Angel, como é chamada carinhosamente pelos amigos e familiares, andava apressada pelos corredores do hospital. Sua irmã Amanda tinha ligado avisando que seu pai tinha tido uma parada cardíaca.
Ela saiu apressadamente do kit-net que haviam alugado para morarem enquanto o pai estivesse em tratamento. Estavam passando por muitas dificuldades financeiras, ela precisava arrumar um emprego o mais rápido possível.
O coração dela estava aos pulos, ansiosa, temerosa... de repente na correria ela se esbarrou como um homem. Seu corpo era rígido, que mais parecia uma pedra de músculos, com o impacto ela viu a maleta do senhor voar longe.
Ele segurou firme na sua cintura impedindo que ela caísse, ela pode sentir o cheiro amadeirado que exalava daquele corpo tão perfeito. Levantou a cabeça e deu de cara com os olhos azuis profundos, ele parecia misterioso... ela não conseguia tirar os olhos daquele homem tão lindo. Mesmo tendo crescido e morado a vida inteira em Los Angeles nunca tinha visto um homem tão lindo frente à frente.
Ela não conseguia desviar o olhar , ele era alto muito alto, pele bronzeada cabelos negros como a noite, olhos azuis como uma piscina, o queixo era levemente furado ao meio, ele olhou para ela e percebeu que ela estava fascinada com a beleza dele, para completar ele sorriu e formou-se duas covinhas em suas bochechas, o sorriso mostrava uma fileira de dentes brancos e perfeitos. Ele era terrivelmente sedutor. Ela estava simplesmente encantada.
Ele também não conseguia tirar os olhos dela, e não sabia o que falar ... no mesmo instante ela lembrou que o pai estava passando mal soltou-se rapidamente e se desculpou:
- perdão senhor eu...
Ela pegou a maleta e o entregou, sentia a face corada por ter encarado o desconhecido com tanta intensidade. Ele não disse nada, apenas a olhava.
Ela saiu apressadamente sem olhar para traz. Sentia que ele ficou a olhando, mas ela não olhou para trás. Continuou caminhando rápido e antes de chegar até o quarto que o pai estava, encontrou a irmã no corredor, abaixada e com as mãos no rosto.
Ela sentiu o sangue gelar, será que o pai...
- Mana, não diga que ....- Não conseguia terminar a frase.
- Não - Ela apressou-se em dizer- Ele foi levado para o centro cirúrgico... eles não disseram mais nada...
Ela se abaixou e abraçou a irmã, tentou dar mais conforto a Amanda. Ela sempre foi mais apegada ao pai, e apesar de ser apenas três anos mais velha que Angel, ela assumiu a responsabilidade da família depois que a mãe faleceu, apenas um ano atrás.
Parecia que a morte rondava sua família. Primeiro a mãe, agora o pai ... não! Ela não podia perdê-lo
- Calma mana! Tudo vai ficar bem! Temos que ter fé!
Ela continuou abraçada a irmã. Os segundos pareciam horas... e nada de alguém lhe dar notícias. Depois de quase uma hora, finalmente o dr. Evans saiu para falar com elas
- Como está nosso pai doutor? - Elas falaram juntas.
- Calma meninas. - O médico era muito bonito, e sempre dava muita atenção a irmã. - O coração dele está muito frágil. E como eu falei anteriormente, somente um transplante para acabar com esse sofrimento. - Fez uma pausa. - Ele passará a noite na uti para ver como ele passará a noite.
Elas ficaram tristes... estavam fazendo tudo o que podiam pelo pai, mas agora ele estava nas mãos de Deus. O que podiam fazer era orar pela saúde do pai.
- Não fiquem tristes meninas. Nós estamos fazendo tudo o possível. Vão para casa e voltem somente amanhã na hora da visita. Qualquer novidade nós ligaremos para vcs.
- Obrigada Doutor, o senhor tem sido um anjo em nossas vidas. - Amanda agradeceu.
Angel percebeu que rolou um clima entre eles e ficou sem graça. O médico era jovem, alto, loiro de olhos claros e muito bonito.
- Por favor sem o senhor! - Ele falou.
Se despediram e elas saíram em direção a saída do hotel. Elas sempre olhavam os anúncios de empregos. E um anúncio em especial lhe chamou a atenção.
"Precisa-se de arrumadeira, que possa dormir no emprego. Ótimo salário. Interessadas deixar currículo no Hospital San Francisco"
Angel se interessou e falou com a recepcionista.
- Oi, eu queria falar a respeito do anúncio de emprego.
A mulher a olhou dos pés à cabeça
- Você? - Ela falava como se não acreditasse
- Sim, eu! Por que? Algum problema?
- Não, vc é tão linda e jovem...
- Mas estou precisando muito... meu pai está muito doente... - Ela se emocionou.
A mulher, que parecia ter um pouco mais de trinta anos a olhou com compaixão.
- Bom... não sei se vc tem o perfil...
- Eu terei! Eu sou muito esforçada, aprendo com facilidade e além de precisar muito.
Amanda acompanhava tudo apática, como se não estivesse ali... ou ao menos não a sua mente.
- O senhor Parker pediu para que eu contratasse a arrumadeira, pois a mansão deles está passando por umas transformações e toda a família de médicos nunca tinham tempo de ver nada. E ele é o administrador da família.
- Eu sei organizar tudo muito bem! Lavar, passar...
A mulher procurava uma maneira de falar com ela.
- Como é seu nome?
- Angelina, mas pode me chamar de Angel. - Ela estava bem animada.
- Esse emprego é para trabalhar na mansão dos donos dessa rede de hospitais. A residência fixa deles é em Los Angeles. Na casa só moram homens. O patriarca é o doutor Harold Parker, que é cardiologista. O doutor Frank Parker, neurologista, é o filho mais velho. Mas, quem manda em tudo mesmo é Jackson Parker. Ele é o mais novo, porém o mais autoritário, o manda-chuva da família, ele é o único que não é médico. E controla essas redes de hospitais com mãos de ferro.
- Eu preciso muito senhora! - Ela insistia.
- Vc tem certeza que que trabalhar num ambiente tipicamente masculino? Com essa beleza toda menina?
- Eu não entrei na faculdade devido a doença do meu pai, e nós não temos como nos manter. Se nós não conseguirmos arrumar um emprego... - Os olhos dela encheu-se de lágrimas.
- Tudo bem, eu a indicarei para a vaga. Na verdade ninguém quer trabalhar com o "El diablo"
- Quem é? - me assustei.
- O Jack. Ele é lindíssimo! - A mulher se abanou- Mas tem fama de ser extremamente cruel e enlouquecer a mulherada. - Ela se aproximou de Angel e relatou um segredo. - Já soubemos que uma ex-namorada se matou por causa dele e ele não deu a mínima. - Ela parou- Eu vejo uma boneca como vc num corvil daqueles, eu me sentirei culpada caso ...
- Nada irá acontecer comigo! Apesar de ser nova eu sei me cuidar muito bem.
- Sabe arrumar tudo mesmo?
- Sim! - os olhos dela brilhavam.
- Preencha essa ficha aqui, qualquer coisa eu ligo pra vc!
Angel preencheu tudo com muito cuidado. Amanda já estava sentada no sofá de espera com o seu semblante pensativo...
- Pronto! Aqui estar! - Ela devolveu-lhe a ficha e disse: - Nossas vidas dependem desse emprego.
A mulher sorriu para ela e disse:
- Tomara que eu não me arrependa disso.
Angel saiu da recepção e foi encontrar a irmã.
- Em breve terei um emprego irmã, e nós poderemos cuidar melhor do nosso pai.
- Deus te ouça irmã, Deus te ouça!
Elas saíram abraçadas do hospital com muita esperança no coração!
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