan está bem melhor. Acabei não indo ao almoço em sua casa no sábado, não queria sair com Megan antes de sua primeira consulta, tinha muitas dúvidas e receios. Mas Adam foi, e marcaram de passar este fim de semana na casa de praia em Bal Harbour.

Terça tive minha consulta seguida pela de Megan, esclareci todas as minhas dúvidas e agora me sinto mais segura para sair de casa com ela. Por enquanto ela terá consultas de 15 em 15 dias e vacinas mensalmente.

-Vamos visitar seus padrinhos e o papai? – pergunto para Megan que me olha enquanto arrumo as coisas para que tome um banho.

Amber e Mike estão no prédio do Adam em uma reunião, mas provavelmente até eu chegar lá já terminou.

Dou um banho em Megan e a amamento. Quando ela já dorme tranquilamente arrumo nossas bolsas, colocando minha carteira e outros itens na minha, e na dela itens para trocá-la e trocas de roupa, para caso faça mais frio ou então calor. Mesmo sendo um passeio rápido até a empresa quero me prevenir.

Sigo com Megan até o carro, a coloco no bebê conforto e entro no lado do motorista. Como é bom dirigir novamente.



***



-Olá – mesmo não gostando, cumprimento a secretária de Adam. Educação é tudo – Adam está em sua sala?

-Não, o Sr.Parker ainda está em reunião.

-Vou esperá-lo em sua sala, por favor, não o avise – ela assente e entro.

Me acomodo na sala, balançando Ivy em meu colo. 

-Eu não quero saber! Onde está o protótipo? – escuto Adam gritar, está se aproximando.

Adam é uma ótima pessoa fora da empresa, mas como profissional é muito exigente e rígido. Será raro encontrar alguém que goste dele como chefe, a não ser pelas mulheres que se derretem pela sua aparência.

-E você? Eu não lhe pago para ficar me olhando! Ande, me traga o que pedi! – grita mais uma vez – Não quero ser incomodado – e então abre com força sua porta, se assustando ao me ver e assustando Ivy com o barulho.

-O que a pobre porta fez para você? – ele ri, vindo em nossa direção.]

Adam me beija, passa álcool nas mãos e em seguida pega nossa filha em seu colo. 

-Você já almoçou?

-Ainda não.

-Então vamos.

Com um braço segura Ivy e com o outro ele pega sua bolsa de cima da mesa e a joga em seu ombro, com a mão vazia me estende para que eu a pegue.

-Ela deu muito trabalho?

-É claro que não, né meu amor? Diz para o seu pai que você é uma princesinha! – digo ainda com voz infantil enquanto deposito um beijo em sua pequena testa.

-Vou vomitar arco-íris – Mike diz entrando na sala de Adam e se jogando no sofá, que antes Ivy dormia.

-Meu pacotinho – Amber diz feliz ao ver Ivy no colo do pai. 

Ela estende os braços para pegá-la e Adam prontamente nega, virando-se para outro lado.

-Você já fica com ela todos os dias Adam, isso não é justo! – bufa.

-Depois eu deixo você pegar ela, agora estou matando minha saudade, tenho prioridade! – rimos vendo minha amiga revirar os olhos.

-Onde vocês estavam? – pergunto, estranhando o fato de não terem chegado juntos.

-Estávamos tentando terminar a reunião, né! – Mike fala olhando para Adam que dá de ombros.

-Seu namorado estressadinho brigou com todos os funcionários – Amber completa.

-Ele não é meu namorado – protesto enquanto reviro os olhos.

Por que toda vez preciso ficar reafirmando isso? Somos amigos com benefícios e ponto, nada sério. Podemos ficar com quem quisermos, somos solteiros. 

As pessoas deveriam para de nos rotular, e se preocupar com suas próprias vidas ao invés do que temos. Estamos bem assim. 

-Não os pago para serem incompetentes – Adam fala – Vamos almoçar logo? Marjorie precisa comer.

Achei que quando a gravidez passasse meu apetite normal voltaria, entretanto posso dizer que para mim , amamentar dá ainda mais fome do que estar grávida. 

Descemos o elevador, parando no hall da empresa. Passando pela recepção, Adam expõe em seu colo Ivy para todos verem.

-Ela não é um troféu Adam! – falo revirando os olhos ao vê-lo passar na frente de Peter e exibir Ivy ainda mais.

-Boa tarde Chloe – Peter me cumprimenta beijando minha mão.

-Boa tarde Peter, como vai?

-Melhor agora! – rio sentindo Adam se aproximar e colocar o braço livre entorno da minha cintura.

-Você não tem que trabalhar não?!

-Como ela é linda Chloe! – Peter ignora Adam, e elogia meu bebê.

-É claro que é, puxou o pai! – Adam rebate orgulhoso.

-Sorte a dela que não, puxou a maravilhosa mãe – rio e me despeço dele, com Mike fazendo piadinhas atrás de nós.

-Eu vou demiti-lo – Adam bufa.

-Nem pense nisso! 

Entramos no carro e seguimos para o restaurante de sempre.



Sexta-feira.


Acordo estranhamente descansada, são 9h11, Ivy acordou bastante essa noite, mas ainda sim me sinto descansada, acho que já estou me acostumando a essa rotina de dormir de forma "picada", pequenos cochilos.

Faço toda a minha higiene matinal, e sigo para o quarto de Ivy, mas não a encontro. Desço as escadas, vejo a televisão ligada no Playstation, algum jogo inativo passa na tela, Adam está deitado no sofá dormindo com Ivy em cima de seu peito, sorrio.

Tomo meu café da manhã e logo sou despertada pela ligação de Amber.

-Chloe Marjorie.

-Oi Chloe, tudo bem com vocês?

-Sim amiga, estamos bem, e você?

-Bem também. Hoje estou com o dia livre na empresa, o que acha de irmos comprar alguns biquínis? Já visitei meus pais, agora estou entediada.

Convidamos Mike e Chloe para passar o fim de semana em Bal Harbour também. Afinal os pais de Mike são muito próximos dos de Adam e estarão lá, e bem, eu não iria deixar minha amiga fora dessa.

-Vamos.

-Tudo bem, logo passo aí.

-Combinado – desligo a chamada.

Enrolo um pouco na cadeira, olhando o Instagram e notícias recentes relacionadas com as empresas. Logo ocorrerá uma premiação do ramo empresarial, estou confiante que vamos ganhar novamente, temos mostrado melhor destaque e inovação na área do desenvolvimento de tecnologia de ponta.

-Bom dia princesa – Adam aparece na entrada da cozinha com Ivy nos braços – Já acordou?

-Não Adam, ainda durmo, o que você está vendo é uma miragem, um holograma meu – ele ri.

-Amo seu mal humor matinal.

-Que bom! – rio, beijando a sua boca em seguida.

Tem sido difícil ficar só nos beijos, não deixar as coisas esquentarem. 

-Acho que farei uma tatuagem com o nome da nossa filha.

-Em que lugar do corpo?

-Ainda não sei.

-Faça na testa.

-Não tem como conversar sério com você! – rio.

Ivy começa a se mexer no colo do pai, já sei que em segundos vai chorar querendo mamar.

-1...2... – Adam conta, antes de chegar no três ela já tinha aberto o berreiro.

Minha filha está ficando boa nisso, cada vez consegue berrar ainda mais alto, puxou a mãe no drama.

Retiro o tampão do bico do peito, desço a alça do top e dou o peito para Ivy que suga com força.

-Espero que seu resguardo passe logo – rio.

Minha ginecologista não recomenda que eu faça sexo durante 30 dias, segundo ela é importante respeitar o resguardo para que o útero possa se restabelecer, além de que ainda tenho a menstruação pós-parto.

-Você não está em uma coleira Adam, pode muito bem transar com outra pessoa – ele me encara cético - O que foi?

Adam odeia conversar sobre isso, mas é necessário. Não temos nada, e eu não tenho interesse em manter um relacionamento, sempre deixo isso muito claro. 

-Nós não temos um combinado?

-Tínhamos, não complique a nossa relação – peço, suspirando – Eu só quero sexo, você sabe disso, mas se para você é difícil manter as coisas desse jeito, sem misturar, acho melhor pararmos com isso agora. 

Não quero machucar Adam, de forma alguma. 

-Então você está pensando em quando terminar seu resguardo, largar minha filha e ir transar com alguém? Ou melhor, levá-la junto? – reviro os olhos. 

-Não vou "largá-la", a deixarei com você. Da mesma forma que você também fará o mesmo.

Somos livres, desimpedidos. 

-Veremos – sai pisando duro. Não entendo esse homem.

Termino de amamentar Megan e a coloco para arrotar.


Caminho em direção a sala e o encontro jogado no sofá jogando, está com uma carranca enorme, olha concentrado para o jogo.

-Adam.

-Fala logo! – rio, parece uma criança emburrada.

O pobre homem mimado não gosta quando as coisas não saem como queria. 

-Você pode por favor dar um banho na nossa filha? Preciso me arrumar, logo Amber estará aqui.

Essa semana Adam precisou ir trabalhar quase todos os dias, me deixando com nossa filha. Durante os dias eu cuido dela, e pela noite, quando ele chega, sempre fica responsável. Dividimos bem as funções, nos ajudamos muito. 

-Deixa minha filha aqui, eu cuido dela – diz ainda olhando para o jogo.

Está sendo implicante. 

-Claro, e se ela quiser mamar depois você dará seu peito? 

Tenho retirado leite, mas por ter uma produção em excesso. Não tenho dado leite para Ivy em mamadeira, quero amamentar o máximo possível. 

-Então dê banho nela você, estou ocupado.

Pego o controle na mesinha de centro e desligo a tv.

-Não está mais!

-Porra Marjorie, me fez perder a partida!

-Não fale palavrão perto dela! 

-Merda, desculpa! – se embaralha, nos fazendo rir.  


Vou para o quarto da Megan Ivy e entro em seu banheiro, Adam está tomando banho com ela em seu colo, observo a cena.

-Vai afogar na própria baba, Marjorie – brinca.

Um deus grego desses pelado, não pode ser ignorado. 

-Está conseguindo dar banho nela assim?

-Na verdade não, na minha cabeça parecia mais fácil – rio.

Pego os produtos para lavar seu cabelo e o sabonete líquido, abro o box e começo a lava-la no colo de Adam. 

-Podíamos fazer isso mais vezes, tomar banho em família – sugere, rio concordando. 

Estou toda molhada. 

Adam não está mais emburrado, voltou a  ser amável. 


Ao sair pronta do banheiro, encontro Megan deitada em minha cama, ela usa um conjuntinho da Versace. É a bebê mais linda do mundo!

-Que estilosa que o meu amor está – digo beijando seu rostinho.

Sou completamente apaixonada pela minha princesa.

-O pai dela sabe o que lhe cai bem – Adam se gaba. 

Este conjunto foi ele que comprou.

-Vão demorar para voltar?

-Não pretendo, só vamos comprar alguns biquínis.

-Você já não tem dezenas?

-Tenho, mas nenhum me serve, meu peito está dois tamanhos maior – ele ri malicioso.



***



-O que acha deste? – Amber me pergunta segurando um maiô estampado.

-Não, muito colorido.

-E este? – a vendedora segura um biquíni laranja fluorescente.

-Ele não tem bojo, agora meu mamilo está marcando bastante, não dá.

Por fim acabei escolhendo um maiô preto, Amber escolheu alguns biquínis e saímos da loja.

-Vamos comer alguma coisa? – ela pergunta.

-Vamos, estou mesmo com fome.

Verifico se Ivy continua dormindo em seu carrinho e então andamos. 

Paramos em um restaurante mexicano, pedimos Nachos, Burritos e Tacos.

-Então a megera vai? – Amber me pergunta sentada com Ivy em seu colo.

Estamos esperando nosso pedido.

-Infelizmente, ela faz parte da família dele né.

-Estou ansiosa para ver o seu filho.

-Ele é muito fofo, provavelmente é a única coisa boa que ela já fez.

-Acha mesmo que ele é prematuro?

-Não, ela provavelmente inventou isso para não parecer que casou grávida. Sabe como ela gosta de ser exemplar em tudo.

-Como pode ser tão hipócrita né? – rio – Esse fim de semana será no mínimo interessante.

-Desastroso eu diria! É bom que você fique perto de mim, não falta muito para eu bater nela – Amber ri, sabe que de fato eu não bato em ninguém, mas vontade não me falta.



***



Já havia voltado para casa, quer dizer, para casa de Adam, há um tempo, já jantamos e tomamos banho. Agora estamos assistindo Moana, meu filme preferido, está no começo, a avó dela acabou de morrer.

-Marjorie, você está mesmo chorando? – Adam me pergunta rindo da minha cara – Eu não acredito! – ele grita ao ver minhas lágrimas caindo enquanto como a pipoca – Você chora toda vez nessa parte! – gargalha.

-Você é muito sem coração, Adam! – digo fungando, limpando as lágrimas, ele ri ainda mais.

-Tadinha da minha criança emotiva, que chora vendo desenho animado – zomba me abraçando, o empurro.

-Vai para seu quarto! Não te quero mais aqui, você só sabe ofender meus filmes! – fico em pé na cama apontando para a porta.

Adam me puxa e caio em cima dele, jogando a vasilha da pipoca para o alto, a espalhando por toda cama. Ao cair meu nariz foi de encontro ao seu queixo.

-Ai! – resmungo com a mão no nariz – Seu troglodita!

-Me desculpe – ele ri – Nos filmes isso parecia mais romântico...

-Nos filmes eles não quebram o nariz de ninguém!

Deito na cama olhando para o teto. Adam senta em cima de mim, em meu quadril, e começa a desferir beijos por todo meu rosto, retira minha mão do meu nariz e então arregala os olhos.

-Puta merda!

-O que você fez?! – vocifero.

-Fique calma, minha rainha – me bajula – Você não pode me matar, ok?

-O que você fez Adam?! – grito mais alto, tentando sair debaixo dele.

Passo a mão no meu nariz, vejo meus dedos manchados e automaticamente sinto o cheiro de sangue.

-Eu vou te processar por violência doméstica! Lei Maria da Penha! Você me agrediu!!! EU ESTOU DESFIGURADA ADAM! – ele ri e me abraça, soco suas costas e o que mais consigo acertar.

-Não é pra tanto, só saiu um pouco de sangue. 

Antes de continuar a falar algo escuto Ivy chorar, provavelmente acordou com meu escândalo. Preciso aprender a me controlar melhor.

-Sai de cima de mim, traste! – Adam sai e eu corro em direção ao berço de Ivy, não sem antes ser acertada por uma almofada nas costas – Você está brincando com fogo, Adam! – grito antes de pegar minha bebê no colo.



Sábado.



Acordo e demoro a reconhecer o ambiente, mas logo o quarto cinza vai se tornando familiar e me vem a memória. 

Ontem, depois de amamentar Ivy, tentei fazer com que Adam limpasse as pipocas espalhadas por toda minha cama, e é claro que isso gerou uma pequena guerra de pipoca, fazendo que no final o cansaço vencesse e resolvêssemos dormir em seu quarto mesmo.

Escuto vozes vindas do primeiro andar, é da Amber, Mike e Adam. Provavelmente eles já estão prontos para partirmos para Bal Harbour. 

São 8h, me levanto, faço minha higiene matinal e antes de descer confiro as malas.

-Bom dia, meus queridos!

-Olha quem acordou! – Amber brinca.

-Sempre a mais atrasada né Chlo – Mike fala e eu mostro o dedo do meio para ele.

Sigo na direção de Adam e dou um longo beijo no embrulho que ele carrega nos braços.

-Como a princesa da mamãe passou a noite? – a pergunto, obviamente sem resposta.

-Está linda - Adam sussurra enquanto beija minha bochecha. 

-Sempre estou. 

Tomamos café da manhã, e antes das 9h30 já estamos na pista. Bal Harbour é muito perto, sem trânsito conseguimos chegar lá em torno de 20 minutos.

-Agora vocês já podem descarregar as malas para nós – brinco saindo do carro, com Megan em meu colo.

-Quer mais alguma coisa princesa? – Mike zomba.

-É vossa majestade, Mike – Adam o repreende e agradeço por isso.

-Você virou um escravoceta! – Mike diz olhando cético para o amigo, rimos – É sério cara, você está muito pau-mandado, vou te tirar dessa!

-Tirar dessa o quê querido? – Claire, mãe de Mike, pergunta – Olá querida, quanto tempo! – me cumprimenta.

-Bom dia Claire, realmente, já faz alguns meses que não nos vemos.

-Que graça, é a sua filha? – assinto – Posso? – entrego Ivy para ela, que a pega sorridente.

-Bom dia, Adam.

-Bom dia, tia.

-E quem é você, meu bem? – Claire pergunta para Amber.

-É a namorada de Mike, Amber Rosie – respondo por ela, vejo os dois me encarar com os olhos arregalados, envergonhados demais para desmentir. 

É isso que merecem por me encherem tanto, uma pequena vingancinha.

-Que maravilha filho! Finalmente vai ter juízo nessa cabeça! – Claire estende a mão – Prazer querida, me chamo Claire. Espero que possamos conversar depois com calma – Amber assente vendo Claire partir, antes me entrega Ivy.

-Quem é um escravoceta agora? – Adam ri zoando com Mike, que permanece estático. 

Talvez Amber realmente tenha razão, este fim de semana será no mínimo interessante. 

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