Código 121 ∆ taekook (Concluí...

By tkmutuals

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POLICIAL | AÇÃO | MISTÉRIO | DRAMA [LIVRO FÍSICO PELA EDITORA EUPHORIA] Taehyung era considerado muito novo... More

AVISOS
Prólogo: Caso Aberto!
1- Arquivado
2- Um passo atrás
3- Pistas
4- Proposta
5- Suspeitos
6- Confronto
7- Falso
8- Chantagem
9- Ressaca
10- Ex amigo, atual Inimigo
11- Mentiras e Traições
12- Suspeitos Removidos
14- Culpa ou Dolo?
15- Apenas um dia
16- Confissão
17- Instinto
18- Reveja seus aliados
19- Fogo contra Fogo
20- Ajuda
21- Duas Mentes
22- Corra
23- Procurado
24- Traição
25- Procura-se um Coração pt1
26- Procura-se um Coração pt2
27- De olhos abertos
28- Jogo de Mestres pt1
29- Jogo de Mestres pt2
30- Novo Plano
31- Incentivo
32- A Lista
33- Supere
34- Lembranças
35- Viva o Agora
36- O Rei está em Xeque
37- Cavalo de Troia
38- Xeque Mate
39- A queda de uma flor
40- O Código
41- Grande Salto
42-Sentença
43- Vou te amar sem censuras
44- Last Forever
Epílogo: Caso Encerrado
*bonus: ENTREVISTA

13- Kim

22.3K 3.4K 9.9K
By tkmutuals

A atualização de hoje está ENORME, cheia de momentos tensos e marcantes haha.

E olha, eu estou atualizando mais rápido também!!! Prometo não demorar tanto de novo.

Vocês souberam do show do BTS? Poderão ir?

Eu quero muito mas não tenho dinheiro , porém vou dar um jeito...

Espero que curtam a atualização de hoje, devido ao show os armys estão tensos e espero que isso mesmo não sendo totalmente engraçado e leve, faça vocês se sentirem minimamente mais felizes.

Não atingimos 200 comentários no capítulo anterior ;( estou me esforçando para escrever cada vez melhor para vocês, por favor comentem ao menos uma vez para eu saber se estou me saindo bem e agradando a todos.

~boa leitura


[Quarta-Feira, 20 de abril de 2016]

3 dias antes da morte de Kim Jisoo

— Estou atrasada! – a garota de cabelos escuros batia os pés apressados enquanto aguardava a sua vez na fila da cafeteria lotada. Havia ficado trinta minutos na mesma apenas para comprar os donuts que sua melhor amiga Lalisa havia pedido e por causa disso perdera o ônibus de volta para a universidade.

A aula estava prestes a começar dali cinco minutos e Jisoo ainda não tinha pego seu pedido e mesmo se pegasse o próximo ônibus, perderia mais da metade da aula.

— Eu definitivamente irei matar Lalisa Manoban! – falou a garota enquanto segurava com força o saco de papel quente com os donuts recheados.

Com as mãos já ocupadas tentou em vão alcançar o celular no casaco, talvez se pedisse um táxi ou quem sabe...

— Aí! – sentiu o corpo ser empurrado e se manteve de pé após se equilibrar. — Olha por onde anda- e antes que pudesse terminar de falar encarou a pessoa de cabelos escuros que a encarava surpresa. — Yoonie! – abriu um sorriso largo deixando o chefe da delegacia ainda mais confuso e desconcertado.

Estava tão ocupado focado no próprio celular enquanto mandava mensagens afiadas a Jimin a respeito do encontro que teriam dali três dias que sequer notou a irmã de seu companheiro logo a sua frente.

— Aish – ele fez um bico emburrado. — Já disse para não me chamar assim pirralha – e a ajudou a ajeitar o casaco agora amassado. — Não devia estar na escola?

Jisoo sorriu constrangida com a aproximação do mais velho e negou.

— Eu não sou tão nova assim Yoonie, estou na faculdade esqueceu?

— Provavelmente – ele deu de ombros, imaginando como ela conseguia sorrir tanto. — Então, bons estudos, tchau – e ergueu as mãos acenando para a garota de cabelos escuros.

Jisoo o acompanhou com o olhar e logo após ver o mesmo retirar as chaves do carro arregalou os olhos, a ideia surgindo em sua mente.

— Você é um anjo enviado para me salvar – gritou a garota segurando na mão livre de Yoongi fazendo o homem mais uma vez a encarar confuso e constrangido. — Preciso de uma carona!

— E eu ganhar na loteria, mas veja só, a vida não é justa com todo mundo, até mais – e deu a volta no carro, ignorando e sorrindo internamente para a careta de desagrado de Jisoo. Adorava vê-la irritada.

Yoongi deu um pulo quando a mesma abriu a porta do passageiro e se sentou ali, se apressando em colocar os cintos de segurança.

— Isso foi maldoso Yoonie – ela sorriu e tocou-lhe a bochecha com o dedo indicador fazendo Yoongi corar surpreso. — Taetae ficará decepcionado se souber que você me negou uma carona em um momento de desespero.

Yoongi revirou os olhos.

— Ele vai rir quando eu contar a ele, até parece que não conhece seu irmão. – Jisoo não disse nada, era a cara de Taehyung rir do desespero alheio, o Kim tinha um senso de humor muito peculiar. — E já disse para parar de me chamar assim, sou mais velho que você.

— Oppa é tão cafona, Yoonie – ela sorriu ainda mais inclinando a cabeça, deixando a franja solta cobrir-lhe um pouco os olhos escuros e delineados. — Vamooos, me de uma carona até o campus? Eu já perdi o início da aula mas posso entrar ainda se chegar em dez minutos.

— E o que eu ganho com isso? – Yoongi retrucou irritado, teria que dar a maior volta para chegar ao campus da garota, ele conhecia aquele lugar, afinal já dera carona a Jimin inúmeras vezes.

— Oh não seja sujo Yoonie, é seu dever ajudar os cidadãos não é? E eu sou uma amiga conhecida... – continuou Jisoo, ela só queria chegar a tempo para a aula e não se importava em implorar ainda mais. — Por favor. Eu prometo levar brownies para você no sábado!

Yoongi adorava os brownies de Jisoo, se lembrava de quando a garota havia acompanhado o irmão até a delegacia pela primeira vez e levara brownies para a equipe, desde então, mesmo sem Taehyung, a garota ia visita-lo de tempos em tempos, sempre pegando no seu pé. Yoongi sequer entendia porque ela não desgrudava do si, mas nos dias em que não estava sendo totalmente irritante, era uma excelente companhia.

— Só para mim? – ele perguntou e ela abriu um sorriso largo.

— Todos só para você, com cobertura de chocolate! – e antes que terminasse Yoongi já estava ligando o carro.

— Ora, um delegado como eu não pode negar ajuda a uma cidadã em apuros, não é? – sorriu de canto, inclinando a cabeça em um sorriso irônico.

Jisoo abriu outro sorriso alegre e concordou freneticamente.

— É por isso que você é o melhor de todos, Yoonie! – disse a garota animada e o Min apenas sorriu de canto.

— Diga isso da próxima vez na frente do Taehyung, vou adorar ver a reação dele. – falou Yoongi, sorrindo só de pensar em como o Kim ficaria irritado. Taehyung era bem ciumento quando se tratava da irmã.

— Você é mau, – riu a garota. — pode deixar!

E ambos seguiram em direção ao campus da KU.

....

— Obrigada – após descer do carro escuro Jisoo se curvou em agradecimento. Os Céus de fato estavam a seu favor, pensou a garota. — Aliás, quando o Taetae voltará?

— Provavelmente domingo de manhã ou quem sabe sábado à noite. Você sabe como ele é, só avisará quando já estiver pisado em Seul – falou o Min observando o olhar pensativo de Jisoo.

— Quando ele voltar diga que quero encontrá-lo logo, preciso conversar com ele.

Yoongi estranhou o tom sério de voz de Jisoo, ela estava sempre animada e distraída.

— Algo importante aconteceu? – perguntou receoso, sentia-se estranhamente na obrigação de livrar a garota de qualquer situação ruim.

Jisoo apenas negou e abriu um sorriso de canto.

— Não se preocupe. Até mais. – acabou a garota segurando firme o saco de papel enquanto corria pelo campis esverdeado.

Yoongi observou Jisoo se afastar atentamente, pensando se deveria insistir no assunto ou apenas deixá-la cuidar de seus próprios assuntos.

Suspirou, e cansado antes mesmo de começar a trabalhar ligou o carro escuro a caminho da delegacia. Precisava ajeitar a papelada do próximo caso de Taehyung.

...

— Desculpe – disse Jisoo após entrar na sala de aula cheia, ela tinha sorte que era aula do seu professor mais tranquilo. Talvez devido ao fato de ele ser o substituto, embora isso não diminuísse a sua importância em frente aos alunos. — eu tive um contratempo.

— Um contratempo recheado de chocolate imagino – comentou o professor de bom humor fazendo Jisoo sorrir e correr até Lalisa que guardava seu lugar logo a sua frente.

— Está atrasada!

— Por que será né? – respondeu a Kim, irritada. — Anda. Me passa as suas anotações.

...

— Você o que? – gritou Lisa enquanto Jisoo bebericava seu banana milk.

— Peguei carona com o Yoonie, por isso cheguei a tempo. Sorte não é?

— Não mesmo! Como teve coragem de entrar no carro de um cara desconhecido? – insistiu Lisa, irritada.

— Ele não é um desconhecido, é o chefe do Taetae e uma ótima pessoa. Jamais faria mal algum a mim ou qualquer outra pessoa. – Jisoo revirou os olhos. Odiava essa mania estranha de Lisa achar todos os homens perigosos. — Se esqueceu que ele é o delegado da delegacia de polícia de Seul?

— A profissão de ninguém determina se ela será uma boa pessoa ou não Cho – suspirou Lisa mordendo o donuts recheado. — Se eu soubesse que faria isso não teria pedido para ir comprar isso para mim.

— Não seja irritante Lisa, deveria me agradecer ao invés de reclamar de tudo. – bufou a morena, se inclinando na direção de Lisa e mordendo o donut da mesmo, sem notar o rubor na bochecha da loira. — Vai dividir isso comigo para se redimir – piscou brincando, não queria discutir com Lalisa, a garota conseguia ser muito chata quando colocava uma ideia na cabeça e Jisoo só queria descansar a mente.

Já tinha preocupações demais para lidar.

— Oh, adivinha só quem está se aproximando! – riu Lalisa brincalhona, fazendo Jisoo corar e erguer os olhos da embalagem vazia de seu banana milk.

— Quem?

Lisa sorriu ainda mais e se ergueu acenando para o rapaz que se aproximava com um sorriso de canto.

— Minho, aqui!

Jisoo se concentrou em roubar outra mordida do donut de Lisa, suspirando ansiosa.

...

— Choi Minho ainda é um suspeito? – perguntou Yoongi enquanto observava o quadro de Taehyung, o detetive parecia querer encontrar o fio que ligava Minho e Seokjin ao caso.

A mera coincidência de que estavam fodendo na secretaria na noite em que Jisoo fora morte era vaga demais. Não conseguia admitir para si mesmo que apenas isso bastava. Embora tivessem Lisa e Jennie como testemunha.

Ambas as amigas foram retiradas do quadro de suspeitos e anexadas a testemunha ocular. Elas deviam saber de mais alguma coisa e por hora as manteria sob vigilância.

— Sim, há alguma coisa nesse atorzinho que não me agrada.

— Só porque seu santo não bateu com o dele não quer dizer que ele seja o assassino. – disse Yoongi cansado. Havia acabado de interrogar um suspeito de outro caso e queria a opinião de Taehyung a respeito, mas o Kim não estava disposto a sair de frente de seu quadro idiota.

— Também não quer dizer que ele seja cem porcento inocente. Choi Minho sabe de alguma coisa e eu preciso fazê-lo falar.

— Tudo bem, irei requisitar outro interrogatório com ele e seu advogado. Mas será que pode me ajudar rapidinho?

— Não precisa, eu quero conversar com ele em outro ambiente. – murmurou Taehyung pensativo.

Teria de usar métodos não convencionais novamente para fazer o estudante falar.

E por falar em estudante... Ainda havia Jungkook.

Foi só sua mente pensar no rapaz que sentiu seu celular vibrar sobre a calça, a notificação do garoto pairando sobre a tela de seu celular.

[13:40] Jungkook:
"Hey. Quando irá me trazer as fotos?"

Taehyung já havia enviado às fotografias a um especialista que assegurou serem verdadeiras, mas ainda assim seria uma boa testar os conhecimentos do estudante no assunto.

[13:41] Você:
"Você não pode vir aqui pegar?"

[13:41] Jungkook:
"Agora? Posso sim, hoje é meu dia de folga."

[13:42] Você:
"Excelente! Estarei te esperando então. "

— Onde Jimin está? – perguntou Taehyung, por mais que estivesse curioso com oque se passava entre Jungkook e o mesmo, não estava em disposição de presenciar outra discussão. Quem sabe na próxima vez.

— Ele saiu com o oficial Wang para verificar o acidente que ocorreu na avenida 013.

— E qual a situação? Grave? – perguntou o Kim, adoraria desviar seu foco para outro problema no momento.

— Infelizmente tivemos um código 121 – murmurou Yoongi.

— É uma pena. Bom... em que você precisava da minha ajuda?

Yoongi sorriu de canto e ambos saíram pelos corredores em direção a uma das salas de interrogatório.

O Kim observou que havia um homem franzino e barbudo na cadeira de metal do cômodo quase vazio, onde haviam presentes apenas mais três cadeiras e uma mesa comprida metalizada. Ao lado do homem uma mulher trajando um terno cinzento falava sem parar, como se estivesse dando instruções ao seu suposto cliente.

— Está é a advogada?

— Sim, a senhora Woo aceitou o caso como auxílio social. Alguém do porte dela seria difícil demais para o homem pagar – disse Yoongi constatando o óbvio aos olhos do Kim.

— E qual é o caso?

— Homicídio.

Taehyung observou calmamente o homem a sua frente.

— O que ele disse?

— Bom... ele é o marido da vítima, dissera que a encontrou morta na sala de casa e imediatamente ligou para a polícia. A vítima foi morta por algum objeto pontudo na cabeça, ainda não encontramos a arma do crime e as únicas testemunhas são os vizinhos que disseram ouvir gritos. A mulher dissera várias vezes a palavra: "Pare com isso e Por favor".

— Eu posso conversar com ele? – Yoongi concordou imediatamente e antes que o Kim pudesse entrar na sala ouviu passos e mais ao longe Jungkook vinha em sua direção acompanhado de Chaeyoung que o encarava desconfiada.

— Hum... chefe, ele me disse que ele tem autorização para entrar e falar com Taehyung.

— É verdade – confirmou o Kim observando o sorriso de canto de Jungkook que observava a reação de desagrado de Chaeyoung. —, Yoongi este é Jeon Jungkook, meu parceiro na investigação.

— Oi – sorriu Jungkook estendendo a mão em direção à Yoongi que apenas meneou a cabeça em um comprimento sutil. — nome legal o seu.

— É oque dizem – respondeu Yoongi. — E então Taehyung?

— Ah claro. Volto num instante – lançou uma piscadela a Jungkook que o observou curioso e confuso. — Yoongi, deixe que ele assista com você na sala ao lado.

O Min apenas concordou e indicou a porta a Jungkook que o seguiu em silêncio.

A sala estava vazia, e na parede oposta à porta havia um enorme vidro escuro, onde podia-se ver Taehyung e o homem acompanhado da advogada.

— Que legal – dissera o Jung logo sacando a câmera. — eu posso fotografar? Taehyung me deixa fazê-lo enquanto trabalhamos.

— Vá em frente, mas não pegue o rosto do suspeito e nem de sua advogada.

Jungkook fez um bico irritado mas concordou, compreendendo.

— E então? Ele é suspeito do caso de Jisoo?

— Não, é um caso totalmente diferente. Taehyung está apenas me ajudando.

— Resolvendo por você quer dizer – riu Jungkook sozinho, sem notar o olhar de Yoongi sobre si. — Tenho escutado bastante sobre o quão bom ele é, será verdade?

— Você terá sua prova em alguns instantes — sorriu Yoongi de canto, o maior triunfo de sua delegacia era sem duvidas Kim Taehyung e sua mente brilhante. Jamais se cansaria de constatar tal fato.

Jungkook sorriu animado e baixou a câmera, atento e pronto para qualquer situação que pudesse lhe render boas fotos.

— E então? Como não ouviu os gritos de sua esposa? – perguntou o Kim assim que entrou na sala, estendendo a mão para cumprimentar o homem.

O rapaz lhe entendeu a mão também, confuso com a forma como foi abordado pelo Kim.

— Eu estava inconsciente. – respondeu o mesmo e Jungkook franziu o cenho, antes que pudesse abrir a boca e irritar Yoongi o delegado estendeu uma pasta ao estudante que se apressou em ler o relatório do rapaz.

— Me diga oque aconteceu exatamente – perguntou o Kim, coçando o nariz sutilmente.

Após ler Jungkook fotografou a expressão séria do Kim, a forma como ele estava concentrado no que o homem dizia deixava o mesmo excitado e assustado. Não saberia oque fazer se fosse encarado dessa maneira.

— ... Então ela me ligou e pediu para eu esperar no corredor da saída de emergência porque o cobrador estava no saguão do apartamento e não estava interessada em discutir. – continuou o marido da vítima. — Eu fiquei lá por alguns minutos e...

— Quantos minutos?

— Cinco acho – disse.

— O.K, prossiga.

— E eu desmaiei, alguém entrou pela porta do corredor da saída de emergência e eu senti uma pancada forte na cabeça – ele indicou a região e Taehyung apenas meneou a cabeça esperando que continuasse. —, quando acordei fiquei confuso por ela não ter descido e me acordado, então fui até o nosso apartamento e a porta estava aberta e ela caída na sala de estar, morta.

— Que horas você acordou?

— Eu não olhei, mas liguei para a polícia logo em seguida, no registro consta. – respondeu o homem e Taehyung lançou um olhar ao papel que tinha em mãos.

Jungkook prendia a respiração, tamanha a tensão que sentia devido à demora de Taehyung para continuar as perguntas que tinha para fazer.

— Em que andar fica o apartamento de vocês?

— Térreo.

— Então levaria uns 3 minutos para chega até a porta de vocês se estiver caminhando... – o homem concordou. — Mais tempo se estivesse arrastando o corpo dela.

— O que? Não, eu a encontrei lá – disse o homem irritado. — Sequer havia manchas de sangue no corredor detetive – Taehyung concordou e sorriu de canto, ele já esperava que o homem fosse dizer aquilo.

— A questão aqui é bem simples – começou Taehyung. —, se você confessar pelo crime agora, nesse momento iremos reduzir a pena em dois terço e tentar um acordo para que responda em regime semi-aberto. Caso contrário, eu mesmo irei solicitar um agravante de pena ao juiz.

— O que pensa que está falando? – disse a advogada antes calada. — Não pode falar isso para o meu cliente, ele contou a verdade.

— Darei a você um minuto para pensar. Você matou sua esposa e eu posso provar isso agora, estou lhe dando uma chance pois estou de bom humor hoje – sorriu Taehyung de lado e Jungkook sentiu seu peito inflar ao capturar seus olhos escuros com um certo brilho maligno.

Ele se divertia com seu trabalho. Era a primeira vez de Jungkook vendo isso, Taehyung estava sempre ansioso, nervoso e triste devido à investigação do caso de Jisoo. Mas ali, naquela sala, estava evidente que ele amava o poder que tinha sobre as pessoas que se sentavam a sua frente naquela sala quase vazia e silenciosa.

Ele não era o juiz, mas estava bem perto disso.

Taehyung sentou-se mais confortávelmente na cadeira, esticando as pernas e as abrindo, aguardando as a advogada conversasse com o marido da vítima, o homem parecia não temer oque Taehyung havia dito. Talvez a mulher não conhecesse a fama de Taehyung ou não temesse que ele pudesse realmente prejudicar de alguma forma seu cliente.

— Eu não assassinei minha esposa – disse por fim, uma frase tão atípica mas que fez o Kim sorrir ainda mais.

— Então. Devo dizer que o simples fato de você pensar tanto no assunto e precisar conversar com sua advogada só o torna mais suspeito – constatou o Kim, apontando para uma câmera na parede, que filmava e gravava os interrogatórios.

— Eu repito detetive, sou inocente.

— Pois bem, imagino que queira terminar isso para voltar a fumar não é? – perguntou Taehyung, contendo o sorriso ao notar os olhos arregalados do homem. — Ora não fique assim, esse seu tique é muito mais que ansiedade por estar aqui, você fica batendo na perna a cada minuto e piscando demais. São sinais de um viciado – falou, se inclinando sobre a mesa, o ar superior já visível entre ambas as pessoas naquela sala. — a questão é, qual droga? Maconha? – o homem o encarou irritado mas Taehyung prosseguiu. — Foi por isso que vocês discutiram não é? Sua esposa não gostava desse seu vício, ela o pegou fumando novamente na saída de emergência do apartamento e para não terem uma discussão ali você a seguiu de volta até o apartamento de vocês. Ela estava gritando "Pare" e "por favor" mas não porque implorava pela vida, ela queria que você, um viciando parece de se destruir – Jungkook não conseguiu evitar fotografar cada momento, até mesmo a expressão de choque do homem, não iria publicar, apenas guardar como lembrança. — então você perdeu o controle e a matou, claro que sob o enfeito de entorpecentes você não poderia ligar para a polícia logo depois do ocorrido e não queria ser preso, então armou essa desculpa, e atingiu a si mesmo na cabeça apenas para fingir o desmaio.

— É mentira! – gritou o homem se levantando, a advogada fez o mesmo o segurando pelo braço.

— E porque eu sei de tudo isso? O seu ferimento é evidente demais até mesmo para alguém como eu, um perito poderá coletar uma prova após um exame que ajudará a comprovar oque estou dizendo.

— Eu sou inocente! Você é louco!

— Você está certo – sorriu Taehyung. — sobre o louco, digo.

— Eu vou embora!

Taehyung se levantou também, ele parecia calmo demais para alguém que estava prestes a ser atacado, até mesmo Yoongi havia saído da sala de observação e Jungkook o seguiu, o delegado abriu a porta pronto para conter qualquer ação do homem contra o Kim.

Não seria a primeira vez.

— Não poderá sair, você será acusado pelo assassinato de Jaeyon Mina, sua esposa.

— Eu já disse que não fiz nada, como ele pode saber que eu fumo, que fiz aquilo? Onde estão as provas? Não há câmeras, não podem me prender aqui. Como você poderia descobrir que foi eu?

— Porque seu relatório é falso – disse Taehyung, simplista, as mãos nos bolsos da calça e o olhar neutro, tão convencido e intocável que deixou até mesmo Jungkook surpreso.

— O que quer dizer?

— Por que eu sempre tenho que explicar? – suspirou Taehyung, revirando os olhos. — Você disse que enquanto esperava no corredor da saída de emergência alguém entrou e a porta o atingiu e você desmaiou.

— Foi oque aconteceu! – gritou o homem.

— Aí está, – disse o Kim. — por motivos de segurança, portas de emergência se abrem para fora.

Yoongi ergueu as sombrancelhas em compreensão. Algo tão simples lhe escapou durante o interrogatório e apenas aquilo fez Taehyung chegar a conclusões tão claras.

— Incrível – sussurrou Jungkook.

— Não mesmo, – disse Taehyung. — e quando eu lhe cumprimentei, eu fiz apenas para ver se havia algum cheiro em sua mão, depois cocei o nariz para verificar, o fumo estava evidente na gola do seu casaco que por descuido seu, um possível usuário de drogas, sequer se importou em dobra-las.

O homem não disse nada, encarava Taehyung como se tivesse acabado de ver um fantasma. Mas era só o Kim, calmo e pleno.

— Eu lhe dei a chance de confessar, irei entregar meu relatório diretamente ao juiz responsável pelo julgamento, junto do laudo do especialista fará no seu ferimento forjado. – O Kim se aproximou de Jungkook, que ainda o encarava admirado. — É isto, adeus.

O homem voltou a gritar calúnias e acusações, mas Taehyung seguiu a passos lentos pelo corredor, enquanto Yoongi e outros dois policiais que surgiram devido aos escândalos o agarraram.

Taehyung estava mentalmente cansado, mas aquela breve conversa o deixou mais leve. Havia se esquecido de como alguns casos eram absurdamente fáceis – para ele – e poderiam ser resolvidos em um piscar de olhos.

— Não sabia que você era tão bom, eu escutei muito sobre isso mas nunca acreditei que fosse tão incrível – disse Jungkook enquanto acompanhava o Kim até a garagem.

Taehyung sorriu. Nunca iria se cansar de ter seu ego amaciado.

— Eu apenas escutei com atenção.

— Foi muito mais do que isso, enquanto eu me concentrava em outras informações você já estava a dez passos à frente dele só esperando o momento certo de dizer oque sabia. Foi genial – continuou Jungkook já dentro do conversível. —, se é tão bom, porque demora tanto para descobrir sobre Jisoo?

Taehyung deu de ombros.

— Certas coisas são mais difíceis de desvendar.

— Pessoas também? – perguntou Jungkook, observando-o.

— Principalmente pessoas.

— Você parece fazer isso muito bem.

— É só impressão sua, algumas são mais transparentes, outras se escondem atrás de sorrisos.

Jungkook concordou em silêncio.

— E então? Oque faremos agora?

— Aqui está as fotos de Jennie, olhe com calma – ele indicou o local no carro e Jungkook se apressou em pegá-las.

Enquanto dirigia em direção à algum restaurante bom o bastante para acabar com sua fome, Jungkook observava cada imagem com uma concentração absurda.

Assim que estacionaram em frente ao mesmo e Taehyung fez menção de descer para entregar as chaves ao manobrista, Jungkook guardou a pasta de volta no carro e desceu.

— E então? – ele já sabia a resposta, mas queria saber se Jungkook era competente no que estudava ou se iria falsificar alguma informação colocando Jennie como suspeita.

— É verdadeira, todas elas. Não foram alteradas, Lisa realmente estava com Jennie na festa nesse horário – disse Jeon por fim, sorrindo sem jeito enquanto Taehyung o observava. — Não me encare assim, é assustador, está tentando me desvendar? – brincou, mas Taehyung concordou.

— Talvez eu esteja.

— Quais partes de mim você quer desvendar exatamente? – continuou o Jeon, o duplo sentido implícito em seu tom de voz.

Taehyung sorriu de canto, abrindo a porta de vidro e tocando de leve a cintura do estudante para que entrasse.

— Todas elas, Jeon.

— Não seja tão apressado, senhor. – sorriu. — Me pague um jantar antes – piscou, ainda sorrindo.

Taehyung mordeu o lábio inferior devagar, pensando que era uma excelente hora de se aproximar de Jungkook e descansar a mente e o corpo.

— Farei isso agora, quais partes de você irá me mostrar hoje?

— Todas as que você quiser, detetive.

++++++++++++++++++++++++

O que acharam?.....

Estou me esforçando para manter tudo bem detalhado porque é importante.

Perdoem qualquer erro de digitação, eu reli mas não fui muito atenta pois estou com sono ><

Como está o quadro de vocês? Hoje não tivemos tantos momentos e investigação do Taehyung mas o flash Back da Jisoo é alguma coisa né...

Sobre o show, não fiquem tristes, um dia todas poderemos ir.

Deixem seu Purple Heart aqui.

~até a próxima 🐰🐯

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