Adore you

By soberana005

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Iniciada: 18/02/2019 Finalizada: 17/01/2021 More

Cast
Capitulo 01
Capítulo 02
Capitulo 03
Capítulo 04
Capítulo 05
Capítulo 6
Capítulo 7
Capítulo 8
Capítulo 9
Capítulo 10
Capítulo 11
Capítulo 12
Capítulo 13
Capítulo 14
Capítulo 15
Capítulo 16
Capítulo 17
Capítulo 18
Capítulo 19
Capítulo 20
Capítulo 21
Capítulo 23
Capítulo 24
Capítulo 25
Capítulo 26
Capítulo 27
Capítulo 28
Capítulo 29
Capítulo 30
Capítulo 31
Capítulo 32

Capítulo 22

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By soberana005

Senti um pequeno peso sobre o meu corpo, e logo percebi que era o braço de Harry agarrado a minha cintura. Ele estava dormindo tão tranquilo, que eu poderia passar o dia inteiro lhe observando sem me mecher. Mas, infelizmente, precisava trabalhar.

Tentei levantar da cama sem acordá-lo e sem fazer muito barulho, mas era praticamente impossível que eu me mexesse nessa posição. Não demorou muito para que ele acordasse, logo com um sorriso.

- Posso te levar ao trabalho hoje, Eliza? - ele perguntou com a voz rouca.

- Talvez seja melhor fazer isso outro dia. - respondo, levantando da cama com pressa para me arrumar. - Já estou atrasada e deixei o carro estacionado no lado de fora do seu prédio. Não se preocupe comigo.

- Você vai sair sem tomar café da manhã?

- Eu passo em uma cafeteria mais tarde, Harry. Não sinto muita fome de manhã. - disse simples, vestindo a mesma roupa do dia anterior. Espero que ninguém perceba isso. - Tenha um bom dia na empresa, querido. - depositei um rápido beijo em seu rosto, para me despedir.

- Amo você. - ele sussurou, ainda deitado na cama.

- Eu também te amo, Harry. - falei, saindo do quarto.

(...)

Cheguei um pouco mais cedo na empresa do que o normal, pois não queria esbarrar com Alfred pelos corredores ou qualquer outro tipo de coisa que o envolvesse. Ele possuía uma energia estranha, algo que eu não sabia explicar, mas estava dentro dele.

Fui até meu escritório, e retirei da bolsa um porta retrato com uma foto minha e de Harry, nós estávamos em Londres e essa é a nossa primeira fotografia juntos. Coloquei-a sobre a mesa para decorar o local, que ainda estava vazio. Eu poderia dizer que, depois de tantas brigas, estávamos, finalmente, nos entendendo de uma maneira linear.

- Bom dia, senhorita Cliford. - Alfred entrou sem bater na porta, entrando no pequeno cômodo. - Caso precise de ajuda, estou na sala ao lado. Não seja tímida. - sim, ele havia piscado o olho para mim.

- Eu peço ajuda à Aurora, se precisar. - tentei contornar a situação.

- Ela não entende nada do que fazemos aqui, nem mesmo deve saber escrever o próprio nome. - ele riu, sozinho. - E eu quero que peça ajuda diretamente pra mim, não à ela.

- Eu não gostei da forma que você falou sobre ela, Alfred. Há algum problema em ser uma secretária? - perguntei afiada. - É um trabalho como o nosso. Nada além disso.

- Não leve tudo a sério, meu bem. - eu não entendia o porquê dele estar com esse sorrisinho de superioridade. - O que você acha de almoçar comigo hoje?

- Sinto muito. - eu não sentia merda nenhuma. - Mas irei almoçar com o meu namorado. - menti. - Ele é o mais importante pra mim nesse momento.

- É esse homem da foto? - Alfred perguntou com desdém, olhando o porta retrato. Apenas confirmei balançando a cabeça. - É uma pena que você seja comprometida com esse...

- Não gosto de pessoas se intrometendo na minha vida pessoal, Alfred. Principalmente, o meu chefe. - o interrompi antes que ele terminasse de falar. Até sua voz me dava enjoos. - Espero que saiba manter essa distância.

- E eu acho que você deveria medir as suas palavras quando fala com o seu "chefe", Elizabeth. - disse indiferente. - Já que está interessada em manter uma relação apenas profissional comigo, as coisas não serão fáceis daqui pra frente.

Eu havia entendido a sua ameaça. E sabia que tipo de homem ele era, que pensa em mandar nos seus funcionários para conseguir favores sexuais em troca de algo. Nunca aceitaria esse tipo de coisa.

- Seus truques não vão funcionar comigo. - falei, seriamente.

- Isso é o que vamos ver, Elizabeth Cliford. - ele retrucou, saindo da minha sala com o ego enaltecido.

Alfred não possuía escrúpulos, era um homem nojento com tais atitudes. A única coisa que consigo sentir agora é raiva.

Eu queria gritar e colocar isso pra fora de mim, pedir demissão desse lugar, que está começando a transformar minha vida em um inferno, e viver em paz.

(...)

• Narrador •

Ela chegou em casa depois das oito horas, e se assustou com a presença de Cheryl, Harry e Shawn no minúsculo apartamento, que já estava apertado com tantas pessoas dentro. Mas abriu o seu maior sorriso, mesmo que estivesse morrendo de cansaço, e cumprimentou cada um deles com um abraço.

Ninguém era culpado por ela ter tido um dia péssimo. Apenas Alfred.

- Nós ficamos preocupados com a sua demora, Eliza. - Cheryl resmungou. - Estamos te esperando há duas horas. Está tudo bem?

- Perdi a noção do tempo enquanto dirigia pela cidade. - ela se justificou. - E eu não fazia ideia de que vocês estariam aqui esperando por mim, senão teria vindo o mais rápido possível.

- Temos uma novidade pra contar. - Shawn se manifestou, animado.

- Querido, nós combinamos que contaríamos isso mais tarde. - Cheryl bufou frustrada. - Você não sabe mesmo guardar segredo. Tenha piedade, Shawn. 

- Desculpa, meu bem... - ele sussurou.

- O que é? - Harry questionou confuso. - Vocês vão adotar um cachorro? Ou um gato? Falem logo, por favor.

Elizabeth sabia exatamente do que se tratava, afinal, ela estava no dia em que Cheryl descobriu a gravidez. Era nítido a felicidade que o casal exalava. A maneira que eles se olhavam sorrindo prestes a contar a novidade, também era especial.

- Tenha paciência, Harry. - disse Elizabeth.

- Vocês vão ser os padrinhos do nosso filho. - Shawn comemorou, pegando-os de surpresa.

- O filho é um cachorro, não é? - Harry riu divertido, mas logo foi interrompido por um tímido beliscão vindo de Eliza, que tentou alertá-lo sobre a seriedade do assunto. - Espera... Vocês estão falando de um bebê de verdade?

- Estamos. - Cheryl afirmou. - E queremos que vocês dois sejam os padrinhos dele. É um menininho.

- É claro que eu aceito.- Elizabeth sorriu entre lágrimas, abraçando sua amiga de infância. - Eu vou desenhar tantas roupinhas pra ele.

- Você está grávida, Cheryl? - Harry perguntou em choque. Ele ainda não conseguia acreditar que seu melhor amigo seria pai assim tão rápido.

- Que pergunta idiota, Harry. - Elizabeth murmurou. - Não está vendo que a barriga dela já está ficando grandinha? É óbvio que ela está grávida, amor.

- Tem whisky aqui? - ele questionou. Sempre lidava com as novidades desse jeito, com o álcool.

- Tem água gelada na cozinha. - Elizabeth respondeu simples.

- Você não vai dizer nada, Harry? - Shawn o encarou. - Não seja insensível comigo. Pelo menos diga se aceita ou não ser o padrinho do Liam.

- Eu... eu aceito, é claro.

Harry estava confuso. Só conseguia pensar que seria o próximo a ter um filho, mas não tinha certeza de que seria um bom pai pra uma criança. Por mais que tenha dito para Elizabeth que estava pronto para formar uma família, ele não estava. Havia perdido o pai há doze anos em um acidente, e dentro de si mesmo ele ainda sentia o medo de fracassar em absolutamente tudo. E, principalmente, em cuidar de um bebê.

- Você está bem, Harry? - a garota de cabelos castanhos foi até ele na cozinha, onde ficaram sozinhos por alguns instantes. - Eu sei que você não lida bem com esses assuntos, mas pensei que estivesse dando um passo pra frente depois da conversa que tivemos ontem.

- Eu não quero ser um cara egoísta com você. Lembro de tudo que te disse sobre o nosso futuro e das coisas que prometi, mas não sei se estou disposto a dividir você com outra pessoa. - ele disse, frustrado. - Não agora.

- Ei, não precisa se cobrar dessa maneira. Cheryl estar grávida não significa que eu também esteja. - ela sorriu, compreensiva.

- Mas eu sei o quanto você quer ser mãe. - ele murmurou.

- Eu não quero ser mãe sozinha, Harry. - Eliza respondeu. - E não me importo de esperar até que você se sinta preparado. Está tudo bem.

- Eu te amo por isso. - Harry depositou um beijo na testa da garota, aproximando seus rostos. - Sabe, eu gostaria que nosso filho tivesse o seu sorriso.

- E os seus olhos... - ela riu. - Nós vamos ter que esperá-lo por mais um tempinho. - brincou.

- Eu não usei camisinha ontem, Eliza. - disse aflito.

- É óbvio que eu não estou grávida, Harry. - Elizabeth respondeu simples, dando de ombros. - Acho que eu saberia, não é?

- É, acho que você saberia. - disse, por fim. - Eu estive pensando, e aceito o convite de passar o Natal com você esse ano. Elena vai estar de férias, e eu não quero ficar sozinho naquele apartamento de novo.

- Meu pai vai adorar te conhecer, Harry. - comemorou, animada.

- Eu espero que sim. - riu, descontraído. - Vai ser a primeira vez que irei conhecer a família de uma namorada.

- Então eu sou sua namorada? - perguntou curiosa.

- É, você é minha namorada, Elizabeth.

- Fico lisonjeada, Sr Styles. - gargalhou alto. - Mas pensei que essas coisas precisassem de um pedido de namoro oficial, não acha?

- Você aceitaria se eu pedisse? - ele questionou, e sua voz possuía um pequeno nervosismo. - Não quis correr esse risco.

- Não seja bobo. É óbvio que eu aceitaria.

- Então nós somos, oficialmente, namorados. - Harry enrolou suas mãos ao redor da cintura da garota parada diante dos seus olhos, agarrando-a para mais perto. Observou cada parte do seu rosto angelical, concluindo que não havia nenhuma parte dela que ele não amasse. Todas eram lindas, sem exceção.

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