Mulher no Poder (Em Revisão)

By rachelmps

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Melanie Fiorenzza tem 22 anos, é a filha mais nova do chefe da máfia italiana. Seu pai, o líder, está tentand... More

Sinopse
Prólogo!
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Aviso
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Eu e Ele
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Agradecimento 💜
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By rachelmps

Melanie

Acordo com o cheiro delicioso de café.

Coloco a mão no lado da cama de Silas e está vazio.

Sorrio e me sento na cama.
Alongo meu corpo lentamente, em seguida vou até o guarda roupa e pego meu robe de seda.

Descalça eu sigo até o aroma do café. A casa está silenciosa, o único som são os pássaros lá fora.

Encontro Silas sentado tomando café no balcão e mexendo no celular.

- Bom dia - digo baixinho.

Ele se vira e sorri ao me ver.

- Bom dia, quer café?

- Sim, por favor - respondo e me sento ao lado dele.

Ele me beija rapidamente e se levanta. Coloca uma xícara na minha frente, e depois me serve o café.

- Obrigada - assopro o café e bebo um gole.

Engasgo com o gosto amargo.

- Muito forte, pouco açúcar - digo.

- Desculpe, eu apenas bebo desse jeito - ele coloca o pote de açúcar em minha frente - Talvez melhore o gosto.

Sorrio.

- Eu desisti de café, eu irei fazer um chá e um omelete - falo.

Ele acena.

- Depois de comer, quer ir mergulhar no lago?

- Claro - concordo.

♧◇♡♤

Coloco um biquíni, um vestido amarelo de algodão por cima. E vou encontrar Silas, que me aguarda na sala, ele está segurando duas toalhas.

- Vamos?

- Sim - eu pego na mão dele e seguimos para o lago. A plataforma de madeira é muito bem feita.

Respiro fundo o ar puro do campo e estremeço.

- Com frio?

- Um pouco - admito.

Seguimos pela plataforma de madeira até o final. Silas coloca as toalhas no chão e retira suas sandálias. Faço o mesmo com as minhas.

Olho para a água azul e sei que deve estar congelando.

Silas pula primeiro na água. Ele mergulha e depois de segundos volta a superfície.

- Venha, Melanie, a água está maravilhosa.

Balanço a cabeça.

- Pode falar a verdade, você está congelando, certo?

Ele balança a cabeça.

- Não, venha.

Com muito frio, me recuso a tirar meu vestido. Coloco o pé esquerdo na água e retiro com um gritinho.

- Silas, essa água está um gelo!!!

- Se você colocar apenas o pé sim. Entre de uma vez.

Respiro fundo e me sento na plataforma. Coloco primeiro minhas pernas até o joelho, quando me acostumo com a temperatura da água, mergulho.

Nado até onde Silas está.

- Então...?

- Está frio para caralho - digo - Mas eu gosto.

Ele sorri.

Nadamos por alguns minutos, mas quando eu reclamo que irei virar um picolé se ficar mais um minuto na água, ele concorda e retornamos a casa enrolados em nossas toelhas.

Tomamos banho juntos, a água quente é muito bem vinda.

Depois de secos e aquecidos. Nos sentamos na cozinha e comemos sanduíches, Silas com café e eu com chá.

Após comer, nos sentamos nas cadeiras de balanço da varanda.

- Sabe, eu tenho poucas recordações dessa casa, vim algumas vezes quando era criança, Dante e eu brincávamos como loucos nesse lago e nessa floresta, entretanto, consigo contar nos dedos das mãos as vezes que eu vim aqui - ele diz.

- É uma pena - murmuro - É um bom lugar para trazer crianças - coloco minha mão em minha barriga volumosa.

- Sim - ele concorda - Por isso, quero que nós dois e nossos filhos venham aqui mais vezes do que eu vim com meus pais. Eu quero que façamos trilhas, quero pescar com eles, eu quero aproveitar tudo isso.

- Eu iria adorar isso - confesso - Seria como um refúgio, apenas nosso.

Silas segura minha mão e a aperta gentilmente.

- Eu prometo, Melanie, iremos vir sempre aqui com nossos filhos.

Aperto sua mão.

- É uma promessa - afirmo.

Respiro fundo o ar fresco.

- Eu pensei em fazer uma lasanha para o jantar - digo mudando de assunto.

- Por mim tudo bem, os armários estão abastecidos com tudo.

- Legal, eu pensei em...

Pam. Pam. Pam.

Um barulho é escutado de longe.

- O qu...? - começo a perguntar, mas o barulho surge novamente.

- São tiros - diz Silas.

Ele me puxa pelo braço para dentro de casa. Trancando a porta rapidamente.

- Deite-se no sofá - ele me ordena.

Com o corpo tremendo, eu obedeço. E assisto enquanto ele fecha todas as janelas e fecha as cortinas.

O som lá fora parece ter sido silenciado.

- O que está...? - pergunto baixinho.

Mas sou interrompida pelo celular de Silas.

- Sim? - ele atende - Nós ouvimos, preciso que me relate - ele fica em silêncio por um tempo, apenas ouvindo a pessoa falar - Leve-o a cabana, eu irei interrogá-lo lá.

Ele desliga.

- Invadiram a propriedade. 6 homens em 3 motos, mas meus homens já cuidaram disso, 5 estão mortos, eu irei fazer o sexto falar.

Aceno mais tranquila.

- Irlandeses?

- Provavelmente - ele diz - Mas nós temos inimigos em todos os lugares. Eu irei me trocar, você vai ficar bem aqui por alguns minutos?

- Sim - confirmo - Pode ir.

Ele acena e vai para o quarto. Continuo sentada no sofá, respirando fundo para acalmar meu coração.

Está tudo bem agora, os homens de Silas já cuidaram de tudo - digo e repito a mim mesma.

Silas retorna a sala trajando calça e blusa preta.

- Tanque a porta quando eu sair, e por favor, em hipótese alguma saia antes de eu retornar.

- Tudo bem.

Ele me puxa para um abraço.

- Eu estou bem - sussurro.

- Eu retorno logo.

Aceno. Quando ele sai pela porta, eu a tranco.

Em segundos, eu escuto o carro se afastando.

Suspiro e me sento no sofá de novo.

♧◇♡♤

Eu fico dentro do quarto, esperando que tudo dê certo. Que Silas consiga dizer quem foram os responsáveis por esse ataque. Quando passam mais de 40 minutos, eu estou totalmente entediada.

Andando pelas paredes.

Suspiro e como sorvete sentada no balcão da cozinha. Quando escuto o barulho de um carro.

Graças a Deus. Silas chegou.

Deixo o sorvete de lado, e espio pelo olho mágico da porta.

Meu coração para com o que eu vejo.

Um jipe preto. Dois homens saem dele. Eu sei os observando que não são os homens do meu marido.

Silenciosamente, eu me afasto da porta e caminho até o quarto. Meu corpo está trêmulo, mas eu tenho que me controlar.

A porta e todas as janelas estão trancadas, mas não irão impedir esses homens de entrarem.

Pense, pense, pense Melanie.

Não tem como se esconder nessa casa. Ela tem a sala com a cozinha, o quarto, banheiro e a área de serviço.

Isso - penso.

Ando para a área de serviço e me tranco lá.

É quando eu ouço, pancadas fortes na madeira. Eles estão tentando arrombar a porta.

Abro a janela da área de serviço. Olho para o lado de fora e tudo que eu vejo é a floresta. O melhor lugar atual para me esconder.

Me espreito para fora, me atrapalho na hora de descer e acabo caindo em cima do meu braço esquerdo.

Mordo o lábio com bastante força para não gritar de dor. Se eu não quebrei, devo ter tido uma contusão séria.

Sem tempo para chorar de dor. Eu me levanto com esforço, e corro para dentro da floresta.

Ando o mais rápido que eu consigo sem tropeçar nas raízes das árvores ou em pedras pelo caminho.

As árvores são altas e largas o bastante para escalar, mas com meu braço machucado isso se torna muito difícil.
Decido me afastar o máximo possível da casa.

Silas irá retornar e vai notar que eu fugi para a floresta. Ele vai me achar. Ele tem que...

Pam. Pam. Pam.

Olho para trás. Os sons de tiros vieram em direção de onde eu vim, ou seja, da casa. Os homens devem ter notado que eu não estou lá.

Preciso me apressar. Eles vão vir atrás de mim. Continuo a andar em direção oposta a casa, quanto mais eu me afastar, mais tempo de Silas notar que existiam mais homens.

Observando tudo, eu vejo uma árvore caída ao lado de uma que ainda está de pé. A inclinação das duas juntas criou um buraco ideal para se esconder.

O lugar é apertado, mas me tira do campo de visão, se a pessoa passar muito rápido talvez não me veja, mas quem for atento, irá ver minhas pernas.

Seguro minha barriga com meu braço direito protetoramente.

Não se preocupe meu filho/a, ninguém vai machucar você ou a mamãe. Tudo vai dar certo.

Eu devia ter pego alguma coisa para me proteger antes de fugir - penso com raiva. Uma faça, alguma arma de Silas, qualquer coisa.

Agora eu estou no meio da floresta desprotegida.

Tateio ao meu redor e encontro um pedaço de madeira. Seguro apertado, talvez eu consiga jogar isso se alguém se aproximar de mim.

O tempo passa.

Não sei o que fazer, se devo esperar por Silas, ou voltar para a casa. Mas eu tenho medo que os homens ainda estejam lá.

Pá. Pá. Pá.

Escuto tiros, o som está próximo. Me encolho o máximo que consigo para próximo da árvore, eu espero que isso me esconda o suficiente.

Tudo fica em silêncio novamente, eu ouço os pássaros e nada mais. As árvores cobrem o sol, deixando a floresta escura, com pouca luz.

Meu corpo está dolorido de ficar espremida nessa posição. Tento me deixar confortável, mas é impossível. 

Escuto passos dessa vez, meu coração acelera, e eu fico paralisada para não fazer nenhum barulho.

Será Silas ou os homens dele? Eles já notaram que eu desapareci e estão procurando por mim?

Não pode ser os homens de Silas ou ele, pois eles chamariam o meu nome, certo? Certo?

Não posso morrer, eu tenho meu bebê.

Tantas coisas que eu quero fazer. Eu quero ter meu filho, eu quero viajar para a Itália para reencontrar meus parentes e visitar meu país. Quero ver meus pais e meu irmão mais uma vez, quero dizer a meu marido que eu o amo.

Pelo som, os passos estão bem proximos, a qualquer momento a pessoa estará no meu campo de visão. Questões de segundos.

Seguro o pedaço de madeira com força, como se ele fosse me proteger contra um homem armado.

Eu não posso morrer.

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