Adore you

By soberana005

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Iniciada: 18/02/2019 Finalizada: 17/01/2021 More

Cast
Capitulo 01
Capítulo 02
Capitulo 03
Capítulo 04
Capítulo 05
Capítulo 6
Capítulo 7
Capítulo 8
Capítulo 9
Capítulo 10
Capítulo 11
Capítulo 12
Capítulo 13
Capítulo 14
Capítulo 15
Capítulo 16
Capítulo 17
Capítulo 18
Capítulo 19
Capítulo 20
Capítulo 21
Capítulo 22
Capítulo 24
Capítulo 25
Capítulo 26
Capítulo 27
Capítulo 28
Capítulo 29
Capítulo 30
Capítulo 31
Capítulo 32

Capítulo 23

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By soberana005

                   • Elizabeth narrando •

Estacionei o carro em frente prédio onde trabalho, na mesma vaga de sempre, e logo percebi que Aurora estava me esperando do lado de fora da empresa. Ela parecia estar inquieta, ou até nervosa.

Não hesitei em caminhar na sua direção, antes que ela tivesse um troço ali mesmo, na calçada.

- Bom dia, senhorita Cliford. - disse ela. - Talvez o que eu vá dizer pareça loucura, mas preciso que confie em mim. Por favor! - alertou.

- Eu confio em você, Aurora. Mas me diga o que é tão importante, que pareça ser louco. - questionei confusa.

- Ontem eu precisei ficar até mais tarde trabalhando, pois precisava resolver algumas planilhas. Enfim, isso não importa. - era nítido o quanto ela estava nervosa, e eu não entendia nada do que estava acontecendo. - Mas entrei na sala de Alfred para buscar um documento, e me confundi com uma pasta errada.

- As pessoas se confundem mesmo, Aurora. - falei simples, dando um meio sorriso. - Se esse é o motivo de você estar dessa maneira, não precisa de preocupar. Alfred não irá te demitir. - disse por fim, indo na direção da entrada, mas ela me puxou antes que eu pudesse ir para qualquer lugar.

- Você não está entendendo a gravidade disso, senhorita Cliford. - Aurora arregalou os olhos. - Nessa pasta haviam fotos suas com seu namorado. Vocês dois estavam em restaurantes, na entrada do apartamento, andando de mãos dadas na rua... Alfred estava te monitorando esse tempo inteiro.

- O quê? - perguntei, assustada. - Fotos?

Minha cabeça estava girando sem parar, e nada parecia fazer sentido. Por que ele me espionaria? Meu Deus! Isso parecia ser coisa de filme de terror.

- Vá embora daqui, e não volte. - Aurora me alertou, com uma expressão de preocupação estampada no rosto. - Alfred deve estar tramando algo maior do que podemos imaginar.

- Por que ele faria isso? Qual o problema dele?

- Ninguém sabe como funciona a mente de um psicopata. - disse ela. - Mas nada do que vi ontem foi normal. Esse tipo de comportamento não é normal, Elizabeth.

- Eu nunca mais vou pisar meus pés nessa empresa. - falei, revoltada. - Isso está me deixando assustada. Alfred está obcecado por mim? Puta merda.

- Foi ótimo tê-la aqui, senhorita Cliford. - depositou um rápido beijo em minha bochecha, se despedindo. - Mas para o seu bem, não volte mais.

Fiquei sozinha, com pensamentos que ainda não faziam sentidos para mim. Eu estava sendo vigiada esse tempo todo pelo meu chefe, em lugares que eu frequentava, no prédio de Harry, na rua... Isso é doentio.

Corri até meu carro, dando partida com a maior velocidade possível. Será que havia alguém tirando fotos minhas nesse momento? Eu poderia estar sendo espionada agora? Mas isso não importa, já estou à caminho da Styles Enterprises para conversar com Harry sobre isso, precisava me sentir segura ao lado de alguém, e ele era essa pessoa.

O caminho até meu antigo trabalho era rápido, um questão de poucos minutos, mas que pareceram uma eternidade hoje. Dobrei várias esquinas, cruzamentos, e aquilo não tinha fim. Eu estava nervosa, minhas mãos tremiam enquanto eu dirigia, nem mesmo sabia qual era a direita ou esquerda. Minha cabeça parecia que iria explodir.

Enfim, avistei o arranha-céu que já conhecia há alguns anos. Entreguei as chaves do carro para o manobrista, e fui correndo até o elevador enquanto esbarrava em várias pessoas pelo saguão. Talvez eu estivesse exagerando com a situação, mas Alfred invadiu a minha privacidade, fez uma pasta apenas com fotos minhas e de Harry, e tinha tudo dentro do seu escritório. Ele beirava à loucura. Ou já estava louco.

- Elizabeth? - ouvi a voz de Shawn, que permaneceu do lado fora do elevador depois que as portas se fecharam. Não deu tempo de cumprimentá-lo.

Cheguei até o andar de Harry, e caminhei até sua sala como sempre fiz. Tudo ainda continuava igual, dando-me uma leve saudade de trabalhar como sua secretária.

- Tem alguma reunião marcada com o Sr Styles? - uma moça de cabelos loiros perguntou, ficando na minha frente para impedir que eu entrasse no escritório de Harry. - Não estou autorizada a deixar nenhuma mulher entrar. Marque um horário e volte depois. 

- Eu sou a namorada do Harry. - falei simples, tentando ultrapassá-la. - Me deixe passar, por favor. - pedi, educadamente.

- Elizabeth Cliford? - ela perguntou.

- Sim, sou eu.

- Você pode passar sem problemas, todos aqui te conhecem. - sorriu, abrindo espaço para que eu pudesse passar. - Me desculpe pela inconveniência, só estava cumprindo as ordens do Sr Styles.

- Está tudo bem. - disse por fim, entrando no cômodo onde Harry trabalhava. Ele prestava total atenção na tela do notebook, e nem mesmo notou a minha presença. - Estou atrapalhando?

Rapidamente, ele levantou o olhar até mim, com o mesmo sorriso pelo qual me apaixonei.

- Você nunca atrapalha, querida. - disse. - Mas pensei que estivesse trabalhando agora.

- Pedi demissão, Harry.

- O quê? Por quê? - ele perguntou confuso. - Você não parece muito bem, Eliza.

- O meu novo chefe é um psicopata. Ele nos espionava há algum tempo, haviam fotos nossas em todos os lugares que você possa imaginar, guardadas em pastas. - tentei explicar. - Eu vim pra cá o mais rápido que pude para te contar. - murmurei.

- Ele fez alguma coisa contra você? Te assediou? - Harry se levantou da cadeira de couro, vindo da minha direção. - Se esse doente encostou em você, ele vai se arrepender pro resto da vida. - falou, preocupado.

- Alfred nunca me tocou, Harry.

- Alfred? Alfred? - perguntou, de boca aberta. - Eu não acredito que esse filho da puta chegou perto de você. Depois das ameaças que fiz, ele ainda foi capaz de se aproximar das pessoas que amo.

- Você o conhece? - questionei, desacreditada.

- Infelizmente, sim. - Harry deu de ombros. - Desde que fizemos faculdades juntos há algum tempo. Ele é dono de empresas de moda, meu concorrente há anos, mas nunca conseguiu me ultrapassar. Mesmo com todas as suas tentativas de me sabotar, ou até roubar minhas ideias, Alfred não conseguiu seu objetivo de me destruir.

- Tudo isso é loucura. - sussurei.

- E então ele decidiu se aproximar de você para me atingir. Alfred joga sujo, é um grande cretino de merda. 

- Ele seria capaz de me fazer mal?

- Talvez fosse uma questão de tempo para que isso acontecesse, ele deveria estar tramando alguma coisa para te prejudicar e, consequentemente, me prejudicar. - Harry me respondeu sincero. - Se ele fizesse algo contra você, eu iria atrás dele até no inferno se fosse necessário.

- Está tudo bem! Eu estou bem. - tentei acalmá-lo. - Não nego que estou apavorada com isso, mas você precisa ficar tranquilo, Harry.

- Vou colocar seguranças para te acompanhar o tempo inteiro, está bem?

- Claro que sim. Talvez eu me sinta um pouco mais segura. - respondi, sincera. - Não fui capaz de perceber que havia alguém me perseguindo, e me sinto uma idiota por isso.

- Você pode ficar no meu apartamento até essa história ser resolvida. Será o melhor para nós dois. - Harry explicou. 

Apenas balancei a cabeça, confirmando. Talvez permanecer ao lado de Harry por um tempo seja uma boa opção, para que eu possa acreditar que estou sendo protegida.

Pensei que Alfred estivesse obcecado por mim, mas isso tudo foi causado pela sua vontade de ser superior a Harry, para conseguir estar no topo. Ele é uma pessoa sem limites, cruel, e que não se importa em passar por cima das pessoas para ter o que deseja. Ele passaria por cima de mim sem hesitar.

- Eu não vou permitir que ele se aproxime de você, Eliza. - continuou Harry, puxando-me para um abraço apertado. Eu poderia sentir o seu coração acelerado e o quanto ele estava angustiado com essa situação. - Isso nunca vai acontecer.

- Sei que não deveria ter medo, mas estou apavorada. - desabafei, com o rosto apoiado em seu ombro.

- Eu também estou, amor. - ouvi o seu baixo sussurro, e logo em seguida um suspiro demorado. - Não suporta a ideia de você estar correndo perigo por minha culpa. Porra!



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