A vida é realmente cheia de altos e baixos, tipo uma caixinha de surpresa. Nesta história, uma família passa por situações que acabam levando a muitas reflexões.
O filho tem que lidar com as paranoias dos pais e encontrar maneiras de sair das enrasc...
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Os bastidores estavam enfeitados de balões e com uma faixa de "parabéns" enorme na parede. Porém, não nos receberam muito bem.
— O que foi aquilo?! — perguntou o professor, enfurecido. — Por que mudaram de música?!
— Culpa da Kauany — revelou Laís. — Ela me obrigou a aceitar a mudança, inclusive, ameaçou todos nós.
Todos olharam para ela com uma expressão de surpresa, e não curtiram sua atitude.
— Nem foi assim que aconteceu — discordou Martinha.
— Não quero ficar de castigo. Só estou tentando me defender — disse Laís.
— Você é estranha, sabia?
— Obrigada!
Laís deu um sorriso e ficou contente por ouvir o que minha amiga falou.
— Enfim... Quem teve a ideia de mudar a apresentação final? — questionou o professor. Levantei o braço em resposta, com a cabeça inclinada para baixo. — Que loucura!
— Sinto muito — falei, sem jeito.
— Até o começo da semana, estávamos preparando uma cena, e do nada, vocês mudam, sem me consultar. Poxa, poderiam ter avisado! Eu não ia achar ruim.
— O senhor ia topar? — perguntou Martinha.
— Poderíamos analisar o contexto melhor, e usar a música no final — disse o professor. — Tenho que parabenizá-los pelo ótimo trabalho em equipe. Preciso reconhecer isso também, e não dá para fechar os olhos.
Vibramos de emoção.
Confesso que fiquei com medo do rumo que a conversa estava tomando no começo, mas sabendo que nos saímos bem, deu uma tranquilizada.
Em seguida, todos do elenco foram trocar de roupa. Fizemos uma pequena comemoração pela noite, e me senti realizada com a peça.
Infelizmente, Lucas não viu o que tínhamos planejado, e acho que não vamos conversar por algum tempo. A ideia de Martinha falhou, o que acabou sendo decepcionante.
Fui até a plateia, onde estavam meus pais e Lupe.
— O que foi aquilo, filha?! — questionou minha mãe, surpresa e alegre.
— Gostaram? — perguntei.
— Foi demais — soltou Lupe.
— Pude perceber a sua evolução naquele palco — revelou meu pai.
— Obrigada! — agradeci.
— E eu, fui bem? — questionou Martinha, se aproximando.
