Ilha Fênix - Camren

By thamzCS

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Na teoria a Ilha Fênix é um campo de treinamento para adolescentes problemáticos. Porém os segredos da Ilha e... More

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Era isso que você queria ?/ Cabine do suor pt²
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Despertando no inferno

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By thamzCS

Eu tinha esquecido de colocar as notas ihuul gente esse é o segundo da semana espero que vcs gostem e não tem mto oq falar bjo bjo erros comentem que eu arrumo

FIC NOVA : THE TRUE SELF

IG: Thamzcs






POV LAUREN

Um filho. A coisa mais preciosa que alguém pode ter, uma vida gerada de você, um pedaço de você. Eu me sinto burra por não ter percebido. Depois do que Dinah me falou ela voltou para a baía e isso já fazia um bom tempo. Parei para prestar atenção na minha barriga. Eu podia ouvir um suave bater de coração. Um filho. Com a mulher que eu amo. Que pode morrer a qualquer momento. Quão filhos da puta eles são de me esconder isso? Que droga era um direito meu saber. E agora eu fico feliz ou triste? Poder perder o amor da minha vida e ter a notícia de que terei um filho... Porra porra porra.

- Para de pensar um pouco, leite. - Harry falou baixo. Ele havia tentado me proteger e levou uma pancada na cabeça o que acabou fazendo ele apagar.

- Eu não consigo. Por que você não me disse?

- Eu ia dizer. Mas não é algo que eu deva falar.

- Nunca é.

- Ela vai ficar bem. - Verônica falou dos braços de Lucy.

- Nada te garante isso. - Dinah voltou com o rosto cheio de sangue nesse momento eu me desesperei. Me levantei e perguntei :

- O que aconteceu DJ? - ela deu uma risada sarcástica.

- Se ela sobreviver Jauregui seu filho pode se considerar sortudo e você também. - Disse limpando a mão com as costas da boca e se sentando perto de Normani que tratou de ajudá-la.

- Você não me respondeu Dinah. - falei angustiada.

- Ó sério? Que pena pois nem pretendo Jauregui. Apenas saiba que você a colocou no inferno literalmente - Falou debochada, porém com uma área trágica.

- Que porra aconteceu ? - Rosnei.

Momentos atrás

POV CAMILA

Parker correu em minha direção abaixando-se como Keana fizera, eu o ergui com o pé, metendo um chute bem no rosto de Parker. Houve um choque de duas forças poderosas em colisão, e eu me joguei para trás, meu pé explodindo de dor. Na outra ponta dessa colisão, a cabeça de Parker se atirou para trás no pescoço grosso. Os braços se abriram, e ele caiu sentado com um grunhido, depois tombou de corpo inteiro.

Houve uma gritaria generalizada. Eu estava consciente das pessoas em fuga, gritando pelo socorro de outros sargentos. Sabia que devia fugir também, mas, antes, precisava terminar com aquilo. Além do mais, para onde eu fugiria? Aquilo era o fim da linha. Uma instituição terminal, era como o juiz me havia chamado. Terminal. A mesma palavra que o doutor tinha usado ao explicar o câncer da minha mãe.

De repente,entendi que nunca mais voltaria a ver o mundo.
Parker grunhiu quando agarrou a coluna de sustentação de um beliche e, apoiado nela, puxou-se para cima. Pude ver uma tatuagem em seu pescoço, uma caveira e os ossos cruzados, A Morte Antes da Desonra, e lembrei-me do primeiro dia, Parker mexendo comigo e tomando-me o único orgulho que eu tinha. Hoje, o nariz do sargento estava achatado contra o rosto, a ponta virada de lado, e abaixo dele havia um bigode de sangue vermelho-vivo. Bufava de exaustão e frustração, e seus olhos queimavam de ódio, logo ficando vermelho porém não se transformando.

E eu vi algo mais lá: medo.
Finalmente, Parker começava a perceber contra o quê andava lutando. Não importava que tivesse prejudicado garotos ano após ano. Não importava que fosse capaz de levantar halteres de 180 quilos. Não importava que tivesse 30 anos eu, 17. Nada disso valia agora. Tudo o que importava era o que estava acontecendo naquele instante e o que aconteceria a seguir, e era eu quem estava no controle. Por um breve momento, pude visualizar a luta interior nos olhos de Parker, a disputa de cabo de guerra entre a raiva e o medo enquanto o sargento se decidia entre desistir ou seguir em frente.

O ódio venceu. Vi nos olhos do homem, vi o medo e a raiva se separando, vi os olhos estreitos e cheios de propósito. Parker veio para cima de mim mais lentamente dessa vez, mãos erguidas, movendo a cabeça de um lado para o outro como um boxeador novato que imita um veterano.

Ele é canhoto, observei vendo-o avançar com o pé direito para a frente, e só teve treinamento suficiente para fazer as coisas que um canhoto deve fazer. Lutaria com o pé direito à frente do corpo e tentaria me martelar com a mão esquerda reta e talvez um gancho de direita. Tudo o que preciso fazer é manter meu pé dianteiro do lado de fora do dele, e aí acabo com ele. Se Parker avançasse para mim assim, esperando mandar seu melhor soco com a esquerda, eu poderia simplesmente ficar de lado, e Parker se viraria e me perseguiria e bateria de frente com a minha mão direita.

Enquanto Parker se aproximava de mim, vi outra vantagem. A mão direita do sargento estava solta e livre, e o braço esquerdo estava tenso, os nós dos dedos dessa mão apertados em volta do cabo da arma de eletrochoque. Estava concentrado demais na arma, confiando demais nela. Era como se eu fosse capaz de ler os pensamentos dele. O sargento se agarrara à ideia de me eletrocutar mais uma vez.

Então fiz um pequeno ajuste de posição, dando passos à esquerda, reposicionando o pé dianteiro — o esquerdo — do lado de fora do pé direito de Parker, que não pareceu notar a mudança. Só continuou avançando, movendo a cabeça para a frente e para trás, mas se esquecendo de manter as mãos perto do rosto sempre que se balançava. Seu treinamento era suficiente para voltar-se contra ele. Um lutador não instruído era perigosamente imprevisível. Parker sabia lutar, fora ensinado, e isso o tornava vulnerável a mim, que havia lutado milhares de rounds e centenas de brigas de rua tirando as mortes que rolaram.

O que me restou foi rir. Balançei-me para a frente e para trás e de um lado para outro, movendo os ombros. Então, avançei com um golpe rápido só para ver o que Parker faria.
O sargento oscilou para cima dele com a arma crepitante, movendo-a num arco, de cima para baixo, como um cassetete, e eu desviei-me para a esquerda.

Parker se virou e apoiou-se na perna direita, balançando, como se fosse uma mola. Esse movimento levantou seu ombro direito. Então, como já havia imaginado, Parker virou-se para encarar me e avançou, recuando depois a mão com a arma de eletrochoque, então o atingi com um soco de direita que produziu um estrondo, jogou a cabeça de Parker para trás e ponteou de dor todo o meu braço. Tudo bem. Tenho que continuar socando não importa o que aconteça. Afinal aquilo só estava acontecendo por que eu queria, pois qual seria a graça mata-lo agora e sem tirar uma casquinha antes? Nenhuma.

Parker andou sem firmeza em direção a mim até que eu o acertasse com um gancho bem no fígado. Curvado, com o corpo inclinado para a frente, o homem cobriu a área do abdômen com a mão. Sorriu em meio à dor, o sangue do nariz despedaçado fazendo seus lábios parecerem grandes e vermelhos como os de um palhaço demente.

— Sabe o que vamos fazer com você, Camilinha? — perguntou, e pude ouvir a dor na voz dele. Os olhos pareciam queimar, cheios de súbita inspiração… ou talvez insanidade. — Vamos trancar você na cabine do suor e cozinhá-la por uma eternidade. Depois, vou colocar todo mundo em formação e mostrar o que fazemos com exibidos feito você. - Sua risada foi um ruído feio, repleto de dor e loucura. Então a fiz cessar com um gancho no maxilar.

Parker caiu de quatro, mas se recuperou mais rápido do que eu esperava e arremeteu contra as minhas pernas , tentando me derrubar. Quase teve sucesso. Estava segurando a minha perna , mas consegui girar para um lado e me libertar, e o sargento caiu estatelado no chão. A arma de eletrochoque deslizou para longe.

Parker havia caído de cara e foi lento ao tentar se levantar. Se fosse um oponente mais fraco, eu teria pulado naquela direção agora, prendido as pernas dele com as minhas, passado um braço sob o queixo dele, envolvido o pescoço enorme com o outro braço e apertado até que o Rei de Todos os Valentões ficasse inconsciente. Mas Parker era perigoso demais para isso, forte demais, e, por enquanto, era melhor mantê-lo a certa distância e acabar com ele aos poucos, usando os punhos.

Enquanto Parker se firmava nos quatro membros, notei Stroud apanhando a caixa metálica de um kit de polimento para botas e gesticulando para seus puxa-sacos.

Estavam prestes a atacar me com tudo o que tinham, todos eles, e eu sabia que poderia aguentar, mas não tinha motivos para mata-los nem irritada mais eu estava. Então, em vez de investir contra Parker, recuei e peguei a arma de eletrochoque do chão. Stroud e os outros olharam para mim com cautela.

Parker se ergueu, gemendo. Tateei o cabo da arma até encontrar o botão, apertei - o e a luz azul crepitou, viva.

— Se chegarem mais perto — eu disse. —, vai ser a sua vez de tomar choque.
Os outros se detiveram, olhando para Stroud.

— Ela não pode com todo mundo de uma vez — afirmou ele. — Aquela coisa dói, mas não vai nos matar. Ele não pode com todo mundo. — Então, levantando a voz, anunciou: — Pessoal, Cabello passou do limite. A gente tem que fazer essa vaca parar. Tem que ajudar o sargento instrutor.

— Besteira — retrucou uma voz familiar. — Deixa os dois terminarem. É a luta deles. Entendeu? — E Davis deu um passo na direção de Stroud. Os caras da gangue se reuniram em volta dele, unidos, e eu de repente, me peguei rindo. Não pude evitar. Aquilo tudo era loucura. O cara tenta me matar e estrupar minha mulher... Minha mulher não né a garota que eu gosto e depois que descobre que ela está grávida fica bonzinho. Hipócrita.

As pessoas murmuravam e hesitavam. Algumas avançavam e pegavam objetos. Mantas, botas, caixas de metal como a que Stroud havia apanhado. Alguém veio dos fundos, num passo acelerado, empunhando um esfregão.

— Vocês são uns cretinos mesmo — xingou Davis.

Stroud não estava certo, e eu sabia. Mas realmente não tinha a menor chance contra todos eles de uma vez, nem mesmo com a ajuda de Davis se eu não tenho a mínima vontade de mata-los ou lutar contra eles.

— No três — disse Stroud.
Então eu fiquei tensa.

— Um — começou Stroud.
Parker cuspiu sangue no chão.

— Dois.
Parker me fulminou com o olhar, babando sangue, e levantou um punho no ar.

Morrer. Passar tudo isso. Sofrer tudo isso para morrer aqui, desse jeito? Eu matei minha própria mãe, e meu pai pelo mesmo motivo e passei o resto da minha vida morta, pra morrer assim? Não, não mesmo. A morte não me assusta mas eu não vou morrer assim e nem agora.

Quando eu ia liberar meu lado vampiro...

— Afastem-se — mandou Parker. — Vou terminar isso sozinho. Agora mesmo. — Enfiou a mão num bolso da calça camuflada, cuspiu mais sangue e tirou a mão do bolso. Zombando, virou o braço para um lado. Houve um som agudo de estalo e 15 centímetros de aço surgiram de seu punho. — Agora — disse, avançando para mim —, vou estripá-la como a um peixe. Ele falava a sério. E eu consegui ver isso nos olhos do homem. Todo o ódio e o medo e agora o embaraço por ter sido derrotado na frente dos garotos, tudo isso fervera dentro de Parker, criando uma raiva verdadeiramente psicótica. Ele avançou numa pose baixa, quase agachada, típica de quem luta com facas, e eu soube que agora talvez eu estivesse mesmo encrencada. Caras como Parker treinavam luta com facas e passavam a vida inteira sonhando com situações do tipo “matar ou morrer”, como essa o problema é que eu também vivi minha vida inteira com pessoas aleatórias tentando me matar. A arma de eletrochoque ajudaria muito pouco no que se referia ao próprio choque. Parker poderia com certeza aguentar a eletrocussão e a dor por tempo suficiente para afundar aquela lâmina em mim.

Esqueçerei o botão, então. Simplesmente usarei a coisa como bastão e tentarei manter a faca longe de mim. Relanceei ao redor, procurando algo que pudesse usar para me proteger.
Não havia nada.
Parker continuou vindo.
Dinah gritou da multidão, contida pelos outros. Ótimo, pensei. Segurem-na. Do contrário, ela acabaria recebendo uma facada. A garota era corajoso o suficiente para encarar alguém que tinha três vezes o seu tamanho mesmo que isso seja muito difícil.
Se estivessem do outro lado do recinto, eu poderia sair correndo porta afora e noite adentro, mas estava de costas para a parede traseira, e a porta poderia perfeitamente estar a um quilômetro de distância. Entre eu e a saída havia um psicopata brandindo uma faca e pelo menos uma dúzia de moleques que ficariam felizes em se juntar a ele para acabar comigo.

Parker fez um arco com a faca. Não chegou perto, só cortou o ar, ameaçando me. Está avaliando minha reação. Tentando ver o que vou fazer, tentando me provocar. Desviei para o lado, não querendo recuar para o espaço mais apertado entre os últimos beliches, e Parker atacou.

Colidiu contra uma cama e deslizei para longe, a velocidade inesperada do ataque fez a surgir dentro de mim. Driblei o inimigo, mas uma linha de fogo se acendeu em meu cotovelo. Sofri um corte. Senti o calor do sangue e a ardência da ferida, ri e lambi meu sangue, e, quando balançei o braço, um arco de sangue salpicou os ladrilhos do chão.
— Tá gostando? — perguntou Parker.

- Tô adorando - Respondi sentindo minha voz engrossar, as veias em baixo de meus olhos pulsarem, e minhas presas saírem. Vi seus olhos arregalarem levemente igual ao de todos ali

— É ainda melhor do que o ancião esperava ein? — A voz soou pastosa e abafada, e percebi que o nariz de Parker estava quebrado.
Ótimo. Que Parker engasgasse com o próprio sangue.

- Você e esse tal ancião ainda não viram nada. - Rosnei baixo e senti minha garganta secar e arder. Eu precisava de sangue. Eu consegui sentir meu Alpha interior e toda minha fúria querendo me dominar, mas a brincadeira ainda não é assim.

Os meus olhos passearam pelo ambiente mais uma vez. Nada. Então… espere… estendi a mão e pegou um travesseiro do beliche mais próximo.
Parker riu, partindo na direção dele novamente.

— Acha que isso aqui é uma guerra de travesseiros? Além de estar fingindo ser um sangue bom, e ser um sanguessuga ainda se protege com um travesseiro.

Apenas segurei o objeto na frente do meu corpo e mantive o bastão na mão direita. Encontrei meu ritmo outra vez, balançando de um lado para o outro, pronta para fugir para qualquer um dos lados. Tinha de funcionar. Precisava agir no tempo certo — ou morreria. Com uma faca no pescoço ou com um ataque de lobos raivosos.

Parker lançou-se para a frente, e eu, para a esquerda. A lâmina passou longe.
Começei a trazer o braço num giro, vendo a abertura — e então algo se chocou com força contra minha cabeça. Foi um golpe tão surpreendente e tão agudo que perdi o equilíbrio. Eu estava tão concentrada em Parker que não prestei atenção ao meu redor.

A lâmina arremeteu uma vez mais, e eu tive apenas tempo suficiente para encolher o abdômen. O fio da faca passou rasgando pelo lado do meu corpo, cortando a minha camiseta e as costelas. Senti o aço roçar no osso antes de partir. A dor percorreu a ferida — outra linha ardente —, e eu girei para longe mais uma vez, tropeçando numa coisa no chão. Uma caixa metálica de polimento estava a meus pés, a tampa aberta, todo o conteúdo espalhado pelo ladrilho feito tripas esparramadas.
Stroud. Stroud havia lançado a caixa na minhabcabeça e quase causara minha morte. E isso me irritou como nunca.

Então, o alojamento inteiro pareceu explodir. Vi Davis acertar Stroud com um gancho e os amigos de Davis se engalfinharem com os ex puxa-sacos de Decker. Tentaria entender isso mais tarde… se estivesse viva até lá. Por enquanto, precisava sobreviver a esse ataque. A região das costelas ardia, muito danificada. O braço queimava.
Parker pareceu perceber isso. Estava sorrindo novamente, e não se via mais medo em seus olhos. Ainda queimavam de raiva, e agora brilhavam de excitação também, de expectativa; sede de sangue. Balançou-se e partiu em minha direção , riscando o ar novamente com a faca.
Dessa vez, não bati numa cama e nada me acertou na cabeça. Eu avaliei o golpe, visualizei o arco e inclinei-me para escapar dele, conseguindo por uns poucos milímetros. Meu braço esquerdo trouxe o travesseiro para adiante de uma vez, atingindo o lado exposto da cabeça de Parker, forte o suficiente para fazer o grandalhão cambalear. Então,  desci a mão, rápida e brutal, com o bastão, que acertou o polegar e o pulso do homem. A faca caiu e o sargento tropeçou desajeitadamente num armário, segurando o pulso com a outra mão. Pus a arma de eletrochoque no pescoço grosso dele e apertou o botão.
Ouvi o rápido crack-crack-crack e viu o relâmpago azul, e agora Parker estava gritando. Tremeu e se debateu no ar, aterrorizado. Dei um pontapé na faca, mandando-a para debaixo de um beliche, e apertei o botão novamente. O rastro do relâmpago azul crepitou.

— Tá gostando?

Parker recuou para a pequena área entre os últimos beliches. Lançou um olhar desesperado em direção ao leito sob o qual sua faca agora estava.

— Nem tente — disse. — Não vai conseguir.

O terror brilhou nos olhos do sargento instrutor. Mergulhou para o chão. Dei-lhe um forte pontapé nas costelas. Parker grunhiu, mas lançou a mão debaixo da cama, em busca da faca.

— Desista — mandei, e dei-lhe outra descarga elétrica.

Parker gritou e se debateu, mas estava determinado. Continuou procurando a faca. A cabeça e os ombros estavam debaixo da cama agora.
Não posso deixá-lo pegar aquela coisa de novo. Estava perdendo muito sangue pelos cortes que sofri, o bastante para sentir um frio estranho tomar conta de meu corpo. Logo começaria a sentir-me fraco. Se Parker pegasse a faca novamente, me mataria.

— Rá! — gritou o sargento, e eu soube que havia encontrado a arma. O grandalhão lançou-se para trás, os ombros largos e musculosos tornando-se visíveis, e apoiou-se numa mão para levantar-se.
Era agora. A minha última chance de fazer isso o mais limpo que consigo. Ergui o joelho até a altura do peito e pisou com toda a força que pude na clavícula exposta.
Houve um estalo alto, e o sargento gritou. Eu pisei de novo e de novo e de novo, mirando o osso já quebrado. Então, quando Parker deslizou aos berros de debaixo da cama, pretendendo me matar , eu pisei novamente — agora, no rosto do valentão. Uma, duas, três vezes. Parker balançou a faca inutilmente no ar, e eu pisei de novo. Precisava acabar com aquilo. De uma vez por todas. Agora. Vi o maxilar ceder. Ao pisar novamente, vi a mão que segurava a faca baixar e a arma cair por terra mais uma vez. Estava acabando de pensar em apanhá-la e dar um fim ao monstro quando senti uma movimentação e pelo canto do olho vi uma faca vindo em minha direção, usei minha velocidade, chutei o rosto de Parker o fazendo apagar. Me virei a tempo de por a mão contra a lâmina e sentir a mesma me cortar a mão. Matthew. Um dos sargentos que puxava o saco de Parker, sorri para ele e o ataquei. Liberei meu Alpha. Mordi sua garganta arrancando um pedaço de seu pescoço e sentindo o  sangue escorrendo pela minha boca. O próximo foi Ty outro sargento, que morreu do mesmo jeito que seu companheiro. Sim os dois eram companheiros alphas não comum porém existe. Logo eu me vi matando muitas pessoas sem controle algum e sofrendo golpes também até que algo chocou contra minha nuca e a escuridão me devorou.

Logo me vi despertando no inferno.

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