Confissões de uma família (qu...

By LXAlexBL

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A vida é realmente cheia de altos e baixos, tipo uma caixinha de surpresa. Nesta história, uma família passa... More

📌 AVISO❗❗❗
💙 LUIZ PEDRO FERNANDO HENRIQUE 💙
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💜 KAUANY 💜
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📌 NOTA DO AUTOR❗❗❗

❤ DÉBORA ❤

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By LXAlexBL

Domingo à noite aqui em casa sempre bate aquela preguiça. As crianças ficam agoniadas, apavoradas, porque no dia seguinte, tem aula, e a vontade de ficar em casa é nítida. E eu deixo claro que eles precisam estudar, porque o estudo é fundamental.

Kauany não me dá muitos problemas com as notas, mas o Luiz Pedro Fernando Henrique, às vezes, tem que ser chamado a atenção. Como ele "mudou", espero que, nos estudos, mude também.

— Mãe, a Martinha me convidou para ir na casa dela — disse Kauany.

— E você não vai — falei.

Estávamos na sala, assistindo televisão (tentando, pelo menos).

— Eu já confirmei com ela — soltou minha filha.

— É só cancelar! — retruquei. — Manda uma mensagem para ela e diz que você não vai. Hoje é domingo, e amanhã, vocês todos têm aula cedo, inclusive essa tal de Martinha aí.

— Mas eu vou dormir lá! — persistiu Kauany.

— NÃO! — gritei, exclamei e me irritei.

— Calma, querida — disse Ricardo.

"Estou calma", pensei.

— Obrigada, pai — agradeceu ela, com um meio sorriso estampado.

— De nada. — Ele assentiu com a cabeça. — Só que é melhor você ficar em casa.

Kauany bufou, ficou irritada, esbanjou raiva através da sua respiração ofegante, e correu para o quarto.

Da sala, pudemos ouvir a porta se fechando com força.

Ela realmente ficou enfurecida.

Poxa! Eles nunca entendem.

No dia seguinte, ela tem aula, e os amigos também. Acho que eles vão passar a noite acordados, fazendo bagunça, e sem dúvidas, estarão cansados pela manhã.

O problema é que essas crianças não entendem. Mas um dia, eles vão me agradecer, pode ter certeza disso.

Um pouco mais tarde, perdi a vontade de assistir televisão, fui até o quarto de Luiz Pedro Fernando Henrique e perguntei:

— Cadê a sua irmã?

Ele estava deitado, com o celular em mãos, muito entretido, por sinal. Não sei como eles conseguem ficar tão iludidos com um aparelho eletrônico.

Com a minha aparição, ele se desligou completamente do mundo virtual e apresentou uma expressão de espanto.

— Está dormindo e pediu para ninguém entrar no quarto dela — disse Luiz Pedro Fernando Henrique.

Acabei entendendo tudo que estava acontecendo no mesmo instante.

Fui direto para o quarto de Kauany, sem retrucar.

Ao abrir a porta, avistei minha filha deitada, com o cobertor da cabeça aos pés, cobrindo seu corpo por inteiro.

— Pois é, parece que ela está realmente descansando, meu filho — falei.

Luiz Pedro Fernando Henrique correu atrás de mim. Ele estava apavorado e ofegante. Quando chegou no quarto da irmã, respirou aliviado.

E por que tanto desespero da parte dele?

— Eu falei que ela estava dormindo — disse Luiz Pedro Fernando Henrique.

Cruzei os braços, encostei na parede e sorri. Em seguida, me aproximei da cama de Kauany, analisei o local, voltei o olhar para meu filho e puxei o cobertor.

— Então, quer dizer que sua irmã, agora, é um monte de travesseiros enfileirados? — questionei, revelando que Kauany não estava ali, mas sim, um monte de travesseiros.

— Eu posso explicar.

— Você não vai explicar nada, Luiz Pedro Fernando Henrique. A Kauany vive em que época para achar que eu ia cair nessa? Colocar travesseiros enfileirados para fingir que está dormindo é meio previsível, né?

— E o que você pretende fazer? — perguntou ele.

— Vou atrás dela, oras!

Avisei ao Ricardo sobre o sumiço de Kauany. Na verdade, nós tínhamos certeza de que ela foi para a casa da tal Martinha.

Fiz meu filho falar onde a garota mora, e pegamos o carro para ir buscar a fujona.

Que coisa feia!

Dessa vez, nós vamos até ela.

Ao chegar na casa de Martinha, bati à porta, aguardei por alguém, e assim que abriram a porta, entrei.

— Mãe?! — espantou-se Kauany.

— Filha?! — retruquei, com deboche. — Vamos embora. Eu falei para você não vir na casa da sua coleguinha.

— Sou amiga dela, e não colega — rebateu a amiga de minha filha, que aparentemente era Martinha.

— Cadê seus pais, menina? — perguntei.

— Mãe, não precisa fazer isso — disse Luiz Pedro Fernando Henrique, tentando impedir a discussão.

Peguei Kauany pelo braço, com tranquilidade, claro (não queria parecer a louca também, né?), levei até o carro e pedi que Ricardo nos levasse para casa.

— VOCÊ ENLOUQUECEU? — gritei. — QUER ME MATAR DO CORAÇÃO?!

— Calma, querida — tranquilizou meu marido.

— Estou calma. Só toma cuidado com essa direção aí.

Ricardo estava dirigindo, enquanto eu gritava com meus filhos.

— Foi mal, mãe — desculpou-se Kauany.

— Mal? Foi péssimo! — rebati.

Quem essas crianças pensam que são?

Ah, mas dei um puxão de orelha nos dois. Luiz Pedro Fernando Henrique não tinha que cobrir a irmã. Que coisa feia.

Fiquei discutindo com eles até chegar em casa. E foi uma volta para casa bem tensa.

Ao chegarmos, coloquei os dois para dormir, e não estendi muito a discussão, pois ambos teriam que enfrentar a escola no dia seguinte.

Aproveitei o momento para conversar com Ricardo. Passamos parte da noite falando sobre a semana que passou, e tentamos esquecer o que houve.

Kauany passou dos limites.

Sempre achei que Luiz Pedro Fernando Henrique fosse o mais problemático, só que ultimamente venho me surpreendendo bastante com tantas mudanças.

❤ ❤ ❤ ❤

A manhã seguinte até que foi tranquila. Sem ressentimentos do que houve na noite anterior e com um ar de animação.

As crianças acordaram mais dispostas para enfrentar o dia de aula, Ricardo contagiou a casa com sua empolgação e me senti mais segura por ter ido buscar a Kauany na casa da amiga. Acredito que fiz o certo.

Eles precisam dormir cedo, sim. Se eles não descansarem direito, não terão disposição para o dia seguinte. E sobra para mim. Tenho que sair gritando pelos corredores, para ninguém se atrasar, e é complicado.

Aproveitei a parte da manhã para limpar a casa. Era preciso manter a ordem. Com as crianças na escola e o Ricardo trabalhando, fica mais fácil limpar tudo.

Não sei como dois adolescentes conseguem deixar os quartos uma bagunça enorme. É difícil colocar na cabeça deles sobre a importância da organização. Isso me irrita! A desordem por parte de meus filhos é algo inexplicável. Mas eu sempre tento encontrar uma saída para não ser tão rude com eles e deixar tudo arrumado.

Como já falei, o período da manhã foi dedicado à casa. Deixei tudo brilhando, e ainda tive tempo de lavar as roupas.

Parece que convivo com, pelo menos, dez pessoas. É muita roupa suja, e apenas uma pessoa para lavar, que nesse caso, sou eu.

Ter filhos não é tão fácil assim. Quando descobri que estava grávida, devia ter recebido um manual, explicando como cuidar de crianças e se adaptar às fases que eles vão passando.

A infância foi um período tranquilo, já a adolescência está sendo mais intensa. Ainda não me acostumei com a ideia de que Luiz Pedro Fernando Henrique e Kauany já são adolescentes. Mas para mim, eles sempre serão crianças. Talvez, futuramente (não sei), eu trate eles como adultos, ou como pessoas mais maduras, só que no momento, não consegui me acostumar ainda.

É complicado falar de filhos, porque eles transmitem várias sensações, porém, a sensação mais importante e que traz aquela harmonia maravilhosa é a alegria por ter eles em minha vida. Me sinto especial, única e feliz por ter colocado Luiz Pedro Fernando Henrique e Kauany no mundo. Todas as confusões e os problemas que acontecem são apenas detalhes que costumo não levar muito em consideração, mas o carinho que os dois têm por mim, aí, sim, eu procuro valorizar bastante.

Meu filho disse que mudou, e até que está mostrando que deu uma evoluída, mas isso só acrescenta em nossas vidas.

É bom evoluir, pensar no próximo, principalmente quando se é adolescente.

À tarde, depois de cumprir todas as tarefas de casa, fui até a escola de meus filhos para assistir ao primeiro dia de ensaio do musical que Kauany foi selecionada para participar.

Ela ficou feliz quando me viu chegar, pois não estava sabendo, e fiz uma surpresa, que aparentemente, foi agradável.

Todo o elenco estava no palco do auditório, em uma roda de discussão, sentados no chão, e eu fiquei apreciando da plateia. Parece que eles estavam conversando sobre a peça e os personagens.

A felicidade era nítida no rosto de Kauany e isso me deixou encantada.

De repente, um rapaz se aproximou, sentou-se ao meu lado e perguntou:

— Quem é a senhora?

Senti um pouco de receio com a pergunta, mas tentei ser firme.

— Sou mãe da Kauany — respondi.

— Poxa, que demais — disse ele. — Sua filha é realmente incrível.

Fiquei feliz com o elogio.

— Obrigada — agradeci. — Mas quem é você?

— Eu sou Fábio, o responsável pelo musical — esclareceu o rapaz. — Vejo que sua filha tem talento.

Não deu para disfarçar a alegria escancarada em meu rosto. Ouvir isso foi algo muito importante.

O musical está fazendo minha filha se descobrir no universo artístico. Talvez, ela não se sinta mais parte desse meio futuramente, só que no momento, Kauany está se encontrando. O apoio dos pais ela já tem, e se quiser investir na carreira de cantora ou atriz, vamos incentivar e procurar ajudá-la no que for possível.

Quando minha filha souber que o responsável pelo musical a elogiou, tenho certeza que ficará feliz.

— Muito obrigada pelo reconhecimento — agradeci.

— Sua filha se saiu muito bem no teste da semana passada — disse Fábio.

Assenti com a cabeça, olhei para o palco e não consegui disfarçar a empolgação que estava sentindo no momento.

No caminho de volta para casa, contei para Luiz Pedro Fernando Henrique e Kauany sobre o ocorrido no auditório do colégio, e os dois ficaram animados.

— Nossa, eu nem estou acreditando nisso, mãe — disse Kauany.

— Quando ele ver você no dia da apresentação, tenho certeza que vai querer seus contatos para futuros trabalhos — disse Luiz Pedro Fernando Henrique.

Começamos a rir.

— Não é para tanto, né? — discordou minha filha.

— Seu irmão pode estar certo — falei. — Se você foi elogiada no teste para o musical, pode ser melhor na apresentação. Só tem que focar bastante nos ensaios.

— Nossa, mãe, estou tão feliz com tudo que está acontecendo — revelou Kauany. — Espero que meu esforço daqui para frente seja reconhecido.

— Vai, sim — falei. — Inclusive, ele me elogiou também.

— Não, ele não elogiou — disse minha filha.

— E como você sabe? — perguntei, confusa.

— Intuição — respondeu Kauany.

— Vamos entrar — pedi, abrindo o portão.

E já estávamos em frente à nossa casa. A conversa foi descontraída e bem animada. Nem percebemos o tempo passar.

Preparei um jantar especial. Tínhamos motivos para comemorar.

Quando Ricardo chegou em casa, um pouco mais tarde, contamos sobre nosso dia e ele ficou feliz com os acontecimentos. Deixamos claro o quanto apoiamos a decisão de Kauany. Se ela quiser investir nisso, vamos incentivar e ajudar, sim.

Luiz Pedro Fernando Henrique ainda está se encontrando. Não sabe ao certo o que realmente quer para seu futuro, mas por enquanto, ele vai se descobrindo aos poucos. O que meu filho mais curte é fazer esportes. Parece que ele gosta de jogar vôlei.

Talvez, os dois não tenham certeza de absolutamente nada, e acredito que há muito ainda para ser descoberto e explorado, mas o essencial é tentar.

Nosso dia já começou com muita positividade e ótimas vibrações. Depois de passar por fortes emoções na noite anterior, nada melhor do que uma nova semana.

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