Boa noite amores! Me desculpem pela demora mas o que importa é que eu estou aqui com mais um capítulo (o maior de todos, inclusive) para tirar um pouco a vossa saudade!
Boa leitura♡
Depois de toda a vergonha que passei na escola por causa da minha suposta "quebra de regra" e da minha expulsão, Baek passou toda a tarde comigo. Durante uma parte dela, passei-a a chorar e a me lamentar por uma coisa que nem fiz, na outra metade, descontei toda a minha raiva nas almofadas que Baek me dava. Meu quarto ficou numa bela bagunça, mas eu não me importava com isso e sim, em como eu iria me vingar.
Claro que tudo iria se resolver em relação à tradição e o "meu" Alfa Lúpus, este que eu passei a odiar com todas as minhas forças. Mas eu tinha de fazer algo para me vingar de Jackson. Esse Alfa que eu pensei ser uma pessoa incrível e que se revelou tão desprezível. E depois que soube que eles são a mesma pessoa, depois de ter assistido pela segunda vez o video que Baek gravou, eu fiquei ainda mais puto.
Por isso que ele tinha me tratado tão mal e me humilhado em frente aos seus amigos.
Voltando para o plano de vingança, eu não tenho nada em mente que possa me ajudar a vingar dele. Talvez devê-se provoca-lo, não? Sim! Isso era uma excelente ideia. Assim iria me divertir um pouco e ao mesmo tempo não iria ser uma vingança tão pesada, pois ele não tinha culpa da Rosé e escolhida dele, ser tão desprezível e ter o enganado.
Rosé foi inteligente, tenho de admitir, mas eu e meus amigos somos mais.
Já no outro dia, de manhã, ouço a campainha tocar, então desço as escadas a correr, pois quem estava do outro lado não parava de tocar na campainha, e vou abrir a porta.
Vejo a bela face de BaekHyun e faço uma careta por ele estar a estas horas da manhã em minha casa. Não era normal, por isso, depois de o deixar entrar e fechar a porta, franzo o cenho e cruzo os braços me virando para ele.
-- O que se passa? -- Pergunto ao Alfa que caminha para a sala e se deita no sofá como se a casa fosse dele.
-- Bom dia também para ti. -- Ele responde e eu reviro os olhos me deitando no outro sofá. -- Nada demais. A Noona é que me ligou a pedir para eu acompanhar o querido filho dele até à escola. Sehun está no carro à espera. -- Ele continua e aponta para a janela, onde eu me levanto e confirmo que realmente o carro do meu primo estava ali. Sorrio. Eu tinha um carinho especial pelo Sehun, e ele por mim.
-- Hum… mas eu fui expulso. O que eu iria fazer lá? -- Pergunto confuso enquanto coçava os olhos por ter acabado de acordar e ainda estar com sono. Deito-me outra vez no sofá e suspiro. O que eu iria fazer na escola? Me humilhar mais? Mas se formos pensar a ideia não é tão má! Eu podia pôr o meu plano em ação. É infantil? É sim, mas eu também sou, então combina.
-- Ah, não sei, talvez arranjar a papelada relacionada com a expulsão? E entregar o anel? Ah, e depois podes ficar para ver a competição que tem hoje. -- Baek sorri sarcasticamente e eu num gesto muito maduro, deito a língua de fora para ele e ele ri enquanto nega com a cabeça. -- Sobe e arranja-te. O meu irmão está à nossa espera. Ele vai nos dar uma carona pois depois vai ter com o Luhan, e tu sabes como o Luhan é impaciente.
Eu realmente sei como é impaciente… e ciumento.
É isso! Vou fazer ciúmes no Jackson com o Sehun!
-- Okay, sente-te em casa. -- Eu digo, mas rapidamente me arrependo. Meu amigo instantaneamente tirou o calçado que usava e atirou para o outro lado da sala enquanto se deitava novamente no sofá, com os braços atrás da cabeça. Folgado.
Depois de escolher as roupas que eu mais achei apropriado, arranjo-me o mais rápido possivel que posso e dirijo-me para fora de casa depois de ver que Baek já não se encontrava dentro dela.
Entro no carro de Sehun e o cumprimento.
-- Ponham o cinto. -- Quase nem posso me sentar e o Lúpus já manda. Como o Luhan aguenta? Não! Como eu vou aguentar aturar um Lúpus? Tisc.
-- Eita, está bravo! -- Diz Baek e eu riu baixinho para o outro alfa não ouvir, mas a minha tentativa é falha pois Lúpus ouvem melhor.
-- Luhan é que vai ficar bravo! Estou atrasado três minutos e ele já me ligou mais de cinco vezes. -- Ele fala enquanto arranca com o carro com uma velocidade alucinante. Seguro-me nos bancos com uma cara assustada. Acho que vou reformular a minha pergunta. Como Sehun atura o Luhan?
Quando chegamos na escola rapidamente tento sair do carro para que o alfa não se atrase mais. Me lembro então que o meu plano vai ter que ficar para outro dia então faço uma careta.
Quando ia abrir a porta vejo que ela está emperrada e não abria de maneira nenhuma.
-- Sehun, a porta não abre! -- Falo para ele e ele sai do carro um pouco chateado por ainda se atrasar mais. Ele força a porta para abrir enquanto eu a empurro do lado de dentro. Depois de várias tentativas a porta finalmente abre e eu quase caio por não estar preparado que ela abriria com tanta rapidez. Quando pensei que ia dar com a cara no chão, Sehun segura-me e me levanta com uma força incrivel.
Ele pergunta-me se estou bem e eu somente afirmo com a cabeça por estar ainda meio atordoado. Ele deixa o selar na minha testa com carinho e despede-se de seu irmão.
-- Estás bem Mark? -- BaekHyun pergunta enquanto me balança pelos ombros para eu voltar à realidade, mas quando faço isso foco numa pessoa que não queria ver, mas ao mesmo tempo sim. Confuso? Muito.
-- Ah-a estou sim. Não foi nada demais. -- Digo rapidamente mas gaguejo, o que o faz me olhar desconfiado.
-- Vou te levar à diretoria já que ainda é cedo e depois eu volto aqui para esperar o Kookie e o Taehyung. -- O alfa diz e eu digo um "tabém" baixinho. Isto porque ainda olhava para uma pessoa que me olhava também, mas com raiva no olhar e os punhos cerrados.
Baek percebe a minha falta de atenção então olha para onde eu olhava e dá um sorriso cínico. Para minha surpresa, ele começa a caminhar em direção a Jackson, que estava no caminho da diretoria e me arrasta junto com ele.
Ele continua a olhar fixamente para mim o que faz com que eu me arrepie. Baek nota e me abraça pelos ombros numa maneira silenciosa de me proteger.
-- E aí! Nunca viu não? -- Baek fala e nos faz parar em frente a ele. Jackson trinca o maxilar e olha para o lado. Quando olha para nós outra vez, vejo que ele tenta se controlar.
-- O que faz aqui? Você não foi expulso? -- O Lupús diz diretamente para mim enquanto ri sarcasticamente. Não digo nada porque não consigo mas vontade não me falta.
-- Foi expulso sim, injustamente, mas eu vou resolver isso, e muita gente ainda vai se arrepender das escolhas que fez. Mas o que tens haver com isso Jackson? Ou devia dizer… Lúpus? -- Eu abro a boca instantaneamente em surpresa. Baek não tem vergonha na cara. Olho para a cara do outro Alfa e ele está como eu, pasmo, mas com raiva também.
-- Como é que tu..? -- Ele pergunta em confusão mas eu decido interferir na conversa antes que ela vire outra coisa.
-- Baek, vamos! Eu ainda tenho que devolver este anel e buscar os papeis da expulsão. Quer dizer… eu já posso dar ao proprietário não é mesmo?? -- Eu falo e sorrio de lado quando Jackson faz uma cara ainda mais confusa e ao memso tempo supresa. Entrego-lhe o anel. -- Toma. Podes fazer um favor para mim? -- Ousado? Eu mesmo, só não sei de onde vem a coragem, mas só sigo o baile. -- Diz oi para a Rosé por mim. -- Mal eu digo, viro as costas e puxo o Baek comigo, dou uma espiada para trás e vejo Jackson engolindo em seco. Viro para frente já com um sorriso no rosto. Não iria ser preciso plano nenhum.
Parece que o jogo virou.
[ . . . ]
Mais tarde ( antes da competição )
POV. Jungkook
Depois de estar-mos uns minutos em silêncio dentro daquela sala, Jimin olha para o relógio que transportava e arregala os olhos.
-- Eu tenho que ir anjo. Provávelmente já andam à minha procura… -- Jimin diz e levanta a cabeça do meu colo, onde esteve durante os minutos anteriores. Eu solto um muxoxo por ele ter que ir e ele dá uma risada que me faz instantaneamente sorrir também. – Não te preocupes, depois da competição vamos para minha casa e já podemos estar outra vez juntos.
-- Tudo bem. Mas fica sabendo que vou cobrar! – Digo rindo e me levanto também.
-- Vais ver a competição certo? – Jimin pergunta e eu vejo através dos olhos dele que ele está preocupado com a competição e provávelmente queria que eu estevesse lá para não ficar tão nervoso já que nesta competição é preciso muito concentração.
-- Vou sim! Estou muito curioso para saber o seu maior medo. – Digo e ele franze o cenho. -- Agora sai primeiro e vou depois de ti, senão podem nos ver. – Eu falo e ele concorda. Ele vai em direção á porta mas nesse momento eu vejo que ele está sem máscara e riu. – Ei! Não te esqueçeste-te de nada?
-- Oh! Como eu podia esquecer? – Ele pergunta para si mesmo e eu balanço a cabeça em negação. Ele vem em minha direção e me dá um selinho. Eu fico vermelho de vergonha por ele ser tão espontâneo e tão fofinho. Ele pensou que tinha se esquecido de se despedir. O que certa forma é verdade mas não era preciso um beijo.
– A tua máscara, Alfa.
-- Certo. – Ele diz e pega na máscara, saindo logo em seguida. Espero um pouco e logo saiu eu.
Vou para o prédio principal com o pensamento de encontrar os meus amigos lá. Vejo-os ao longe já sentados nas cadeiras que estavam dispostas no salão para todos poderem apreciar a competição.
Noto então o Mark junto com eles e dou-lhe um rápido abraço, logo me sentando na cadeira que tinham deixado para mim. Não estavamos á frente mas dava para ver bem. Me viro para Taehyung que estava sentado ao meu lado e lhe pergunto se ainda faltava muito para começar.
-- Eu acredito que não. Mas depois de ver a cara das empregadas desesperadas á procura de algo, já não tenho tanta certeza. – O ômega fala e riu sozinho por saber que decerteza elas estavam à procura de Jimin.
-- Eu estou muito ansioso para saber os medos deles! -- Jin diz enquanto dava um mini pulinho na cadeira. Eu afirmo com a cabeça e olho para o palco que tinha ali, onde alguns homens punham uma espécie de poltronas e uns aparelhos ao lado.
-- Quem me dera estar sentado numa daquelas. --Yoongi diz e nós rimos. Vejo mais alunos a chegar e eu me pergunto se desta vez irá acontecer algo contra os Lúpus.
-- Porque nunca mais começa? Podiamos ter vindo mais tarde se era para ficar aqui a olhar para o nada. -- Baek fala enquanto escorregava dramaticamente pela cadeira.
-- Olha, eu acho que vai começar agora mesmo. Devias ter falado mais cedo. -- Digo rindo e Baek ageita-se na cadeira.
No minuto seguinte vejo os Alfas entrarem no palco e se sentarem nas poltronas. O Diretor pega num microfone e prepara-se para falar.
-- Bom tarde alunos. -- Ele fala e todos respondem um breve "Boa tarde". -- Esta competição tem como objetivo explorar o sentido de sobrevivência e resistência psicológica com o fim de encontrar o mais resistente através do confronto com o maior medo. Nestes ecrãs à vossa frente, nós poderemos observar o desenvolvimento do "sonho" e como os Lúpus irão proceder. Irão ser cronometrados os minutos que cada Lúpus demorar para enfrentar o seu medo. O alfa com menor tempo, ganhará a competição. -- O diretor dá uma pausa enquanto alguns homens entravam no palco e ligavam as máquinas. -- Este teste será feito em todas as escolas da nossa região e no fim, o ganhador será aquele com o menor tempo. Desejem sorte aos nossos concorrentes! -- O diretor acaba de falar e desce do palco. Consigo observar o primeiro Lúpus a ser ligado às maquinas e lhe ser injetado um tipo de anestesia para que possa adormecer mais rápido.
Todos os presentes no recinto estavam olhando para o ecrã, assim como os outros quatro Lúpus. Derrepente o monitor liga e podemos observar o Alfa, com a cara desfocada, em um quarto escuro. Ele olha para os lados mas o quarto não tinha absolutamente nada. Ele começa a ficar em pânico e o aparelho que ligava o alfa à maquina ficou numa cor avermelhada, nos indicando que ele estava com medo.
Olho para o monitor e vejo que o quarto começa a ficar cada vez mais pequeno e ouço o som de surpresa de alguns alunos. Realmente aquilo era muito real. Provavelmente o medo era de ficar em sítios pequenos.
O Alfa caminha pelo quarto tentando encontrar uma saída, mas não havia muito que poderia fazer já que não havia janelas nem portas. O quarto cada vez estava mais pequeno, então o Alfa fecha os olhos e posso ver que ele tenta se acalmar. Quando ele os abre, dá mais uma volta com o olhar pelo cômodo e encontra uma torneira, franze as sobrancelhas e olha para cima. Podemos visualizar uma portinha onde passa o ar. Ele então abre a torneira e rapidamente muita água começa a encher o quarto.
Ele enche até ao teto e então ele consegue chegar à porta, onde a abre e entra. Depois disso o teste acaba e ele acorda.
Todos batem palmas. Eu olho para o tempo que ele demorou. Vinte e sete minutos, é um tempo muito bom!
-- Uau! Se fosse eu, nunca conseguiria pensar nisso! Muito inteligente. -- Baek fala e nós concordamos.
O segundo alfa é ligado às maquinas e desta vez, conseguimos ver uma rua com muitas pessoas andando normalmente. O Alfa caminha normalmente, mas atento à sua volta. Ouve-se um som de ponteiros de relógio. Cada vez esse som vai diminuindo assim como as pessoas começam a caminhar cada vez mais lentamente, as suas ações ficam lentas, até pararem.
O Alfa então começa a correr e o aparelho que liga à maquinha fica vermelho. Ele estava com medo. O alfa corre pelas ruas, entra dentro de lojas e volta a sair e tudo continua parado. Só ele tinha vida. O medo dele era ficar sozinho.
Ele então para de correr e senta-se no chão e visualiza o lugar onde se encontra. Em frente a ele se encontrava uma construção com um grande relógio, parado.
O alfa se levanta e adentra a construção, onde se depara com milhares de relógios, de diferente tamanhos e de cores.
Ele sobe as escadas que tinha ali e se depara com o grande relógio que à uns minutos atrás viu, tenta o arranjar, mas o relógio não se mexe. Olha à volta e vê um relógio pequeno, bem no meio de todo aquele cômodo. Ele pega nele e dá à corda. Os ponteiros começam a andar. Tudo retorna ao normal e o monitor desliga.
Olho para os minutos. Ele demorou trinta e cinco minutos.
-- Este teste foi confuso. Mas muito triste. Gente, ele tem medo de ficar sozinho. -- Mark fala e olha preocupado para o alfa que parecia atordoado enquanto acordava.
Eu ia responder, mas nesse momento vê-se uma movimentação estranha no palco. Supostamente, o Alfa Líder, que deveria ser agora, trocou de lugar com um dos outros alfas.
-- Ue, porque ele está a trocar de lugar? Não era ele agora? -- Jin pergunta baixinho enquanto franze o cenho.
-- Será que aconteceu algo? --Taehyung também comenta.
-- Não sei… -- Digo confuso como todos. Vemos então o alfa que trocou de lugar a falar com o Diretor.
-- Bom, por motivos pessoais, um dos alfas vai ter que fazer o teste mais cedo. Tudo correrá normalmente, só mudará o facto de o Líder ser agora o último a realizar o teste. -- O diretor fala rapidamente e volta ao seu lugar. As máquinas são ligadas novamente assim como é efectuada a anestesia.
O monitor liga. Podemos ver então um cemitério onde o alfa caminha confuso enquanto observa as lápides. Ele então para em frente a uma lápide especifica. Não dá para perceber o que está escrito porque está desfocado, o que só quer dizer uma coisa. O nome dele.
Ele fica chocado, mas não apresenta medo, pois a máquina continua verde. Ao lado dele, param uma senhora e um menino, este último que se interessou pela lápide.
-- Omma, omma! Quem era? -- O menino pergunta enquanto aponta com o dedo. -- Porque aqui está sem relva à volta? E sem velinhas? Podemos pôr uma?
-- Hum… eu não sei filho. Ninguém sabe quem é. Somente fica aí e toda a gente ignora, porque não há maneira de saber. -- A senhora fala e o filho olha triste para a pedra onde, antes de ser puxado por sua mãe, lança uma simples flor.
Derrepente toda a luz do edifício apaga e alguns alunos ficam em pânico.
-- Fiquem calmos! O problema já vai ser resolvido! -- O diretor fala e eu me pergunto se o alfa que esta ligado à maquina está bem. Qual seria o medo dele? Medo de morrer? De ninguém se lembrar dele quando morrer?
-- A luz acabou de repente! O que será que aconteceu? -- Baek fala enquanto liga a lanterna do celular. Olhamos para o lado para ver se todos estavamos bem mas faltava alguém. Jin.
-- Ei, onde está o Jin? -- Falo nervoso e todos olham para o assento vazio, antes ocupado pelo ômega.
-- Não sei… vou lhe ligar. Acalmem-se gente. -- Mark então pega no celular mas Jin não atende. -- Ele não atende.
-- Ei, ele mandou uma mensagem! -- Tae interrompe. -- Ele disse que não estava a se sentir bem.
-- Menos mal. --Yoongi diz e coloca um braço à volta dos ombros de Tae, este que parecia estar um pouco nervoso por causa do escuro.
Somos então surpreendidos pela luz voltando. No palco já não se encontra o outro Alfa. Deve ter ido à enfermaria.
-- Desculpem, infelizmente um dos interruptores falhou. Mas agora poderemos continuar ao programa normal, e o alfa se encontra bem, mas não irá continuar o teste. -- Depois do diretor falar, o monitor é ligado e eu tento ver tudo com mais atenção nesta parte, porque era o Hobi que iria fazer o teste.
Mais uma vez o cenário é escuro, mas conseguimos observar alguns bancos alinhados de diferentes cores. O alfa se encontra no centro de uma roda. Um som de algo rasgando é ouvido, assim como passos. Hobi fica atento, mais especificamente em posição de ataque. Somos todos surpreendidos por vários palhaços com pinturas horrendas, alguns com sangue escorrendo e bocas rasgadas, um até não tinha um olho!
O Hobi entra em pânico e a máquina fica vermelha. Eu riu baixinho por saber que meu irmão definitivamente nunca mais iria querer ver um palhaço à sua frente depois deste teste.
Ele tenta achar uma saida mas não à portas, somente cadeiras, palhaços horríveis que mais pareciam zombies que se deslocavam cada vez mais até à sua beira e uma mesinha com pinturas muito esquesita.
O alfa fecha os olhos e acalma-se, vemos ele rapidamente pegar em um lençol e enfiar em si mesmo. Pega um batom que tinha naquela mesinha e borrata-se todo. Ele finge ser então um palhaço e o monitor desliga. Em vinte minutos ele conseguiu resolver o teste.
-- Eu não consigo parar de rir!! -- Tae fala enquanto ri baixinho para ninguém perceber. -- Este sem dúvida foi o melhor teste!
-- Este é o medo do Hobi. -- Digo e ele para de rir quando percebe que era o seu amado passando por aquela situação. -- Agora vamos prestar atenção, é a vez do meu alfa.
-- Certo, certo. -- Mal ele acaba de falar, o monitor é ligado. Consigo ver um tipo de fábrica abandonada?
Nela podemos ver um ringue, onde se encontra um Jimin em choque, um homem que estava com a cara desfocada e uma cadeira com um garoto sentado. Ele parecia frágil e estava também coberto com manchas de sangue, para além de ter as roupas um pouco rasgadas.
Jimin olha para o lado e conseguimos ver melhor todo o cenário, no chão havia rosa mortas e várias fotografias. O garoto mexe-se e dá para ver um pouco da cara dele mas eu não consegui reconhecer, mas o mesmo não se passa com o alfa, já que este rosna e fica com os olhos vermelhos.
O homen então o surprende com o soco, Jimin revira e assim se começa uma luta.
Estranho, a máquina está vermelha, sinal que ele está com medo, mas eu não consigo identificar qual é.
A luta continua e quando o garoto se mexe na cadeira, Jimin desvia o olhar, o que o faz levar um soco do homem. Ele vai ao chão e o homem aponta uma faca para o pescoço de garoto. A máquina começa a fazer um barulho estranho.
-- Nada é real, é um teste!! -- Jimin grita e inexplicavelmente ele mesmo espeta a faca no garoto. A máquina desliga e tudo fica em silêncio.
Oito minutos.
[ . . . ]
Depois da competição e de todos os aplausos por Jimin ter sido o vencedor, finalmente a hora de saída chegou e eu estava curioso para saber qual presente ele iria me dar e também por podermos estar mais um pouquinho juntos.
Eu não iria falar sobre a competição porque, eu iria ficar desconfortável e o Jimin também, e isso estragaria o nosso dia. Uma coisa que eu não quero que aconteça.
Vejo Jimin saindo do pavilhão onde se passou a competição, sem máscara, mas é parado por um rapaz.
Um ômega para ser mais exato.
Observo com atenção, e talvez com um pouco de ciúmes, mas nada que me faça querer lhe arrancar os cabelos. Eles conversam um pouco e Jimin sorri para ele antes de dar as costas e vir na minha direção, que me encontrava encostado no seu carro.
-- Vamos anjo? -- O alfa diz amável enquanto destranca as portas do automóvel e me depositava um beijo simples na testa.
-- Quem é ele? -- Digo rápido enquanto aponto para o menino que ainda estava no meio do caminho olhando para a relva como se fosse a coisa mais interessante do mundo.
-- O ômega? -- Não, o padeiro! Que sonso.
-- Ele mesmo. -- Respondo emburrado e de braços cruzados quando já estavamos dentro do carro.
-- Oh! É um aluno novo pelo que percebi. -- Ele falou e ligou o carro. Quando eu ia continuar a conversa ele me interrompeu. -- Pronto para a surpresa? Tenho a certeza que vais adorar.
Mas ele pensa que se desviar o assunto com isso eu vou parar de falar do ômega? Pois pensou bem. Vou investigar isso com o resto do grupo. O incrível bando dos seis tem mais um assunto para resolver!
-- Eu estou muito ansioso! Me diz que não é nada de mal, alfa. -- Digo e sorrio de nervoso quando vejo a casa dele, que era bem perto da minha. Há muito tempo que não vinha aqui.
-- Isso tens de ver! Já chegamos. -- Ele desce do carro e eu apreço-me para fazer o mesmo. Afinal, estava muito curioso.
O alfa então abre a porta e a primeira coisa que digo é:
-- Tu não fizeste isso!
♡♡♡
O que acharam do capítulo? Muito grande ou pequeno?
Perguntas:
▪O que se será que aconteceu para a luz apagar na competição?
▪Os medos dos Lúpus têm algum significado?
▪Quem era o garoto que falou com Jimin?
Até ao próximo capítulo! ♡