Karina

By 1-Sarah

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Karina cresceu em São Paulo, mas ela e seus pais, sempre visitavam o Rio De Janeiro, mais especificamente, o... More

prólogo
1 capitulo- Rio de Janeiro
capitulo 2- Treinamento
4 capitulo- O Lucas só me estressa
5 capitulo- Baile, ai vou eu
5 capitulo- Baile 2.0
Capítulo 6- Cabeças rolando

3 capitulo- treinamento 2.0

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By 1-Sarah

De 13hrs em ponto, subi a rua 13, ate um galpão que o tio Daniel abriu quando eu era uma nanica. Ele dizia, que eu, Lucas e Vinicius, deveríamos aprender a nos proteger desde cedo. OU seja, eu com 10 anos, estava pegando em minha primeira arma. O Lucas com 14 anos, e o Vinicius com uns 13/14. Pra falar a verdade, de acordo com o local onde crescemos, aprendemos a nos proteger um tanto tarde. Mas também, a época era outra. Ninguém se metia com crianças. Assuntos de gente grande, eram assuntos de gente grande. Hoje me dia, não se importam mais com isso. A irmã do Lucas por exemplo, pegou em uma arma pela primeira vez, ainda com 5 anos. 

o galpão era enorme. Ao entrar, senti a voz grossa de tio Daniel gritando com Lucas pela mira torta, e com Vinicius pela falta de disciplina. Eu ficava no cantinho, me escondendo e rindo da cara de aterrorizado que os mesmos faziam. 

Haviam 12 garotos no meio da sala. Estavam todos rindo, e conversando sobre assuntos aleatórios. A maioria, falava de mulheres ou drogas, o que já estava me tirando do serio. Será que não tem ninguém maduro nessa merda? 

A maioria deveria ter entre 14 à 18 anos, já que a partir de 19, começa o treinamento pesado pra virar soldados ou vapores de perigo. Lembro que esse era o meu sonho quando criança. Já imaginou? Karina Silva, Líder dos vapores e dos ataques de guerra, junto com Vinicius Guilherme. Sonho de qualquer garota crescida no trafico.

-Atenção. Quero filas de acordo com a idade de cada um- Disse em voz alta, fazendo os meninos me olhares e continuarem a conversar.

É serio?

peguei minha pistola 0,9 mm e atirei pra cima. Todos me olharam assustados.

-querem me obedecer ou preferem que essa bala esteja na cabeça de vocês?- gritei fazendo-os rapidamente se aliarem em fila. Menos um.- posso saber o seu nome?

-Marcos

-Marcos, querido, pode me dizer por que você não esta na sua fila?- perguntei de forma calma e cínica, chegando mais perto.

-Vim aqui pro treinamento do perigo, não pra receber ordens de uma mulher.- seus amigos o olharam e riram. Ele sorriu para eles, e quis mata-lo ali mesmo. 

-então vou me apresentar de uma vez por todas. Em seguida, vocês decidem se querem me obedecer. Okay?- gritei e todos sorriram debochados. - Sou Karina Silva, 20 anos e sou dona da Marfia do nordeste, sul e em alguns meses, da Russa. Nasci e cresci com o P9, pai de perigo, e considerado meu tio. Sei atirar e a lutar como profissional desde os 10 anos e sou melhor amiga do cara que vocês chamam de patrão. Então acreditem, eu tenho poder. Se alguém fizer algum tipo de piada, conversarem ou desperdiçarem meu tempo com coisas infantis e imaturas, eu mato vocês. Entenderam?- todos assentiram. - ótimo. vamos começar.

Mandei cada um escolher duplas, para os treinamentos. Após cada um escolher, convoquei a primeira dupla pra luta em combate. 

-Marcos e Lucas. Não quero que machuquem o oponente, quero que imobilizem ele. 

-Por que droga não posso machucar? eu sabia que esse negocio de mulher treinar, não daria certo.- o olhei com ódio e me virei novamente.

-Quer machucar? machuque, mas e se eu for duas vezes maior que você, e estiver com uma arma e você sem nada? Duvido muito que você consiga sair vivo o machucando. Quer parar de ser um completo idiota e fazer o que eu mando, antes que eu pipoque a droga dessa sua cara?- ele se calou e se ajeitou.

Contei até 5 e a briga se iniciou. De inicio foi engraçado, eles não sabiam bem o que fazer. Mas logo foram pegando o jeito. Marcos é forte, e rápido. Mas Lucas é muito mais esperto e esguio. O derrubou em minutos. 

-próxima dupla- Marcos obvio, saiu morrendo de raiva, e Lucas, sendo aplaudido pelos amigos. 

Na 5° luta, Vinicius, e Lucas chegaram no armazém, rindo de alguma piada inteira. Fui ate eles e todos os garotos ficaram tensos. Os meninos pararam de lutar para olhar a situação.

-Eu mandei vocês pararem? ou imobilizam logo, ou eu mesma faço isso.- disse e os meninos continuaram. 

-você treina como o pai- Lucas disse se referindo a Daniel, e meu sorriso cresceu

-obrigada pelo elogio.- ele também sorriu.

-A princesinha era a mais qualificada pra esse trabalho. Ela com 11 anos, e a metade do teu tamanho, sempre te venceu nas lutas mano a mano- Vinicius disse rindo na cara de Lucas que o olhou assustado.

-eu deixava ela ganhar. Morria de medo de dar um soco e quebra-la- o olhei incrédula e eles começaram a rir.

-e é? toma um mano a mano então?- o desafiei e ele me olhou

-não quero te ver perder no meio da sua classe- ele disse o olhei seria.

-ou é você que não quer perder no meio dos pivetes- ele me olhou irritado e concordou. Rimos o caminho ate o ranking. -deixa só o ultimo grupo lutar.

Após 6 minutos, a última dupla lutou. Fazendo todos ficarem imobilizados quando eu e Lucas subimos no rank. Até mesmo Vinicius estava sem ar. 

-se eu te machucar, voce fala- Lucas disse rindo

-tudo bem, quando eu te machucar, eu falo- ele riu e a luta começou. 

Eu conhecia Lucas desde que nasci. Treinamos juntos, brincamos juntos, e ate perdemos o bv juntos. Eu sabia como ele lutava, como se posicionava e ate mesmo o olhar frio que ele dava. Ninguém o conhecia melhor que eu. Nem ele mesmo. Então quando ele iniciou com um murro no meu rosto, desviei pra esquerda e o acertei no estomago, ele foi pro lado ofensivo e ri.

-Oxi, já?- ri e ele veio pra cima novamente, me acertando um chute. Mas logo em seguida, o acertei com um chute na cara e um murro na barriga, o mesmo se contorceu e me deu uma cabeçada, e fazendo com que minha vista ficasse embaçada. Ele me deu outro soco, e eu o esmaguei com a perna esquerda. Ele me derrubou, ficando em cima de mim. O emburrei e giramos de um lado pro outro. Até que nossos rostos se colaram. 

ele estava suando, e seus olhos estavam perdidos. Mas eles brilharam, e brilhavam como se dissessem que precisavam ser salvos. A boca dele estava semi aberta, demostrando que precisa de ar. Mais ar do que já tinha, talvez mais oxigênio que o mundo pertencia. Ele precisava do meu ar. Do ar que bombeava o meu pulmão, que me dava a vida. 

Até que ele deu duas batidas ao lado da minha cabeça, informando que havia me imobilizado. Eu havia perdido, mas não me importava.

Eu queria dar o meu ar a ele.

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