A LOVE AND JUSTICE

By LizMorais

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Regina Mills é uma das advogadas mais renomadas de Nova York no auge dos seus 30 anos. Mas sua vida pessoal e... More

Capítulo 1- Advogando
Capítulo 3 - Liberdade
Capítulo 4- Teto alheio
Capítulo 5 - Descobertas
Capítulo 7- A Festa
Capítulo 8 - Até logo
Capítulo 9 - Mudanças
Capítulo 10 - Irreal
Capítulo 11 - Boa Noite
Capítulo 12 - Cidade Luz
Capítulo 13 - Imaginação fértil
Capítulo 14 - Sentimentos
Capítulo 15 - Inspiração
Capítulo 17 - A viagem
Capítulo 18 - Aquele maldito beijo
Capítulo 19 - Borboletas
Capítulo 20 - Encontros e Reencontros
Capítulo 21- Ressurgindo
Capítulo 22 - Medos
Capítulo 23- Mentira tem perna curta
Capítulo 24 - Somente a verdade
Capítulo 25 - Culpada
Capítulo 26 - Readaptando
Capítulo 27 - Altos e baixos
Capítulo 28 - Possibilidades
Capítulo 29 - Você aceita?
Capítulo 30 - Morangos e Chantilly
Capítulo 31- Intenções
Capitulo 32 - Um príncipe, uma princesa e uma rainha má
Capítulo 33- Um drink e uma conversa
Capítulo 34 - Mamãe
Capítulo 35 - Los Angeles Parte 1
Capítulo 36 - Los Angeles parte 2
Capítulo 37 - A fada do dente
Capítulo 38- Girassóis
Capítulo 39 - Revidando
Capítulo 40 - Dois lados da mesma moeda
Capitulo 41 - Confissões
Capítulo 42 - Reconhecimento
Capítulo 43- Rosas brancas
Capítulo 44- A acusada
Capítulo 45 - Em pratos limpos
Capitulo 46 - Você vai me deixar?
Capítulo 47 - Reajustando
Capítulo 48 - Derrotas
Capítulo 49 - A eleição
Capitulo 50 - Parabéns pra você
Capitulo 51 - Caminhos inesperados
Capítulo 52 - A anfitriã
Capítulo 53 - Um passeio
Capítulo 54 - A espera
Capitulo 55- Impotência
Capítulo 56 - Um último adeus
Capítulo 57 - Formatura
Capítulo 58 - A viagem
Capítulo 59 - Improvisos
Capítulo 60 - O pedido
Capítulo 61- Perdão
Capítulo 62 - Game Over Swan
Capítulo 63 - Game Over Mills
Capítulo 64 - Os votos

Capítulo 2 - Impressões

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By LizMorais

Regina Mills

Trabalhar, mergulhar em processos, casos e esquecer completamente de tudo ao meu redor sempre foi minha melhor forma de lidar com meu emocional. Zelena sempre diz que isso não é saudável e que eu deveria encarar as coisas de frente, mas o que significaria isso? Eu me separei. Deveria baixar qualquer um desses apps de relacionamento e sair ficando com qualquer um que desse match? Ou pior! Me debulhar em lágrimas até ficar desidratada?

A verdade é que o que me resta agora é dar tempo ao tempo. É recuperar aquela mulher que eu era e gostava tanto, é me valorizar mais, me amar mais e talvez algum dia conhecer alguém legal e que me faça feliz. Mas sinceramente se não conhecer tá tudo bem também.

Nessa última semana tem um focado completamente no caso de Emma Swan. Ontem acabei por descobrir onde seu filho está e marquei de ir visitá-lo em algumas horas. Enquanto isso eu tenho trabalhado arduamente para libertar sua mãe.

Quase todos os dias tenho feito visitas a ela, obviamente sua paciência está quase nula e seu ânimo praticamente não existe mais. Ela não come não dorme chora todos os dias e pergunta pelo filho.

Por mais que Graham tente me convencer de que ela é culpada eu consigo ver sua inocência. Sou completamente experiente para saber quando alguém mente para mim e quando alguém fala a verdade. Mas não discuto com ele afinal são só assuntos que ele puxa para conversar comigo. Ele não se importa com o Emma ou com o filho dela. Já eu, fiz esse caso quase como algo pessoal.

~•~

- Deixe eu adivinhar! Você não virá almoçar hoje de novo? - Zelena indaga do outro lado da linha com sua voz de brava.

- Zel...- Prometo que hoje é o último dia. Acabou que precisei marcar uma reunião com o juiz Gold e ele só tinha o horário do almoço disponível. - Falo arrumando minhas pastas.

- Pelo menos me promete que vai comer algo? Eu estou preocupada com você. Desde o dia do divórcio. Você tem andado estranha. - Minha irmã diz. Dou um longo suspiro. Ela tem razão. Mas não pelos motivos que imagina.

- Zel, juro para você que isso não tem nada a ver com o Robin. Apenas peguei um caso e preciso resolver o mais rápido possível. Depois sou toda sua. - Explico.

- Hum... Se aqui fosse "Game Of Thrones" eu teria achado essa última frase muito mais interessante. - Minha irmã fala soltando uma gargalhada contagiante.

- Credo Zelena! - Digo rindo também.

- Bom vou te deixar trabalhar. Amanhã iremos almoçar juntas! - Minha irmã disse completamente autoritária.

- Sim senhora! Eu juro! - Falo.

- Beijo na bunda! Amo você Sis!

- Também te amo Zelena incestuosa. - Digo e ouço ela explodir em outra gargalhada.

Assim que desligo o telefone. Saio do meu escritório e vou ao encontro de um grande amigo Juiz. Ele me deve vários favores e se eu estiver certa daqui mais algumas horas Emma Swan e seu filho estarão juntos novamente.

~•~


São 15h quando estaciono em frente ao orfanato católico em que consta que o Henry está.

Explico toda a situação para a madre superiora, juntamente com documentações e sou autorizada a entrar.

- Como ele está? - Indago a uma jovem freira que foi designada a me acompanhar.

- Ele sente muita falta da mãe. Não come direito e nem dorme. Nós tentamos de tudo, mas o pequeno está irredutível. - Ela diz com uma voz suave e levemente irritante.

- Então ele é muito parecido com a mãe. Ela está na mesma situação. - Falo e ela me encara me fazendo parar.

- Sei que não é da minha conta, mas...Acha que ela é inocente? - A jovem pergunta dois tons mais baixo do que antes.

- Ela é. Já vi pessoas culpadas demais. Conheço até o olhar, pode ter certeza que ela é inocente. - Digo e ela sorri.

- Deus diz para não julgarmos ninguém, mas jamais me sentiria em paz em saber que aquele garotinho pode voltar para um lar perigoso. - A moça explica parando em frente a uma porta.

- Fique tranquila irmã, com a mãe ele estará mais seguro que em qualquer outro lugar. - Digo e ela acente.

- Esse é o quarto em que ele está. Deixarei vocês conversarem. Qualquer coisa estou a disposição logo ali. - Ela diz apontando para bancos próximo a um parquinho.

- Ok! Muito obrigada!

Após a freira se afastar, bato na porta e abro um pouco. Ao longe vejo um garotinho cabisbaixo.

- Oi Henry, posso entrar? Pergunto colocando meu rosto pela fresta. Ele apenas olha pra mim e assente. Me aproximo dele e sento na cama ao seu lado.

Ele é um garotinho pequeno de pele clara, seus cabelos são lisos e castanho escuro, do mesmo tom de seus olhos. O que me faz constatar que ele puxou ao pai, pois não tem os cabelos loiros e nem os olhos verdes de sua mãe.

-Por que está sozinho Henry? -Indago olhando ao redor.

-Estou triste porque levaram a minha mamãe. -Ele diz ainda com a cabeça baixa. Meu coração nesse momento fica apertado.

-Eu sei amor, eu vim aqui falar da sua mamãe. -Digo e na mesma hora ele põe seus olhos em mim.

-Você sabe onde ela está tia? - Ele pergunta e sorrio ao ouvir o "tia"

-Sei sim, sua mamãe não pôde vim aqui agora, mas pediu para eu vim ver como você está e te falar para você ser um menino bonzinho com as moças aqui e que logo, logo ela vem te buscar. -Falo pegando sua mãozinha.

-Minha mamãe vai vim logo? -Ele pergunta e pela primeira vez ele sorri. -Promete de dedinho tia?

-Prometo sim meu amor. -Falo fazendo um X com os dedos e beijando. -Agora que tal você brincar Henry?

- Posso levar meu bonequinho do homem aranha? - Ele indaga me fazendo sorrir.

- Pode sim garoto! - Digo e ele sai correndo. Não antes de me dar um beijão na bochecha que me faz sorrir largamente.

Saio do quarto e vejo a jovem freira me olhar surpresa e então ela sorrir e agradece.

Explico os próximos passos do processo a Madre superiora e peço para que não deixe ninguém levar o Henry. Deixo meu contato para qualquer coisa ser a primeira notificada. Não sabemos onde o Neal está e nem quais são os seus planos.

Estou disposta a recupera-lo mais do que nunca.

~•~

Ao chegar em casa me sinto extremamente cansada, mas motivada a resolver isso mais do que nunca. Zelena fica duas horas falando sobre como eu devo me cuidar e não deixar que o Robin me faça acreditar que não mereço mais do que ele foi e mais um trilhão de coisas até que resolvo parar de fingir que estou prestando atenção e vou direto para minha banheira.

Me sinto segura. Fecho meus olhos e respiro fundo. Decido pensar em mim por um momento. Em que eu quero e no que imagino para mim em 5 anos. Na área profissional não desejo muitas coisas além. Sou uma advogada renomada. Trabalhei em casos complexos e ganhei causas consideradas perdidas. Sou reconhecida e admirada. São coisas que não costumo falar em voz alta, pois não quero parecer prepotente ou narcisista, mas sei o quanto dei duro para conseguir tudo o que conquistei.

No âmbito pessoal é onde está toda a bagunça. Não faço ideia de como estarei daqui a 5 ou 10 anos. Em meus 35 anos, acabei de me separar. Não tenho filhos, me sinto perdida. Sinto que agora só sou eu contra o mundo.
Pretendo voltar a me exercitar e cuidar mais da minha saúde, talvez fazer consultas em um psicólogo e entrar na fila de adoção, afinal ser mãe é um dos meus maiores sonhos e pretendo realizar com ou sem alguém.

De repente meus pensamentos são direcionados a Emma, tento me colocar em seu lugar imaginar tudo que ela está passando, imaginar como é ficar sem meu filho e sem ao menos saber para onde ele foi levado.

Ela é uma mulher tão nova e já passou por coisas tão horríveis. Talvez se ela não tivesse vivendo em um mundo com poucas oportunidades para muitos, estaria hoje em uma condição totalmente diferente. Afinal em nossas poucas conversas pude perceber o quão inteligente e capaz ela é.

Talvez tenha sido algo do acaso do destino mas pretendo ajudá-la.

Suspiro fundo e deixo meu corpo imergir completamente na água para que assim me sinta completamente abraçada.

~•~

Emma Swan Cassidy

O silêncio completamente perturbador da prisão a noite é algo que eu nunca irei esquecer. Estou em uma cela completamente sozinha, escura e com uma estranha umidade.

Uma semana se passou, mas para mim parece uma eternidade. A doutora Regina veio aqui algumas vezes. Disse que está fazendo o possível e também que finalmente descobriu onde está o meu Henry.
"É um orfanato católico, ele está sendo bem cuidado." - Foram suas palavras que finalmente me fizeram soltar o ar angustiado que estava presa a mais de 7 dias.

Espero que sim, não gosto de orfanatos e tenho motivo para isso. Não vejo a hora de abraçar o meu garoto. O pior castigo de uma mãe é deixarem seu filho longe dela.

Como uma tentativa de não enlouquecer aqui dentro pensei muitas vezes em tudo o que farei assim que sair daqui. Voltarei para minha casa, irei procurar um emprego e me afastar o máximo possível de qualquer coisa ligada ao imbecil do Neal.

Deveríamos ser uma família, que trabalha de forma honesta para conquistar uma vida boa. Sempre me envergonhei de todas as vezes em que precisei roubar comida ou um casaco. Mas infelizmente existem algumas situações em que nos fazem chegar a esse ponto. Mas sai disso faz tempo e jamais me permitirei voltar a essa vida.

O Neal sempre teve muita ambição, pensando agora de forma clara lembro-me de todas as vezes em que ele falava que teria um carro mil vezes melhor , uma casa mil vezes melhor, que seria respeitado em qualquer lugar que fosse. Sempre o incentivei a trabalhar para isso. Que ingenuidade a minha.

Agora sou uma mãe solo com filho de 4 anos, que irá precisar batalhar para criá-lo de forma que ele nunca considere fazer o que o pai dele fez. Imagino que o Neal deve saber o que aconteceu comigo. Me pergunto se ele sente alguma culpa, senão por mim, pelo seu filho. Em partes eu desejo que sim, mas em outras espero que ele nós esqueça, afinal é isso que eu pretendo fazer. Espero tirar seu sobrenome maldito o mais rápido possível.

Serei somente o meu filho e eu.

Mas além de Henry, Regina vem ocupando muito meus pensamentos nos últimos dias.

Ela foi um anjo que apareceu em minha vida. Surgiu do nada e se dispôs a me ajudar sem me cobrar nada. Me sinto mal por não poder pagar por seus serviços, soube que ela é realmente uma das melhores advogadas do pais.

O delegado fez questão de deixar isso muito bem claro ao insinuar que eu estava envolvida com algo muito maior do que eles imaginavam e dizer que eu estava muito enganada ao pensar que iria escapar dessa situação mesmo sendo defendida por Regina Mills.

Confesso que sai do interrogatório completamente apavorada, mas todas as vezes em que conversava com ela sentia a esperança e confiança que ela queria me passar.

- Eu vou te tirar daqui. - Sua voz tranquila e firme me disse enquanto ela me encarava com aqueles olhos negros.

Pelo jeito ela não é uma mulher linda somente por fora. - Penso relembrando sua aparência.

Ela tem pele clara, parece macia e ela tem um cheiro maravilhoso. Seus cabelos são negros e longos...Mas o que me causa algo são seus olhos instigantes. Sempre que ela me olha sinto algo que não consigo explicar.

Regina é o retrato de uma mulher poderosa, daquelas que vemos em revistas ou descritas em novelas. Com seus ternos feitos sob medida e um ar de completa confiança de que acredita piamente em si mesma e em suas capacidades.

Mas sinto que talvez nem tudo esteja bem em sua vida, em alguns momentos quando ela está concentrada e posso observa-la sem parecer estranha, percebo as olheiras e um semblante cansado que ela sabe esconder muito bem.

- Regina Mills... Você é um mistério para mim. - Digo para mim mesma.

Mas nesse momento é a única pessoa em que posso confiar, e que tenho que acreditar que irá fazer por mim o que muitos não fizeram.

Talvez seja minha sina ser ajudada por pessoas estranhas.

De quais formas poderia agradecer a Regina tudo que ela tem feito por mim?

É essa a pergunta que tem me deixado horas em claro.

💜

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