Midnight

By Mary-Lim

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JeongHan só queria fugir de seu passado. Ir para a cidade grande estudar e trabalhar para ter uma vida indep... More

Cap I
Cap II
Cap III
Cap IV
Cap VI
Cap VII
Cap VIII
Cap IX
Cap X
Cap XI
Cap XII
Cap XIII

Cap V

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By Mary-Lim


      "        >capítulo não revisado pode ter erros <


                 Boa leitura~"


               -Eu sei. – JeongHan ainda estava chocado para dizer qualquer coisa quando ele sorriu - Você não esperava visitas hoje também, não é?

                Definitivamente não estava esperando o detetive em sua porta naquela noite, muito menos naquele estado. A primeira coisa que lhe passou pela cabeça foi os assassinos, aquilo definitivamente era feito deles. Um policial ferido não era nem de perto o que esperava para encerrar sua noite até então relativamente boa. A segunda coisa foi em como que o porteiro não o viu, mas então se lembrou de como o homem dormia quando também passou por lá, ele definitivamente não veria nem se um elefante cor-de-rosa entrasse no prédio.

               -Meu Deus. – deixou a mochila cair no chão e se apressou em se ajoelhar ao lado dele tentando ver o estrago – Isso tudo é sangue?

               Vários pontos da roupa estavam rasgados como se ele tivesse se atracado com um tigre, ou um lobo. A mão direita estava pressionada contra o abdome e tinha sangue escorrendo entre os dedos. Como dizia sempre dizia para si mesmo, por que sempre tinha que ter sangue? Além do mais por que um detetive estava sangrando em sua porta e não ido para um hospital como era o certo a fazer?

               -Você devia estar em um hospital. – aquilo não era nada bom - Posso te levar se seu carro estiver aqui.

               -Não! – a resposta veio rápida fazendo JeongHan suspeitar de que tinha algo errado – Nada de hospital, mas como tenho um novo amigo aspirante a médico... – deixou a frase à entender e sorriu, mas acabou mordendo o lábio e prendendo a respiração quando se moveu – Achei que poderia... Sabe? Me consertar.

               Olhou para o rosto pálido que o fitava com esperança. Não fazia ideia da extensão daqueles ferimentos, nem o quanto eram graves ou se conseguiria fazer algo por ele. Estudava medicina sim, mas ainda não era um médico e duvidava que seus professores aprovariam que cuidasse de um paciente antes que recebesse diploma, este que ainda estava bem longe de conseguir por sinal.

               -Eu acho que prefiro que vá para um hospital. – afastou a jaqueta do lugar e fez uma careta ao ver alguns arranhões profundos o bastante para o deixar preocupados - Eu ainda não sou médico e não quero explicar para seus colegas policiais por que tenho um cadáver na minha casa. Falando nisso posso ligar pra eles, podem dar um jeito em você.

               -Não! – mais uma negativa brusca – Nada de policiais também. – ele pareceu perceber que estava sendo muito duro e tentou suavizar com mais um sorriso forçado -Tenho certeza que vai fazer um ótimo trabalho. Uma linha de costura, agulha e um pouco de álcool é tudo que preciso. – gemeu baixinho quando tentou se mexer novamente e mais sangue escorreu por entre os dedos – Ah se possível algum curativo. Não quero sair por aí parecendo o Monstro de FrankStein.

               JeongHan respirou fundo tentando desesperadamente encontrar uma saída para mais aquela enrascada que tinha acabado de ser metido, mas não havia nenhuma e sua empatia não lhe permitia deixar um ser humano sangrar até morrer em sua porta. Bem que gostaria só pra ele deixar de ser teimoso e aceitar ir ao médico.

               -Não sei não detetive...

               -SeungCheol. Não posso deixar alguém que me chama tão formalmente me costurar.

               -Ótimo! Te levo para o hospital.

               -Isso não vai acontecer.

               -Me ajuda aqui. – fez uma careta erguendo o ombro ferido – Mas acho que posso andar sozinho só preciso de ajuda pra levantar.

               -Tudo bem.

               Com cuidado fez o que ele pedi sentindo o braço sobre os ombros e o puxou pra cima quando começou a se levantar.

               -Você definitivamente tem um cheiro bom. – o sentiu inalando próximo de seu rosto.

               -Acho que isso não é hora e nem lugar para esse tipo de bobagem.

               -E quando é hora de elogiar alguém?

               Negou com a cabeça ignorando o que ele dizia, provavelmente tinha perdido bastante sangue e isso o fazia delirar. Pensar nisso era outro motivo de preocupação, ele poderia morrer se realmente tivesse perdido tanto sangue quanto achava que tinha. De qualquer forma conseguiu o colocar de pé e ajudar os passos vacilantes a entrar em seu apartamento. Tentou o colocar sobre o sofá, mas o detetive, ou melhor, SeungCheol se recusou dizendo não querer estragar a mobília, a cama também foi recusada e foi quando ele indicou a banheira.

               -A banheira? – olhou para o banheiro – Por que a banheira?

               -Fácil de lavar a bagunça e se eu morrer pode só jogar um pouco de ácido e esperar dissolver.

               -Credo, detetive... SeungCheol. – mesmo não gostando nada da ideia dele o levou para o referido lugar e ajudou que escorregasse pra dentro dela – Confortável? – perguntou ao vê-lo deixar a cabeça se inclinar para trás, a mão livre se agarrando a borda da porcelana com força que deixava os dedos esbranquiçados, a caminhada mesmo que curta parecia ter o cansado.

               -Demais. – ironizou abrindo o olho direito por onde o encarou – Vamos começar?

               -Claro, estou super empolgado para costurar alguém na minha banheira. – rebateu no mesmo tom o fazendo rir. E gemer quando a ação fez doer algo, provavelmente o corpo todo.

               Não estava nem um pouco confortável com aquilo. Não queria um detetive da polícia sangrando em sua banheira e a coisa do ácido caso ele morresse até se tornou uma opção quando se levava em conta aquela parte de não saber como explicar por que tinha um oficial morto em seu banheiro.

               No quarto revirou as gavetas até encontrar o kit de primeiros socorros que a muito tempo não usava, estava meio empoeirado, mas devia servir, só esperava que as pomadas e antissépticos não estivessem fora do prazo de validade, também não queria o matar por envenenamento ou algo do tipo. Usou uma toalha limpa para forrar o chão entre o sanitário e a banheira e espalhou os materiais ali. Prendeu os cabelos em um rabo alto para não atrapalhar.

               -Vai precisar de uma pinça. – disse com a respiração difícil e com os olhos fechados novamente em sua posição com a cabeça ainda jogada pra trás.

               -Ah meu Deus. – olhou pra ele sem acreditar – Sério que levou um tiro?

               -O que acha que estou segurando aqui? Minhas tripas? – apontou o queixo para a mão que pressionava no abdome – Não é tão difícil de tirar. Garanto que sou bom lidando com dor.

               -Estou vendo isso. – calçou um par de luvas nas mão e tentou encontrar o melhor ângulo para começar, não encontrando nenhum pelas roupas – Vou precisar tirar suas roupas.

               SeungCheol sorriu e abriu os olhos, as íris escuras brilhando maliciosas.

              -Queria tanto te ouvir dizer isso, mas em minhas fantasias a circunstancias eram bem melhores.

               -Muito engraçado. – fechou a expressão tentando não ficar vermelho com a insinuação – A coisa é séria. Precisa parar de brincar.

               -Tudo bem dr. Yoon. – arfou se sentando na banheira que começava a se pintar de vermelho e JeongHan nem tentou perguntar como ele sabia seu sobrenome – Mas vou precisar de uma ajuda. Mais uma vez não foi como imaginei você me despindo, mas é o que temos pra hoje.

               -Cala a boca. – disse entre dentes, mas não pode evitar fazer uma nota mental sobre ele o imaginar tirando suas roupas. Então não tinha sido apenas JeongHan que imaginou aquilo.

               Com cuidado ajudou-o a se livrar da jaqueta. Quando ele tirou a mão do abdome pra passar pela manga o sangue escorreu pela coxa e manchou ainda mais a porcelana branca de vermelho. JeongHan apertou o maxilar se perguntando por que aquele tipo de coisa sempre o seguia. Se bem que sua escolha de profissão não tinha sido das melhores quando se pensava por esse ângulo.

               A camisa preta nem tentou tirar apenas pegou a tesoura e cortou o tecido ouvindo SeungCheol reclamar de como era sua camisa favorita, mesmo que JeongHan apostasse que devia ter um guarda roupas cheio delas. Ofegou quando viu aqueles rasgos na pele clara. Alguns pareciam feitos com garras de um animal, outros só poderia classificar como mordidas, mas de todos a que mais lhe preocupou foi o projétil no abdome.

               Ignorou as brincadeiras bobas se concentrando no que tinha que fazer. Desinfetou as mãos e objetos com álcool e mordeu o lábio ao encarar o buraco escurecido que ficou onde a bala entrou. Soprou a franja pra cima já sentindo algumas gotas de suor se formando em sua testa de puro nervosismo respirou fundo e introduziu a pinça no corpo dele. SeungCheol grunhiu quando o objeto metálico foi movido dentro dele até que JeongHan encontrasse o que precisava tirar e quando puxou aquilo pra fora mais sangue escorreu e teve que usar uma toalha de rosto para ajudar a estancar o sangramento.

               Começou a se preocupar ainda mais quando SeungCheol apoiou a cabeça pra trás novamente apenas respirando pesadamente quando a agulha era passada cuidadosamente por sua pele, primeiro fechou o ferimento maior no abdome, onde provavelmente ficaria uma cicatriz. JeongHan sabia que devia doer o que fazia sem a anestesia, mesmo que ele tivesse tentando ser o machão que não reclamava de dor, mas as gotas de suor brotando pelo rosto e torso não o deixava mentir. De qualquer forma só esperava que ele não perdesse a consciência, ou pior ainda, a vida.

               A última sutura foi dada no ombro dele. JeongHan finalmente pode respirar tirando as luvas que jogou no lixo e olhou para SeungCheol que ainda tinha o corpo largado dentro de banheira a mão suja de sangue firmemente agarrada a borda. Sangue vermelho brilhantes manchava várias partes da louça, dos instrumentos que usou, da manga e frente da blusa de JeongHan e do corpo de SeungCheol. Não pode deixar de passar os olhos pelo corpo semi nu em sua frente. O que quer que ele tivesse enfrentado tinha sido forte, isso se fosse apenas um, aquele corpo forte não terminaria com tantos ferimentos em uma briguinha qualquer. Subiu os olhos pelas pernas com vários arranhões superficiais parando na coxa onde seu trabalho cuidadoso tinha fechado três cortes profundos, mas acabou tendo que cortar um quadrado no jeans da calça. O lado direito do abdome mostrava bem o lugar de onde tinha tirado o projétil, agora caído dentro da banheira ao lado dele. O ombro esquerdo estava evidente o que parecia uma mordida de animal funda o bastante para que precisasse de vários pontos. O peito e pescoço também mostrava ferimentos, estes mais leves.

               O viu apertar o maxilar provavelmente de dor e quis ter alguma bebida mais forte que vinho para o oferecer, ou algum tipo de sedativo para que não sentisse tanta dor.

               -SeungCheol... – o balançou de leve pelo ombro bom – Ainda está vivo?

               -Sim...- a voz saiu mais como um rosnado com ele mal abrindo a boca pra falar.

               -Preciso limpar você. – molhou outra toalha de rosto na pia começando a passar pelo corpo ensanguentado - Consegue se levantar e ir pra cama? Vai descansar melhor lá. - viu uma fresta dos olhos se abrindo e teve o pulso preso onde estava antes que começasse de fato a limpar - Não. – tentou o impedir, mas já era tarde demais e SeungCheol já tinha aberto a água da banheira – Isso não vai ser nada bom para os ferimentos.

               -Não se preocupe tanto. Você fez um bom trabalho.

                Mesmo que ele dissesse que estava tudo bem JeongHan ouviu alguns gemidos principalmente quando a água tocou o ferimento mais preocupante no abdome.

               -Merda... – ouviu reclamar ainda apertando os lábios um no outro.

               -Queria ter algo pra dor.

               -Não preciso de nada pra dor.

               -Claro que não. – suspirou revirando os olhos com a teimosia dele – Definitivamente não acho que devia molhar as feridas. Poderia só me deixar limpar e colocar curativos.

               Ele negou.

               -Vou tomar um banho e ... – gemeu quando tentou se mexer – Pode colocar os curativos depois.

                O viu soltar a água manchada de sangue e fechar o ralo mais uma vez deixando a banheira encher. E mais uma vez se recostou com um suspiro como se aqueles pequenos movimentos o esgotasse ainda mais, o que provavelmente era verdade.

               -Confortável? – repetiu com ironia.

               A cabeça virou em sua direção e mais uma vez uma fresta se abriu nos olhos, um sorriso sem mostrar os dentes foi visto.

               -Muito. Não quer se juntar a mim?

               -Tentador, mas... – pegou alguns panos – Preciso limpar a bagunça que fez em minha porta.

               Saiu dali tentando não pensar no corpo bonito em sua banheira. Cada detalhe de Choi SeungCheol era perfeito aos olhos de JeongHan e como sempre se pegava imaginando coisas indevidas, o que nem devia fazer levando em conta que ele estava ferido, mas pensando bem ele também não ajudava com aquelas frases de efeito todas. Mas o fato de SeungCheol admitir ou ao menos insinuar que pensava o mesmo deixava JeongHan com menos peso na consciência.

               Com um balde com água e um pano limpou a poça de sangue em sua porta, encontrando também algumas gotas nas escadas marcando o trajeto dele até aquele andar. Aquilo era muito sangue se contasse com o da banheira e pensar que podia ter sangrado um pouco onde foi ferido e sabe-se lá de onde havia vindo só fazia a preocupação aumentar.

               Esperava também que nenhum vizinho tivesse passado por ali e visto ou poderia ser questionado. Ainda não queria explicar o ocorrido, até por que nem sabia o que aconteceu com ele. Com os panos, e água, sujos de vermelho voltou ao banheiro encontrando-o confortavelmente deitado em uma banheira quase cheia de água. Estava tão quieto que se aproximou mais para ver se estava vivo.

               -Você definitivamente tem um cheiro bom.

                Deu um pulo de susto.

               -E você não se parece nada com o detetive sério que conheci a algumas noites.

               -Você me disse pra não confiar tão fácil nas pessoas. Acho que esse é o caso. – sorriu.

               -Sim estou decepcionado. – pegou uma toalha grande e abriu para ele – Agora já pode sair dessa água e me deixar fazer seus curativos.

               -Claro, dr. Yoon. – se mexeu fazendo agua espirrar pra todo lado e JeongHan ter que o ajudar – Qual seu prognostico para mim?

               -Se você morre eu te mato. - ele riu e acabou colocando a mão sobre o abdome ao sentir dor – Consegue ficar de pé sozinho?

               -Acho que sim. Por que? - o deixou apoiado na parede passando a desabotoar a calça dele que se apressou em segurar sua mão, de novo – O que está fazendo?

               -Tirando essa roupa ensopada e suja de você?

               SeungCheol sorriu.

               -Você é muito mal. Sempre querendo me deixar sem roupas.

               JeongHan revirou os olhos.

                -Pense bobagem quando estiver em condições de ao menos ficar de pé sozinho, ok? – terminou de desabotoar a calça e puxou para baixo o ajudando a passar pelos pés.

                 -Meu corpo está doendo minha mente não?

                  -Bom pra você. – não conseguia abandonar o tom sério e entrar nas brincadeiras dele, estava realmente preocupado que algo desse errado - Estou tendo que te ajudar a ficar de pé sozinho, além do mais acho que está uns dois tons mais branco que o normal. – colocou o braço dele sobre os ombros novamente – Agora vamos pra cama.

                   -Eu estou dizendo... – ele riu – Você fica me provocando e a culpa é minha?

                   -Dai-me paciência meu Deus. – se controlou para não o jogar no chão.

                   No final conseguiu o colocar sentado no colchão, provavelmente a cueca molhada dele deixaria uma mancha em seus lençóis, mas não estava nem um pouco com vontade de tirar mais aquela peça e ouvir mais piadas bobas. Por mais que aquele formigamento ainda aparecesse nos lugares onde suas peles encontravam a situação não era favorável a pensamentos idiotas. A prioridade era o ajudar com os ferimentos, não com seus sentimentos bobos.

               -Agora durma e melhore logo. E por favor não morra não quero ter mais problemas com crimes, ainda mais um policial na minha cama.

                -Pode deixar. – o viu se ajeitar sobre o travesseiro gemendo quando o ombro torceu – Deixando as brincadeiras de lado agora... Obrigado. – voltou-se para ele surpreso – Sério. Eu teria sangrado até a morte se não fosse você. – abriu a boca pra dizer que provavelmente não teria se ferido se não fosse por JeongHan e também para perguntar mais uma vez por que não quis ir para o hospital, mas ele ergueu a mão o parando – Se só mais essa vez puder confiar em mim.

                 Sentado ao lado na beira do colchão JeongHan considerou aquilo por algum tempo. No fundo sabia que o levar para o hospital não seria uma boa escolha. Sendo assim concentrou no fato de que ele estava ferido e JeongHan queria ser médico então precisava cuidar dele.

                -Ok. Vou confiar.

                O fez ficar parado colocando um curativo adesivo em cada um dos ferimentos fazendo uma prece mental para que ele ficasse bem logo, definitivamente teria problemas se algo desse errado. Com dificuldade SeungCheol se ergueu da cama estendendo a mão para coloca a franja alheia atrás da orelha.

                   -Obrigado. – foi puxado um pouco pra frente e teve os lábios selados aos dele uma e outra vez.

                   Aqueles primeiros contatos pareceu realmente apenas um agradecimento pela ajuda e provavelmente para SeungCheol era só isso, mas JeongHan precisava de mais. Odiava o fato de continuar sendo atraído para ele sempre que estava por perto, mas as coisas aconteciam tão naturalmente quando estava juntos que sinceramente não tinha intenção alguma de parar, na verdade nem queria. Precisava do que a presença de SeungCheol oferecia e um incentivo qualquer o faria tomar dele, mesmo que fosse errado. Ou talvez não fosse.

                O beijo de agradecimento se tornou algo mais. Os dois pareciam presos no mesmo lugar, uma bolha onde nada importava além dos dois. O sentiu prender a respiração brevemente abafando um gemido de dor em seus lábios e percebeu que tinha tocado bem perto da ferida do ombro e tratou de descer um pouco a mão. Aquilo podia parecer uma loucura completa, mas só o que queria era tocar e ser tocado por aquele ser em sua frente. Isso era errado? Provavelmente, mas ainda assim queria muito para se interromper.

               -Você precisa parar de pensar muito. – ouviu a voz rouca em seu ouvido os dentes raspando em sua orelha o fazendo prender um gemido de puro deleite – Nem tudo no mundo é errado só por que acontece rápido. Você quer isso? – mordiscou o lobo da orelha antes de se afastar para o encarar – Só responda para si mesmo se quer isso ou não.

               Apertando os lábios um no outro JeongHan analisou o rosto bonito em sua frente. Talvez já fosse o momento de deixar tudo pra trás e apenas pular de olhos fechados, parar de se preocupar e se controlar o tempo todo, era cansativo viver assim. Além do mais precisava do que ele tinha a oferecer.

               "O mundo é mal criança." A voz da mãe o fez fechar os olhos e engolir em seco "Em algum momento vai descobrir que confiar pode te destruir. Que tudo vai tentar te destruir. Quando tiver um momento de alegria é apenas o aviso de mais dor". Se forçou enterrar aquelas palavras que haviam regido sua vida por tanto tempo. Era adulto agora, havia se livrado de sua família e de tudo que ela representava em sua vida. Não precisava mais viver sobre as regras deles, podia pensar por si só. "Há algo escuro dentro de você, menino. Cuidado." Respirou fundo pensando naquelas palavras, talvez realmente tivesse algo escuro em si, mas se eles achavam que tudo era ruim e mal, problema era deles. Naquela noite podia apenas ficar com SeungCheol como se fosse uma pessoa normal gostando de outra pessoa normal. Podia fechar os olhos e se entregar ao momento como JunHui sempre fazia. Ele era feliz sendo como era, coisas ruins não apareceriam apenas por que se permitiu a um momento de felicidade. Seu amigo se permitia se apaixonar e gastar seu tempo com mais que estudos e trabalho, por que não podia fazer o mesmo ao menos uma vez?

               A preocupação com os ferimentos do outro vieram em sua mente e foram embora como uma nuvem passageira, o calor dos lábios selados aos seus tomaram completamente seus pensamentos e o que antes era apenas algo leve tornou-se um beijo que envolveu a ambos em um mundo particular e livre de sangue, balas, linhas, agulhas e feridas. A mão que antes lhe ajeitou a franja e trouxe para perto perdeu-se em sua nuca o fazendo aprofundar o beijo e permitir que a língua do outro buscasse e encontrasse a sua enviando arrepios tão intensos pela coluna que o fez arqueá-la involuntariamente e agarrar-se a ele ignorando a pele machucada. As línguas se embalavam e os dentes puxavam lábios, trazendo-os de volta ao beijo que não tinha fim, as respirações agitadas se chocavam e eram vibrações para os corpos quentes que se arrepiaram ao tocarem com a proximidade. Os dedos de JeongHan tocaram a cintura de SeungCheol com delicadeza buscando a vibração da pele com a ponta dos dedos, sentindo os músculos rígidos e cada terminação nervosa que pulsava junto ao descompasso que eram naquele mar de desejo que causavam um no outro.

               SeungCheol embrenhou os dedos pelos fios da nuca alheia até o elástico que prendia o emaranhado belo de cabelos o soltando e perdendo-se neles com a palma ao trazer JeongHan por ele para mais perto, mais para si, naquela ânsia por mais. Mais daquela boca, daquele cheiro inebriante, da pele quente, daquele corpo colado ao seu que parecia lhe fazer queimar por todos os poros.

                Em agonia o agarrou pela cintura estreita juntando-o mais a si, doía um pouco devido aos movimentos, mas era tudo tão bom que ele acreditava estar ficando entorpecido e aos poucos nada mais parecia machucado, seu foco era apenas JeongHan e na vontade crescente de tê-lo para si.

                 O corpo belo pousou sobre suas pernas e as mãos do de fios longos tocaram suas costas o apertando, separando as bocas e apertando os olhos, como se quisesse recuperar a parte sensata de si mesmo e vislumbrar o que estavam fazendo naquele momento quando instantes atrás o estava costurando dentro da banheira.

               - SeungCheol eu...

               - Não estraga o momento, hum?! _ A voz rouca chegou a pele clara como uma onda de choque, os pelo se arrepiarem e não havia ficado um em seu devido lugar o fazendo ofegar com força.

               A boca quente e carnuda tocou-lhe o pescoço em uma carícia suave, morna, acolhedora, o nariz roçou levemente atrás de sua orelha aspirando o cheiro e a mão acariciava seus fios de cabelo da nuca até às pontas. Seus olhos fechados lhe permitiram sentir mais, aproveitar o dobro e sentir queimar bem abaixo do umbigo com violência e sentir algo subir fervendo pelas pernas.

               - Seu cheiro é tão bom... _ A voz entorpecida de SeungCheol vibrava a veia de seu pescoço.

               - Você sempre diz isso. – riu pensando como estava se acostumando àquela frase estranha.

               - Nunca é demais ressaltar. _ Sentiu o sorriso formar em sua pele e acabou por sorrir em conjunto.


               A fascinação por seu cheiro lhe agradava o ego em demasia, assim como sabia encher os olhos do outro.

               Tomado por uma vontade de controle momentâneo segurou os cabelos de SeungCheol trazendo o rosto dele para junto do seu dando início a outro beijo. Voraz, impetuoso, desejoso, necessitado, buscava trazer para si tudo dele naquele ósculo e a cada entrelaçar de línguas um gemido desprendia-se do fundo de sua garganta perdendo-se na dele.

               Era como se labaredas de fogo estivessem subindo por ambos que eram gasolina pura e logo incendiariam tudo em volta deles, sem arrependimentos. As mãos inquietas do Choi serpenteava por seu corpo em apertos fortes que arrancavam ofêgos de sua garganta, cada parte de si que era tocada por sobre as roupas ansiava por mais e assim que os dedos tocaram diretamente sua pele ela vibrou em uma resposta imediata, centímetro por centímetro de seu corpo pareceu ligar e os pelos subiram imediatamente em um arrepio forte e dolorido o fazendo gemer arrastado pela boca colada a sua.

                 As mãos que deslizavam por suas costas em uma carícia dura lhe davam energia, cada mínimo pedaço de seu ser parecia mais vivo com SeungCheol entregue a si e o desejando como a única coisa possível, seu sangue fervia nas veias. Sua blusa foi retirada, os cabelos bagunçados caindo pelo rosto quando esta passou por sua cabeça, os olhos escuros de SeungCheol em deleite a si, ele o adorava como uma peça rara e antiga encontrada depois de muito perdida, era adoração aquilo que os olhos flamejantes de desejo atiravam em si. Os dedos passaram por sua franja a tirando dos olhos e escorregaram pela bochecha, tocando em seguida os lábios tão belos e desenhados rubros e quentes pelos beijos trocados, o olhar febril corria seu torso desnudo e logo as mãos lhe agarraram a cintura estreita com demasiada força o trazendo para perto, a sensação dolorida do aperto deixava apenas um formigamento e as marcas vermelhas do dedos grandes, suas próprias mãos se apoiaram nos ombros largos e sentiu a ponta fria do nariz alheio tocar a pele de suas clavículas subindo pelo pescoço aspirando o cheiro novamente e tocando o pomo-de-Adão com os lábios entreabertos.


               JeongHan ofegou, a cabeça pendeu-se para trás e os dedos apertaram os ombros do outro, esquecendo-se de qualquer outra coisa, o roçar do nariz sumiu e apenas o da boca ficou, espalhando beijos cálidos pela pele clara e quente, trazendo arrepios e tremores, as veias visíveis e o pulsar frenético delas conforme o sangue circulava com força pela adrenalina do momento de excitação, os dentes de SeungCheol se arrastaram pela pele clara fazendo o vermelho tingi-la e ficar tão belo ali.


               Perdido em algum ponto de sua própria excitação, JeongHan, somente conseguia afundar-se mais e mais nas sensações boas que corriam por suas veias, a vitalidade que aquela ato trazia para si, o calor do outro corpo e o cheiro que SeungCheol exalava pelos poros, a forma com que ele lhe beijava e lambia a pele, era revigorante sentir. Precisava de, e queria, mais do que aquilo, seu corpo pedia e ele cedia ao pedido cada vez que puxava o ar pelas narinas e o cheiro inebriante de SeungCheol se misturava ao seu.

               Em um momento era o alvo das carícias e no outro era ele a proporcionar tais, suas mãos ligeiras corriam pelo corpo esculpido do outro deitado na cama, seus olhos iam aos dele e voltavam ao corpo com marcas, a pele orvalhada de suor, o peito subindo e descendo com força em busca de mais ar. Era quente, abafado, quase sufocante, mas nenhum lugar era melhor do que aquele quarto, aquela cama, aquele homem que lhe encarava fascinado conforme se ajeitava sobre ele deixando os quadris alinhados e se debruçava para beijá-lo de novo e de novo. As roupas eram desnecessárias e ele as arrancou rápido, às suas ao menos, e os corpos bailavam sobre o colchão em um ritmo propício ao prazer de ambos, os cotovelos de JeongHan o mantinham parcialmente erguido e o quadril era segurado por SeungCheol deixando que seus membros se tocassem eretos entre eles proporcionando um certo prazer.


               Ofegante, sem sentir, ou lembrar-se, dor alguma SeungCheol tomou o corpo de curvas estreitas entre os dedos os girando na cama, deixando JeongHan abaixo de seu corpo, com as pernas levemente flexionadas, o joelho do de fios longos acariciava sua coxa e os olhos nublados estavam presos aos seus, as pontas dos dedos faziam desenhos em suas costas e a boca entreaberta deixava que a respiração ruidosa passasse. Sua mão tocou a coxa de JeongHan erguendo a perna até sua cintura, a mão deslizou até o quadril o movendo para si e abaixou-se selando os lábios, a testa colada a dele e os olhos cravados nos dele sem interrupção.


               JeongHan abriu a boca, seu corpo pareceu aquecer inteiro e os dedos se apertaram nas costas suadas e largas, a breve penumbra da dor passou diante de seus olhos permanecendo evidente apenas pelo leve arquear de costas e os olhos úmidos, mas que se mantiveram abertos colados aos escurecidos do ser acima de seu corpo. O gemido gutural veio de SeungCheol, os dedos de uma mão enterrados nos lençóis e os da outra na pele da cintura de JeongHan, seu corpo sofrendo espasmos apenas com o aperto que de prazer que era, finalmente, estar naquele corpo, conectado a ele e muito além dos olhos, era um sensação tão boa que sentia doer na base de sua coluna, como a fincada de uma agulha bem grosseira.


               Moveu-se com cautela, JeongHan não reclamando, mas a boca aberta soltando breves gemidos doloridos, a cada ida e volta de seu corpo era uma sensação diferente para si, como estar completo e pleno, satisfeito em quesitos que não pensou possível acontecer consigo um dia. Um gemido mais alto partiu do Yoon, apenas prazer ali presente, as costas voltaram a sair da cama e ele descolou as testas movendo a cabeça para o lado, seu corpo movendo-se na cama junto ao do Choi por vontade própria e busca de mais, indo atrás de um ritmo que satisfizesse a ambos.


               A cama rangia, os gemidos de ambos tornavam-se sinfonia na noite, as bocas se esbarravam, mas era impossível manter um contato maior do que selares, pois se mover era o único objetivo dos dois ali presentes. JeongHan sentia os olhos revirando nas órbitas, suas unhas causavam mais arranhões no corpo forte acima do seu e ele pouco se importava, SeungCheol parecia tanto ou menos desligado da importância que ele, pois continuava a mover-se inconsequentemente contra ele.

               O suor pingava do corpo de SeungCheol e ele via desfocado, por vezes, enquanto observava JeongHan perdido em prazer, o corpo de trejeitos bonitos com músculos prontos para serem formados e o membro túrgido contra o abdômen, o cheiro que JeongHan exalava era delirante para seus sentidos.

               JeongHan firmou os joelhos no corpo do Choi o derrubando na cama ficando sobre ele, as mãos apoiadas no peito largo, os joelhos firmes no colchão, as mãos de SeungCheol tocaram suas coxas e quadril, os olhos nublados implorando para que ele não ficasse parado ali. Sorrindo com o canto dos lábios, JeongHan retirou os cabelos do rosto, começando a mover-se em um rápido vai e vem, as contrações de seu corpo deixando SeungCheol sem uma escapatória a não ser segurar-se nele e gemer enlouquecido.


               Mais desejo. Mais calor. Mais prazer. Mais rápido. Mais força.

                Tudo mais, seu sangue pulsava nas veias com força e ele podia sentir a pulsação de JeongHan tão alterada como a sua, o corpo movendo-se sobre o seu como uma escultura e angelical, tão perfeito em seus mínimos e perfeitos detalhes. Ergueu-se da cama, ficando sentado, com ele acima de si movendo o quadril, os braços em volta de seus ombros e sua boca voltou a buscar a dele, um beijo ardente e necessitado, a pele sensível dos lábios do Yoon se romperam e SeungCheol sentiu-se esquentar mais com o gosto metálico que invadiu seu paladar o fazendo sugar o lábio inferior de JeongHan até ouvi-lo gemer em um breve protesto. Seus olhos nublam ainda mais, o baixo-ventre se contraindo, os gemidos ensandecidos do Yoon, o barulho das peles, o cheiro que preenchia o quarto, tudo lhe turvava os sentidos e quando deu por si, havia enterrado o rosto no pescoço orvalhado se JeongHan o segurando pelo outro lado e voltado a arrastar os dentes pela pele vermelha, sua língua percorreu as veias altas sentindo a pulsação de cada uma delas. Grunhindo como um animal fora de si, SeungCheol salivou, e JeongHan gritou enterrando as unhas nas costas escorregadias, seu membro entre os corpos pulsou e os respingos de seu prazer molhou a ambos, seu corpo tremia e ele sentia a dor dos dentes de SeungCheol em sua pele somado ao prazer do orgasmo convulso que veio a seu corpo, os olhos se fechavam e o corpo parecia perder forças a cada espasmo que sofria, mas o sorriso permanecia em seus lábios sentindo mais do que deveria ser arrancado de si, dando prazer ao outro logo abaixo que bufava e lhe apertava pulsando em seu interior e perdendo-se no Bel prazer do orgasmo e de seu paladar.




               JeongHan acordou com um sobressalto. O coração batia rápido apesar do corpo calmo e o sentimento de conforto que não sentia a muito tempo. Tentou se mover mas um braço pesado sobre sua cintura o mantinha no lugar.

               Uma praga em voz sussurrada foi inevitável ao olhar sobre o ombro.

               Aquilo tinha realmente acontecido? Soltou mais algumas pragas tentando avaliar em como faria para escapar daquele braço sem acordar o ser ao seu lado. Sinceramente chegou a pensar que não passara de sua imaginação fértil trabalhando para o irritar, mas aquilo que tinha estava completamente fora de controle. E ele ainda estava ferido... Claro que sabia que provavelmente por isso havia o beijado, queria o distrair da dor e definitivamente era o que desencadeou tudo.

               Respirou fundo tentando controlar os batimentos descompassados de seu coração, mas o corpo inteiro estava consciente demais de sua companhia para se acalmar então apenas pegou o braço que o prendia e afastou. SeungCheol se moveu e abriu os olhos sorrindo assim que o viu, mas apenas seguiu dormindo tranquilo agora com a coberta um pouco mais pra baixo e deixando a mostra os ferimentos praticamente curados. Ao menos algo bom naquilo tudo.

               Com cuidado para não o acordar novamente saiu da cama recuperando um moletom em uma pilha precisando ser guardado e passando pelas pernas tentando vestir no caminho até o banheiro. O lugar ainda parecia uma zona de guerra com sua banheira como lugar de sacrifício. O sangue agora seco manchava a porcelana e levou alguns minutos para conseguir limpar tudo. No final ficou apenas com uma saco plástico com o que usou para parar o sangue e um monte de roupas ensanguentadas e rasgadas. Revirou os bolsos da calça encontrando o distintivo de detetive e a arma no coldre. Decidiu colocar as roupas inutilizadas em outro saco plástico e as coisas dele junto com a jaqueta que ainda podia ser usada sobre a beira da banheira. Lavou as mãos e se apoiou na pia com um suspiro foi quando sentiu o sangue deixar seu corpo.

               Levou a mão na lateral do pescoço se aproximando mais do reflexo para examinar as duas cicatrizes pequenas sobre sua artéria não deixava dúvidas de como SeungCheol havia se curado tão rápido. Merda por isso ele nem mesmo reclamou de dor durante tudo. Achou que podia remediar o problema dele enquanto o outro pareceu ter outra ideia.

               Amaldiçoando apagou a luz do banheiro antes de abrir a porta para não o acordar. Se bem que duvidava que ele fosse acordar tão fácil pelas próximas dez ou doze horas.

               De debaixo da cama arrastou a velha mala de couro dando uma rápida conferida no conteúdo. O celular que sempre o incomodava estava bem acima das outras coisas e o pegou antes de voltar a fechar o zíper. Do guarda roupas tirou a mochila já com o restando do que precisava. Rapidamente trocou o moletom por jeans camiseta e um casaco com capuz por cima. Puxou bem as cortinas pesadas de jeito que não entrasse nenhum sol no cômodo, assim como fechou a porta do banheiro onde a janelinha não tinha como cobrir. Deu uma última olhada para o homem adormecido em sua cama. Tinha o querido daquela forma desde a primeira vez que apareceu em sua casa e agora que tinha...

               Fechou a porta do quarto atrás de si com cuidado arrastando a mochila e a mala. Na sala pegou os documentos e o que mais precisava. Não daria tempo de limpar muito o lugar então apenas deixou como estava. Daria um jeito depois.

               Com a mochila nas costas e a mala pesada na mão praticamente correu escadas abaixo logo ganhando a rua. O sol lançava seus primeiros raios sobre a cidade adormecida quando pagou o celular novo e discou o mesmo número que sempre o ligava.

               -Venha me buscar.

               -Onde está?

               -Não finja que não esteve me vigiando esse tempo todo e venha logo.

               Houve uma breve pausa do outro lado antes de um suspiro.

               -Estou indo.

               Voltou a guardar o celular e pegar o que antes usava. Tirou chip e cartão me memória antes de atirar o aparelho na primeira caçamba de lixo que encontrou. Continuou andando tentando colocar alguns metros entre si e seu apartamento, não demorou nem cinco minutos para que o carro preto parasse na calçada. Abriu a porta e entrou no banco do caroja jogando as bolsas no banco de trás. Evitou olhar para o motorista. Sabia que não gostaria da expressão de "eu te avisei" que teria no rosto dele.

               Em silencio o carro o levou para longe de tudo o que tinha sido sua tentativa de vida nova.






"Nota da Mary: Lemon como sempre escrito pela wang tuan minha escritora favorita mesmo que ela não acredite.

muito obrigado aos votos e comentarios e tudo mais, agradeço muito por fazerem a pessoinha aqui feliz <3


Beijos e até o proximo <3"

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