Love Wings

Primrosewords93 द्वारा

256K 17K 2.2K

"Diz-se que no amor, quando mais se dá, mais tem para se dar. Mas eu nunca tive nada para dar a ninguém. Às v... अधिक

Capítulo 1.
Capítulo 2 .
Capítulo 3.
Capítulo 4.
Capítulo 5.
Capítulo 6.
Capítulo 7.
Capítulo 8.
Capítulo 9.
Capítulo 10
Capítulo 11.
Capítulo 12.
Capítulo 13.
capítulo 14.
Capítulo 15.
Capítulo 16.
Capítulo 17.
Capítulo 18.
Capítulo 19.
Capítulo 20
Capítulo 21
Capítulo 22
Capítulo 23
Capítulo 24.
Capítulo 25.
Capítulo 26.
Capítulo 27
Capítulo 28.
Capítulo 29.
Capítulo 30
Capítulo 31.
Capítulo 33
Capítulo 34.
capítulo 35.
capítulo 36.
capítulo 37.
capítulo 38
capítulo 39.
Capítulo 40.
Capítulo 41.
Capítulo 42.
Capítulo 43.
Capítulo 44. FIM!
PRODUTOS LOVE WINGS

Capítulo 32.

5.7K 340 54
Primrosewords93 द्वारा

POV Borhan

(dias mais tarde)

 - Uhuhuh, parabéns pela jogada amor, adorei a ideia. – Os braços de Tinna envolveram-se no meu pescoço e senti os músculos contraírem-se de desagrado. Nunca gostei dela, verdade seja dita, mas a sua presença não me havia desagradado até aos últimos tempos…na verdade, sempre dava para descontrair um pouco. Mas por alguma razão que desconheço, já não consigo estar sequer na mesma sala que ela sem sentir repulsa.

- Estás a falar de quê? – Perguntei rudemente, afastando-a.

- Oh, sabes bem, da ameaça que mandaste ao zayn por e-mail. – Respondeu ela, fazendo beicinho e voltando a agarrar-me. Que raio? De que está ela a falar?!

- Ah, isso, claro, estava na altura de lançar mais alguma lenha para a fogueira. – Respondi com naturalidade, já que mentir não apresenta qualquer dificuldade para mim. Não é a primeira, nem certamente a última vez que Zayn é ameaçado, e como tal o importante é reforçar a segurança mas sem grande alarido… se alguém o quer magoar, e não devem ser poucas as pessoas, uma vez que o sucesso dele sempre esteve na mira de muita gente, mais vale aproveitar-me disso para acalmar os ânimos de Tinna, e pode ser que ela deixe de lado algumas das ideias macabras que por vezes lhe passam pela cabeça.

- Sim, mas isso não chega. – Olhei-a com a sobrancelha arqueada e reparei no sorrisinho cínico que bailava nos seus lábios. – Eu preciso de uma prova de como ainda estás tão dentro disto quanto eu.

- Estás a duvidar da minha lealdade, Christinna? – Perguntei, mantendo um tom de voz neutro e aproximando o rosto do seu.

- Não, querido, sabes bem que com ou sem ti, eu vou dar-lhe cabo da vida…és só uma forma de agilizar o processo. – Agarrei-lhe o braço com violência e puxei-a contra mim, olhando-a com severidade.

 - Estás a esquecer-te que essa é a minha meta…bebé. Não invertas os papéis, é bom que não esqueças de quem manda aqui. – Cuspi as palavras com uma raiva contida e foi o suficiente para ela se meter no seu lugar. – Mais do que tudo, eu quero fazê-lo sofrer como merece.

Tinna sorriu fracamente, ainda assustada, mas eu percebi que isto não seria suficiente para dissipar as suas dúvidas. Se ela faz ideia de que eu estou a falhar com a minha palavra, ela não terá qualquer escrúpulo em avançar com um plano por conta própria, e isso seria perigoso.

- Tenho andando a pensar em algo. – Falei, deixando que ela se sentasse no meu colo, embora a vontade fosse mínima. – A Rose… ela é muito importante para ele. Se conseguir pregar-lhe um susto, ele vai ficar de rastos.

Ela sorriu, interessada, e eu continuei:

- Deixa isso comigo, eu posso tratar de tudo, estou a pensar em sequestra-la por umas horas….o suficiente para o assustar de morte. – Concluí, pensando para mim mesmo que poderia empurra-la para o carro à saída, de forma dramática só para Tinna ver, e deixá-la em casa depois de lhe explicar tudo. Talvez até pudesse cruzar-me com Tris… o que raio é que estou a pensar?!

- Nem penses que vou abdicar do prazer de te ajudar nessa tarefa.

Shit.

- Eu posso fazê-la sozinho. – Sugeri, depositando um pequeno beijo na curva do seu pescoço. Quanto menos olhar para ela mais fácil é manter o papel. – Não quero que saias prejudicada com isto…querida.

- Eu sei tratar de mim, e eu não perdia isto por nada. – Afirmou, levantando-se. – Vamos combinar isso para daqui a umas semanas…  Entretanto arranja-me uma máscara.

Merda. Merda. Merda. E agora?!

*

POV Rose

Finalmente sexta-feira. Estendi os braços acima da cabeça, num movimento lento e relaxado, quando senti alguém agarrar-me os pulsos, fazendo-me sobressaltar.

- Miss Everdeen, não quer ir buscar um café ao seu patrão? - Perguntou ele nas minhas costas, fazendo-me sorrir, enquanto me beijava carinhosamente o nó dos dedos.

- Se eu responder não, corro o risco de ficar sem emprego? - Brinquei, sentindo o meu estômago palpitar à medida que e sua boca ia traçando uma linha de beijos pelos meus braços ainda esticados.

- E perder a oportunidade de usufruir da sua companhia no meu local de trabalho? - Aproveitando a posição em que estava, Zayn puxou-me levemente pela mão, convidando-me a levantar.

- Pensei que a minha companhia não o agradasse por aí além. - Respondi, voltando-me na sua direção e ajeitando-lhe a gravata com cuidado, demorando-me propositadamente.

- A tua companhia agrada-me demasiado, e se não páras com isso vais obrigar-me a deitar-te em cima da secretária para to provar.

Uma corrente elétrica percorreu o meu corpo, denunciando-se nas maçãs do rosto.

- Ficas adorável quando estás constrangida, sabias? - Ele sorriu levemente e cortou o pequeno espaço que separava os nossos rostos, colando os lábios frios aos meus. Senti o coração palpitar de forma que eu julgo ser pouco saudável, e deixei-me levar, prendendo os cabelos escuros entre os dedos e aprofundando o beijo.

As sensações do costume preencheram-me com a intensidade e a surpresa de uma novidade: o cheiro do perfume misturado com o aroma inconfundível da pele dele, o trago a menta com um ligeiro toque de tabaco, o contraste das mãos frias com o calor do meu corpo... 

- Vai com calma, princesa. - Sussurrou com um sorriso provocador, fazendo-me voltar à real e aperceber-me que já tinha despertado alguns botões da sua camisa, expondo o corpo definido e tatuado.

- Oh, desculpa. - Balbuciei timidamente, tentando aperta-los de novo quando ele me travou.

- Não peças, tranca a porta.

O quê?!

- Zayn, estás louco?! - Perguntei com as bochechas a escaldar.

- Por ti.

Deve haver um limite de cor que as bochechas conseguem suportar, certo? Eu sinto-me como um semáforo luminoso.

- Nem penses. - Protestei, envergonhada, embora a vontade de seguir a sugestão fosse quase dolorosa.

- E se eu disser que é uma ordem? - Perguntou, colocando as mãos no cimo das minhas pernas e sentando-me em cima da secretária, de frente para ele.

Tremi ligeiramente quando ele mesmo pegou na minha mão e a levou à gravata, incitando-me a desperta-la.

- Zayn... - Suspirei, fechando os olhos momentaneamente enquanto a sua mão passeava atrevidamente por baixo das minhas roupas. Ele afastou-se cedo de mais, caminhando até à porta com a intenção de a trancar, mas no momento em que a sua mão pousou no puxador a porta abriu bruscamente para trás:

- "SUPRESA!" - Gritou Emma, entrando no gabinete com uma espécie de presente que era um conjunto de pauzinhos presos com fios, de onde pendiam conchas e penas de aves com aspeto sujo.

- Emma! - Gritamos os dois, enquanto eu saltava para o chão, compondo o vestido, e Zayn apertava os botões com rapidez.

- O que estavam a fazer? - Perguntou, olhando-nos alternadamente. - Porque é que a camisa do zazza está aberta?

- Hmm... Nós estávamos... Hmm...a fazer um ... Curso de primeiros-socorros! - Respondi, em pânico. - É para aprender o que devemos fazer se houver um acidente.

Ela olhou-me com desconfiança, arrastando o presente estranho pelo chão.

- O Zayn estava a nadar e afogou-se na praia, então ele despertou a camisa para eu poder treinar o salvamento. - Conclui, sentindo-o a rir atrás de mim.

- Oh, posso tentar? - Perguntou, entusiasmada.

- Não, quer dizer, em casa a gente experimenta! – Disse Zayn, atrapalhado, enquanto dava o nó na gravata.

- Emma, o que é que te disse sobre esperares por mim lá fora?! - Ralhou Susan, entrando no gabinete. - Oh, Rose!

O seu sorriso alargou quando me viu e aproximou-se, dando-me dois beijinhos ruidosos.

- A Emma quis vir trazer-vos um presente que ela fez com coisas que apanhou na praia. - O facto de ela ter falado no plural encheu-me de carinho e abaixei-me para ficar à sua altura.

- É lindo Emma! - Não, não é. É horrível, parece um artefacto usado para sacrifícios de seitas religiosas, e sabe deus quantos germes vêm agarrados a isto, mas ainda assim adorei. É a primeira prenda que ela nos oferece, aos dois. É como se sentisse o meu pequeno fio com o Zayn crescer de dia para dia e estendendo-se até Emma.

- Susi, a Rose e o Zazza estavam a brincar aos primeiros-socorros. - Disse Emma, sorrindo ingenuamente enquanto as minhas bochechas se concentravam em alcançar um novo e flamejante tom de vermelho. Eu só quero um buraco para me esconder.

Susan arregalou os olhos e olhou-nos alternadamente, chocada, mas antes que pudesse dizer algo Niall entrou na sala com o nariz enfiado numa caixa de arquivos.

- Zayn, estava aqui à procura dos papéis da compra dos tonners para a sala de impressão mas não... - Ele levantou os olhos e um sorriso divertido desenhou-se no seu rosto. - Há festa e ninguém me convida?

O seu olhar caiu sobre Susi e o sorriso alargou-se ainda mais, o que a fez corar levemente. oh! Não posso. Algo se passa entre eles! Que maravilha!

- Tio Ni! - Emma lançou-se nos seus braços e ele ergueu-a à altura da cabeça, fazendo-a gargalhar. - Quem é o teu tio favorito, quem é?

- Há dúvidas? - Borhan entrou na sala e Zayn olhou-me num misto de divertimento e aborrecimento por termos sido interrompidos pela chegada abrupta do pessoal todo.

- Tio Boo! - Emma, ainda no colo de Niall, beijou carinhosamente a bochecha de Borhan, e abraçando o pescoço de ambos disse que não sabia como escolher, porque o tio Niall brincava às bonecas com ela, mas o tio Borhan tinha-lhe oferecido um soutien.

- Já que estão todos aqui, estão convidados para jantar hoje lá em casa. Estão à vontade para levar pares. - Convidou Zayn alegremente, olhando na direção de Niall com um sorriso divertido. Eu não acredito que ele ainda não percebeu que há algo entre ele e a Susi, é mesmo tonto.

- Borhan, amor. - A voz de Tinna fez o meu radar de cobras disparar e o sorriso que até então bailava nos meus lábios esmoreceu. - Então temos jantar?

Quê?! Uma troca de olhares rápida chegou para perceber que ninguém queria a presença dela, nem mesmo Borhan. Por mais que tente não consigo perceber qual a razão que o leva a continuar com ela, mesmo sabendo o quão cruel é a sua namorada.

- Sim, parece que sim. - Respondeu ele vagamente, forçando um sorriso, e um silêncio desconfortável instalou-se no gabinete.

- O Zayn e a Rose estavam a brincar aos ...

- EMMA! - Gritamos ao mesmo tempo, fazendo Susi rir às gargalhadas.

- Bem, vamos deixa-los terminar o trabalho, fim da visita!

 Emma despediu-se de nós, fazendo-me prometer que vou começar mais cedo amanhã para brincar com ela. Susi atravessou a porta e sorriu timidamente para Niall, que a empurrou num gesto divertido e confidente. Borhan e Tinna saíram de seguida, não sem ela antes me dar cabo da paciência dizendo que se eu precisasse de ajuda com o cabelo para o jantar, que pedisse a deus, porque nem ela seria capaz de dar conta de tanta ruindade cor-de-rosa.

Zayn fechou a porta assim que todos saíram e olhou-me com malícia:

- Ouvi dizer que temos uma brincadeira pendente. - Rodou o trinco da porta e caminhou até mim, sentando-me pela segunda vez na secretária do gabinete, desta vez sem interrupções.

*

POV Zayn

- Onde vamos? - Segui Rose pelas ruas escuras e estreitas de um dos bairros pouco conceituados de Londres. - Ainda temos o jantar para preparar e…

- …Agora que me ensinaste o prazer de uma boa surpresa, lida com isso. - Rose interrompeu-me com um beijo e entrelaçou a mão na minha, andado mais rápido. A dada altura comecei a ouvir algum barulho e paramos em frente a uma espécie de armazém.

- Chegamos. - Ela conduziu-me pela entrada com as mãos sobre os meus olhos e senti uma corrente de ar frio familiar percorrer o meu corpo.

- Tu não... - Ela retirou as mãos e eu dei por mim num ringue de hóquei, com algumas pessoas treinando e outras nas bancadas. - Rose!

 Ergui-a no ar com facilidade e deixei-a escorregar nos meus braços para um beijo demorado.

- Ey, vamos lá despachar essas demonstrações sentimentais, temos de treinar antes de jogar! - O grupo de amigos de Rose que eu havia conhecido no bar das primeiras vezes que nos vimos estava todo aqui: Louis, Tris, Harry, Lauren, que pelos vistos é namorada dele e Liam.

- Zazza, Rose, isso é nojento! - A voz de Emma alertou-me para a sua presença. Estava sentada numa box atrás do vidro, na companhia da D.Leila, e vestia um mini equipamento de arbitragem.

- Emms, vais decidir quem ganha? - Brinquei, atravessando o campo para a tomar nos meus braços. - Espero que dês pontos a mais à minha equipa!

- Não se faz batota! - Protestou. - O Harry deu-me estas roupas e disse que eu tenho de ser muito atenta porque eu sou a parte mais importante do jogo! - Ela acenou para ele e Harry piscou-lhe o olho, fazendo-a rir. Rose já me havia dito que ele um talento natural para crianças, agora percebo o que quis dizer.

- É pena que ele seja velho, eu gostava que ele fosse meu namorado. - Disse ela, escondendo o rosto entre as mãos adornadas de anéis.

- Tu o qu...

- Chegamos! - Niall, Susan, Borhan e Tinna cruzaram a porta nesse momento, e Rose abriu ainda mais o sorriso. - Surpresa!

Pelos vistos ela ligou para todos a mudar os planos do jantar: vamos jogar uma partida de hoquéi e depois vamos comer a uma pizzaria aqui perto. Ao que parece que não fui o único a ser surpreendido, Louis olhou para Borhan com uma expressão confusa, e depois voltou-se para tris.

- O que é que o canalizador está aqui a fazer?!

Pov Tris.

Porra.

No momento em que vi o Borhan o meu coração disparou em todas as direções, fazendo-me perder momentaneamente o equilíbrio nos patins; mas passando essa emoção inicial, uma sensação de pânico roubou-me o ar: o Louis vai descobrir tudo e vai odiar-me!

- O que é que o canalizador está aqui a fazer?! - Perguntou ele, confuso, captando a atenção de toda a gente, subitamente silenciosa.

Uma gargalhada escapou dos lábios de Borhan e embora os olhos tenham denunciado um certo nervosismo, ninguém pareceu notar.

- Está sempre a acontecer...qualquer dia aproveito-me da situação e começo a fazer-me passar por ele! - Disse Borhan, sorrindo com uma tranquilidade extraordinária para alguém nesta situação. - O meu nome é Borhan, sou meio-irmão do Zayn e não sou canalizador, deves estar a referir-te ao Mariachi.

Só a menção desse episódio fez as minhas pernas tremerem numa mistura de sentimentos contraditórios. Uma sensação esmagadora de culpa instalou-se na minha garganta e lutei contra as lágrimas de frustração que ameaçavam sair.

- Bom, ele é meu primo, do lado oposto à família de Zayn, e ao que parece somos praticamente iguais, com a diferença de que ele viveu os últimos 20 anos no México. Regressou a Londres há uns meses e está a trabalhar como canalizador.

 Juro que se não soubesse que esta história era inventada nunca imaginaria que ele estaria a mentir... parece tão seguro de si que ninguém duvida da sua palavra. O olhar de Borhan recaiu sobre mim e uma onda de calor percorreu o meu corpo, fazendo-me desviar o olhar de constrangimento. Zayn deixava transparecer uma certa confusão, mas não fez perguntas. Louis sorriu amavelmente e estendeu a mão a Borhan:

- Peço desculpa pela confusão, bem-vindo à equipa!

Nesse momento o meu olhar focou-se pela primeira vez na loiraça elegante que acompanhava Borhan e ela sorriu-me cinicamente. Apeteceu-me dizer-lhe que fiz coisas que ela nem sonha com o namorado dela, mas subitamente tomei consciência de que talvez ela sonhe, porque ela pode ser a tal, e enquanto eu fui só a outra.

- Tris, estás a ouvir, ficas na nossa equipa. - Avisou Louis, começando a dividir as pessoas por equipas.

No final ficamos divididos da seguinte forma: a equipa de Zayn, que contava comigo, Louis, Lauren, Niall e Tinna, contra a equipa da Rose, com Borhan, Harry, Susi e Liam. Apesar de estarem em menor número a presença de Borhan coloca-os em vantagem.

Rose aproximou-se do centro da pista e esticou-se à altura de Zayn, numa tentativa de parecer mais ameaçadora, mas sem sucesso, pois um sorriso aberto baila-lhe nos lábios. Nunca antes a vi tão feliz como nestes dias: a forma como ela olha para o Zayn, e ele para ela... meu deus, é como se deixasse de se perceber onde começa um e acaba o outro, eles são duas metades que se complementam de uma forma tão única que quase nem parece real. Embora esteja infinitamente feliz por ela, não deixo de sentir uma leve inveja por ela ter encontrado alguém que a faça sentir menos perdida. É claro que eu tenho o Louis, e ele é fantástico, mas seria hipócrita da minha parte se dissesse que ele é para mim o que o Zayn é para a Rose. Depois há o Borhan... bom, na verdade já não há, e para meu bem é bom que me mentalize disso de uma vez por todas. Olhei para ele mais uma vez e ele fitou-me com um meio sorriso presunçoso que fez o meu estômago revirar. Pelo canto do olho vi Tinna a observar a nossa troca de olhares com uma expressão de desagrado e fingi-me despercebida.  

- Que ganhe o melhor. - Disse Rose, sorridente, fazendo descer o capacete sobre a cabeça.

- Quem perder paga o jantar. - Brincou Zayn, roubando-lhe um beijo e dando início ao jogo.

Comecei a deslizar sobre o gelo, com alguma dificuldade ao princípio, mas apanhando o jeito ao fim de uns minutos. Tinha vindo algumas horas mais cedo com Louis e ele ajudara-me a treinar. O pequeno disco preto ia passando de uns para os outros com rapidez, e no meio de muitas gargalhadas o jogo foi decorrendo. É claro que os rapazes estavam a dominar a partida, já que pelo menos eu, Rose e Lauren percebíamos pouco disto e limitávamo-nos a manter-nos em pé com o máximo esforço sem estragar o jogo deles, mas Tinna e Susan pareciam bastante à vontade em cima dos patins, estando quase à altura deles.

O facto de ela deslizar de forma tão graciosa, abanando provocadoramente o corpo irrepreensivelmente perfeito, apenas contribui para aumentar ainda mais a minha raiva por ela: se ela fosse horrivelmente feia e trapalhona, eu sentir-me-ia melhor, mas não há forma de eu competir contra aquilo... ela é como um Ferrari vermelho com estofos em pele e eu sou um Fiat em segunda mão, não admira que ele esteja com ela...Não que eu queira estar com ele mas...

- AI!

Enquanto me perdia nestes pensamentos senti um corpo chocar violentamente contra mim, fazendo-me perder o equilíbrio e aterrar no chão gelado. Uma dor aguda explodiu no meu tornozelo e mordi o lábio para reprimir as lágrimas.

- Ups, desculpa. - Tinna desculpou-se com indiferença. - Não te vi.

- Como assim não me viste?! - Gritei, sentindo toda a minha raiva acumulada a vir ao de cima. - Eu estava mesmo à tua frente!

- Que se passa?! - Começaram a aproximar-se todos, formando um círculo em meu redor, e Rose abaixou-se à minha altura. - Tris? Que se passa?

- A Tinna empurrou-me. - Respondi, reprimindo um grito assim que Rose tentou mexer-me o pé.

- Tris, não digas isso, tenho a certeza que a Tinna não quis magoar-te. - Disse Louis, aproximando-se, enquanto Tinna se desfazia em desculpas pouco sentidas. - Estás bem?! Liam, anda cá!

- Ela viu bem o que estava a fazer! - Protestei, enterrando o rosto nas mãos para suportar a dor.

- Está partido. - Borhan abaixou-se e com uma certa frieza tomou o meu pé magoado entre as mãos, manobrando-o com cuidado enquanto desapertava os cordões dos patins. Isso foi o suficiente para as lágrimas se soltarem, e limpei-as com embaraço.

- Larga. - Sussurrei subtilmente, tentando libertar o meu pé mas sem sucesso.

- Cala-te Bea, está quieta. - Disse ele entre dentes, expondo o meu pé ao ar e passando os dedos com suavidade em cima do tornozelo magoado. Apesar da dor, um estremecimento agradável tomou conta de mim e ele sorriu fracamente ao aperceber-se disso. - Vamos ao hospital.

- Deixa-me ver isso. - Disse Liam, chegando-se à frente e afastando Borhan. - Tens uma fratura, sim, vamos ter de tratar disso.

- Eu vou. - Prontificou-se Rose, mas eu recusei de imediato, não vou ser eu a estragar-lhe a noite.

- Quem tem carro? - Perguntou Liam, encostando o meu pé ao gelo para aliviar a dor.

- Eu tenho. - Disse Borhan, estendendo as chaves a Louis. - Leva-a.

- Louis, tu tens de ficar, a reserva está feita em teu nome, tens de dar a saída. - Exclamei com uma voz demasiado fraca para meu gosto. Ai de ti que desmaies, Tris, ai de ti que desmaies.

- Não, eu vou, a Rose trata disso. - Disse ele. - Borhan, é melhor tu levares o carro, vamos os dois.

Calma o quê?!

- Se o Borhan vai eu também vou! - Guinchou Tinna. Ai assim é que isto vai ficar bonito.

- Vamos. - Senti-me ser levantada do chão e encostei a cabeça ao ombro de Louis enquanto saímos do armazém em direção ao carro. Pelo caminho limitei-me a repetir para mim mesma que não é assim tão estranho estar dentro do mesmo carro com o meu namorado, o meu ex-amante e a cobra da namorada dele, mas ao fim e ao cabo não deixa de ser a situação mais caricata de sempre. 

------------------------------------------------------------------------------------------------

N/A: Volteeeeei! ^^. Obrigado do fundo do coração por todos as leituras, votos e comentários, nem imaginam a minha felicidade a ler tudo assim que cheguei!! Espero não ter esquecido de responder a ninguém! Obrigado pelo incentivo, espero não desiludir daqui em diante <3 

पढ़ना जारी रखें

आपको ये भी पसंदे आएँगी

Worthless || Marc Bartra ✅ mariana द्वारा

किशोर उपन्यास

95K 5.5K 62
Onde Lea publica comentários de ódio em todas as publicações de Marc Bartra, jogador do Borussia Dortmund. O que será que originou todo esse ódio...
starbucks❁n.m ju द्वारा

फैनफिक्शन

173K 8K 65
"Gente vamo no Starbucks?" Essa fala mudou tudo naquela tarde PLÁGIO É CRIME
1.8M 126K 67
❝Precisas de correr o risco se queres encontrar o príncipe verdadeiro❞- Zayn Malik
1.7M 167K 64
Anelise tem uma paixão platônica desde muito tempo por Theo e decide que irá conquista-lo. Passando o tempo mirabolando planos para sua conquista, a...