inde i rummet ziam

By zjmlived

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Liam acompanha o retorno do período acadêmico dentro da Universidade de Aarhus. Há, no entanto, um rapaz pecu... More

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By zjmlived



— E, por todo esse tempo, você esteve... — Zayn move a mão para insinuar o que ele quer dizer. Eles estão em uma conversa simples, contando um ao outro sobre si mesmo, porque realmente nunca houve a oportunidade. Zayn não sabe por que se sente curioso sobre isso, mas é o que vem em sua mente para o perguntar.

— Eu não sei. Muitas. — Liam responde, rindo, mas rapidamente entendendo o que ele quer dizer. — Faça uma regra de três. — ele brinca.

Eles voltam a ficar em silêncio e tudo o que se faz presente é o som que os insetos emitem. Honestamente, Zayn sente um tipo de paz que ele vem buscando há um tempo; aquela que é calma, que você não precisa de muito, exatamente. Ele tem um ambiente completamente favorável; silencioso e escuro. E ele tem Liam, perto, da forma que ele quer e gosta de estar. Então, é, ele meio que sente que está em paz.

A outra coisa que ele sente é um vento forte e mais frio, empurrando algumas folhas da margem do lago para dentro d'água. Ele olha ao redor e alguns pingos grossos de chuva caem sobre a face dele, então ele olha para Liam e o vê se levantar. Ele pensou que pudesse passar toda a madrugada neste momento, mas ele está prestes a acabar e Zayn só quer continuar com ele.

— Lá dentro? — ele oferece a proposta a Liam, mas em um tom que faça parecer que é uma sugestão. 

Liam o olha, já de pé, com um sorriso curto em seus lábios. 

— Eu acho que não. — ele responde. Zayn não gosta da forma que ele soa; como se ele enxergasse nele alguém previsível.

— Não vai acontecer qualquer coisa. — Zayn garante. Ele ri, porque o sorriso de Liam meio que faz isso com ele, mas ele procura se recompor. — Ei, estou falando sério! —

— Você tem uma boa razão para me fazer confiar em você? —

— Eu– — ele tenta, já se sentindo patético com o quão fácil Liam faz dele um homem nervoso. — Lá dentro é quente. E eu tenho chá. —

Ele não leva muito mais tempo para convencer Liam, que segue Zayn de volta para a sacada do quarto e, quando a chuva engrossa, eles já estão correndo para escalar a estrutura de madeira e conseguir alcançar a área coberta logo.

Zayn se vê, pela segunda vez desde que chegou lá, dentro daquele quarto com Liam. Não o incomoda que tenha sido ali onde a coisa parece ter tomado um rumo imprevisível, muito menos a Liam. Quando Liam mencionou precisar de uma boa razão para confiar em Zayn, ele estava, na verdade, se referindo um pouco a si mesmo; ele gosta de ambientes que pareçam acolhedores, porque o faz se mostrar como ele realmente é, o que o faz, também, não ter o total controle da situação. Ele gosta da forma que estar com Zayn simboliza uma zona de conforto particular, daquele tipo que faz você deixar um pouco de lado as coisas que te fazem ficar inquieto e apenas se sentir tranquilo. 

— É por isso, não é? — Zayn diz, já dentro do quarto. Ele fechou a porta corrediça e as duas cortinas, tentando manter o clima anterior. — Você está ansioso para a partida. Eu vi que algo estava marcado para, tipo, sete da manhã...? Você está preocupado e não consegue pegar no sono. —

Ele demora um pouco para responder, sentando sobre os cobertores pesados da cama. Zayn apenas se desfaz do próprio óculos de grau e dos objetos que levou para fora consigo, os colocando em seus próprios lugares. 

— É, um pouco. — Liam diz. A voz é tranquila, mas ele soa tenso com a menção do assunto. — Eu não quero comprometer o entrosamento da equipe. É o que eu posso acabar fazendo, se não jogar. Os caras estão contando comigo e tem sido importante para eles toda a... trajetória. —

Ele empurra os sapatos dos próprios pés e move o pescoço lateralmente, enquanto fala.

Zayn se aproxima dele, sorrindo um pouco quando ele percebe que Liam está fazendo algo que Harry diz que as pessoas fazem quando se sentem seguras na presença de outra: desabafando. Zayn entende pouco sobre dinâmica esportiva e como toda a coisa funciona, mas ele se sente bem em ouvir Liam falar sobre todas essas questões de jogo que, de certa forma, o incomodam. Ele sente uma vontade súbita e forte de garantir que Liam se sinta um pouco mais leve e menos tenso em relação ao peso que cada coisa dessa tem para ele.

— Liam. — ele diz, baixo, ocupando o espaço ao lado de Liam. — Está tudo bem. Vocês são bons e fazem isso funcionar. Fazem isso funcionar todo dia. Tipo, você pode oferecer um apoio moral, não é? Você é um bom líder. Pense que parte do alcance positivo que vocês costumam ter enquanto equipe vem do quanto vocês ouvem uns aos outros. Eu espero que você– que você entre lá. E que dê certo. Mas, se você não for, você ainda tem uma parcela de colaboração inolvidável. —

Liam olha para ele.

— É o que você acha? — ele parece desacreditar de boa parte do que Zayn acabou de dizer. Ele é um cara que, por toda a vida, foi incentivado à prática dos esportes. E nunca foi um problema, se ele for honesto. Só que as pessoas nunca contaram com ele para muitas outras coisas, porque parecia mais fácil enquadrá-lo no perfil de um rosto bonito que serviria para uma boa capa de revista e um time que o pagasse uma quantia exorbitante para tê-lo como jogador profissional. Com um tempo, ele gradativamente perdeu o interesse em coisas que pudessem realmente desenvolver outras áreas cognitivas e habilidades e características independentes do aspecto físico, porque, no fim das contas, as pessoas continuariam a enxergá-lo como elas quisessem o enxergar. Debaixo de um único estereótipo. Um que Liam nunca conseguiu se livrar e, com um tempo, ele passou a admitir como a própria identidade.

Ele passou a acreditar que era só para aquilo que ele servia. 

Só que, agora, ele está ouvindo Zayn dizer que as pessoas também podem o querer para um conselho. Uma palavra, uma opinião. Até um apoio. E ele era capaz, não era? De ir um pouco além do que as pessoas sempre esperaram que ele fosse. 

Ele gosta dessa sensação. Ele gosta de entrar em um campo e sentir que as pessoas vão a loucura porque acreditam que ele seja capaz de fazer alguma coisa, de atingir um resultado. Ele sabe que é por causa de uma única coisa; o futebol, mas ainda é o que o traz a sensação. Com as palavras de Zayn, no entanto, ele pensa que ele pode vir a calhar em algo que vá além da imagem do herói.

Liam se mexe sobre o colchão, com a leve sensação de que parte do incômodo que ele tinha no peito está começando a se esvair.

— Eu posso tentar algo? — Zayn o pede, já se deixando levar por um clima que pareceu pairar e o entorpecer muito rápido. E por uma vontade de fazer Liam se sentir bem da forma mais natural que ele pode.

Algo, você quer dizer... — Liam quase murmura, porque eles estão próximos um do outro, na cama, num ambiente que não tem ruído nenhum e o tom que ele usa é suficiente para fazê-los ouvir um ao outro. 

Ele sente os dedos de Zayn tocarem seu braço direito; é leve, é suave e cuidadoso demais. E o fato dele não estar vendo como Zayn está se movendo ao redor dele o faz se concentrar ainda mais no toque, sentindo um arrepio tomar conta de toda a parte superior de seu corpo.

Zayn se move sobre o colchão, mas Liam não sabe que ele está em seus joelhos, se movendo de uma forma calma até que ele esteja posicionado atrás Liam, com as mãos em seus ombros. 

Quando ele dá o primeiro aperto, pressionando todos os dedos de um jeito longo e leve, Liam não pode conter um ofego.

— É bom? — ele pergunta, ainda mais baixo. Liam parece verdadeiramente entorpecido pela sensação, porque ele fecha os olhos e se concentra apenas no que é sentir Zayn começando a massageá-lo. Ele demora para dar a Zayn qualquer confirmação, e é isso que faz Zayn só continuar. — Eu posso sentir o quanto você está tenso. —

E ele aperta novamente, notando quando o corpo de Liam acaba se inclinando um pouco para trás, como se ele quisesse sentir um pouco mais daquilo. Zayn abre as pernas e se posiciona um pouco mais perto dele, sentando sobre os próprios calcanhares e rompendo com a diferença de altura que a posição anterior o proporcionava.

— É bom. — ele diz, rouco, e Zayn aproxima lentamente o rosto da lateral do rosto dele, sem parar de movimentar as mãos. Ele só quer estar mais perto das reações de Liam, porque ele parece relaxado de uma forma quase íntima demais; os arfares baixos que ele emite, a boca levemente entreaberta e o pescoço quase cedendo ao instinto de se apoiar contra Zayn. — Faz mais um pouco... —

E Zayn faz; Liam pedir é a única coisa que ele precisa para só querer continuar. Ele o massageia mais um pouco, sem deixar que o pescoço de Liam se encoste a ele com muita facilidade, só porque ele quer cuidar dessa parte em particular também. Ele interrompe o movimento de uma das mãos, a direita, sem deixar de massagear Liam com a outra. Então, de forma lenta, ele passa a palma da mão sobre a clavícula dele, sentindo toda a região, e vai envolvendo a mão ao redor do pescoço de Liam.

Zayn não aperta, nem pressiona, mas ele mantém o membro envolvido, levemente mexendo os dedos e empurrando o pescoço de Liam para que ele o deite em seu ombro, de uma maneira que Liam mal percebe o que ele está fazendo. Ele tem um Liam totalmente vulnerável, imerso na sensação que é ter as mãos de Zayn sobre si, o levando a um estado de mente que ele quase não pode pensar de forma coerente. 

Quando Liam está totalmente apoiado contra ele, ele tem um pouco de dificuldade para se mexer, mas consegue levar as duas mãos até as laterais do pescoço dele e movê-lo de um lado para o outro, girando um pouco. Zayn não sabe explicar o quão boa é a percepção quase irreal que ele tem de sentir a tensão de Liam se dissipar.

Eles estão com os rostos muito próximos um do outro, então Zayn só inclina um pouco o rosto em direção à orelha dele para sussurrar:

— Tire a camisa. — ele pede. No fundo, um leve rastro de insegurança toma conta dele, o questionando se ele não está sendo invasivo e ousado demais, mas ele empurra para longe. Ele sabe que tem a melhor das intenções. — E deixe-me fazer isso enquanto você deita. —

Liam faz, sem qualquer hesitação.

Ele ainda parece lento, mas consegue empurrar a camisa para o canto da cama e se deitar exatamente como Zayn o pediu. Zayn espera que ele se acomode e, em seguida, ele suspende o próprio peso antes de cruzar uma das pernas contra o corpo de Liam, ainda pouco seguro para se sentar definitivamente nas costas dele, mas ele está quase lá. 

Liam tem os braços erguidos e as mãos esparramadas contra o travesseiro, com o pouco vestígio de consciência mal o fazendo acreditar que ele é tão sortudo assim; a ponto de ter o cara por quem ele está apaixonado o fazendo se sentir um homem livre. Zayn massageia Liam da melhor forma que ele pode; ainda usa as pontas dos dedos em seus ombros, e a palma das mãos em suas costas, percorrendo toda a extensão e as laterais. Ele realiza os movimentos repetidas vezes e retorna para o movimento anterior, só para prolongar mais um pouco.

Quando Zayn para de notar o ritmo descompassado da respiração de Liam contra o travesseiro, ele percebe que o sono chegou para ele. Zayn massageia um pouco mais, só mais um pouco, não querendo que Liam sinta, de repente, a ausência de suas mãos nele e volte a acordar. 

Antes de sair da posição, ele inclina o próprio corpo ao encontro das costas de Liam, aproximando o rosto do espaço que fica um pouco abaixo do pescoço e deixando um beijo demorado lá. Ele se afasta lentamente para sair da posição, tentando fazer o mínimo de movimento sobre o colchão até estar deitado, ocupando o espaço que resta na cama.

Zayn se acomoda lá, ignorando o fato de que um dos cobertores está completamente preso sob o corpo de Liam e só resta um, que ele facilmente desdobra e divide para os dois corpos, estendendo o tecido macio sobre Liam e deixando parte livre para o dele próprio.

Ele ainda não sente sono, mas, agora, não é um ponto ruim. Liam está com o rosto virado para o outro lado, mas Zayn quer continuar ali, deitado do jeito que está, encarando o corpo dele coberto, como um bobo.

Só mais uma vez — porque ele não pode evitar —, ele se inclina para beijá-lo, selando os lábios sobre a parte exposta do ombro de Liam e passando o nariz de leve na pele, com os olhos fechados. Ele pensa que homens apaixonados podem nunca ter outra oportunidade. E, qual é, ele não é de ferro, também.




Mais tarde, Zayn é acordado com uma batida na porta. Ele demora um pouco para reagir, mas, quando ele percebe que a pessoa deve estar ali há um tempo, ele pula rapidamente para fora da cama e vai até a mesa onde deixou seu celular, apertando no botão principal do aparelho e vendo que é 5h46min.

Ele automaticamente se pergunta quem poderia estar batendo à porta de seu quarto às cinco da manhã, então ele olha ao redor, ainda meio lento, e encara Liam ali. Ele tem algum tipo de coisa do futebol marcada para às sete, e ele não parece nem perto de ficar um pouco desperto para tomar um banho e um bom café da manhã. Ele parece confortavelmente relaxado e em um sono pesado, um que Zayn arrisca chutar que mal o deixou se mexer durante a madrugada. 

A cama é meio que uma bagunça, também. Com Liam tomando para si os cobertores e com os fios desalinhados, esparramados sobre o travesseiro, que está metade fora do colchão e, a outra metade, nele. 

Zayn! — é uma voz familiar; é só Niall. — Acorde, cara! —

— Niall, só um momento! — ele responde, se apressando para caminhar até Liam e acordá-lo, porque é Liam com quem Niall quer falar e a situação parece, no mínimo, um pouco... embaraçosa. — Só um segundo. —

Zayn sobe na cama de um jeito desleixado; em seus joelhos e se apoiando em apenas uma das mãos, porque ele usa a outra para tocar no ombro de Liam e reforçar a tentativa.

— Liam... — ele o chama, mas ele meio que sussurra, sendo o contrário do que você faz quando quer acordar alguém. Ele realmente não quer tirar Liam disso; do conforto, do sono bom que ele parece estar tendo, mas ele vê a necessidade. — Liam, ei, vamos lá... Niall está aqui. Ele está na porta. —

— Uhmn. — Liam resmunga, com uma voz mais grossa do que Zayn considera já ter ouvido dele e afundando ainda mais o rosto contra o travesseiro. — Eu já vou. —

É o que ele diz, mas ele mal se move.

Liam... levanta, vai. Ele está– — Zayn toca o ombro dele mais uma vez, sendo um pouco chato. — Liam! —

É suficiente para tirar Liam da cama; Zayn usa um tom ríspido, como se ele estivesse tentando fazer uma marra de durão para convencer Liam. E Liam acha fofo, muito fofo, então ele facilita a barra para Zayn e faz o que ele pede, sem garantir que está totalmente acordado.

E ele puxa o cobertor contra o próprio corpo, só porque ele está com preguiça demais para se desvencilhar, cobrindo aquele tipo de problema comum e muito visível entre as pernas. Aquele que a juventude não deixa os caras passarem por ela sem terem que lidar. É assim que ele abre a porta.

— É. Eu meio que suspeitei. — Niall diz, rindo, apoiando-se contra o batente da parede e encarando Liam. Ele só não consegue ficar sério, parecendo incrédulo. — Que porra é essa, Liam?! Desde quando? —

— Fale baixo. — Liam diz, olhando para dentro do quarto e vendo que Zayn está em seu celular, parecendo alheio à conversa deles. — Escute, é complicado explicar. Eu duraria, tipo, duas horas, e você ainda não entenderia. Alguém sabe? —

— Não. —

— Bom. —

— Só vinte e duas pessoas. —

— O quê?! — é a reação de Liam. — Porra, você acordou toda a equipe para checar se eu estava em algum quarto? Você é... inacreditável. —

— Você não pode me culpar, seu merdinha. Você deixou a porta aberta, o que me fez pensar que você pretendia voltar, mas não voltou. Eu entrei e não tinha, tipo, nenhum sinal de que você havia voltado. E a cama estava intacta, também, porque você nem chegou a dormir. Eu fiquei assustado pra caralho. Por pouco, não é? Porque você é um pervertido do caralho e sumiu no meio da noite para vir fod– —

— Niall. Niall! — Liam o interrompe. — Não aconteceu. Foi totalmente por acaso, eu acho. Não rolou. — ele checa Zayn de novo. — Eu encontro você para o café em dez minutos. Só... tente dizer aos caras que está tudo bem, beleza? Nenhum desaparecimento ou qualquer coisa. —

— E nada mais que dez minutos. Vou esperar você. — ele diz, virando as costas para Liam, mas Liam ainda consegue ouvir quando ele resmunga para si mesmo um "eu não consigo entendê-los, só podem ser loucos".

Liam só ri.

Ele volta para dentro do quarto novamente, trancando a porta e encarando um Zayn que cochila em cima da bagunça da cama. Liam toma um curto tempo para o observar, reparando nos pequenos olhos inchados e no rosto sereno. Ele sabe que ele deu a Niall apenas dez minutos, mas ele cede à vontade de voltar para a cama apenas por um momento. Ele quer estar ali só mais um pouco, no calor que o corpo dele e de Zayn trocaram juntos e no cheiro suave e característico deles.

— Eu tenho que ir. — Liam murmura, muito perto dele, mas Zayn está olhando para o outro lado. — Eu quero voltar para o que fazíamos. —

Zayn muda de posição, um movimento muito discreto, que faz ele ficar de frente para Liam, o encarando.

— Para discussões de refeitório? — ele pergunta.

— Não. Isso não. — Liam ri. — Eu quero dizer, o que fazíamos aqui. Dormir. Ficar com você. —

— O quão fácil eu posso convencer você? — Zayn diz, uma onda de empolgação e felicidade o consumindo. Ele se arrasta no colchão até estar muito perto de Liam, pronto para fazer cócegas nele. Ele empurra um dedo contra a costela de Liam e a empolgação faz com que uma de suas pernas vá para o lugar entre as de Liam, mas o cobertor está lá. — "Você tem uma boa razão para me fazer confiar em você?", não foi o que você disse? — ele brinca, repetindo a fala de Liam e modificando o tom da voz propositalmente, só para reforçar a réplica.

— Eu odeio você. — Liam gargalha, sentindo as mãos de Zayn ainda o provocando. — Pare. Eu só– eu meio que quis uma garantia. —

— Eu fiz algo bom. — Zayn diz, a proximidade tão natural e a situação tão leve que ele não percebe quando se deixa sentar sobre a coxa de Liam — Pareceu funcionar. Eu só parei quando você dormiu. —

— Fez. — Liam se ergue sobre o colchão. — Coloque o joelho um pouco mais para trás. —

Zayn imediatamente sabe do que ele está falando, olhando para baixo e vendo a posição real em que eles estão. O joelho dele acaba pressionando o cobertor, que está diretamente em contato com a virilha de Liam.

— M-me desculpe. — ele se move, rápido, saindo da posição e vendo que Liam não vai demorar muito até sair. E ele tem um pouco desse medo de que Liam acabe o enxergando como um sedutor hipócrita e barato de jogadores de futebol, porque não é o que ele é.

— Tudo bem. — ele diz. Zayn vê quando ele agarra a própria camisa e coloca os pares de sapato de volta nos próprios pés. — Cereais e qualquer coisa de laranja, não é? Vejo você comer lá. Vou trazer. Eu volto logo. —

— Obrigado. — Zayn responde, de forma quase estática e incrédula. Nunca, em nenhuma situação, ele recebeu café da manhã na cama. Liam faz disso algo grande, algo que ele quase não consegue lidar. — Eu vou esperar aqui. —

Liam caminha até a porta.

— Certo. — ele diz. — E, Zayn? —

— Uhm? — 

— Eu não estava dormindo. — Liam diz, o oferecendo um sorriso e deixando o quarto.

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