Código 121 ∆ taekook (Concluí...

By tkmutuals

1.1M 157K 533K

POLICIAL | AÇÃO | MISTÉRIO | DRAMA [LIVRO FÍSICO PELA EDITORA EUPHORIA] Taehyung era considerado muito novo... More

AVISOS
Prólogo: Caso Aberto!
1- Arquivado
2- Um passo atrás
3- Pistas
4- Proposta
5- Suspeitos
6- Confronto
7- Falso
8- Chantagem
9- Ressaca
10- Ex amigo, atual Inimigo
11- Mentiras e Traições
12- Suspeitos Removidos
13- Kim
14- Culpa ou Dolo?
16- Confissão
17- Instinto
18- Reveja seus aliados
19- Fogo contra Fogo
20- Ajuda
21- Duas Mentes
22- Corra
23- Procurado
24- Traição
25- Procura-se um Coração pt1
26- Procura-se um Coração pt2
27- De olhos abertos
28- Jogo de Mestres pt1
29- Jogo de Mestres pt2
30- Novo Plano
31- Incentivo
32- A Lista
33- Supere
34- Lembranças
35- Viva o Agora
36- O Rei está em Xeque
37- Cavalo de Troia
38- Xeque Mate
39- A queda de uma flor
40- O Código
41- Grande Salto
42-Sentença
43- Vou te amar sem censuras
44- Last Forever
Epílogo: Caso Encerrado
*bonus: ENTREVISTA

15- Apenas um dia

21.9K 3.3K 12.6K
By tkmutuals

OIIIII

Cheguei correndo com uma atualização e eu amei demais escrever ela!!!

Espero que aproveitem muito!! E que curtam a narrativa, porque eu me esforcei bastante.

Teve enquete mas eu esqueci de avisar, desculpe, mas não se preocupem que acertaram mas o resultado será só no próximo capítulo.

Enfim, boa leitura ~

*

— Você é um idiota – disse Hoseok enquanto virava a taça de vinho. Taehyung o encarou estarrecido, não havia convidado o melhor amigo para levar um sermão do mesmo, mas suspirou, ele estava certo afinal. —, eu lhe avisei que esse tipo de intenção não era uma boa ideia. E admito que até mesmo entendo o lado do rapaz.

— Vai defender ele agora? – o Kim revirou os olhos, enquanto levantava os dedos pedindo outra garrafa de vinho ao garçom, queria terminar aquela noite o mais embriagado possível.

— Aish, você sabe que não é isso – Hobi fez um bico sonolento, isso sempre acontecia quando o mesmo bebia demais. — Mas você é tão desconfiado com todos, e veja a onde tudo isso te levou? – ele parou de falar para estender a tava vazia a Taehyung que logo a encheu de vinho tinto. — Você socou a cara do estagiário que trabalha com você a anos, sem motivo algum, colocou seu chefe na lista de suspeitos e agora tentou usar de sexo para se aproximar do seu novo parceiro apenas porque ele está escondendo oque aconteceu com o outro rapaz, mas entenda Taehyung, ninguém é obrigado a lhe contar todos os detalhes íntimos de sua vida, para você acreditar que não são assassinos. As pessoas têm seus próprios problemas, você precisa aprender a separar isso.

Taehyung não disse nada, não era como se pudesse, o Jung estava completamente correto. E ele sequer teve tempo de pedir desculpas a Jimin sobre o mal entendido.

Ainda havia tantas coisas para serem feitas que não sabia por onde começar.

— Eu não sei oque fazer Hyung – choramingou o Kim, naquele momento já alterado pelo álcool. — Eu fico tão puto sempre que penso no que Jisoo pode ter passado e ainda mais irritado quando olho pra cara daquele idiota – mordeu os lábios. Taehyung não compreendia seu próprio corpo, que reagia de maneira sedenta sempre que se aproximava de Jungkook.

— Isso é falta de sexo – murmurou Hoseok fazendo ambos rirem. — eu vou ajudar você com isso – disse virando a última taça, ainda queria ter o mínimo de controle sobre seu corpo. Assim que Taehyung ergueu os olhos arregalados em direção ao melhor amigo, o ruivo fez uma careta. — Não desse jeito seu pervertido! Vamos marcar de ir a alguma festa, encontrar alguém interessante para que você possa se divertir.

— Eu tenho que trabalhar hyung – reclamou Taehyung enquanto estendia o cartão de crédito em direção ao garçom. — Aonde vamos?

— Taehy – riu Hoseok. —, eu ainda não sei, mandarei mensagem quando pensar em algo. – agarrou o braço do Kim. — O senhor poderia nos pedir um táxi? – pediu Hoseok ao garçom que logo concordou e se afastou.

Ambos ficaram alguns minutos sentindo a brisa fria daquela noite enquanto aguardavam o veículo. A cabeça de Taehyung estava rodeada de imagens da irmã e daquele dia.

O que Jisoo havia feito antes de morrer? Ela conhecia o assassino? Sabia que havia algo de errado? Por que não pediu ajuda a Taehyung?

— A culpa é minha – murmurou Taehyung enquanto encarava o céu cinzento, a chuva forte ameaçando.

Hoseok piscou confuso e sonolento e encarou o Kim em silêncio.

— Já conversamos sobre isso Taehy.

— Eu sei, mas indiretamente a culpa é minha. Eu não fui um bom irmão, a minha vida toda eu tenho estado afastado de Cho, sempre trabalhando e viajando. Nunca tivemos tanto tempo para nos divertir porque eu sempre fui um idiota viciado em trabalho.

— Isso não quer dizer nada. – disse Hoseok, confuso. — Você sempre amou seu emprego e sempre foi um ótimo irmão.

— Não é verdade. Se eu tivesse passado metade do tempo que prometia a ela e não cumpria eu teria notado algo de errado, seria capaz de ajudar. Tudo isso aconteceu porque eu nunca estive presente.

Hoseok não disse nada. Naquele estágio era comum que o mesmo se sentisse culpado.

— Vem Taehy  – segurou a mão do detetive e o puxou em direção ao táxi. Falou seu endereço e deitou a cabeça do Kim em seu ombro, enquanto lhe acariciava as costas da mão. — descanse e pare de se culpar.

Taehyung sequer tentou se mover, se aconchegou no ombro do melhor amigo e logo caiu no sono.

...

[03 de Janeiro de 2015)
    Aniversário de Jisoo

— Taetae – a garota de cabelos escuros balançava o Kim devagar que cochilava no sofá. — os brownies estão prontos. Por que você sempre dorme?

Taehyung se levantou cansado e encarou o relógio sobre a escrivaninha. Marcavam quase dez da manhã, o Kim arregalou os olhos e se levantou num pulo, correndo em direção ao banheiro.

— Eu vou me atrasar!

Jisoo o observou esperançosa, talvez Taehyung tivesse preparando uma surpresa para a mesma? Talvez um passeio, um presente... Embora tudo que a garota desejasse fosse um "parabéns irmãzinha".

Ela só queria que ele se lembrasse.

Taehyung saiu do banheiro já arrumado e se sentou à mesa, enquanto a irmã lhe servia chá e ele se apressava em devorar os brownies com carinhas sorridentes.

Essa era uma mania de Jisoo.

— Vamos a algum lugar? – perguntou a menina, contendo o sorriso, que logo se desfez quando o irmão a encarou confuso.

— Eu tenho que trabalhar, sabe disso.

— Hoje é meu último dia de férias Taetae.

— Mas já? – ele perguntou, o bico nos lábios enquanto mastigava a comida. — Tão rápido!

— Você prometeu que faríamos alguma coisa divertida juntos, mas já se passaram três semanas e tudo que tenho feito é ficado em casa estudando. – reclamou a irmã, chateada.

Taehyung a encarou culpado. Mas ele precisava cuidar de assuntos mais importantes. Poderia sair com Jisoo em um outro dia.

— Eu não te proibi de sair – respondeu o Kim mais velho. —, poderia ter saído com seus amigos.

Jisoo fez uma careta de desagrado, mas Taehyung estava ocupado em pegar outro pedaço de brownie.

— Eu reservei essas semanas para ficar com você Taetae.

— Eu preciso entregar esse relatório a Yoongi ainda hoje, – a menina não o encarava, estava chateada demais enquanto remexia  seu prato sem sequer tocar na própria comida. — Cho... – ela segurou um sorriso quando Taehyung a chamou pelo apelido de infância, de forma manhosa. — vamos... não fique triste tá bom? Eu juro que vou terminar isso rapidinho e poderemos ir ao cinema hoje à noite oque acha?

Mas Jisoo negou.

— Me leve com você.

— O que?

— Me leve a delegacia com você, me deixe conhecer o lugar que roubou meu irmão de mim, deve haver algum motivo. – brincou.

— Não acho que isso é uma boa ideia...

— Por que não?

— Yoongi ficará bravo.

— E desde quando você liga para  seu chefe? – provocou a garota e Taehyung concordou. Ambos sorriram. — Legal! Vou me arrumar!

— Não use muita maquiagem! – gritou Taehyung, a última coisa que queria era ver seus companheiros de olho na irmã, Jisoo era bonita demais, sempre atraia atenção.

...

— Vem sempre aqui? – brincou Jackson jogando o braço sobre os ombros de Jisoo que riu.

— Seria um problema se eu viesse, não? – respondeu a garota arrancando um riso de Taehyung, orgulhoso. Que logo  tratou de retirar o braço do policial da irmã.

— Esperta como o irmão – disse Yoongi, entrando no saguão principal. O delegado havia acabado de chegar, segurava o terno nos braços e uma maleta pesada na mão direita, enquanto soprava a franja rebelde que insistia em cair sobre seus óculos.

Jisoo paralisou no lugar em que se encontrava. Taehyung sempre descrevia Yoongi como um chefe mandão, calculista, sem coração e carrancudo. Isso fez com que a garota criasse uma imagem completamente diferente da que estava a sua frente.

Yoongi era mil vezes mais bonito que o garoto mais popular de seu colégio, cinquenta anos mais jovem do que ela imaginava de acordo com a descrição de Taehyung e completamente adorável.

Ela acompanhou o delegado com os olhos, em silêncio, enquanto ele estendia a pasta em direção a um rapaz de cabelos loiros bochechudo, e pedia gentilmente que a levasse a sua sala.

Se aquele era Min Yoongi, o chefe abominável da qual Taehyung sempre falava, havia algo de errado. Por que instantaneamente Jisoo gostou dele.

— O-Oi – disse a garota se curvando e sorrindo sem graça, a forma como os olhos escuros e caídos de Yoongi pousaram sobre o rosto dela a fez se sentir estranhamente aquecida. — Meu nome é Jisoo.

— Sei disso pirralha – riu o delegado, fazendo a menina franzir o cenho frustrada com a forma como ele se referiu a ela. — Taehyung fala muito de você – e lançou uma piscadela para o Kim, que corou e desviou o olhar da irmã.

Jisoo abriu um sorriso largo, talvez o irmão estivesse planejando algo para seu aniversário e contara ao chefe. Eles pareciam bem amigos, concluiu a menina.

— Taetae fala muito de mim? – perguntou só para confirmar, sorrindo boba.

Yoongi sorriu de maneira cínica e maligna.

— Sim, o Taetae fala de você sempre que pode. – respondeu o Min, dando ênfase no apelido carinhoso que sabia que iria adotar o quanto antes.

Jisoo continuou sorrindo, enquanto Taehyung a levava até seu escritório. Já haviam passado pelas salas de interrogatório, a cozinha – onde ela guardara os brownies — e pela área de descanso dos policiais — estes que não perderam a chance de provocar Taehyung flertado com Jisoo, que apenas sorria, se divertido com o ciúmes do irmão —.

— É bem grande – disse a menina correndo para se sentar na poltrona do Kim, que procurava por alguma coisa na gaveta. — Você passa maior parte do seu tempo aqui orabeonim?

— Hum?

— Eu perguntei se você passa maior parte do seu tempo aqui. – repetiu Jisoo, observando Taehyung que digitava freneticamente no notebook, sentado no sofá no canto da sala, afinal ela estava na poltrona da mesa.

— Depende. Mas eu diria que não – pensou o Kim, ainda encarando a tela do eletrônico. — eu vou as cenas de crime, visito peritos, converso com testemunhas e familiares, quando posso volto ao escritório e reúno todas as informações.

— Parece cansativo.

— Mas é divertido.

Jisoo franziu o cenho mais uma vez. Não conseguia ver diversão em um lugar onde se está cercado de desastres e acontecimentos ruins.

— Por que? – perguntou curiosa e Taehyung a encarou confuso. — Por que se diverte com tudo isso? É o perigo, a popularidade, o dinheiro? – continuou, sua curiosidade gritando mais alto, como sempre.

Jisoo precisava aprender a controlar essa sua mania incessante de querer saber tudo a respeito de todos. Talvez se devesse ao fato de cursar Jornalismo, a ideia de alcançar a verdade a agradava.

Taehyung a observou em silencio, compreendendo o porque de tantas perguntas. Conhecia Jisoo muito bem.

— Não é nada disso, irmãzinha – disse se levantando e pegando a folha que acabara de ser impressa.

Jisoo o olhou confusa, aguardando por uma resposta mais conveniente. Quando ela não veio, insistiu.

— O que é então?

Taehyung sorriu de canto e esticou o papel em direção aos olhos da menina, que leu atentamente o documento.

"Encerramento do Caso 1098.3"

E logo abaixo detalhes da sentença pré-proferida pelo Juiz Criminal.

— Eu não entendo.

Taehyung afastou o papel da irmã e o colocou em uma pasta verde, com a etiqueta de "Casos concluídos".

— Justiça, Jisoo – respondeu, se apoiando na mesa. — A simples capacidade de se obter justiça para  aqueles que foram prejudicados.

Jisoo piscou em compreensão.

— Você se diverte ajudando as pessoas.

— Eu me divirto durante o processo de se alcançar a verdade, tudo que disse que faço, faz parte das etapas de se obter justiça.

— Você é quase como um herói.

— Heróis não existem irmãzinha.

Jisoo se levantou, contente. Nunca havia parado para entender o porque de Taehyung trabalhar tanto.

— Como não, se há um bem aqui na minha frente? – respondeu, pendendo a cabeça para o lado, fazendo Taehyung a encarar surpreso.

O detetive ignorou o elogio da irmã, que insatisfeita começou a cantarolar.

— "Where are you from my Anpanman?"

Ele riu e abriu a porta para que ambos saíssem.

— Você não existe.

...

Jisoo estava cortando e separando os brownies que havia trago para a equipe da delegacia do irmão. O mesmo estava em uma reunião com Yoongi e para não atrapalhar decidiu apressar os preparativos.

Ela ainda esperava que eles pudessem sair mais tarde juntos, para comemorar seu aniversário — este que sequer fora citado até o presente momento pelo irmão —.

Entendia que Taehyung tinha muito trabalho a fazer, mas uma parte de si ainda desejava que ele separasse um pouco de seu tempo para ela.

Alguns minutos depois durante o horário de almoço da equipe, Jisoo serviu os brownies e sorriu com os milhares de elogios que recebeu de todos.

Ela não saiu do lado do delegado, lhe fazendo perguntas sobre tudo que achava interessante. Agora que havia compreendido o porque de Taehyung dar tanto valor ao seu emprego como detetive, podia imaginar a importância de Yoongi naquele lugar.

O Min respondia entediado a tudo, aguardando ansioso para o primeiro chamado que recebesse e solicitasse sua atenção.

Minutos depois Yoongi recebeu um alerta e ele, Taehyung e Jackson se reuniram, saindo apenas Jackson com seus companheiros, o farol da viatura ligado.

— Algo de ruim aconteceu? – perguntou a menina ao garoto bochechudo.

— Não sei, eu apenas sirvo o café.

— Não fale como se não fosse algo importante – respondeu Jisoo, fazendo Jimin a observar confuso. — se você não fizesse o café, os policiais não conseguiriam se manter de pé, estariam cansados e sem energia. Você é tipo o herói do café.

Jimin riu. Taehyung tinha uma Irmã estranha.

— Herói do café?

— Isso! Então trate de continuar fazendo muito café.

Jimin revirou os olhos, ainda rindo da garota e lhe estendeu uma caneca cheia do líquido quente.

— Eu não bebo café.

— Está negando o café do herói do café? – perguntou Jimin em tom de brincadeira.

Jisoo riu e aceitou a caneca, se despedindo do estagiário assim que avistou Taehyung saindo da sala de reunião de Yoongi.

Eram quase onze da noite, não haveriam mais nenhuma sessão aberta no cinema. Mas eles ainda poderiam comer em algum lugar ou caminhar pela cidade.

— Orabeonim, já estamos indo? – se ela pesquisasse por um lugar no centro da cidade, talvez pudessem comemorar.

Taehyung coçava os olhos cansado, até notar a presença da irmã.

— Você ainda está aí...

— Onde mais eu estaria? – riu Jisoo e Taehyung apressou o passo até o escritório.

A garota correu e se apressou em pegar seu casaco e a bolsa, assim que viu o Kim agarrar as chaves do carro e o termo bem passado.

Ela olhou animada para o relógio de pulso, marcavam 23:15 da noite, ainda restava algum tempinho até a data acabar.

Seu celular vibrava de mensagens de seus amigos, ela já havia recebido muitos parabéns no início daquele dia, mas o que mais desejava ainda não havia chegado.

Jisoo acompanhou o irmão até a saída em direção ao estacionamento, cantarolando a canção de parabéns mentalmente para si mesma, até bater com a cara nas costas do Kim, que parou brutalmente.

— Aí orabeonim! Está tudo bem?

Taehyung concordou com a cabeça e se virou para Jisoo, mordendo os lábios ansiosos.

"É agora!", pensou a morena. "Ele não esqueceu!"

— Você fica.

— Como?

— Preciso cuidar de um caso urgente, fique aqui e peça um táxi – ele estendeu algumas notas de cem mil wons para a irmã, que ainda não entendia o motivo de ele estar fazendo aquilo.

— Ma-Mas

— Isso é importante Cho, pegue um táxi e vá para casa está bem? Me avise quando chegar. – e se virou, em passos apressados.

Jisoo cerrou os punhos e segurou o choro que ameaçava cair naquele momento, sentindo a garganta arder.

— Tudo bem... – murmurou para si mesma. — Isso não é nada, está tudo bem... – suspirou, a voz falha devido à força que fazia para evitar que uma única gota de lágrima caísse. — É só uma data idiota...

— O que é só uma data idiota? – perguntou Yoongi, fazendo a garota dar um pulo, a mão no peito enquanto respirava assustada.

— Que susto!

Yoongi sorriu de canto se aproximando devagar da menina. Este estava completamente diferente daquela manhã, os cabelos antes bem penteadora estavam divididos ao meio e bagunçados, o terno preso sobre a maleta e a camisa branca social estava amassada e com alguns botões abertos, assim como a expressão do delegado, que parecia visivelmente cansado.

— Você está bem? – perguntou Jisoo fazendo Yoongi dar de ombros e passar por ela.

— Não sou eu quem deveria lhe perguntar isso? – disse se virando para a garota, que ergueu os olhos para fitar melhor o rosto bonito do delegado. — Vamos pirralha, eu te levo pra casa.

— Ma-Mas o Taetae...

— Eu sei, eu sinto muito – ele mordeu os lábios. — Eu perguntei se ele poderia resolver um caso pra mim, não estou me sentindo muito bem, então ele foi.

— Isso é uma pegadinha não é? – perguntou Jisoo, enquanto o acompanhava pela garagem. — Vamos chegar ao apartamento e haverá uma festa surpresa!

— Então é mesmo seu aniversário? – perguntou Yoongi, abrindo a porta para que a garota entrasse.

— Taetae te contou?

Yoongi Franzoi o cenho.

— Não, eu escutei você cantarolar na cozinha essa tarde, enquanto cortava os brownies.

— Oh... — Jisoo corou, se lembrando do momento, sequer havia notado a presença do delegado.

— Eu não estava te espionando nem nada do tipo – se apressou o Min, temendo que Jisoo contasse a Taehyung. — estava procurando Jimin.

— Jimin?

— O estagiário.

— O herói do café! – sorriu Jisoo e Yoongi a encarou confuso mais outra vez, mas não perguntou sobre o apelido, apenas ligou o carro e avançou lentamente em direção ao apartamento de Taehyung.

Assim que parou no local, Jisoo desceu apressada. Seu coração esperançoso ainda gritava que Taehyung lhe faria uma surpresa.

— Pirralha seu celular! – gritou Yoongi, saindo do carro estressado assim que Jisoo entrou no elevador sem olhar para trás.

Aguardou para ver onde o elevador iria parar, e suspirou só de pensar em ter de subir até a cobertura.

Jisoo abriu a porta do apartamento depressa, eram 23:45 e o cômodo estava escuro e vazio. Ansiosa deu passos lentos em direção a sala, imaginando qual expressão de surpresa ela faria assim que Taehyung aparecesse.

Mas não havia ninguém ali.

As janelas do terraço continuavam fechadas como naquela manhã e os copos na pia como ela e o irmão haviam deixado.

Jisoo mordeu os lábios frustrada. Taehyung nunca havia dado sinais de que se lembrava ou faria algo, não era culpa dele, ela mesma quem havia alimentado em si uma esperança tola.

Mas oque podia fazer? Ela não queria nada aquilo, apenas um parabéns.

Jisoo sentiu seu coração quase sair pela boca ao sentir uma mão firme segurar seu ombro, a garota se virou assustada.

— Pirralha – Yoongi suspirou, estendendo o celular de Jisoo. — Você está bem? Parece que viu um fantasma.

— Co-Como entrou aqui?

— Você deixou a porta aberta – ele se esticou e torceu o pescoço, cansado. — tinha esquecido o celular e eu tive que correr atrás de você, sinceramente, pra que todo esse desespero?

Jisoo mordeu os lábios e negou, chateada.

— Taetae não se lembrou ele... sequer falou sobre isso, então eu pensei que...

— Ah... entendi – Yoongi a observou em silêncio.

— Quando eu era pequena, Omma e Appa trabalhavam muito, e raramente tinham tempo para comemorar meu aniversario. Então eu nunca liguei ou me animei com a data, mas Taehyung não, ele pulava na minha cama de noite quando dava meia noite e cantava parabéns pra mim com a voz suave dele – a garota soluçou, contento as lágrimas. — E dizia que hoje era o dia mais importante de todos e que jamais deixaria passar em branco. Mas agora ele é como papai e mamãe.

— Tenho certeza que ele não esqueceu, provavelmente estava muito ocupado para fazer algo –  Yoongi tentou conforta-la, mas Jisoo já estava à beira de lágrimas.

Ela estava irritada. Não com o irmão, consigo mesma, por estar chorando por algo tão bobo e ainda por cima na frente de alguém que havia acabado de conhecer.

O quão deplorável ela ainda seria?, pensou a garota.

— Des-Desculpe – disse Jisoo, se virando e correndo em direção ao terraço, onde se sentou com a cabeça entre os joelhos, escondendo o rosto vermelho, enquanto chorava baixinho.

Yoongi observou a garota se afastar em silêncio, confuso sobre oque deveria fazer. Não gostava de vê-la naquele estado.

Ele caminhou a passos lentos em direção a porta de vidro.

— Me espere aí – falou calmamente, fazendo Jisoo erguer o olhar, mas Yoongi já tinha ido embora.

— Idiota... – murmurou a Kim. — era mais fácil dizer que estava indo embora ou apenas fazê-lo. – continuou, observando o céu estrelado daquela noite.

As estrelas cintilavam próximas a lua cheia, iluminando a sala vazia e antes escura, assim como a pele pálida da garota dos cabelos negros, que observava seu celular  angustiada.

— Vamos Taetae... – repetia a garota, encarando a tela de bloqueio. Restavam cinco minutos.

— "Parabéns pra você..." – Jisoo ergueu os olhos assustada, observando Yoongi que segurava um cupcake colorido.

O delegado se sentou no chão da varanda, ignorando o ar frio daquela noite. Enquanto Jisoo sentia-se estranhamente aquecida com sua presença.

Após terminar de cantar de forma embaralhada, Yoongi retirou do bolso um isqueiro e o acendeu em frente a garota, mantendo o fogo aceso, usando uma das mãos para impedir a brisa fria.

— Faça um desejo – disse o Min e Jisoo o encarou ainda de olhos arregalados, as lágrimas ameaçando cair novamente.

A Kim fechou os olhos e uniu as mãos, se inclinou e soprou a chama. Os rostos mais próximos do que antes. Yoongi abriu um sorriso pequeno para a garota e lhe estendeu o bolinho.

— Por que está fazendo isso por mim? – perguntou Jisoo, dando uma leve mordida no cupcake arco-íris.

— Você é irritante quando pega no meu pé – ele disse e ela riu sem graça. — mas é ainda pior quando está desse jeito, não combina com você, então não chore mais. – Yoongi disse firme, os olhos escuros encarando a face avermelhada da garota.

— É minha culpa, eu criei expectativas...

— Não é sua culpa, ele é seu irmão e esqueceu seu aniversário. Não seja tão boazinha sempre, admita que ele também tem culpa nisso.

Jisoo negou, sorrindo. O celular ainda ligado marcava 23:57.

— Não acho que consigo fazer isso, colocar tudo em cima dele.

— Então a culpa é minha – disse Yoongi, fazendo Jisoo erguer o olhar. — coloque tudo em cima dos meus ombros, eu sou bem forte, posso aguentar. – Yoongi lançou uma piscadela descontraída a garota.

— M-Mas.

— Está decidido, eu pedi que ele conferisse o caso, então a culpa é minha Jisoo. – a menina sorriu abertamente. — O que foi?

— Não me chamou de pirralha – constatou a menina, fazendo Yoongi corar.

— Como é seu aniversário considere um presente – provocou o Min se inclinando para mais perto de Jisoo que riu.

— Ganharei apenas um?

— Eu também lhe comprei um bolinho — reclamou o delegado, fazendo um biquinho irritado.

— E cantarolou!

— Eu nunca fiz isso antes, se considere importante pirralha.

— Hey! – reclamou Jisoo e Yoongi gargalhou, divertido com a reação da jovem.

— Falta dois minutos – disse o Min, se inclinando para indicar o celular de Cho, que concordou, pensativa. — Qual foi seu desejo?

— Se eu contar não vai se realizar.

— Entendo...

— Vai mesmo assumir a culpa por Taetae?

— Já não estou fazendo isso? – perguntou confuso, pensando a cabeça, fazendo a franja comprida cair sobre seus olhos.

Sem pensar direito Jisoo ergueu a mão e ajeitou o cabelo de Yoongi, pensando em como ele ficava ainda mais bonito sem óculos.

O mais velho não disse nada, esperou que Jisoo afastasse o toque, mas a garota deslizou os dedos de sua testa em direção a orelha e seu lóbulo.

Sentindo o coração acelerado Jisoo encontrou os olhos escuros de Yoongi sobre si, a forma abrasadora como a escuridão neles a consumia e a preenchia fez Jisoo arfar sem que Yoongi precisasse fazer absolutamente nada.

— Como você – não pode continuar, porque o delegado já havia colado seus lábios, fazendo a Kim suspirar surpresa.

Jisoo sentiu os lábios quentes de Yoongi cobrirem os seus e deslizar sobre a carne, aquecendo ainda mais seu corpo quase em chamas. Antes que pudesse se dar conta do que estava acontecendo abriu os lábios, sentindo os de Yoongi sugar os seus e a língua quente encontrar a sua.

Jisoo arfou sobre o beijo e agarrou o ombro do Min, que aprofundou o beijo segurando delicadamente o cabelo da menina, os dedos presos no emaranhado de fios escuros da garota.

Seu estômago contorcia a cada vez que Yoongi virava o rosto e suas línguas dançavam em sincronia, o som do estalo sempre que pareciam que iriam se afastar para tomar fôlego mas juntavam os rostos logo em seguida fazia Jisoo sentir um frio na barriga.

Jisoo suspirou chorosa quando sentiu Yoongi morder e puxar seu lábio inferior e se afastar.

Ambos abriram os olhos devagar, as bocas vermelhas e inchadas constatando que aquilo realmente acabara de acontecer e incapaz de admitir que jamais sentiria aquilo novamente Jisoo se aproximou novamente o puxando contra si, sorrindo ao ser retribuída.

Ambos se beijaram calmamente, a luz da lua e a brisa fria daquela noite incapazes de acalmar as chamas que sentiam.

Se afastaram assim que Jisoo sentiu o celular vibrar e constrangida encarou a tela do celular.

[23:01] Taetae
"Desculpe irmãzinha!
Feliz Aniversário 🎉🎈🎁 🎂
Já estou voltando"

Jisoo encarou confusa o horário em seu celular, enquanto lágrimas silenciosas escorriam por sua face.

Desta vez lágrimas de alegria e alívio.

— Por que está marcando onze horas? – mostrou a Yoongi que riu em compreensão.

— O Horário de Verão acabou, então voltamos uma hora.

Jisoo arregalou os olhos e abriu um sorriso grande, se levantando em um pulo, assustando Yoongi.

— Deu certo!

— O que deu certo pirralha? – ele se levantou confuso.

— Eu desejei voltar no tempo – disse a garota fazendo uma dancinha engraçada. — Obrigada Yoonie! – sorriu a menina fazendo Yoongi corar e desviar o olhar.

— Você é mesmo estranha – disse o Min caminhando devagar em direção a porta. — Bom... eu vou indo.

— Es-Espera Yoonie – Jisoo correu atrás do homem que repassava o último momento, pensando se havia feito bem, embora não se arrependesse nem um pouco. Mas se continuasse ali criaria problemas com Taehyung.

— Por que está me chamando assim?

Jisoo sorriu e deu de ombros. A garota adorava dar apelidos as pessoas de quem era próxima e agora sentia-se exatamente dessa maneira com o Min.

— Me deixe ao menos descer com você. 

— Não é uma boa ideia pirralha – Yoongi lhe lançou uma piscadela. — Te vejo por aí.

— Vê? – perguntou Jisoo esperançosa.

— Não desse jeito – lembrou o delegado. — também considere meu presente de aniversário.

— Eu sou muito grata – disse a garota sentindo seu coração acelerar cada vez mais. — Você ao menos me conhecia direito e fez tudo isso por mim, obrigada Yoonie! – Jisoo o abraçou, pegando Yoongi de surpresa.

— Aish! Você é mesmo irritante quando está toda animadinha — ele a afastou, escondendo o sorriso de canto quando Jisoo ergueu o olhar.

Yoongi se curvou um pouco para ficar na altura de Jisoo e deixou um leve selar em sua testa, fazendo o coração já confuso e acelerado da Kim dar cambalhotas.

Jisoo não soube se foi naquele momento, ou quando Yoongi apareceu com o cupcake cantando e a beijou. Em que momento seu coração gritou estar apaixonado por Min Yoongi.

— Parabéns.

— O-Obrigada – Jisoo estava tão corada que manteve os olhos no chão, os dedos brincando com a mecha de cabelo.

Antes que pudesse dizer mais alguma coisa, Yoongi já tinha ido embora.

Jisoo mordeu os lábios contente e voltou correndo em direção a sacada onde tratou de comer todo o cupcake colorido enquanto aguardava pelo irmão.

Naquela mesma noite Taehyung chegou cansado, mas agarrado a um embrulho gigante, onde Jisoo descobriu ser uma almofada de joaninha.

— Desculpe te fazer esperar, deve ter sido um saco – disse Taehyung enquanto acariciava os cabelos de Jisoo que estava com a cabeça deitada em seu colo no sofá.

— Nem tanto.

— Por que está sorrindo tanto Cho?

— Por que estou feliz Taetae.

— Mesmo?

— Sim! – Jisoo balançou a cabeça, ainda sorrindo. — Eu amo a minha vida.

++++++++++++++++++++++++

Espero que não estejam irritadas com o primeiro beijo de código 121...

Estavam achando que seria Taekook? Hoje não...

Eles ainda estão longe de criar algum relacionamento íntimo.

Enfim, me digam oque estão achando, como anda o quadro de vocês?

Cansaram de fragmentos da Jisoo? Eu vou maneirar, mas é que eu amo escrever sobre ela.

Vejo vocês depois do carnaval porque eu mereço férias também kkkkk

Deixem seu Purple Heart aqui.

~até a próxima 🐰🐯

Continue Reading

You'll Also Like

89.8K 9.9K 10
Onde Jungkook um garoto extremamente quieto e com uma beleza encantadora chama a atenção de Kim Taehyung, o garoto dos cabelos vermelhos e dos traços...
5.6K 755 12
Por mais que você espere que seja só outro dia normal, sempre há aquela possibilidade de um cometa estar de passagem pela órbita da Terra e proporcio...
325K 38.5K 21
[SEGUNDA TEMPORADA DE CÓDIGO 121] AÇÃO | DRAMA | CRIMINAL | ROMANCE [LIVRO FÍSICO PELA EDITORA EUPHORIA] Jeon Jungkook irá se casar. Ou melhor, iria...
1.1M 61.9K 153
Nós dois não tem medo de nada Pique boladão, que se foda o mundão, hoje é eu e você Nóis foi do hotel baratinho pra 100K no mês Nóis já foi amante lo...