P.V.O Ellie Blake.
Ao ver aquela situação, não me controlei e sem pensar duas vezes gritei o nome do meu namorado que após me ver saiu de cima do Arthur.
— Vocês estão loucos!? — Falei olhando os dois que estavam ensanguentados.
— Esse idiota que começou! — André falou.
— Ninguém mandou você me ameaçar seu idiota! — Disse Arthur se levantando do chão.
— Já chega! — Reclamei. — André, olha o seu estado. Vamos, temos que ir para a enfermaria!
— Eu não vou! — André teimou.
— André, por favor vamos, você está todo machucado. — Disse preocupada.
— É, vai lá seu fracote, mentiroso de uma figa! — Arthur provocou.
— Arthur Adams, o que deu em você?! — Jasmine se aproximou dele, também preocupada. — Sorte que ele não te machucou muito. — Disse tocando no seu machucado que havia na testa, fazendo-o resmungar.
— Aí Jasmine, me deixa! — Torceu o rosto.
— Te aquieta! — Jasmine falou autoritária. — Agora vai ao banheiro se lavar e depois me encontre na enfermaria.
— Jasmine, esqueceu que eu mando em você e não ao contrário?! — Falou com um ar de superioridade.
— Bom, A mãe não vai gostar de saber que você arrumou briga com um colega de classe... — Jasmine falou, abaixando toda bola do Arthur.
— Chantagista! — Arthur falou baixo, mas nada impediu que Jasmine escutasse.
— Sou mesmo. Agora pode ir! — Apontou para a direção do banheiro.
Arthur revirou os olhos com tédio e caminhou até o banheiro masculino - E não é que ele obedeceu a Jas? hahaha.
— Amiga, eu vou para a Enfermaria esperar meu irmão, você vai ficar bem com ele? — Jas perguntou encarando André.
— Sim, pode ir! — Falei a ela que assentiu em seguida.
— Amor, sobre o que Arthur disse ontem para você, eu... — Ele tentou explicar, mas eu o interrompi. Não queria ouvir nada relacionado a ontem, pois ainda me encontro magoada mesmo sem saber se é mentira ou não.
— Vamos evitar falar disso? — Pedi e ele concordou. — Precisamos ir para a enfermaria! — Olhei ao redor e vi que ainda tínhamos plateia, ó povinho curioso... — O que estão olhando? Vão cuidar da vida de vocês. Oras!
Todos que ali estavam saíram resmungando, e eu levei o André até a enfermaria do colégio.
(...)
Chegamos na enfermaria, bati na porta e girei a maçaneta pedindo-lhes com licença.
— Pode entrar, querida.
Eu e o André entramos na sala e nos sentamos nas cadeiras, - que eram extremamente macias - esperamos ela terminar de arrumar sua bancada de utensílios médicos.
— Pois bem, vejamos... — Ela olhou para André assustada, ao ver todo machucado. — Ó céus! O que houve com esse menino? — Falou analisando seus machucados.
— É... — Olhei para o André sem saber o que dizer, e para minha salvação Jasmine entrou na sala com o Arthur, nos interrompendo.
— O que desejam? — A mulher arregalou os olhos. — Você também?!
— Aff, o que tem eu? — Arthur revirou os olhos.
— Você e o André machucados, isso me cheira a briga... — Falou pensativa.
— N-não! — Jasmine desesperou. — O Arthur está um pouco machucado porque ele caiu em um buraco e se ralou todo. — Ela tentou enrolar a mulher.
— E como ele não está sujo? — Falou deixando Jasmine sem respostas.
— Sem querer me intrometer, mas já me intrometendo existem buracos sem lama tá? Outra coisa, poeira se limpa. — Falei tirando Jas de uma baita enrascada.
— Realmente. — Deu de ombros. — Bom Arthur, depois cuidamos desses pequenos machucados, agora terei que cuidar rápidamente desses cortes feios no André. — Disse pegando na sua bancada um pedaço de algodão e um remédio que talvez seja daqueles que arde.
— Sem problemas. Eu entendo que o André esteja acabado. — Arthur riu, mas para acabar com seu deboche Jasmine socou seu peitoral fortemente. — Aí!
— Vai ter mais dessa se você não ficar calado! — Ela sussurrou o adivertindo e observando cada movimento deles, soltei uma risadinha.
(...)
Enfim, resolvemos o problemas dos garotos e voltamos tranquilamente para nossa sala, pois a aula já tinha começado.
Várias horas depois...
— Triiiiiiiimmm — O sinal tocou, indicando o encerramento das aulas.
— Finalmente acabou! — Falei agradecida.
— Sim, e só faltam mais três dias para o dia do passeio! — Jasmine se animou.
— Verdade, não vejo a hora de irmos mais uma vez para aquela maravilhosa chácara! — Disse começando a imaginar tudo o que aconteceria.
Imagina só, todo mundo se divertindo, cumprindo os desafios, - brincadeiras em geral - fazendo trilha pelas florestas e ao fim da tarde todos rodeados a uma enorme fogueira ardente, ouvindo histórias de terror e comendo marshmallows.
— ELLIE!! — Jasmine gritou no meu ouvido, me despertando dos meus pensamentos.
— Ai, ai meu ouvido! — Reclamei.
— Foi mal, é porque você não me respondia. Te chamei milhares de vezes e você aí voando na maionese.
— isso não é desculpa para gritar no meu ouvido! — Falei e depois pensei que ela agiu por impulso. — Tá, você teve motivos. — Eu disse baixando a guarda. — Vamos logo para a saída, sua mãe deve estar nos esperando.
— Sim, bora! — Falou me arrastando para fora de sala.