"Como vou saber se é amor se eu só experimentar a primeira?!"
Harry Styles
Nunca concordei diretamente com a ideia de ser um galinha ou se quer destruidor de corações.
O problema era que eu ainda estava procurando o amor da minha vida e isso exigia de tempo e experiência.
Se eu não ficasse com garotas que definitivamente não eram o meu ideal de amor, como saberia quem era meu amor, quando ele surgisse?
Experimentava mesmo. E cada dia eu descobria mais rápido que a garota não servia para mim.
Eu não sabia o que era almejar alguém, até ver a Bethany Stuart no fim do semestre passado.
Como alguém podia ser linda daquele jeito?
Ela era perfeita. Tinha um sorriso lindo, com lábios rosados, carnudos e olhos azuis piscina, seu loiro parecia se auto retocar em mechas perfeitas, o seu corpo era magro, alto, e ela tinha seios redondinho, que enfeitam perfeitamente o seu decote.
Ela mexia tanto com a minha cabeça que eu não tinha coragem de falar com ela. A via raramente e quando isso acontecia, não sabia como chegar, coisa que nunca tive dificuldade pra fazer com outras garotas.
Voltei decidido a mudar isso e falar com ela.
A primeira vez que a vi foi num dia que fiquei na final em uma disciplina e fui forçado a entrar na biblioteca. Ela estava lá, estudando.
Eu não estava nem um pouco afim de voltar naquele lugar para vê-la, esperava que nesse período pudesse encontrá-la em outro lugar e tomar coragem pra falar com ela.
Mas eu pensava: se ela estava na biblioteca é porque era uma pessoa inteligente. Eu não era o cara mais estudioso, então iria ficar difícil eu pe...
— Desculpa, Harry, mas tem meia hora que você está preso nesse banheiro. Tem como adiantar? Estou morrendo de vontade de usá-lo! — A garota das cavernas me interrompeu.
Poxa, eu estava sonhando com a minha paixão! Ela quebrou o clima.
— Você quer me usar?! É isso?! Tá me chamando de brinquedinho, garota das cavernas? — brinquei e liguei o chuveiro para terminar de me enxaguar.
Tinha pouco mais de uma hora que ela apareceu e eu ainda não acreditava que existia uma garota como ela.
"Deus eu não consigo olhar pra ela sem mirar nas sobrancelhas. É terrível!"
— Claro que não, neandertal! Estou falando do banheiro! — berra aparentemente ofendida.
"Ela é tão engraçadinha. Deve ter uns dezessete anos... Que não penteia o cabelo."
Quando abri a porta e vi uma coisinha de 1,55cm, roupas gigantes a cobrindo toda, uma moita de cabelos cobreados e cacheados que deveriam se estender até a sua lombar, e seus olhos, nem sei de que cor eram porque as sobrancelhas cobriam, pensei "Senhor! Um viajante do tempo aqui na minha porta! ".
Mas eu sempre tive um bom coração e por isso, a acolhi. Não dava pra negar que ela foi uma boa ajuda na mudança do meu quarto. Só falta armar a cama do meu colega, o que eu faria no dia seguinte.
A minha hóspede dormiria no chão.
Enrolei uma toalha nos quadris e passei a mão nos cabelos antes de abrir a porta. Eles estavam muito molhados e eu parecia um pinto recém nascido.
— Pode usar como quiser, Leoazinha. — Dei um sorriso rápido, passando por ela.
A garota estava constrangida por me ver sem camisa e eu ainda não acreditava que existiam pessoas assim, que se separam por sexo, que se vestiam com roupas gigantes e com zero vaidade.
— Obrigada. — Ela entrou e fechou a porta do banheiro.
Vesti uma cueca e passei desodorante antes de vezti o jeans, a camiseta e um casaco.
Precisava comprar algo pra comer no jantar e as tarefas do quarto só aumentaram ainda mais a minha fome.
Em frente ao espelho, alinhei meu cabelo, os jogando de lado. Com o vento ele secaria mais rápido. Também passei um pouco de perfume.
— Babu! — chamei a garota do banheiro.
Eu tinha um arsenal de apelidos que combinavam perfeitamente com a cabeluda.
— Não está se dirigindo a mim não, né?! — ela falou de dentro do banheiro.
— É você mesmo, babuína. Quer que eu traga algo pra você comer? — perguntei generoso.
Ela não parecia saber se virar no campus.
— Se não for incômodo, por favor — respondeu sem reclamar do apelido.
"Okay."
Guardei a carteira no bolso e saí do quarto.
[...]
Chegando na lanchonete, encontrei uma garota com uma auréola e
da cabeça, sentada no balcão.
Bethany Stuat.
"Que sorte a minha!"
Respirei fundo, um pouco nervoso.
"Harry se contenha."
"Eu sou Harry. Harry Styles. Eu tenho todas as garotas na minha mão."
Sentei no banco vazio, ao seu lado dela, e descansei os cotovelos no balcão, pra ficar mais acomodado.
— Oi! — Olhei pra ela dando o meu melhor sorriso.
Ela mexia no celular, mesmo assim, ergueu o olhar para mim.
— Oi. — a resposta não foi com tanto ânimo como eu esperava.
"Nem um sorriso! Não economiza garota!"
— Bethany Stuart, não é? Prazer, eu sou Harry. Styles. — Estendi a mão, mas ela não me cumprimentou.
— Eu sei quem você é.
— Sabe?
"Eu já deveria esperar."
Isso me deixou empolgado.
— Você ficou com todas as minhas amigas e, até hoje, nos nossos encontros, eu tenho que aturar elas falando o quanto você as magoou.
Arregalei meus olhos ao ouvir isso.
"Ok. Isso doeu."
Tentei pensar em algo inteligente para falar e contornar a situação, mas quem diabos eram essas amigas dela que eu fiquei?! Eu nem lembrava! Nem sabia!
— Elas... — pigarreei. — ... Não conheceram o verdadeiro Harry. Não deu certo com elas, mas não era minha intenção magoar ninguém.
— Sei... — Ela agarrou a bolsa e se levantou. — Com licença.
"Não. Não. Não vai embora Bethany!"
Bati forte na mesa no balcão e um rapaz correu pra falar comigo.
— Desculpa a demora. O que o você quer? — O menino perguntou assustado.
Ele pensou que o soco foi por causa da demora. Antes fosse.
— Uma pizza quatro queijo e calabresa, tamanho família, e um refrigerante de 2 litros.
"Droga!"
Cocei a cabeça e respirei fundo.
Estava nítido que seria muito difícil conquistar a Bethany.
Estava com o meu nome manchado.
"Mas que merda!
Eu tenho que mudar isso.
Eu sinto que a Bethany é o amor da minha vida.
Tenho que ficar com ela."
Depois de um tempo, o rapaz voltou com o pedido.
— Aqui está.
Entreguei uma nota sem perguntar o valor.
— Fica com o troco.
[...]
— Sim, mamãe. Estou bem. Já tomei banho e daqui a pouco vou comer.
Encontrei a Leoazinha falando ao telefone, sentada no colchão no chão e com um pijama de mangas e calça.
"Como será que é embaixo dessa roupa toda, heim?!"
— Sim, mamãe. Sim.
"A mãe dela deve ser igual a minha."
— Também te amo. Sua benção. — Ela finalizou a chamada.
Eu coloquei as coisas na minha cama, pra armar a mesa.
— Pensei que você iria jantar fora. — Ela comentou se levantando.
— Por quê? — Tirei as coisas das sacolas.
— Porque eu senti um cheiro muito forte de perfume. Muito forte mesmo. Aí eu pensei, ou você quebrou o vidro de perfume ou tomou um banho com ele. Mas eu não ouvi nenhum barulho de vidro...
— Olha! Já está aprendendo as piadinhas comigo, né? — analiso admirado com seu humor.
"Engraçadinha."
Ela passeou pelo quarto e parou na janela.
O pijama era tão folgado que nem dava para ver se tinha um corpo ali debaixo.
— Vamos comer, Leoazinha? — puxei a cadeira e sentei.
Ela veio até a mesa e também se sentou, assustada com a pizza.
— Vem mais alguém comer aqui ou você come por 4? — Ela pegou uma fatia e mordeu.
— Não, engraçadinha. — respondi desapontado.
"Eu queria que a Bethany tivesse aqui. Mas invés disso..."
— Qual é o seu problema? Estava todo animado antes de sair... — Ela me observava e pelo visto, estava na minha cara que voltei desanimado.
— Nada. Esquece. — continuei comendo.
Não iria me abrir com uma garota. Ainda mais uma garota estranha.
U
ma droga de spam entrou no meu celular.
[Festa do Cristóvão! Tá esquecido não né bobão?]
Cristóvão era um diabo de um racker que adora viralizar o celular do povo lembrando das suas festas. E o pior era que eu tinha esquecido da festa.
— O que foi agora?
— Uma festa. Vou a uma festa daqui a pouco.
Eu precisava ficar com alguém pra esquecer o fora que levei da Bethany.
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