Mulher no Poder (Em Revisão)

By rachelmps

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Melanie Fiorenzza tem 22 anos, é a filha mais nova do chefe da máfia italiana. Seu pai, o líder, está tentand... More

Sinopse
Prólogo!
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Aviso
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Eu e Ele
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Agradecimento 💜
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By rachelmps

Melanie

Abro os olhos, o quarto ainda está escuro, mas as cortinas negras da suíte de Silas cobrem as portas de vidro.

Olho para o lado, e o vejo sentado na cama, me olhando.

- Oi - sussurro.

- Oi - ele diz - Está com fome? Sede? Com dores?

- Eu estou bem - asseguro - E você?

- Bem.

Ficamos em silêncio por um tempo, apenas observando um ao outro.

Percebo que ele está mais recluso que o normal, será que ele se culpa? Ou ele ainda não se recuperou também?

- Eu preciso ir ao banheiro - digo.

Ele se levanta na mesma hora, e me ajuda a caminhar até o banheiro.

- Eu vou ligar e pedir nosso café da manhã - ele avisa quando eu começo a lavar o rosto.

Aceno e apenas olho quando ele volta para o quarto.

Suspiro e olho para meu reflexo pela primeira vez.

É com surpresa que eu vejo a mim mesma. Eu estou feia, e estranha. Meu lábio está inchado e cortado. O lado esquerdo do meu rosto está roxeado. Meus olhos estão vermelhos. Meu cabelo está apenas embaraçado, porque Silas o lavou ontem.

Meus pulsos ainda estão sensíveis. Espero que a pomada que o doutor indicou realmente resolva.

Faço xixi, lavo as mãos, e volto para o quarto.

Encontro Silas organizando uns papéis em cima da mesa.

- O que é isso? - pergunto curiosa.

- Uns documentos e ordens que eu devo entregar a meu braço direito, ele irá me substituir essa semana - ele explica.

- Dante é seu braço direito?

- Não, meu primo Paul.

Aceno.

- Eu lembro dele - murmuro - Ele é...

- Assustador - ele finaliza por mim e me dá um meio sorriso - É bom para o trabalho.

Aceno e retribuo o sorriso dele.

- Por falar em meu irmão, ele será punido pelo que fez com você.

Não respondo nada.

Batem na porta.

- Deve ser nosso café da manhã - ele retira os papéis da mesa e os coloca em cima de um criado mudo. Em seguida, abre a porta.

Uma funcionária entra arrastando um carrinho, ela o coloca ao lado da mesa. Pede licença, e se vai.

Me sento a mesa.

Silas retira as bandejas do café da manhã.

- Mingau de aveia para você - ele coloca o prato em minha frente. Faço uma careta.

- São ordens do doutor - ele diz - Água de coco.

Suspiro e como um pouco do mingau. Não é ruim, mas também não é gostoso, mas como mesmo assim.

Silas se serve da mesma coisa. Ele come sem fazer careta. Percebo que ele está mais pálido, e se movendo mais lentamente.

- Você está bem? - pergunto - Realmente bem?

Ele para de comer, e me encara por alguns segundos.

- Sim, mas sinto meu corpo mais fraco, Túlio disse que eu apenas preciso focar em uma boa alimentação e exercícios físicos.

Aceno.

- Alguma novidade sobre o responsável por isso?

- Alguns suspeitos, mas eu sei que não foi ninguém da família, tenho um palpite sobre alguns funcionários, mas eu preciso de provas - ele volta a comer.

Entendo isso como sinal de encerramento do assunto, volto a comer também.

♧◇♡♤

Após tomarmos banhos juntos. Silas me ajudou a lavar meus ferimentos.

Eu me vesti com um vestido azul de algodão, ele disse que pediu que Gina trouxesse hoje cedo.

Ele disse que iríamos a enfermaria da casa. Ele pegou os papéis que estava separando, e os colocou em uma pasta preta.

- Vamos - murmura.

Caminho lentamente ao lado dele, enquanto vamos ao 2 andar. Ele para em frente ao escritório.

Congelo no lugar.

Foi por aqui que Dante me levou para o andar subterrâneo.

Silas vê que eu parei, ele se aproxima.

- Eu preciso falar com Paul antes de irmos ver o doutor Túlio - ele me explica - Você pode esperar aqui fora se entrar te deixar desconfortável.

Balanço a cabeça.

- Estou bem.

Respiro fundo.

E o sigo para dentro do escritório. Dentro estão Paul, que eu já conheci, mais dois homens e uma mulher que eu nunca vi antes.

Ele param as discussões quando entramos.

- Capo - eles cumprimentam.

Silas apenas acena com a cabeça. Ele anda até Paul e o entrega a pasta preta.

- Aqui está tudo que você vai precisar por essa semana.

Paul pega a pasta e observa os papéis que estão dentro.

- Você tem certeza que não poderá resolver as coisas com a fronteira essa semana?

- Não, eu preciso cuidar da minha esposa.

Todos me encaram.

Deixo minha expressão neutra, mas por dentro? Eu estou pirando. E totalmente surpresa com a resposta dele.

Silas está carinhoso comigo, atencioso até. Será que ele se culpa pelo que o irmão fez comigo?

- Tudo bem, eu resolvo - diz Paul, ele se vira para mim - Bom te ver, Melanie.

- Você também - respondo.

Ele acena.

Silas vem em minha direção, pega minha mão e saímos do escritório.

A enfermaria é como um consultório normal. Paredes brancas, móveis em tons frios, mas é muito calmo. Sem recepção, apenas duas enfermeiras e o doutor Túlio trabalham.

- Olá - ele diz quando nos vê.

- Oi - sussurro.

- Venham, entrem, eu vou coletar o sangue de vocês para o exame - ele nos guia para duas cadeiras.

As enfermeiras se aprixamam.

Uma enfermeira retira a minha, enquanto o doutor retira o de Silas. Mordo a bochecha com a picada da agulha para não gemer.

Rapidamente ela coleta, e se afasta.

- Quando eu tiver com os resultados, eu os comunicarei - ele explica, ele me entrega a pomada - Sempre reaplique ela.

- Certo, obrigada.

- Obrigado - diz Silas.

Nós dois saímos da enfermaria.

- Quer dar uma volta? - me pergunta Silas - Ou ainda não se sente bem o suficiente?

- Sinto meu corpo dolorido - admito - Podemos ir a biblioteca ao invés disso?

- Sim - ele confirma.

Nós dois seguimos em silêncio para o local.

♡◇♧♤

A noite, Silas e eu estamos jantando na suíte dele, ou nossa agora, já que ele pediu que todas as minhas coisas fossem trazidas para cá.

Estou comendo a mesma sopa de ontem, mas é preferível ao mingau do café da manhã.

- Obrigada por hoje - digo quebrando o silêncio - Eu gostei de ter passado o dia hoje com você, acho que foi a primeira vez que ficamos tanto tempo juntos.

Ele me encara.

- Verdade - admite - Como capo, eu estou sempre tomando todas as decisões sobre tudo, liderando a todos. Sinto muito que não tivemos lua de mel.

- Está tudo bem - sussurro - Não pensei que teríamos de qualquer forma, mama e papa sempre reclamam que não tempo um para o outro.

Ele acena.

- Nós temos umas casas de lago no interior, quando você melhorar quem sabe podemos ir.

Sorrio com a ideia.

- Sério? Eu iria adorar.

Ele abre a boca para responder, mas batem na porta.

Ele se levanta rapidamente.

- Eu volto logo - ele abre a porta e sai tão rápido que não vejo quem bateu.

Termino minha sopa.

Vou ao banheiro, e reaplico a pomada em meus ferimentos.

Em seguida, vou para a sacada do quarto. O vento gelado em meu vento é bem vindo, e está uma bela noite.

Observo a lua e as estrelas no céu.

Respiro fundo, o ar gelado me dá arrepios, mas eu gosto. É bom ter um momento de paz, principalmente no mundo onde eu vivo.

Vendo as árvores lembro de minha mãe, ela adora cuidar do nosso jardim, ela diz que é o momento que ela coloca os pensamentos dela em ordem. Eu sinto a falta dela, muito. Preciso de seus conselhos e ouvir a voz dela, ela sempre sabe o que dizer.

- Você vai pegar um resfriado - diz Silas.

Me viro, e o vejo me observando, estava tão absorta em meus pensamentos, que não o ouvi chegando.

Ele coloca uma manta de lã azul em meus ombros.

- Obrigada - sussurro.

Ele acena e olha para o céu, assim como eu estava há alguns segundos.

- Eles descobriram quem colocou o veneno na comida - ele diz.

O encaro.

- Quem? - pergunto.

- A cozinheira chefe, Zélia.

Estou em estado de choque. Eu sabia que ela não gostava de mim, e odiava os italianos, mas tentar me matar? E por isso, quase matou Silas.

- Vocês têm certeza?

- Absoluta - ele diz - Ela aparece nas câmeras, e Paul achou o veneno nas coisas dela.

Meu Deus. Ela fez isso apenas por odiar os italianos? Que absurdo.

- O que fará com ela?

- Será punida - ele diz friamente - Ela tentou te matar, ela quase me matou. Todos os funcionários sabem as consequências para traição.

Tremo, mas mesmo assim pergunto.

- Você vai matá-la?

- Sim.

Ele me encara friamente. Não há as emoções de minutos atrás de quando estávamos jantando, nem gentileza. Esse é Silas sendo o chefe da bravta.

- Eu quero ir - peço - Eu quero ver... ver ela sendo punida.

- Não é boa ideia.

- Eu quero - insisto.

- Tudo bem, mas se você não se sentir confortável, você sai.

- Tudo bem. Quando será?

- Na madrugada, antes do amanhecer - ele diz - Paul a está levando ao andar subterrâneo agora, ele vai interrogar se ela fez tudo sozinha.

Estremeço.

- Vai... vai ser no andar subterrâneo?

- Sim, você está bem para voltar lá?

Balanço a cabeça.

- Eu consigo - sussurro.

Eu consigo, eu consigo, eu consigo, eu consigo, eu consigo, eu consigo.

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________________________________________

Oi. Votem e comentem o que estão achando ;)

Novo Capítulo Domingo.

Estou muito atarefada ultimamente, por isso, quando eu estiver com tempo, eu irei realizar uma maratona de capítulos. Por exemplo, postar um capítulo por dia, durante uma semana.

Vocês gostam da ideia da maratona?

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