POR VOCÊ - IyV

De dehsilva9408

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Inês sempre foi uma garota curiosa, com vontade de viver sua vida, com opinião forte, mas toda escolha tem um... Mais

Notas da Autora
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De dehsilva9408

Boaaaaaaa noite, meu amores, tudo bem com vocês?

Por você, ainda não esta oficialmente de volta, tenho muito texto para revisar ainda, mas espero que vocês curtam as novas mudanças, as cenas extras que entraram em alguns capítulos, diálogos foram refeitos. São pequenos detalhes que incomodavam bastante algumas pessoas e até mesmo a mim. Então aproveitem essa nova versão.

MÉXICO 1998

Era mais um dia comum de aula, o sinal tocou, era o intervalo entre uma aula e outra e os jovens começaram a encher os corredores, as vozes altas soavam pelas conversas paralelas, os amigos parecia que não se viam a anos e a bagunça estava pronta para começar. No topo da escada, apareceu Inês com seu sorriso encantador, os olhos brilhavam ao conversar com Cristina sua melhor amiga, contavam como tinha sido as primeiras aulas enquanto desciam a escada.

Quando chegaram ao final da escada, Inês foi tirada do chão, gritou assustada por ser abordada daquele modo, mas sabia perfeitamente quem era a peça rara quem a pegava daquele jeito. Victoriano gargalhou, estava com Inês sobre seu ombro, correu para o lado de fora e só parou no gramado.

— Victoriano... — gritava rindo alto. — Maluco!

— A magricela!!! — Victoriano a ajeitou em seus braços e se jogou no chão deixando que ela ficasse por cima de seu corpo.

— Acabo com tua raça seu animal!!! — estava sem ar de tanto rir.

Victoriano deixou os braços cair aberto no gramado, o peito também subia e descia recuperando o fôlego pela corrida e Inês deixou seu corpo parcialmente por cima do dele e apoiou em seu peito sem deixar de olhá-lo.

— Como foi a aula? — perguntou depois de minutos apenas ali na companhia um do outro.

Victoriano a olhou nos olhos, levou as duas mãos para debaixo da cabeça e respirou mais uma vez profundamente.

— Muito chato sem minha parceira!!!

Inês sorriu tanto com a boca quanto com os olhos que brilharam, eles eram amigos desde muito pequenos, faziam tudo na companhia um do outro, seus pais também eram amigos e sempre que podia estavam fazendo algo nas fazendas. Muitas pessoas da cidade adoravam falar da amizade deles, mas os mais velhos não se importavam, sabiam perfeitamente os filhos que tinham e mal se importavam quando alguém vinha questionar a amizade dos dois.

Eram inseparáveis e seriam assim para sempre ou assim queria que fosse.

— Eu também senti a sua falta. — Inês falou. — Pra me dar bala e salgadinho! — deixou claro que era só por interesse.

Victoriano soltou uma gargalhada, virou o corpo fazendo com que Inês deitasse ao seu lado, mas não deixaram de se olhar.

— Você é uma interesseira! — começou a fazer cócegas nela que gargalhou serpenteando no chão.

— Para que assim você vai me sujar toda. — Se afastou sentando e ofegando. — Idiota.

Cristina que vinha se aproximando, negou com a cabeça, os dois pareciam duas crianças quando estavam juntos e fez questão de expressar em palavras quando chegou mais perto.

— Vocês dois deveriam deixar de ser crianças! — Cristina fez careta. — E ainda me deixam de fora de tudo.

Os dois se olharam com cumplicidade sabiam o que tinham que fazer, começaram a rir e a puxaram para o meio deles e a atacaram com cosquinhas até perder o fôlego de tanto rirem. Eles eram um trio, mas Cristina sabia que a ligação entre Victoriano e Inês era muito maior que com ela, isso a deixava com bastante ciúme e mesmo não verbalizando não se sentia menos amiga.

— Para de ser tão ciumenta, Cris. — Inês falou com o sorriso ainda frouxo no rosto. — Hoje podemos ir tomar sorvete né? — olhou os dois.

— Sim, vamos! — Victoriano concordou. — Aquele cheio de chocolate... — falou com os olhos brilhando.

— Vai é te dar uma baita dor de barriga. — Inês negou com a cabeça, mas teve que rir.

— Quero que você venha querer do meu que eu vou te lembrar dessa conversa. — a advertiu.

Inês deu de ombros porque era uma certeza que pegaria de seu sorvete, ficaram ali conversando, implicando um com o outro e rindo das bobagens que Victoriano falava, depois os três voltaram para a aula deixando que aquela manhã se fosse dando entrada a uma linda tarde ensolarada os liberando daquele "inferno" que era a escola. O trio se encontrou na saída, caminharam direto para a sorveteria e sentaram depois de fazerem seus pedidos.

Victoriano ficou a observar o lugar enquanto as duas cochichavam algo que ele não poderia saber, revirou os olhos com um sorriso no rosto que logo sumiu ao ver Benigno. Victoriano não o suportava, principalmente quando ele estava perto de suas amigas, sabia muito bem de sua fama e não queria que elas fossem manchadas por sequer falar com ele, mas o traste tinha outros planos e ao vê-las se aproximou da mesa.

— Olá meninas! — Benigno as cumprimentou assim que parou próximo a mesa. — Tá calor, né?

Inês e Cristina sorriram abertamente para ele fazendo com que Victoriano quase convulsionasse em seu lugar, ele sabia que o colégio todo caia aos pés dele e as duas não eram indiferentes. Benigno era alto, suas formas eram largas, definidas, fazia questão de se cuidar para que todas não pudessem resistir ao seu charme e conseguia tudo somente com um sorriso.

— Está atrapalhando nosso passeio! — Victoriano foi grosso sem se importar com o olhar que recebeu das amigas. — Da licença que nosso sorvete chegou.

Victoriano era muito protetor com as amigas e não deixaria que nada de mal acontecesse com elas enquanto pudesse e elas permitissem. Benigno o encarou com um sorriso debochado no rosto, sabia perfeitamente como irritá-lo e fazia sempre que possível.

— Como sempre tão tenso, deveria relaxar mais Victoriano e quem sabe pegar umas menininhas... — riu mais o vendo bufar. — Fiquei sabendo que nem beijar na boca você beijou ainda, se dirá...

Victoriano ficou de pé no mesmo instante e o segurou pela camisa.

— Pode ter certeza que essa sua fama de comedor não me emocionada em nada. — garantiu. — Não preciso me mostrar por ai para ser um homem melhor que você!

Inês e Cristina também ficaram de pé em alerta para o caso de precisar intervir na briga dos dois.

— Saia daqui porco doentio!

Benigno tentou deixar seu rosto imparcial, mas estava sendo envergonhado por aquele idiota e não poderia permitir isso e antes mesmo que conseguisse levar seu punho para o rosto de Victoriano, recebeu um soco tão certeiro no meio da cara que o fez cair desacordado no chão. Inês arregalou os olhos, levou as duas mãos a boca abafando um grito pelo choque, Cristina não estava diferente e nem se mexer conseguia para afastar o amigo.

— Victoriano... Você o matou. — Inês gritou ainda com os olhos arregalados.

Victoriano olhou de Benigno jogado no chão para as meninas que estavam espantadas com tudo que tinham presenciado. Elas sabiam o quanto Victoriano odiava Benigno, mas nunca tinham se enfrentado daquela maneira ao ponto de deixá-lo desmaiado.

— Matei coisa alguma. — rosnou as palavras. — Vamos embora daqui e não quero saber de vocês duas com esse safado, pilantra! — a vontade que tinha era de chutá-lo mesmo desacordado, controlou seu instinto animal, tirou o dinheiro do bolso, deixou sobre a mesa e pegou seu sorvete já se encaminhado para a saída como se nada tivesse acontecido.

Inês e Cristina estavam bem assustadas com o jeito do amigo, conversaram pelo olhar sem saber o que fazer, a dona do estabelecimento se aproximou para ver o que tinha acontecido e as duas pediram para chamar ajuda e seguiram atrás de Victoriano. Elas sabiam que se não fossem atrás dele, era capaz de Victoriano voltar e terminar com Benigno sem se importar de ele já estar no chão.

Quando pisaram na calçada, Inês o buscou com os olhos o encontrando sentado do outro lado, na praça e Cristina achou melhor ir embora. Inês caminhou até o amigo que comia seu sorvete como se nada tivesse acontecido, sentou-se ao lado dele, sua língua coçou dentro da boca para perguntar e quando se deu conta já tinha soltado:

— Você é mesmo virgem?

E ele a encarou com os olhos pegando fogo de raiva.


Um beijo e até breve!

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