A Filha do Meu Padrasto

By TheOnlyException08

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!!! Contém personagem intersexo !!! se não gosta, não LEIA !!! Meu nome é Lauren Jauregui, e essa com certez... More

1 - Relembrando o Passado
2 - New House
3 - Intersexual?
4 - Hello Lauren
5 - Seu Namorado É Viado
6 - Cara Chato...
7 - Provocações Parte I
8 - Mentira!
9 - Sozinhas Em Casa
10 - The Kiss
11 - Mani?
12 - Luau
13 - Provocações Parte II
14 - Ops...
15 - Frouxa
16 - I Want You In My Bed
17 - Ouch
18 - Peter Parker
19 - Aberração
20 - As Famosas Borboletas
21 - LOVE
22 - Loira
23 - Curiosidade
24 - Reencontro?
Q&A
25 - Que bonito heim...
26 - Peças de quebra-cabeças
27 - Carinhosa e Atenciosa
28 - Galinha
29 - O Casamento
30 - Merry Treta
31 - Happy New Year
32 - Say You Won't Let Go
33 - Eu sou dela, assim como ela é minha.
HAALLOO
34 - Alejandro e Clara
Q&A ❤
35 - Nova Iorque
36 - Eu Amo Você e Receio
37 - Viagem
38 - Little Things?
39 - Miami
40 - Skype & Conversas
41 - Airplane and Luna
42 - Quartinho
43 - Hospital
44 - Surto
45 - Dra Jauregui & Vocês... Dois?
46 - Happy Bday
47 - Days
48 - Bebê
49 - Alguém?
50 - Noite de Filme
51 - Sua mulher
52 - Batimentos Acelerados
53 - Suco de Abacaxi 🍍
54 - Family
55 - Comer
56 - II Gabbiano
57 - Kitchen
59 - SHAMELESS & LIAR
60 - The End
GRUPO?
NOVA FIC CAMREN
Agradecimento!!!

58 - Todos Que São Importantes

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By TheOnlyException08

HALO HALO BEIBE UKA ARRIWIGUIPLAY (Leide gaga)

OLÁ PESSOAS QUERIDAS DOS NOSSOS CORAÇÕES!

Olha quem voltou depois de sei lá quantos dias, dessa vez perdi as contas :c bom, demos um tempinho para vocês baterem a meta do capítulo anterior, não deu certo, então começamos a escrever e aqui estamos.
Capítulo lindo desse, e quase chegando a hora de dar tchauzinho :/

Bom, perdão por toda a demora, espero que ainda estejam nos acompanhando nessa jornada louca. Agradecemos por cada comentário, voto, xingamentos no grupo e etc kkkk

Ótima leitura para vocês, VOTEM, COMENTEM o que estão achando, dúvidas sobre alguma coisa ETC, nos sigam aqui no watt

SrtaPerryLovato e esse perfil.

Até a próxima ❤️

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POV Lauren Jauregui

    1º de dezembro de 2017 - Sábado.

    Mesmo com toda aquela vontade que eu estava de levar a Camila e o Char para conhecerem as minhas tias lá no hospital, preferi conferir na agenda que anoto coisas sobre o trabalho, e conversei com a minha mulher para que a gente adiasse a nossa visita para o dia primeiro de dezembro, o início da nossa campanha super interessante para ajudar as pessoas da nossa vizinhança, e claro, ajudar os animais também. Só de pensar nisso tudo eu fico animada e ansiosa para fazer o bem para o próximo... sabe como é, o mundo está repleto de ódio sendo espalhado por aí, e mesmo que várias pessoas tenham inúmeros motivos para se juntar a essas coisas ruins, precisamos nos manter firmes e amar.

    Camila e eu resolvemos sair cedo de casa, então perto das oito da manhã estávamos chegando no hospital. A minha barriga chega doía de ansiedade para apresentar a latina e o nosso pequeno para duas pessoas super importantes na minha vida, então não demoramos para ir na cozinha, onde eu tinha certeza que iríamos encontrá-las.

    – Preferi não avisar que estávamos vindo, queria fazer uma super surpresa. -Comentei olhando de relance a latina segurando o Char  enquanto estávamos andando normalmente pelo corredor do hospital, vez outra eu cumprimentava algum conhecido.

    – Não acredito, Lauren... e se elas não estiverem aí? -A tive resmungando ao escutar as minhas palavras, e negou com a cabeça antes de se aproximar para pegar a toalhinha do Char, a colocando contra o seu ombro e peito, cobrindo um pouco o rostinho dele devido o frio do ar-condicionado. – E eu também não quero atrapalhar o trabalho de ninguém, ainda acho que deveríamos ter marcado fora daqui.

    Revirei os olhos por conta da teimosia da minha noiva e apenas murmurei um "não se preocupe, hoje é um ótimo dia", em seguida abri a porta não demorando para fechá-la atrás de nós.
    Corri o olhar pelo local, que era como uma sala com algumas mesas, cadeiras, um sofá, uma televisão e na parede os armários onde os funcionários da área da limpeza guardavam as suas coisas. Seguimos na direção de uma segunda porta, esta que nos levava para a cozinha, e foi bem ali que encontramos as minhas tias.

    – Não acredito que vocês já estão fofocando a essa hora. -Falei um pouco alto chamando a atenção das duas na minha direção, e não consegui evitar de sorrir.

    – Como você tem a coragem de nos assustar assim? Pensa que estamos na flor da idade igual você, mocinha? -Ambas se levantaram mas apenas a tia Lisa veio na minha direção em passos apressados, não demorando para apertar as minhas bochechas enquanto "brigava" comigo. – E quem é a outra moça com o bebê?

    Resmunguei tentando afastar aqueles dedos que estavam maltratando as minhas bochechas, e graças a Deus não demorou para a mais velha afastar as mãos do meu rosto antes de beijar a minha testa e se aproximar da Camz.

    – Tia Lisa, tia Gal, essa é a Camila, a minha noiva. E esse é o Charlie, o nosso filhote. -Não demorei para apresentá-las, e levei um susto por conta de toda a animação que as mais velhas ficaram com aquela super novidade.

    Tanto que a tia Gal veio me abraçar fortemente, eu a abracei de volta e senti os meus olhos marejados enquanto um sorriso estava formado nos meus lábios.

    – Estou muito feliz em conhecê-la, Camila, ainda mais com essas notícias incríveis. Parabéns, terá que aguentar essa mocinha chata. -Gal abraçou devagar a Camz e perguntou se poderia dar uma olhada no pequeno Charlie.

    A minha noiva estava nitidamente envergonhada, porém feliz, era fácil de notar pelo seu sorriso que apesar da tentativa de ser discreto, não era. Ela amava quando eu os apresentava como uma família, a minha, que ninguém jamais diria o contrário, e isso a deixava meio boba. Eu não fazia nada mais do que dizer os fatos, estava feliz demais com tudo que estávamos construindo juntas.

    – É um prazer... a Lauren não para de falar sobre as duas, até briguei com ela, não queria atrapalhar o trabalho de vocês. -A mesma comentou meio que se desculpando enquanto afastava o paninho do rosto do Char, e deixou um beijo em sua testa ao que o mesmo abriu os olhinhos mas os fechou novamente, deixando claro o quão sonolento estava.

    Nesse exato momento a tia Gal me soltou e foi ficar ao lado da Lisa, já que a Camz a entregou devagar o nosso garotinho, que resmungou brevemente mas continuou quietinho.

    – Hoje de manhã ele estava bem enjoadinho, então, se ele resmungar não se preocupe. -A minha noiva não demorou para avisar a Lisa, e aproveitei o momento para chamá-las para sentarmos á mesa.

    Tomei a liberdade de caminhar até uma das cadeiras a puxando devagar para trás, chamei a Camila que não demorou para ir sentar ali, assim que todas estavam sentadas eu peguei o meu celular no bolso da calça jeans já ligando para a padaria mais próxima do hospital. Iria pedir algumas coisas para tomarmos café.

    – Não precisa brigar com essa doidinha, e pode ficar tranquila que não vai nos atrapalhar, temos um bom tempinho aqui já que adiantamos algumas coisas mais cedo. -Gal respondeu a Camila enquanto ajeitava a sua cadeira mais perto da Lisa, e começaram a comentar sobre o Charlie. – Uau ele é muito fofo, lindo! E está bem grande em comparação com a última foto que nos mostrou, Lauren.

    – E muito preguiçoso, todo parecido com a Lauren. -Sorri logo mostrando a língua para a minha mulher ao que a tive desviando o olhar na minha direção.

    Então ela se espreguiçou levemente, começando a observar a cozinha enquanto eu ia conversando com o atendente da padaria. Camila sempre é muito preocupada com o Char, mas neste momento não tinha porquê ficar em cima, deixou as minhas tias completamente a vontade com o nosso pequeno e se levantou para pegar um copo d'água no filtro que havia na parede.
    Acabei pedindo dois pequenos bolos de chocolate, e um de banana, além de suco natural de laranja. Mas quem não quisesse poderia tomar café, ou chá.

    – Mas então, Camila, como conseguiu ficar noiva dessa mocinha levada? -A tia Lisa perguntou entregando o Charlie para a Gal e resolveu se levantar avisando que ia preparar um cafézinho.

    – Não foi muito difícil, eu fiz o pedido e ela aceitou. -Camila soltou uma risada realmente divertida, e bebeu a água antes de jogar o copo descartável no lixo, já voltando a sentar do meu lado. – Acho que ela não tinha mais como correr, teve que aceitar, não é, Jauregui?

    Só de ouvi-la comentando que fez o pedido a minha mente começou a rodar as imagens daquele dia, rapidinho eu já estava com um sorriso formado nos lábios e só voltei ao planeta Terra quando chamaram pelo meu nome, e perguntaram se eu estava bem.

    Bem? Eu estou ótima!

    – Realmente, eu não aguentava mais essa mulher insistindo tanto, então tive que aceitar né? -Respondi de forma convencida, mas não demorei para me inclinar e deixei um beijo na bochecha da Camila já sussurrando um "eu te amo". – Pedi bolo para tomarmos café, previsão de quinze minutos.

    Voltei a me ajeitar na cadeira que eu estava, logo focando o olhar no Charlie se espreguiçando nos braços da minha tia, era nesses momentos que ele ficava sem conseguir decidir se continuava dormindo ou se abria os olhos e despertava. Literalmente preguiçoso igual eu.
    Ficamos conversando tanto sobre o pedido de casamento, quanto sobre o Char, contando de alguns momentos em que ele ficava com os olhos bem abertos parecendo querer gravar cada detalhe desse mundo, quando o mesmo acordava sem chorar ou gritar e ficava quietinho, entre outras coisas. Fomos interrompidas apenas por um rapaz que veio entregar o meu pedido e eu deixei um bolo de chocolate na geladeira para que os outros funcionários pudessem comer também.

    – Contei para a Camila sobre a nossa campanha para arrecadar roupas e dinheiro, eu estou muito animada mesmo, tanto que trouxe uma sacola enorme de roupas que separamos para doar. -Falei em um tom baixo enquanto ia abrindo as embalagens dos bolos, os deixando na mesa.

    – Isso é muito bom, Laur. Nós também vamos ajudar com algumas coisas, e se Deus quiser, algumas semanas antes do natal estaremos levando as coisas para as pessoas. -Cortei alguns pedaços do bolo de chocolate, fiz o mesmo no bolo de banana e servi dois copos descartáveis com um pouco de suco de laranja. Já que as minhas tias iriam beber café.

   Enquanto eu estava cortando os bolos pude perceber a minha noiva analisando o que eu tinha comprado, até bater o olho no de banana -que ela conhecia bem- e não tardou a pegar um dos pedaços para experimenta-lo.

    – Isso parece ótimo. -Murmurou praticamente alheia as coisas ao seu redor, e só de vê-la reagindo daquela maneira eu senti um conforto, uma felicidade tomando conta de mim.

    Podemos dizer que a Camila está 90% melhor em relação a sua alimentação, estava até mesmo conversando com a terapeuta da ONG uma vez na semana, já que o acesso era fácil, e ela estava evitando ficar mais tempo do que o necessário longe do Char, iniciativa essa da terapia que vem sendo muito importante na vida da mesma, na minha e na do nosso bebê. Porque melhorando a sua alimentação estava a fazendo um bem tanto física quanto psicologicamente.
    Além disso, eu não poupava elogios para a minha mulher, não com o objetivo de agrada-la, e sim de fazê-la enxergar o quanto é maravilhosa, amada, uma pessoa guerreira, que merece tudo do melhor. Estávamos juntas nessa.

    – Gente... esse bolo... surreal. -A latina deu algumas pausas nas suas palavras enquanto saboreava o doce, logo negando com a cabeça antes de pegar o copo que eu a entreguei.

    – Essa padaria vende cada guloseima gostosa, a sua noiva é tão simpática que nos traz bolo de lá quase toda semana. Ainda acho que ela está tentando comprar o nosso silêncio. -A tia Lisa comentou enquanto comia também, e eu sorri dando de ombros antes de pegar um pedaço do bolo de chocolate já mordendo um pedaço.

    – Fico feliz em saber que vocês gostam. E eu não 'to fazendo nada além de compartilhar um bom café da manhã com pessoas maravilhosas. -Acabei comendo o pedaço do bolo em poucas mordidas e peguei outro já que eu estava com bastante fome.

    – Ah, é mesmo? E digamos que não tenha dado certo, o que ela vem tentando esconder? -A Camila perguntou sugestivamente e tomou um gole do seu suco, deixando o bolo no pratinho e o copo sobre a mesa, logo batendo levemente uma mão contra a outra para limpa-las dos farelos. – Lauren, deixa de ser abusada e segura o seu filho para ela tomar café direitinho.

    Resmunguei fazendo um bico com os lábios após ouvir a latina reclamando comigo, então enfiei o pedaço de bolo todo na boca e tomei um bom gole do suco antes de limpar as minhas mãos do mesmo jeito que a Camz, e levantei da cadeira indo pegar o Charlie para que a minha tia tomasse café direitinho.

    – Ela tenta comprar a gente porque descobrimos que ela tem uma cobra... entre as pernas. -A Lisa respondeu a minha noiva em um tom baixo como se estivesse tentando promover um suspense ali, e eu? Bom, eu simplesmente engasguei com a minha própria saliva, acabando por tossir.

    Céus... como assim?

    Não demorou nada para a Camila focar o olhar em mim enquanto segurava a risada, e deu algumas batidinhas nas minhas costas na tentativa de me ajudar a parar de tossir, mas logo voltou a observar a minha tia, fazendo questão de respondê-la baixinho para deixar claro que estava interessada no suposto segredo.

    – Como assim? Entre as pernas de quem? -Jesus... a Camila realmente ama me deixar sem graça, não perde uma, e eu até tentaria questionar e me defender ali, no entanto o Charlie começou a resmungar no meu colo como se estivesse prestes a acordar. Foquei em balança-lo bem devagar, o aninhando.

     – Não precisa fingir curiosidade, querida. Temos certeza que você já foi picada várias vezes por essa cobra! -Após as palavras da minha tia eu vi a Camila arregalando os olhos em automático,  já me olhando enquanto segurava a risada mais uma vez antes de negar e voltar a focar na minha tia.

    Quem diria que a velha é uma safada?!

    – Não sei do que a senhora está falando. Já provaram esse bolo de banana? -A rapidez da minha noiva para mudar de assunto me fez sorrir maliciosa por breves segundos, e comecei a cantarolar baixinho para o Charlie.

   Infelizmente aquilo não foi o suficiente e o tive chorando nos meus braços, o que chamou a atenção da Camila que se levantou e veio na nossa direção querendo me ajudar. Todo aquele instinto de proteção com o pequeno me deixa mais apaixonada...

   – Ei, seu bobo... por que está chorando com a mamãe, uh? Não pode chorar com ela, nós já conversamos. -Sorri diante as palavras da mais nova, que não demorou para pegá-lo no colo e o deitou começando a niná-lo enquanto fazia "shh, shh, shh..."

    Tudo na intenção de acalmar o pequeno, ela pegou a chupeta dentro da bolsa e colocou devagar na boca do Charlie, que após senti-la começou a se acalmar não demorando para ficar quietinho apenas se esticando vez outra enquanto a minha noiva ia conversando baixinho com ele. Eu podia observar cenas como essa o tempo todo, ainda mais por conta dos olhos abertos do meu filho com a atenção totalmente focada na Camila.

    – Fica com ele rapidinho, eu vou pegar as roupas no carro e daqui a pouco a gente vai embora, o meu pai e a sua mãe vão nos visitar. -Comentei indo beijar a bochecha da latina, logo fazendo um carinho na cabeça do Char antes de pedir licença para todas ali e saí da cozinha.

    Fui em passos apressados na direção do estacionamento, só parei para cumprimentar um casal que eu conheci quando estava ajudando um dos médicos a cuidar de dois gatinhos, e fiquei bem feliz ao saber que estes estavam se recuperando pós cirurgia.
   Assim que peguei a enorme sacola com roupas para doação, eu tranquei o veículo e voltei para dentro do hospital veterinário, só que parei na recepção para poder fazer a minha entrega. Ali tinha uma caixa enorme de papelão, e um potinho -como se fosse cofre- sobre o balcão, para quem pudesse e quisesse doar qualquer quantia. Assinei um papel onde iriam fazer uma lista com os nomes das pessoas que ajudaram, e deixei a roupa do lado da caixa, para não estraga-la. Assim feito, coloquei cinquenta dólares em papel no potinho e saí dali para que eu pudesse ir atrás da Camila e do Char.

    O sentimento de fazer algo bom para as pessoas e para os animais, é algo mais do que maravilhoso, é inexplicável.

    – Vamos? Perdão por termos que ir embora tão cedo, tias, mas prometo que voltaremos mais vezes, e vamos marcar um almoço lá em casa. -Passei as mãos pela minha blusa a ajeitando no corpo, em seguida fui abraçar as mais velhas que deixaram claro o quão orgulhosas estavam por conta da minha família.

   – Gostamos de você, Camilita, e antes que peça alguma desculpa, vocês não atrapalharam o nosso trabalho. -A tia Lisa quem falou após me liberar do abraço, e foi se despedir do Char e da minha noiva, enquanto a Gal nos convidava para tomar um café da tarde na sua casa em um final de semana.

    – Foi um prazer! E com certeza Charlie e eu iremos sem a Lauren, assim poderemos falar mais sobre os segredinhos dela. -A minha noiva comentou rindo claramente brincando, óbvio que ela não iria sem mim, e bom... eu acabei rindo também.

    Esperei que a Camila se despedisse das minhas tias, não demorando para tê-las nos acompanhando na saída da cozinha depois de tanto insistirem. Definitivamente este tinha sido um ótimo começo de dia, mostrar para a minha mulher uma parte também importante na minha vida é algo que me deixa radiante. Gal e Lisa são como mães para mim...
    Nos despedimos mais uma vez das mais velhas, em seguida começamos a andar tranquilamente pelos corredores até irmos ao estacionamento. Abri a porta para a latina adentrar o veículo, esperei que esta ajeitasse o Char na cadeirinha e em questão de poucos segundos ela estava sentada ao lado dele e eu fui para o banco do motorista.

    [~] Dias depois...

    Natal se aproximando cada vez mais, e estávamos numa correria bem interessante a cada dia, uma das coisas que eu finalmente fui resolver foi a minha situação acadêmica, eu estava louca para voltar a estudar e semestre que vem iria continuar em busca dos meus objetivos. E é muito bom ver que tenho o apoio da minha noiva, a mesma sempre sabe dizer/mostrar as coisas que eu necessito ouvir/enxergar, prestar bem atenção, para enfim acordar para a vida.
    Nessa correria toda, apareceu uma novidade -que só ficamos sabendo porque eu tenho uma noiva muito observadora-, sobre a Sinuhe e o Mike em um relacionamento, namorando, isto pode ser estranho nos olhos dos outros, mas eu e a Camila estamos extremamente felizes por ver que os nossos pais encontraram alguém para conversar, rir, chorar, amar, viver...
No entanto todo esse clima bom passou quando a Taylor marcou um jantar para me apresentar o garoto que estava namorando, sinceramente nem me recordo do nome dele, mas eu fiquei preparada para atacá-lo a qualquer momento, tanto que não poupei ameaças. E só não foi pior porque a Camila sussurrou para mim sobre uma greve de sexo que eu estava prestes a iniciar se continuasse espantando o rapaz.

    Posso com isso? Não né.

    Bom, focando no assunto casamento, precisávamos conversar com as nossas melhores amigas porque não poderíamos ter madrinhas melhores do que Dinah Jane e Normani Kordei. Estávamos ansiosas para falar disso com as mesmas, no entanto deixamos para o natal mesmo, dia em que o Charlie estaria completando três meses de vida.
    Céus, como passa rápido... e a cada dia eu me torno mais babona com a minha família, tanto que estava tentando convencer a Camila para adotarmos um cãozinho, infelizmente a latina disse que era cedo demais. Mas voltando ao assunto Charlie, fomos atrás de alguma decoração para complementar a comemoração, não seria uma festa, apenas um momento de reunir os mais próximos, comer uns docinhos, salgadinhos e conversar.

Atualmente24 de dezembro de 2017

   Já era noite quando o meu pai chegou em casa com a Sinu, Taylor e o namorado da mesma. Norminah estava no caminho, eu cuidando do Charlie enquanto a minha mulher terminava de se arrumar. Eu não sabia se o Alejandro viria, o convidamos, mas deixamos claro que a Clara e nem o Chris seriam bem-vindos. É triste ver a que ponto a minha mãe chegou de tentar atrapalhar a minha vida por puro capricho dela, eu a amo pelo que me mostrou de bom todos esses anos, mas a sua personalidade real eu não conhecia, agora que conheço bem só quero distância.

    – Amor, está precisando de ajuda com algo? -Perguntei adentrando o quarto enquanto ajeitava o Charlie no meu colo. Aqueles olhos lindos estavam focados em mim. – Ah, não me olha assim que eu fico sem graça, filho.

    – Quer fazer a minha maquiagem? -A tive perguntando em um tom divertido que me fez rir negando com a cabeça.

   Ela sabe que eu sou ótima em me maquiar, mas quando eu tentava fazer algo na mesma, nunca dava certo. Incrível, uma vez quase enfiei o rímel no olho dela... deve ser porque eu fico completamente hipnotizada.
    Camila olhou-me pelo reflexo do espelho da nossa penteadeira, logo terminando de passar o rímel e se virou para checar o Char, Como sempre faz, deixou um beijinho na testa do mesmo e um selinho nos meus lábios.

    – Quem chegou até agora? Eu convidei a Dra. Brooke, não sei se comentei... -Aproveitei o momento para correr o meu olhar pelo corpo da latina, que estava tão linda de modo a me deixar com vontade de agarra-la.

    – Não comentou, mas fez muito bem, espero que a Ally venha. O meu pai e a sua mãe chegaram quase agora, as meninas enviaram uma mensagem que estão quase chegando, e não sei se o seu pai vem. -Deixei um beijinho na bochecha do meu pequeno, não demorando para entregá-lo à latina, pois eu estava precisando ir no banheiro. – Cuida dele por favor. 'Tô apertada.

   – E a Taylor com o namorado? -Perguntou me seguindo com o Charlie em seu colo, apenas concordei com a cabeça e abri o botão da minha calça não demorando para acelerar os passos até o sanitário.

   – É sério, Lauren, se você ameaçar o rapaz, eu ficarei chateada... -Revirei os olhos depois de ouvir as palavras da minha noiva, esta que parou na porta do banheiro para observar a minha expressão de quem iria se morder todinha, com certeza estava segurando a risada.

    – Está bem, não vou falar nada. -Resmunguei logo suspirando aliviada ao começar a esvaziar a minha bexiga, quando terminei balancei devagar o meu membro, logo pegando um pedaço de papel higiênico para limpa-lo.

   Joguei o papel no lixo, ajeitei a minha cueca e a calça, em seguida dei descarga, abaixei a tampa do vaso sanitário e fui lavar as mãos com sabonete líquido. Eu sempre era bem cuidadosa com a minha higiene, e não era louca de deixar a tampa levantada para a Camila me dar uns murros depois.
    Não demorei para sair do banheiro enquanto passava as mãos pela minha calça a fim de me secar, no momento seguinte estávamos indo para a sala com o nosso bebê todo fofo que não demorou para chamar atenção dos convidados.

    – Ainda bem que apareceram, pensei que eu teria de chamá-las, já estava me preparando para vê-las no coito. -Acabei não me aguentando e ri diante as palavras da minha sogra, que se aproximou toda babona querendo pegá-lo no colo.

    – Você insinuando esse tipo de coisa sobre a minha pessoa?

    – Que tipo de palavreado é esse, dona Sinuhe? -Eu e a Camila acabamos por reclamar ao mesmo tempo, o que nos fez rir antes da mesma ir até o seu sogro o cumprimentando com um beijo na bochecha e um abraço, sendo cumprimentada de forma tão calorosa quanto.

   Estávamos felizes com a relação dos nossos pais, e eles com a nossa, então era só alegria. Fui cumprimentar o meu velho e a minha sogra enquanto a Camila quase caiu quando a Sofi simplesmente a agarrou pelas pernas em um abraço caloroso, fazendo-a sorrir e se inclinar para abraçar melhor a pequena. Esta que não demorou para correr na minha direção, pulando no meu colo e se agarrando ao meu corpo, obviamente que eu a segurei já a abraçando.

    – Oi Lo, saudades. Eu posso pegar o Charlie no colo? -Comecei a deixar vários beijinhos pelo seu rosto como eu sempre fazia, já concordando com a cabeça e desviei o meu olhar para a minha noiva.

    – Agora ele está dormindo, e a sua irmã não vai querer dividir ele de jeito nenhum. Mas mais tarde você pega ele no colo, tudo bem? -Falei em um tom de certa forma baixo, parando de deixar beijos pelo rosto da Sofi por conta dos seus resmungos e a coloquei no chão devagar.

    – Mas por que vocês agem como se eu fosse possessiva? -Camila perguntou incrédula e revirou os olhos ao que a sua mãe acenou com a cabeça na direção do Char, deixando claro que gostaria de pega-lo no colo um pouco. E que não aceitaria não como resposta, tanto que a minha mulher não demorou à se aproximar para entregá-lo.

    – Desculpa, achei que o filho era meu. -A mesma soltou de forma sarcástica antes de rir quando levou um tapa da minha sogra, que o fez logo pegando o Char já começando a babar ele todinho.

    Tal mãe, tal filha... e eu? Apenas observava tudo como quem dizia que não tem nada a ver com isso. Aquela mini confusão serviu para fazer o meu pai rir enquanto se aproximava da Sra Estrabão para observar o Charlie também.

    A Camila aproveitou o momento para ir cumprimentar o palerma e a minha irmã com um abraço e um beijo na bochecha deles, quase sendo esmagada pela mais nova, que alegava estar morrendo de saudades da latina. É incrível como a Taylor sempre teve um carinho enorme pela mesma, são como melhores amigas.

    Mas às vezes sinto-me excluída e fico atrapalhando as duas para conseguir a atenção da minha mulher.

    – Não se esqueça que para ter um filho, eu quem te fiz, então me respeita, Karla Camila. -O tom briguento e brincalhão da minha sogra fez a sua filha ficar com um biquinho nos lábios vindo me abraçar de lado, já que a sua irmã correu para perto do Char também.

    – Credo, mama... agressividade. -A Camz respondeu se agarrando melhor em mim, deixando claro que queria atenção, e eu a abracei de volta a roubando um selinho rápido. – Que tal... a senhorita ir abrir um vinho bem gostoso para bebermos?

    Eu sabia que o seu pedido era mais para fazermos um brinde, pois a mais nova não estava tomando álcool desde que começou a amamentar o Charlie. Mas nesse caso seria apenas um pouquinho. Não demorei para respondê-la de que eu iria buscar as taças, tendo a minha irmã se oferecendo para me ajudar, então dei um último beijo na minha mulher antes de solta-la e sair da sala na direção da cozinha.

    Adentrei o cômodo indo pegar o vinho sobre o armário enquanto a Jauregui mais nova separava as taças para levá-las à sala, demorei um pouco para abrir a garrafa, só conseguindo ao lembrar do jeito que o meu pai me ensinou.
    Verifiquei a hora no relógio pendurado na parede, preferindo chamar todo mundo para ficarmos na cozinha mesmo. Estava perto de dar meia noite, faríamos um brinde especial e poderíamos nos servir de todo aquele rango delicioso. A minha irmã apareceu ali reclamando de forma preguiçosa que eu estava a fazendo de besta, o que me fez rir já que ela quem se ofereceu para me ajudar.

    – Bom... todos vocês sabem que amanhã o Charlie completa três meses de vida. Então temos duas datas importantes em uma... -Comecei a falar enquanto ia servindo as taças sobre a mesa, pedindo para que cada um pegasse a sua.

    Antes que eu pudesse continuar as minhas palavras, fui interrompida pela voz da Dinah soando ali no ambiente, o que me deixou de cenho franzido.

    – Não acredito que você começou o seu discurso sem a estrela da noite? Amor, eu não deixava... -Murmurou fazendo uma expressão de quem estava de olho em mim, acabando por nos fazer rir e foi cumprimentar cada um que estava na cozinha.

    – Como vocês conseguiram entrar aqui? -Perguntei realmente sem entender, já que ninguém foi abrir a porta para as meninas.

    O meu pai nem esperou para zoar com a minha cara, dizendo que eu nunca teria privacidade, pois a Dinah iria empatar tudo que eu tentasse fazer. Velho bobão, e quem riu também...

    – Ué, você acha mesmo que eu não iria tirar a cópia da sua chave? -A loira comentou de forma convencida, me fazendo resmungar tendo de concordar com o meu pai.

    Eu estou lascada...

    – Ela quer zoar você, Laur, a porta estava apenas encostada. Já esperavam por nós. -Mani respondeu vindo me abraçar de lado, logo fazendo questão de pegar mais duas taças para que eu as servisse.

    – Tudo bem, tudo bem... o que a Lauren quer fazer é agradecer pela presença de todos, pelos presentes para o Charlie e dizer que podemos comer. -Não é um segredo que a Camila acha uma besteira ter que esperar tanto tempo para comer, mas ao erguer a mão para pegar uma coxinha, a Dinah simplesmente meteu um tapão na mesma, fazendo a latina resmungar já retribuindo o tapa.

    – Se controla, esfomeada, deixa a Lauren me agradecer direito com um discurso impecável. Pode começar, querida. -Esse era o momento em que eu me perguntava porque convidamos a Dinah.

    Brincadeirinha, não consigo evitar, infelizmente, eu a amo. Sabe como é né? Essas amizades estranhas... uma pior que a outra.

    – Continuando... há três meses a minha vida mudou completamente, e para melhor. O Charlie é tipo um anjinho enviado por alguém lá em cima que gosta muito de mim, ele aproximou a Camila da minha pessoa novamente, fez com que eu entendesse realmente o conceito de conversa, de família, responsabilidade... e apesar de todos os obstáculos, mostrou que, se existe amor podemos passar por cada um deles. -Todas as minhas palavras foram saindo em um tom de certa forma baixo, mas pelo silêncio na cozinha todos conseguiam me ouvir perfeitamente.

    Eu não sei quando os meus olhos começaram a marejar, e a taça em minha mão tremer levemente por conta do nervosismo. No entanto não deixaria de falar, então respirei fundo correndo o olhar por cada pessoa que me observava até parar na Camila. Naquele momento o meu coração parecia bombear o sangue de forma mais intensa, os batimentos pareciam mais altos.

    – Sou a pessoa mais feliz por ter essa mulher como a minha melhor amiga, namorada e noiva tudo em uma só. Além disso ela é a mãe do meu filho, e me aguenta todos os dias. Acho que já falei demais... mas é isso, obrigada pela presença de cada um de vocês, pelos presentes para o Char, e é noite de natal! -Finalizei o meu discurso levantando a minha taça, já sorrindo em automático quando todos gritaram "feliz natal e parabéns ao Charlie", antes de brindarmos.

    – Mani, liga a caixinha de som que agora a festa vai começar. -Dinah chamou a atenção da sua mulher já tomando um gole do vinho como todos fizeram, em seguida pegando o celular do seu bolso para entregá-lo à minha melhor amiga.

    – Gente, pelo amor de Deus... Cardi B não é bem uma música que se coloca na véspera de Natal. -Camila repreendeu as meninas devido ao fato de estarmos com os mais velhos, já que elas sabiam que qualquer música a minha noiva estava dançando.

    Eu acabei rindo concordando mais por conta de algumas coisas ditas em certas músicas da Cardi B, -que não seriam apropriadas para o momento-, mas o que me fez cair numa gargalhada foi a expressão da Dinah de "não estou nem aí, vai ter que rebolar". Sinceramente, tudo louca, sinto-me como um bebê perto delas, pois quando o assunto é dança eu entendo absolutamente nada sobre.

    – Papa! -Desviei o meu olhar das meninas para a Camila, que tinha sido a primeira a pessoa a notar quem se aproximava de nós já que a porta não tinha sido trancada.

    A mais nova foi logo dar um abraço caloroso no mais velho após deixar a sua taça sobre a mesa, e bom... eu estava um pouco sem graça por vê-lo ali, não por conta da presença do mesmo, e sim porque acabei pensando na minha mãe. Pessoa qual eu sinto falta mas não quero por perto...
    É tudo bem foda, as pessoas têm em mente que é obrigatório amar os nossos pais, irmãos, familiares em si, por conta do sangue que carregamos. Mas na prática não é assim, a Clara deveria me amar por ser a minha mãe? Eu deveria colocar de lado tudo que ela fez, para ama-la porque é a minha mãe? Pois posso dizer que a última coisa que ela vem sendo para mim há tempos, é essa palavra de três letras e com um significado intenso. Devo amar o Chris porque ele é o meu irmão? E todas as coisas ruins que este fez para mim devem ser anuladas? Entendo que em quase todas as famílias existem desavenças entre pais e filhos, irmãos, etc. No entanto se tem implicância e carinho, pode ser amor, mas onde só tem irritações, humilhações e muitas implicâncias não funciona desta forma.

    Ao menos este é o meu jeito de ver as coisas ao meu redor depois de tanto tempo.

    – Fico feliz por ter vindo, de verdade. -Acordei dos meus devaneios após ouvir as palavras da Camila, que estava agarrada ao seu pai. Este não demorou para beijar o topo da cabeça dela duas vezes.

    – Não perderia uma reunião importante como essa. E... trouxe uma coisinha para o pequeno. -Soltou a latina já a entregando uma caixa média do presente do Char, e completamente sem graça, se aproximou de mim para me cumprimentar.

    Era óbvio que o Alejandro tinha vergonha do que a esposa aprontava, ele não a apoiava, e recentemente descobri que o mesmo tem discutido bastante com a Clara por conta das atitudes dela. Mas até chegar nesse ponto, a minha noiva o chamou de burro e cego algumas boas vezes...
    Todos ali na cozinha estavam conversando, paparicando o Charlie, enquanto eu e o meu sogro nos olhavamos, era como se ele fizesse um pedido silencioso de desculpas. Não tinha porque o fazer...

    – Agradeço por ter vindo. É bom ter pessoas especiais se reunindo para aproveitar um tempinho, e obrigada pelo presente para o Charlie. -Não hesitei em deixar a minha taça sobre a mesa, abraçando o mais velho um pouco forte.

    Eu tentava não deixar tão exposto que os meus sentimentos andam bagunçados após uma conversa com a Camila e a Normani, sobre a minha mãe e os seus comportamentos. Eu não quis ir atrás de respostas diretas da mesma, confiava nas meninas e tudo o que eu ouvi foi se encaixando como peças perdidas de um quebra-cabeça.

    – Olha quem veio ver você, meu amor... o seu outro vovô. Deixa ele ver esse seu sorriso banguela? -Acabei rindo por conta das palavras da Camila, soltei o seu pai e me afastei devagar para que a mesma entregasse o Charlie para ele.

    – Ufa família, chegou a hora! -A Taylor praticamente gritou para chamar a atenção de todos, pegou o celular para verificar a hora e então começou a contagem regressiva, sendo acompanhada por todos ali. – Dez... nove... oito...

    – Essa garota é retardada, Taylor?? -A Camila murmurou meio a contagem, reclamando que não era ano novo para tal, mas ok... aquilo estava sendo engraçado e bom.

    Então todos continuaram, e eu não demorei para puxar a minha latina a abraçando por trás. A mesma estava toda emburradinha, mas comecei a deixar alguns beijos pelo seu pescoço, sabendo que logo logo a mais nova estaria com aquele sorriso bobo nos lábios.

    – Feliz natal, amor. -Sussurrei quando todos começaram a se abraçar, mas estávamos na nossa bolha por breves segundos. – Feliz três meses do nosso pequeno.

    – Feliz natal, chata. E feliz três meses para o bonitão preguiçoso. -Ela sussurrou de volta, chamando-me de chata devido aos beijos que eu sabia bem o que a causava, ainda mais que a mais nova encolhia os ombros e suspirava baixinho.

    Sem contar que talvez a mesma estivesse de TPM. Sempre fui ótima para notar isso, e nem esperava por uma confirmação, simplesmente a mimava bastante.
    Logo a tive me olhando por cima do ombro, já se virando um pouquinho para depositar um beijo nos meus lábios, mas um beijo breve, pois as meninas vieram nos abraçar, seguido de todos. Até o namoradinho da Taylor, que abraçou a minha noiva primeiro, a desejou feliz natal e estendeu a mão para mim.

    Era nítido que ele morria de cagaço de mim, o que fez a Camila segurar a risada logo o empurrando na minha direção para que a gente se abraçasse, assim feito, desejamos feliz natal um para o outro e nos soltamos. Sean não é um cara ruim, chega a ser engraçado, apenas implico com este por ver a minha irmã como um bebê.
    Aproveitei o momento para tomar mais um pouco do vinho que estava na minha taça, peguei um dos pratos sobre a mesa e comecei a servi-lo com uma pequena quantidade de cada coisinha. Arroz, farofa, perú, salada de maionese... prepararam uma ceia brasileira para nós.

    – Hija, vai comer, deixe-me ficar um pouco com o meu netinho. -Alejandro murmurou quando a sua filha foi atrás do mesmo a fim de pegar o Charlie, mas o meu sogro a deixou de braços vazios.

    – Mas isso é um complô de pais contra a minha pessoa? -A minha noiva perguntou fingindo estar incrédula e se afastou do mais velho para se aproximar da mesa, resolvendo colocar a sua comida.

    Ela separou um prato, foi o servindo com uma coxa do perú e um pouco de farofa, em seguida pegou a sua taça de vinho que só havia bebericando, indo se sentar à mesa, como quase todos estavam fazendo.
    Taylor e o meu pai tiveram a ideia de ir atrás de restaurante brasileiro, pesquisaram e tudo mais, para que a gente tivesse uma refeição diferenciada nessa noite. E céus... aquilo estava uma delícia, então não demorei para agradecê-los pela ótima ideia, já servindo mais vinho na minha taça e voltei a me ajeitar na cadeira.

     Finalmente um Natal em paz...

    [~] Todo o jantar fluiu de forma bem tranquila, a comida estava realmente maravilhosa, não deixamos de conversar sobre coisas banais, tiramos algumas fotos, e na hora da sobremesa eu estava com a minha barriga tão cheia que tive de recusa-la, por enquanto. Isso porque eu estava comendo, bebendo vinho, comida, vinho...
    E só percebi que era melhor eu parar, depois de ter a minha noiva comentando que eu estava na minha quinta taça. Sinceramente não sei que vinho era aquele, se tinha muito álcool... mas simplesmente acabei não resistindo, ele era bom demais.

    – Humm... ok, só mais um pouquinho. -Comentei já levantando da cadeira para pegar a garrafa e servi mais um pouco da bebida na minha taça.

    Os adultos foram para a sala conversar e assistir alguma coisa interessante na televisão, então apenas eu e as meninas ficamos ali na cozinha, jogando conversa fora, rindo das palhaçadas que a Dinah dizia. Parece que alguém já está bem alterado...

    – Ainda bem que a Camila é muito gentil e legal, vai deixar a gente dormir aqui, amor. -A loira comentou puxando a Mani para o seu colo, e deixou um beijo no ombro da mesma. Aquilo me fez rir por conta da expressão da minha melhor amiga...

    A latina fez uma expressão de nojo e negou com a cabeça antes de levar o copo com água até a sua boca, tomando bons goles desta.

    – Vocês não vão transar no meu sofá. Eu juro, faço a Lauren quebrar o seu nariz, Dinah! -A mesma resmungou olhando para a nossa amiga com uma expressão de quem estava prestes a voar em cima da mesma, e mais uma vez eu ri, só que imaginando lasers nos olhos da minha mulher.

    – Não vão mesmo não, porque vocês ficarão no futuro quarto do Charlie, e se fizerem algo lá não serão mais as madrinhas do nosso casamento. -Comentei meio a um soluço, este quase atrapalhou as minhas palavras mas eu sou demais.

    Acabei virando de uma vez só todo o líquido da minha taça, já levantando da cadeira com cuidado para que eu pudesse me esticar e pegar alguns salgadinhos, enfiando uma coxinha na boca e ficando com algumas na mão.
    Só então eu percebi que tinha soltado que as meninas seriam as madrinhas do meu casamento com a Camila, desviei o olhar para Norminah e sorri dando de ombros como se eu não tivesse falado nada de mais, não demorou nada e elas começaram a surtar, gritando, pulando, se agarrando, fazendo a maior bagunça antes de se aproximarem de forma apressada, me abraçando fortemente.

    – Socorro! Camz... -Resmunguei tentando me soltar já que as minhas amigas estavam quase esmagando os meus ossinhos sensíveis, quase me sufocando também.

    – Legal uai, vocês vão ser madrinhas do casamento dela né... porque ela vai casar sozinha... -A Camila provocou pelo fato das nossas amigas terem corrido animadas para me esmagar, mas logo que reclamou, a DJ me soltou e foi agarrar a latina, ameaçando colocá-la de cabeça para baixo.

    Quer dizer, esse era o objetivo, mas a Camila foi rápida e se esquivou do abraço enquanto ria e se mantinha ao redor da mesa, a fim de garantir a própria segurança.

    – Socorro digo eu, Lo -Aproveitei o momento para deixar um beijo na bochecha da Mani, a soltei e corri para abraçar a Dinah por trás.

    Só que ela se assustou e acabou me dando uma cotovelada na barriga. Eu resmunguei em um tom alto, levando ambas as mãos em automático para a minha barriga, como se aquilo fosse aliviar a dor que eu sentia. Porra... só me lasco, ao menos não foi no meu amiguinho.

    – Quase você acerta outra coisa, que não é pequenininha... -Suspirei indo me encostar no balcão da pia, nem prestando atenção se as minhas amigas estavam me zoando ou não.

    – Olha só como você é exagerada, Dinah! -A Camz deu um tapa na testa da loira, e se esquivou para vir na minha direção, para ver se eu tinha me machucado de verdade. – Na realidade, vocês deveriam parar com esse vinho, já abriram a outra garrafa.

    Fiz um bico com os lábios após a minha garota-mulher negar com a cabeça, parou de frente para mim logo afastando as minhas mãos para levantar a minha blusa e ver se havia ficado avermelhado, em seguida os seus dedos começaram um carinho vez outra pressionando a região.

    Incrível como eu fico tão manhosa com a Camila quando eu bebo.

    – Coloca a Lauren para dormir com a Dinah no quarto do Char, só assim vamos ter uma noite de paz enquanto elas se matam. -Então foi a vez da Normani se pronunciar ao que abraçou a minha futura esposa por trás, focando o olhar na minha barriga também. Enquanto isso a Dinah insinuava coisas maliciosas com o seu "hmmmm".

     – Se ela continuar nesse estado, vou colocar sim. -Mesmo que a latina acabou rindo da loira, estava prestes a compactuar com aquela ideia doida.

    Então assim que os nossos olhares se encontraram eu neguei devagar com a cabeça, fazendo questão de levar ambas as mãos para a sua cintura a fim de deixar a minha Camz mais próxima de mim.

    – Eu não fiz nada, não me coloca para dormir com essa monstra do cabelo dourado... Dinah! Para de tentar um meio de ver o meu pau. -Assim que puxei a Camila para perto de mim, a Mani acabou erguendo as suas mãos em rendição, e se afastou deixando que a minha latina passasse os braços por ao redor do corpo de uma quase bêbada.

    Quase, porque estou muito bem.

    – Que horror, nunca desconfiei que vocês faziam orgias. -Arregalei os meus olhos automaticamente por conta das palavras da minha irmã, que apareceu na cozinha com o lenço do Char pendurado no ombro. Ela fez a Camila rir enquanto negava com a cabeça.

    – Isso não é assunto para garotinhas da sua idade, mocinha, mas já que está namorando... não se esqueça da camisinha, como a sua irmã super inteligente fez. -Bufei baixinho depois das palavras da Camila, que virou o rosto para olhar a Taylor por breves segundos, esta que revirou os olhos antes de mostrar a língua.

    A Jauregui mais nova mostrando que odeia quando a tratam dessa forma. Um bebêzinho mesmo.

    – A Lauren é idiota. Onde eu vou encontrar uma fralda e as coisas da higiene do Charlie? Ah, a família está querendo se despedir, porque um bebê precisa de descanso nessa casa.-Até tentei me inclinar para acertar um tapa no braço da minha irmã, mas a Camila me abraçou melhor, o que eu não iria negar.

    – Estou louca para esquecer a camisinha de verdade, hoje a noite com você... -Sussurrei perto da orelha da minha noiva, não hesitando em deixar um beijo no seu pescoço antes de solta-la devagar.

     Desculpe família, desculpe amigos, desculpe a todos... mas eu gostaria de um momento a sós com a minha noiva.

    – Pois eu aposto que depois de um banho, você vai bater na cama e acordar bem tarde, no horário do almoço, talvez. -A maldita respondeu-me já segurando na minha mão, me puxou em direção da sala e eu não hesitei em acompanhá-la. – Dentro do guarda-roupa tem fralda, e no banheiro tem lenço umedecido. Vai lá, Tay.

    Continuamos os nossos passos tranquilos até a sala, encontrando os nossos pais se despedindo com abraços enquanto comentavam que já era tarde demais. Inclusive cheguei a tempo de ouvir o namorado da Tay comentando que apenas a esperaria para irem embora também.

    – Não vão embora sem falar com a gente. Agradeço mais uma vez por ter cada um de vocês aqui. -Falei em um tom normal, soltei a mão da Camz, indo abraçar um por um, quase tropeçando no tapete central.

    Ela apoiou as mãos na cintura e repreendeu-me apenas com o olhar, deixando claro que era bom que eu me comportasse, sendo que nem fiz nada... então a mais nova também foi abraçar todos eles ali na sala, tendo o meu velho convidando geral para o almoço do dia seguinte, até o Alejandro, que agradeceu pelo convite mas não especificou se iria ou não. Tão bom ver todos que eu realmente me importo, reunidos...

    – Mama, a Taylor vai trocar o Charlie, esperem um pouquinho. -Assenti com a cabeça por conta das palavras da Camila, até porque a minha irmã e o seu namorado estavam com a Sinu e o Mike.

    Passei as mãos pela minha blusa a "ajeitando" no corpo enquanto a Camz foi acompanhar o seu pai até a porta, então resolvi recolher as taças e talheres que foram usados, os levando para a pia da cozinha. Amanhã eu dou um jeito nessa louça...

    •••

    Pouco menos de uns dez minutos e a casa estava silenciosa, todos foram embora, menos Norminah que realmente foi uma chatice só, elas ficaram no futuro quarto do Charlie e eu simplesmente fiz várias ameaças que seriam cumpridas caso as loucas tentassem aprontar algo naquele cômodo.
    De forma preguiçosa comecei a me despir ficando apenas de cueca e top, resolvi ir atrás da minha mulher, a encontrando deitada no sofá já sem os sapatos, com o nosso bebê sobre a sua barriga e peito, todo encolhidinho. Com certeza dormindo...

    – Camz... vem para o quarto. -Resmunguei chamando a atenção da mais nova, corri o olhar pela sala não tão bagunçada antes de ir pegar o meu celular para tirar uma foto daquele momento tão especial.

    – Ele está com cólica. -Suspirei baixo diante as palavras da latina, que ergueu o rosto para me olhar logo começando a fazer um carinho nas costas do Charlie.

    É tudo bem complicado quando ele tem cólica, chorava bastante ao ser mudado de posição, e eu já tinha presenciado isso várias vezes, tanto passando noites com ele deitadinho assim em mim, quanto em outras o observando com a Camila. A pressão e a região quente do nosso corpo o acalma...

    – Vai tomar banho agora? -Neguei com a cabeça em resposta a pergunta dela, deixei o celular jogado no sofá mesmo e me preparei para ajuda-la a levantar devagarinho do sofá, sem mudar a posição do Char.

    Graças a Deus, o pequeno apenas suspirou baixinho mas continuou quieto enquanto a gente caminhava na direção do nosso quarto. Tudo silencioso... e vai continuar assim, Norminah.

    – Pensei que... quisesse me acompanhar no banho, mas estou com preguiça de me lavar, então pensei que você gostaria de me acompanhar na cama mesmo. -Mal terminei de dar a minha sugestão e a minha noiva praticamente já tinha a resposta na ponta da língua.

    – Nem pensar, pode ir tirar esse excesso de álcool da cabeça. Banho morno, de preferência. -Negou com a cabeça deixando claro que eu teria de tomar banho, a observei ir até o berço do Char se inclinando para tentar deita-lo sem que o mesmo despertasse.

    Preferi não responder nada, apenas sentei na ponta da cama e comecei a acariciar devagar a minha coxa com a ponta dos dedos, tendo o olhar focado na minha noiva enquanto um sorriso se formava nos meus lábios. É lindo, extremamente incrível vê-los juntos...

   – O que está esperando? -Ela olhou-me por cima do ombro sem deixar de fazer um carinho no nosso garoto para ter certeza de que o mesmo não acordaria.

    Dei de ombros levemente, esperando que a Camz ajeitasse a manta sobre o Charlie, não demorando para se aproximar com os braços cruzados abaixo dos seios. Ih... será que eu a deixei brava?  Aparentemente a mesma não quer papo.

    – Estou esperando os meus beijos... -A respondi baixinho, me inclinei para levar ambas as mãos na cintura da mais nova, a puxando até que a tivesse sentada sobre as minhas pernas.

    – Sério? Sem vergonha... -Por um momento pensei que o seu ato de negar com a cabeça seria a complementação de uma repreensão, no entanto o sorriso que tomou conta dos seus lábios, e aquelas mãos tão macias passando pelo meu cabelo o ajeitando para trás, mostravam outra coisa.

    Apenas sussurrei um "sim", já fechando os meus olhos deixando que a Camila segurasse o meu rosto e fosse beijando o meu pescoço de forma mais quente, depois do selinho nos meus lábios. Acariciei a sua cintura descendo os dedos lentamente para as suas coxas maravilhosas, não hesitando em aperta-las ao sentir um chupão exatamente no meu ponto de pulso.
    Não sei se era por conta do álcool no meu corpo, mas a minha mulher estava deixando-me quente só com beijos, -não que isso não aconteça, desta vez de forma mais intensa e com facilidade. Sabendo que a qualquer momento a latina poderia se levantar e me expulsar para o banheiro, não pensei duas vezes logo invertendo as nossas posições, a jogando na cama sem deixar os nossos corpos afastados e a beijei.
    Foi completamente natural que a Camz deixasse um suspiro escapar, segurou na minha nuca beijando-me na mesma intensidade, não tardando a ir invertendo as posições novamente, se encaixando entre as minhas pernas para pressionar os nossos quadris.

    – Esse vinho deixou você animada... eu sabia... -Murmurou ao afastar um pouco os nossos lábios, foi impossível que eu evitasse o sorriso malicioso em resposta, a tendo negando com a cabeça antes de descer a mão direita pelo meu pescoço, seguindo pelo vão dos meus seios até parar sobre o meu abdômen livre.

    Um agradecimento especial ao vinho, que deixou-me ansiosa para retirar a roupa, enquanto a mente rodava coisas bem maliciosas para fazer com a minha noiva.

    – Então a senhorita está no controle hoje? -Perguntei em um tom baixo levando a minha mão esquerda para a bunda da mais nova, a direita entre os fios do seu cabelo os segurando com firmeza a fazendo me olhar.

    – Hoje? -Ergueu o cenho em puro deboche, e negou lentamente com a cabeça já se inclinando para depositar um selinho demorado nos meus lábios. – Eu estou sempre no controle, querida.

    Sussurrou após afastar os nossos lábios assim como nossos corpos no mesmo momento em que abaixei a mão do seu cabelo, logo ela ficou ajoelhada entre as minhas pernas aproveitando para descer os dedos sobre o meu abdômen lentamente, deslizando a mão direita para o meu volume bem marcado na cueca. Apenas provocações e provocações, pois a latina o fez brevemente, levando as mãos para o seu vestido começando a retirá-lo com a minha ajuda, ficando apenas de lingerie.

    Ela não cansa de ser tão linda e gostosa assim? Com certeza não...

    – O que vai fazer agora, hum? -Levantei o tronco resolvendo ficar sentada na cama, puxando a Camila até que a mesma se ajeitasse no meu colo...

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