Mulher no Poder (Em Revisão)

By rachelmps

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Melanie Fiorenzza tem 22 anos, é a filha mais nova do chefe da máfia italiana. Seu pai, o líder, está tentand... More

Sinopse
Prólogo!
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Aviso
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Eu e Ele
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Agradecimento 💜
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By rachelmps

Melanie.

É hoje, finalmente o dia chegou.

12 de junho, "dia da Rússia" como é conhecido no país do meu marido.

Eu acordei cedo. Liguei logo para a portaria e autorizei a entrada das entregas, dos músicos e da arrumação. Avisei também que terá uma entrega especial as 14h, e devem ir para cozinha.

Depois disso, eu tomo um banho rapidamente, e visto uma roupa confortável.

Estou terminando de ajeitar meu cabelo quando Gina entra com meu café da manhã.

- Bom dia - digo.

- Bom dia, senhora - ela diz e coloca a bandeja em minha cama.

- Obrigada, por favor, oriente os outros funcionários com as montagens do palanque e arrumação das mesas.

- Sim, senhora - ela diz e vai.

Eu chequei a previsão da semana, e graças a Deus, não irá chover, e terá um clima agradável, o verão é muito bom. Olá sol!

Pego meu celular e ligo para os músicos, confirmo o horário que eles chegarão, e peço que eles cheguem um pouco mais cedo.

Desço e vou para a área externa da casa. Avisto os funcionários montando tudo, o palanque, as mesas, as tendas. Eu olho para o céu azul e fico feliz que o dia está bonito. E isso me dá esperança que tudo vai dar certo.

Respiro fundo o ar limpo do campo, e entro novamente na casa.

E para minha surpresa, avisto meu marido.

- Bom dia, marido - cumprimento-o.

- Bom dia, esposa - ele retribui.

Coloco um sorriso doce em meu rosto.

- Seu tio já chegou?

- Sim, hoje pela madrugada - ele responde e observa meu sorriso - Ele está descansado para as festividades do dia. Está tudo bem?

- Claro - abro um sorriso maior - Tudo conforme o planejado.

Me aproximo dele inocentemente.

- Aproveitando que está aqui... você... você pode me fazer um pequeno favor?

Ele estreia os olhos para meu pedido, e minha maneira de agir docemente.

- Um pequeno favor?

- Sim - confirmo - Eu preciso dar umas ordens finais a cozinheira, mas meu russo ainda não está tão bom. Você pode traduzir?

Sorrio docemente.

Ele ainda me olha indeciso.

- Por favor - mordo o lábio e aguardo a resposta.

Finalmente ele responde:

- Tudo bem.

Nos dirigimos a cozinha. Ele coloca uma das mãos em minha costa, e eu aprecio o gesto.

Quando entramos. Percebo que a cozinha está cheia e a todo movimento como no mesmo dia em que vim com Gina. Mas dessa vez, quando vêem o patrão, todos ficam apreensivos e observadores.

Ao se aproximar da cozinheira, vejo que ela está no canto de sempre, quando nos vê, ela arregala os olhos e se levanta.

- Meu senhor - ela fala em russo.

Agradeço por entender.

Silas a cumprimenta, e se vira para mim esperando minhas instruções.

Estou sorrindo por dentro quando digo:

- Peça que ela e os funcionários esvaziem a cozinha após as 14h, depois que o almoço for servido.

Ele assente e traduz.

Ela olha de mim para ele insatisfeita quando ele fala minhas ordens.

- Meu senhor, as últimas refeições da celebração ainda não estão finalizadas, eu precisaria de pelo menos mais uma hora.

Obrigada dicionário, obrigada curso online e obrigada Gina por me ajudarem em meu russo.

- Ela diz que precisa de mais uma hora para finalizar os últimos preparativos para a celebração - ele traduz, mas eu já havia entendido.

- Eu entendo, mas eu preciso da cozinha vazia para alguns preparativos que eu mesma tenho que fazer para hoje.

Ele franze o cenho.

- Você? Por que você mesma irá fazer?

Suspiro.

- Isso importa? É inegociável - digo - Diga a ela que é inegociável, a cozinha deve estar vazia as 14h.

Ele não discute e traduz para a cozinheira.

- Minha esposa, sua patroa diz que você irá esvaziar a cozinha as 14h sem negociações - ele diz duramente - E além disso, espero que lembre disso Zélia, não deve contestar uma ordem de minha mulher no futuro, ela é a senhora Nikov agora.

Ela assente e pede desculpas.

É errado querer rir na cara dela? Mas eu me controlo e saio da cozinha escoltada por meu marido, com um resto neutro e sereno.

Mas por dentro eu doou gargalhadas de triunfo. 

♡♤◇♧

Às 14h, eu e Gina estamos na cozinha quando o caminhão chega.

Saem de dentro, varios funcionários e funcionárias carregando caixas, que eu sei que contém ingredientes para as comidas italianas.

- Senhorita Melanie Nikov? - me pergunta uma mulher.

- Sim, Melanie está bom.

- Certo. Eu sou Maria, estamos esperando suas ordens.

- Eu gostaria que fizéssemos lasanha, espaguete e palha italiana, mas só temos 1 hora. Vocês dão conta?

Ela assente com a cabeça.

- Claro - ela grita para os funcionários em italiano - Atenção, pessoal, lasanha, espaguete e palha italiana. 1 hora. Movam-se rápidos.

Vou até o canto da cozinha e pego um avental.

Maria e Gina arregalam os olhos surpreendidas.

- Eu vou ajudar - digo determinada - Só me diga o que tenho que fazer - peço a Maria.

Foi uma confusão rápida e eficiente, mas conseguimos, eu acho que atrapalhei, mais do que ajudei, mas estou feliz de ter participado.

Além disso, fiquei feliz em conversar em italiano, eu tinha esquecido como eles eram quentes e amigáveis. Ao contrário dos russos, frios e duros como gelo.

- Gina, chame alguns funcionários que você confie para colocar essas comidas junto as outras.

- Sim, senhora.

Vejo que ela está tão esgotada quanto eu, trabalhamos duro nesses 2 meses.

- Gina, não sei como conseguiria sem você, sinto que posso confiar em você.

Ela me olha entre envergonhada e surpresa com minhas palavras.

- Obrigada, senhora. Eu a considero uma amiga.

Sorrio.

- Obrigada a você, é a minha única amiga nessa casa.

Olho no relógio e vejo que já são 15h.

- Eu tenho que ir - murmuro.

- Tchau, senhora - ela se despede.

♡♤◇♧

Me arrumo com pressa, infelizmente, o tempo passou mais rápido do que eu imaginei. Vesti um vestido midi floral e sapatilhas. Prendi o cabelo em um rabo de cavalo e desci.

Encontrei todos na area externa. Alguns familiares já chegaram, e me encaram de forma hostil. Os ignoro e vou falar com a banda, que está montando os instrumentos no palanque.

O sol de fim de tarde está gostoso.

- Oi - os cumprimento.

- Olá - eles respondem animados.

- Por favor, sigam a lista de canções, para esse pessoal, algumas músicas são importantes.

- Pode deixar - um dos músicos responde - Faremos como o combinado.

- Obrigada - digo.

Vejo meu marido vindo para a área externa, acompanhado da mãe, o irmão Dante, o primo Paul e um senhor mais velho, deve ser o tio.

Me aproximo deles com um pequeno sorriso.

- Olá - os saudo em inglês.

- Tio Viktor, esta é minha esposa Melanie - diz Silas.

Antes que eu ou o tio Viktor possamos dizer alguma coisa um ao outro, minha querida sogra abre a boca.

- Esta é a mulher que abre as pernas para meu filho enquanto brinca de casinha - ela diz em russo.

Para o azar dela, eu entendi cada palavra.

Silas abre a boca para responder a mãe, mas eu faço primeiro.

- Querida sogra - respondo em russo - Eu nunca brinquei de casinha, eu semprei achei essa brincadeira sexista, mas seu filho pode garantir que adora estar entre as pernas da esposa.

Minha sogra arqueja com minha resposta, ela me olha perplexa.

Todos me olham boquiabertos.

Mas eu abro meu clássico sorriso doce de garota inocente e boca.

- Senhor Viktor, é um prazer conhecê-lo - estendo a mão - Espero que goste de tudo, eu fiz pensando em sua vinda.

Ele aperta minha mão fortemente.

- Parece-me... - ele diz em russo - que meu sobrinho casou com uma caixinha de surpresas.

Dou uma risada angelical.

- Impressão sua, eu sou a pessoa mais previsível dessa casa.

Ele sorri para mim.

E percebo que ganhei a simpatia dele. Talvez um aliado para o futuro. Nunca se sabe.

Os músicos começam a cantar o hino russo, e logos todos acompanham.

Em seguida, eles seguem a cantar músicas mais aninadas. E os parentes mais jovens começam a dançar, ou circular pela área se servindo de comida ou conversando.

- A comida vocês mesmos podem se servir - explico em russo - Mas as bebidas os funcionários servem o que vocês pedirem.

- Licença, um minuto - diz Silas e me arrasta com ele enquanto se afasta de sua família.

Andamos até uma área mais calma da festa, perto da entrada dos serventes.

Sozinhos, ele se vira para mim e me analisa antes de falar:

- Você me surpreendeu.

- Sério? - coloco a mão no peito tocada  pelas palavras - Que bom, eu espero que você ficou, porque é muito ruim duvidar de uma Fiorenzza, mas de uma mulher...? É muito pior, nós podemos fazer qualquer coisa e...

Sou interrompida porque ele me beija.

Ferozmente, com paixão.

Quando nos afastamos ele diz:

- Querida, você ganhou.

Dou uma risada.

- Palavras que  eu adoro ouvir - me aproximo dele e o beijo rapidamente.

Nós dois voltamos para a celebração.

Silas senta-se a uma mesa com o tio e começam a conversar de negócios.

Me desligo da conversa e observo a celebração, alguns estão dançando, outros se servindo e comendo, alguns sentados conversando, ou namorando.

Os dois ainda estão conversando, entendiada e com fome, eu observo a mesa de comida, e percebo que está mais vazia agora que antes.

- Eu estou com fome - anuncio.

Me levanto e vou me servir.

Eu vejo tristemente que ninguém se serviu da comida italiana. Não sabem o que estão perdendo - penso.

Me sirvo de uma boa quantidade de espaguete, o cheiro está delicioso.

Volto para a mesa e vejo que Silas está sozinho, bebendo um wisky e observando todos se divertirem.

O céu já está está escurecendo. Já já queimarão os fogos de artifício.

Me sento ao lado de Silas, ele me olha comer e não diz nada.

Ainda nem estou na metade de terminar meu prato quando os músicos param de tocar.

- Pessoal, agora faremos uma pausa para a queima de fogos. Aproveitem o espetáculo - informa o vocalista.

Segundos depois, o primeiro fogo de artifício ilumina o sol. É dourada, e dá constraste com o céu escuro.

Lindo - penso admirida.

Em seguida, começam vários, de todas as cores, e colorem o céu.

Todos se levantam e se afastam das mesas, para melhor observar.

Deixo meu prato ainda com comida, e sigo as pessoas. Silas vem atrás de mim.

Seguro a mão dele, e para minha surpresa, ele não a solta.

Sorrio e olho para cima, junto com todos.

Silas aproxima a boca da minha orelha e sussurra:

- Obrigado, por hoje.

Olho para ele surpresa, e sorrio.

- De nada - sussurro de volta.

Quando os fogos terminam, a música reinicia.

Eu e Silas voltamamos para a mesa. Meu espaguete ainda está do mesmo jeito, eu só comi duas garfadas.

- Estou com fome - diz Silas e olha para minha comida - O que é isso?

- Espaguete, você quer? - ofereço minha comida.

Ele confirma, pega o garfo e come um pouco.

- Delicioso - ele elogia, antes de dar uma segunda garfada, o irmão dele chega até nós dois.

- Olá - ele acena para mim e sorri. Eu fico surpresa em como ele é mais aberto e sorridente que meu marido.

- Oi - cumprimento.

- O quê? - Silas pergunta.

- Eu só queria te pedir que revisassemos alguns assuntos hoje.

Silas come mais um pouco do espaguete antes de responder. Dante observa a comida italiana, mas não fala nada.

- Acho que amanhã é suficiente - ele finalmente diz ao irmão.

O irmão o olha frustado.

- Você acha? Eu não quero mais sangue em minhas mãos.

Oh - penso. Ele é direto.

Algumas pessoas já estão indo para dentro, porque anoiteceu e também está ficando frio.

Esfrego meus braços para amenizar a diminuição da temperatura, eu deveria ter colocado um cardigan.

- Silas - diz Dante quando meu marido não responde - Devemos ser cuidadosos daqui para frente.

- Eu sei disso, não ve-ve... - Silas engasga e tosse.

Olho para ele preocupada e vejo que ele está vermelho.

- Você está bem? - pergunto.

Mas ele não responde, porque tem outro engasgo.

- E-eeeuuu... - ele tenta falar, mas vejo que ele está ficando sem ar. Seus lábios estão roxos.

- Silas - grito.

Todos param, e começam a nos observar.

Dante se aproxima dele.

- Ele está sufocando, sem ar - ele grita bem alto - Doutor Túlio. DOUTOR TÚLIO.

Vejo horrorizada, quando Silas perde a força das pernas, e Dante o sustenta com os braços.

Um senhor que estava sentado em uma mesa próxima, vem até nós.

- Eu estou aqui - ele anuncia - Ajuda, mais homens, levem ele até a enfermaria, rápido!

Mais dois homens vem ajudar, e eles carregam Silas para dentro, com o doutor os seguindo.

Dante se vira para mim, e ele está enfurecido.

- O que porra aconteceu?

- Eu... eu... Não sei - guaguejo e tento explicar - Nós estavamos aqui, ele comeu meu espaguete... e engasgou...

Ele me olha com raiva.

- Espaguete? - ele pergunta.

- Uma comida italiana.

- A cozinheira fez?

- Não, eu e uns funcionários...

Percebo meu erro. Ele olha para mim com desconfiança, como se eu tivesse colocado veneno na comida.

Quando eu penso que as coisas não podem piorar. Minha querida sogra grita para todos:

- Ela tentou matar meu filho.

Puta merda, como eu me meti nessa encrenca?

_________________________________________

Oi. Espero que gostem deste capítulo. Os próximos irão pegar fogooo.

Próximo Sábado tem mais.

Deixem comentários e votem ☆

Obrigada.

Ass. Rachel.

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