live a life you will remember...

By cindigyc

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Harry Styles, o milionário herdeiro de toda fortuna Styles, estudante de medicina na melhor faculdade de toda... More

00. live a life you will remember
01. he's back, un(fortunately)
02. 99% bitch. 1% sweet
03. disgusting
04. losing your salvation
5. you're fucking spoiled but so good in my mouth
6. i remember when you wanted a family... and damn! i wanted to be your family.
07. break with him maybe it's a start for us
08. your kiss heals me
09. tonigth, i just wanna you be okay with my kisses.
10.1 cry on my dick
10.2 these feelings break me and confuse me
11. art.
13. so much feelings for you
14. i'll try because I love you
15.1 my princess
15.2 love and fire
16.1 you make me feel so good
16.2 boyfriends?
17. love is beautiful but insecure
18. never leave me again, cuz i love you so much
19. i want to spoil you with my love and desire
20. live a life you will remember
unspoken confessions

12. i'm having our future

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By cindigyc

N: OOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOIE

Como estão? Mais uma vez eu aqui nas madrugadas aushaushaush. Me perdoem, eu sou uma pessoa que dorme de dia, não a noite. Por isso quase nunca entrego a att cedo.

Mas tenho um comunicado. Eu estou pretendendo terminar a fic antes das minhas aulas na faculdade voltarem, ou seja, no máximo até dia 13 de fevereiro. Se eu vou conseguir? Bom, eu não sei. Mas fiz as contas aqui e da certinho caso nenhum imprevisto aconteça. Eu sempre disse que a fic terminaria no cap 17 ou 20 no máximo, então eu estava organizando todos os rascunhos dos próximos capítulos e deu que a fic termina no capitulo 18. Ou seja, daqui a seis att's. No máximo termina no capitulo 20 se eu dividir algum que fique muito longo, mas vou tentar terminar no 18 mesmo. Vou tentar entregar as 6 att's que faltam até no máximo 13 de fevereiro. Isso significa que: Esqueçam as att's fixas no domingo. Eu vou atualizar NO MINIMO uma vez por semana, mas não terá dia fixo. Vai ter semanas que vão ser 2 vezes pra eu conseguir finalizar a fic no prazo. Pra que eu consiga, não vou definir dia fixo. O único motivo deu ter posto as att's nos domingos é porque estava em época de aula, então final de semana, especialmente domingo, era quando eu estava livre. Mas agora as atts vão sair de um jeito imprevisível kkk mas fiquem tranquilos que será no minimo uma vez por semana, como sempre, as vezes duas. E quando tiver, eu vou avisar no meu perfil aqui e no twitter então me sigam. harrybottomzin.

Chorando já que a fic não está tão longe de terminar. :( mas relaxem que eu tenho milhares de plots de outras fics pra vocês. <3333333333

Enfim. Esse cap ta cheirosinho e acho que vão deixar vocês ansiosos pro próximo rs

Perdoem os erros e boa leitura. <3

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Harry tinha os olhos verdes pesados encarando a janela do quarto enquanto um ar frio entrava por ela, o som de corujas era ouvido e o garoto duvidava que tinha dormido mais que 2 horas, porque ainda era madrugada, a lua ainda estava lá, a manhã não havia chego, Louis ainda não havia ido embora e Harry estava feliz com isso.

Ele sentia o corpo do mais velho atras de si, o abraçando, o mantendo consigo.

Eles ficaram a noite toda se beijando. Harry em cima do corpo do mais velho, as pernas em cada lado da cintura dele, os lábios juntos aos dele em beijos amorosos ao mesmo tempo que desesperados. Lembra das suas pernas bambas, das suas coxas pressionando a lateral do corpo de Louis. E amava as mãos dele em seu corpo. Louis tinham mãos quentes, eram masculinas mas com toques sempre delicados até mesmo quando o pegava firme, porque ele tinha dedos leves, suaves, um simples toque dele mesmo que fosse sutil era o suficiente para Harry se arrepiar. E elas percorreram o corpo dele, quase a madrugada toda. As palmas leves tocaram suas coxas, Louis parecia ter um tipo de adoração por elas, e então descansavam em sua bunda, as duas palmas nas duas nádegas suavemente, massageando elas como se estivesse tocando algo quebrável, era delicado. E ele se viciou em brincar com a calcinha de Harry, os dedos se enrolaram ali por algumas vezes, estalava o pano contra a pele dele, contemplava a magnitude de seu corpo naquelas peças, repetia os elogios que faziam Harry ficar radiante, e então rosnava quando o prazer falava mais alto pelos beijos do mais novo.

Eles rolaram na cama algumas vezes, e Harry se controlava pra não gemer quando Louis estava por cima de si, com a mão em uma das coxas, prendendo sua perna no quadril dele e beijando seu pescoço. Não era como se ele fizesse com alguma intenção, como se estivesse o estimulando pra eles transarem. Louis fazia com adoração, Louis apenas estava contemplando aquele corpo que ficava tão lindo de lingerie, estava apenas o fazendo bem, mostrando pra ele que ninguém é maior que Harry e suas vontades, e seu jeito. Louis só estava dando a ele o que ele merece. Mas talvez todos aqueles beijos e toques suaves e toda a lentidão acendia o corpo de Harry mais rápido. Porque o garoto era sensível, e toques sensíveis o fazia tremer.

Louis lhe beijou e lhe tocou com paixão, Harry poderia gozar sem nem estar encostando no corpo dele.

O garoto estava dolorido demais, Louis tinha acabado com ele na noite anterior, qualquer movimento fazia o corpo do mais novo arder. Mas Harry também estava tão sensível, ele tinha tido suas emoções a flor da pele ao brigar com Louis, e mais uma vez esteve no ápice de suas emoções quando conversaram e se entenderam um pouco, ele estava carente, ele quase pediu pra Louis toma-lo mais uma vez. Mesmo que estivesse dolorido e aquilo seria 2 vezes mais doloroso, mas ele quase pediu. Enquanto Louis lhe beijava com ternura, Harry quase teve um orgasmo apenas movido pela paixão.

Ele lembrava daquelas coisas enquanto seus pés se contorciam, porque ele continuava carente. Algumas horas atras havia se controlado para não vir, mas de nada adiantou porque sonhou com Louis. Duas horas longas de sonho com o mais velho dentro de si fortemente, tão forte que fazia Harry gritar. Ele só estava bastante sensível com os últimos acontecimentos, não apenas pelos seus sentimentos estarem uma confusão, mas porque tinha transado com Louis. Não parou pra pensar muito na noite que tiveram porque na manhã seguinte já estavam brigando e cheios de mágoas. Mas enquanto dormia nos braços dele, depois de uma noite sensível onde Louis parecia apaixonado, Harry tinha os pensamentos descontrolados. Ele era tímido quando se tratava de intimidade, ele ainda se escondia com travesseiros e lençóis, ainda tentava controlar os gemidos embora depois estivessem descontrolados, mas no sonho... no sonho ele se soltava tanto. No sonho ele estava de quatro, no chão. Deus, aquilo era muito. Ele estava com a cabeça apoiada nos braços e a bunda bem empinadinha para o mais velho enquanto implorava pra ser fodido por ele. E Louis o fodeu tão bem... tão forte. No sonho era doloroso mas tão gostoso ao mesmo tempo.

Lembrando dessas coisas, Harry tinha as bochechas extremamente rosas, olhou para baixo e seu tronco estava desnudo, o lençol apenas na sua cintura para baixo, enxergava a mão de Louis nela, levemente com os dedos ali. A respiração dele em seu pescoço. Harry não conseguia ver mas sentia seu membro lutando por espaço dentro da calcinha porque tinha acordado tão, tão duro. O mais novo conseguia sentir a umidade ali, nada tímida. Seus olhos estavam cheios de lagrimas porque ele quase gozou sonhando, mais uma vez por causa de Louis. Sua bunda estava roçando o quadril dele. Sentia o quão o mais velho estava duro também por conta da ereção matinal e tudo que o mais novo queria era se esfregar contra ele pra se livrar daquilo.

Era vergonhoso pensar que estava quase chorando por causa da sensibilidade, que era capaz de gemer só com os pensamentos que teve em seu sonho, que seu sonho foi tão realístico que sentia o seu pau pulsar, quase gozando com o sonho, o que o fazia estar a beira de um orgasmo ali sem ter feito nada. Sua entrada ainda estava dolorida mas ele queria esfregar ela na ereção de Louis, bem devagarzinho.

Seus pés estavam se contorcendo e ele apertou o travesseiro com uma mão, a outra foi inconscientemente para a de Louis em sua cintura, estando por cima dela então apertou sem ao menos perceber, fazendo Louis apertar sua cintura, aquilo fez seu corpo reagir e se remexer, acidentalmente sua bunda rebolando devagar no membro duro de Louis. Harry prendeu o gemido na garganta, ficando quietinho logo em seguida.

Sua respiração estava pesada então abraçou o travesseiro com força, suas coxas roliças se pressionando uma na outra para aliviar a dor em seu membro. Ele realmente podia chorar.

Sentiu Louis lhe abraçar com força, aquilo o fez ficar paralisado, sentiu os lábios dele em seu pescoço, pertinho de sua orelha.

— O que houve? — Louis perguntou baixo, Harry fincou suas unhas na fronha. — Não fique hesitante de se remexer em mim, Harry. Eu acordei com seus gemidos enquanto você dormia. — O corpo do mais novo ficou mais travado ainda, suas bochechas queimando. Mas não conseguiu evitar de resmungar pela voz de Louis na pontinha da sua orelha. — Não tenha vergonha... olhe como fiquei quando você começou a gemer baixinho. — Louis segurou firme na cintura de Harry, o puxando um pouquinho pra trás e fazendo a carne macia de suas nádegas se esfregar na ereção dele. Estando tão dura que Harry se arrepiou todinho. — Você gemeu tão gostoso... você estava soluçando meu nome. Me conte o que estava passando em sua mente, babe.

Harry sentiu sua calcinha se encharcar, ele se sentia envergonhado, mas veja, não o culpe, ele realmente quase gozou com o sonho e qualquer coisinha o faria vir. Louis sussurrar aquelas coisas em seu ouvido o fazia lacrimejar. O pano delicado da calcinha não conseguiu mais resistir abrigar seu pau, ele pulando para fora dela e melando sua virilha de pre-gozo.

Harry segurou no colchão enquanto metade do seu rosto estava prensado no travesseiro, as mãos de Louis forte em sua cintura, o quadril dele sendo pressionado em sua bunda, mas nem precisava, porque Harry estava rebolando devagarzinho em seu pau. O mais velho rosnou em seu pescoço.

— Eu sonhei com você! — Harry falou em um miado, sentiu em seu pescoço Louis soltar um ''hum'' para que ele continuasse, um beijo molhado foi depositado ali. O mais novo não conseguiu continuar, Louis havia levado a palma de sua mão em uma das nádegas, alisando ela delicadamente e depois puxando a carne pra ela se pressionar mais forte contra seu pau, afastando uma das nádegas pra que Harry pudesse rebolar a entradinha melhor ali. — E-Eu... Lou!

— Eu estava fazendo amor com você?

— U-uhum... — Louis tinha um dos braços em baixo do corpo de Harry, contornando seu pescoço e segurando em alguns cachos. Isso fazia a cabeça do mais novo pender para trás e Louis mordiscar seu pescoço, dando marquinhas ali que fazia Harry esfregar mais ainda sua bunda no membro dele.

— Em que posição?

Harry corou, resmungando porque era envergonhado e Louis sorriu com aquilo. Sua outra mão saindo da bunda dele e subindo ate a barriga, só as pontinhas dos dedos rodeando ali, devagar e superficialmente, fazendo a pele se contrair e Harry desejar a mão dele um pouco mais para baixo, e foi isso que Louis fez, os dedos se arrastando enquanto beijos eram depositados em seus ombros, chegando na virilha e parando ali, como um castigo por ele não ter falado ainda.

— Você está tão molhado aqui, se sujando todo... — Louis disse cantarolando quando sentiu seus dedos sendo molhados pelo pre gozo que estava na virilha do mais novo, a cabecinha do pau dele estava a milímetros de seus dedos, mas não encostando ali, a deixando mais vermelha ainda pela negação, o pau do mais novo pulsando em busca de um minimo contato. Levou seus dedos até a calcinha e puxou a peça delicada devagar, o mais novo gemendo quando a tira minuscula deixou o meio de suas nádegas, expondo sua entrada vermelha e pulsante, no mesmo momento Harry rebolando com mais vontade no pau do mais velho, dando um gemido esganiçado pela sua entrada estar sensível, mas a dorzinha fazia ele ficar mais safado e querer se esfregar mais. O mais velho deixou o pano delicado nas coxas de Harry, passando seus dedos ali e sentido a umidade dela. — Tão safado, sujando o presente que eu te dei. — Ele fez um barulho de desaprovação com a boca. — Diz a posição que você estava no sonho pra gemer tanto enquanto ainda dormia.

— E-Eu... eu estava no chão... você tinha mandado eu d-deitar minha cabeça nele e ficar assim pra você. — Harry disse bem baixinho, todo tímido e Louis teve que fazer um esforço pra escutar.

— Você ficou de quatro no chão pra mim? Você é um mimadinho, mas transando é tão obediente. Com certeza ficou quietinho esperando apenas meu pau, não foi? — O corpo do mais novo estava tremendo e ele iria explodir de tesão daquela forma, Louis sabia, por isso o provocava, o garoto começou a gemer baixinho só pela voz de Louis. Assentindo desesperadamente por ele. — Eu devo ter te fodido forte... como tenho vontade de fazer. Ter você gritando pra mim e totalmente entregue ao prazer. Eu devo ter te fodido tão bem pra você ter sido tão manhoso.

T-Tão bem, Lou... você fez t-tão forte.

— É isso que você quer da próxima vez? — Haveria uma próxima vez? Harry fechou os olhos fortemente só de imaginar. — Minha princesa vai ficar de quatro pra mim? Vai me deixar te fazer gemer igual no sonho? — Harry estava extasiado, assentindo rapidamente e querendo que esse dia não demorasse. Porque ele sempre teve todo mundo sobre seus comandos, mas estava quase gozando só por imaginar ser totalmente dominado por Louis.

Harry sentiu sua barriga contrair forte, seu peito estava tremendo e as lagrimas começaram a cair.

— Shh.. não chora, eu vou te ajudar. — Louis disse mas em seguida pegou o membro melado do mais novo e aquilo o fez apenas chorar mais ainda. — Seja uma princesinha, não faça barulho. — E a forma como Louis falava e tampava sua boca em seguida pra ele não gritar e acordar os outros fazia as lagrimas de Harry caírem em suas mãos.

Louis fechou os dedos em seu pau e começou a masturba-lo de uma maneira lenta, mas tão gostosa, Harry gritou abafado contra a mão de Louis, melando mais ainda a mão dele por estar tão sensível, se contorcendo todo na cama pelo tesão e empinando sua bunda pro pau de Louis, a essa altura, tão duro também que a glande tinha escapado da calça. Harry rebolava tanto ali que sua bunda ia abaixando a calça dele e expondo seu pau. O lençol caiu de seus corpos e no escuro não conseguia visualizar muita coisa, mas aquela bunda estava empinadinha pra ele, afastou um pouco o quadril pra ver a entrada bem vermelhinha e dolorida piscando, sua glande se encostou ali, molhando o local e fazendo Harry morder sua mão.

O pau de Louis preso entre as nádegas, então Harry começou a esfregar ele ali, subindo e descendo, o cumprimento grosso pressionando sua entrada, fazendo ela arder, suas pernas estando fechadinhas, o que deixava tudo mais apertado e sua entrada pulsando no pau molhado de Louis. O mais velho teve que se controlar pra não enfia-lo dentro de Harry e o comer devagar e de ladinho, fazendo ele chorar mais ainda. Sua mão começou a masturba-lo rápido, tentava fazer com que Harry não fosse alto nos gemidos, mas sua mão no pau molhado dele transmitia eco por todo o quarto. Louis queria que aquele eco fosse do seu pau fodendo a bunda dele.

Uma vez que o garoto quase gozou com um sonho, Harry acabou revirando os olhos e se contorcendo todo quando começou a gozar a na mão de Louis.

O mais velho falava vários ''sh'' pra ele se acalmar, mas o corpo dele estava tremendo, e ele tinha gozado tanto. Louis sorriu com aquilo, deixando beijos pelas costas dele, retirando a mão da boca dele e a outra continuando a subir e descer, fazendo Harry soluçar daquela forma bonita que fazia pra Louis, dengoso e sensível.

Louis ainda pulsava se esfregando quente na entrada do mais novo e beijava a pele sensível do pescoço dele. Soltando o membro dele e a luz do dia amanhecendo preenchendo o quarto. Ele sorriu e depositou um sorriso contra a pele cheirosa e beijou carinhosamente o ombro do mais novo.

— Bom dia, Harry.

✖✖✖✖✖

Quando Harry e Louis brigaram, Harry estava decidido a ir embora, ele até mesmo fez as malas. E agora que ele e Louis tinham conversado e Louis até mesmo lhe dado um presente tão importante, Harry sentiu que não queria ir embora. Mesmo que ainda se sentisse meio deslocado. Mas é que ele teve essa conversa maravilhosa com Louis, teve ele lhe dando uma noite maravilhosa enquanto o tratava com tanta importância, e dizia coisas bonitas como seu ex nunca fez, fazendo-o recuperar um pouco da sua auto-confiança. Ele tinha aquele sentimento de precisar ficar perto do mais velho.

Afinal, o que aconteceria quando as ferias acabassem? Ele e Louis estavam bem um com o outro ali, Harry poderia ser turrão e demorar pra falar aquilo em voz alta mas era importante pra ele todo esse carinho de Louis, ele não queria se afastar. Ele queria aproveitar cada instante, por mais pequeno que fosse, ao lado do mais velho. Antes que eles voltassem para casa e o acaso se tornasse uns caos novamente.

Mas parece que o destino não queria isso e brincava com ele. Porque em algum momento daquele dia tão maravilhoso, onde Harry e Louis trocavam sorrisos discretos na frente dos outros, onde Louis passava por si e tocava seu braço ou cintura delicadamente toda vez, como se fosse casual, e fazia Harry se derreter todinho, milagrosamente seu celular pareceu dar sinal. E parecia que o destino realmente gostava de lhe sacanear. Pois veja, quando não queria ver Louis nem pintado de ouro e o evitava, o mais velho aparecia, agora que quer estar perto dele, não pode. Quando chegou ali e queria sinal e internet para ser seu meio de escape por estar ali de mal vontade, não dava sinal, agora que a unica coisa que ele queria fazer era ficar admirando Louis disfarçadamente de longe, corando sempre quando era pego, seu celular havia dado sinal e tocado.

E agora Harry estava li, meio amargo e arrogante porque o destino gostava de brincar com ele. Na ligação era sua mãe. Ele queria que tivesse sido apenas uma ligação de saudades, com eles conversando sobre como as coisas estão, com Harry perguntando se a mãe de Alex ligou para ele para marcar uma consulta. E bom, os primeiros minutos foram assim. Até que veio a parte final, onde Anne diz que Harry tem que voltar mais cedo, porque embora suas aulas na faculdade só começassem na segunda, o estágio para o hospital onde ela trabalhava havia mudado a data e começaria no dia seguinte. Veja, não é como se Harry não quisesse fazer. Ele ama medicina, ele estudava muito e estava animado para começar. Mas ele estava animado para começar na segunda, não no dia seguinte, não na quinta. Não quando ele estava bem com Louis.

Não há nada que ele poderia fazer, embora.

Talvez fosse uma lembrança de Deus, o avisando que aquilo alguma hora teria que acabar, afinal.

Quatro dias a mais, quatro dias a menos. O que mudaria? Ele poderia ter ficado mais quatro dias nesse mundinho novo que ele e Louis criaram onde eles só ligam pras coisas que fazem eles se darem bem. No entanto, de qualquer modo, eles voltariam para casa, as suas rotinas voltariam, assim como uma hora ou outra eles se irritariam por algum motivo pequeno ou grande um com o outro, que eventualmente os fariam esquecer dolorosamente do que aconteceu naquela viagem.

O destino apenas cortou mais meros dias de coisas mágicas que aconteciam no coração dos dois.

Não demorou para que um dos motoristas da sua família chegasse, o carro luxuoso um pouco sujo de lama pela estrada, Harry sorriu ao ver a cara que o motorista fez ao sair do carro, provavelmente xingando mentalmente todo o caminho longo demais que teve que percorrer, buracos e mais buracos.

— Vocês não precisam vir comigo. — Harry disse talvez pela quarta vez com Gemma e Niall. Mas lá estava os dois loiros ajudando o motorista a por as malas no carro.

— Viemos com você e vamos embora com você. — Gemma respondeu e Niall concordou.

— E nos divertimos bastante, vamos ter outras oportunidades.

— Vocês se divertiram bastante. — Harry enfatizou.

— Mas nem na hora de ir embora o príncipe tira a coroa. — Bebe comentou sorrindo, ela e os outros entraram dentro da garagem para se despedirem deles. — Admita que apesar de algumas coisas, você se divertiu.

— Não mesmo. — O mais novo implicou, mas era apenas isso, implicância. Ele tinha o nariz empinado como sempre e aquela voz superior mas que não enganava ninguém ali, nem a si mesmo, porque ele havia sim se divertido.

— Não? Digo, você é bem mimado e foi difícil de te convencer a fazer algumas coisas, mas mesmo assim vimos seus sorrisos quando você pulou de bungee jumping, ou usou o flyboard. — Oli comentou.

— Você lembra como ele sorria quando ganhava da gente nas noites do poker? Adorava fazer a gente ter consequências que o fazia rir. — Liam comentou com Oli que assentiu rindo.

— Mas quando era ele a perder, só faltava sair fumaça de suas orelhas. — Oli completou.

''Não vou pagar consequência nenhuma, pois vocês estavam roubando. Não ganharam e não tem como provar que ganharam. Vocês nem ao menos sabem jogar poker direito.'' — Liam imitou a voz de Harry e sua postura, ficando mais ereto e botando uma das mãos pra trás, levantando o queixo e empinando o nariz exageradamente, enquanto falava lento ao mesmo tempo que soava implicante. Todos riam e Harry estava se segurando para não rir, de braços cruzados.

— Ou quando compramos Mc Donalds e ele quase vomitou comendo? Cara, você pegou um garfo e uma faca pra comer! — Oli riu porque era verdade, Harry não queria sujar suas mãos então não se importou de comer com talheres. — E resmungou tanto antes de comer, mas no final acabou comendo.

— Ele sempre faz isso. Reclama, mas no final, sorri. — Liam disse por fim, sorrindo para Harry e Harry repuxou seus lábios em um sorriso mostrando uma covinha para ele.

— Bom, não importa. Não sei porque estão lembrando disso. Pois a maior parte do tempo eu impliquei com vocês e falei coisas que vocês não gostaram. Acho que será um alivio para todos eu estar indo. — Harry tentou falar aquilo indiferente, mas meio que se sentia mal com aquilo. De se sentir excluído ou um empecilho para eles, ou de ter estragado a viagem deles. Ele sabe que disse algumas coisas realmente maldosas, ao invés de só mimadas.

Você realmente é um desafio... — Stanley começou. — As vezes muito irritante. — ''Muito irritante'' Samile comentou dando enfase, a garota estando de braços cruzados e emburrada como sempre. Era o jeito dela. — Mas apesar disso, acho que foi mais divertido ver como um riquinho feito você sobreviveu a gente. Poderíamos fazer um documentário para passar no Discovery Chanel. — Stanley comentou logo rindo em seguida, Bebe o empurrando pelos ombros.

— Então vocês não estão contentes que eu estou indo mais cedo? — Harry falou quase sorridente, em um tom mais baixo e meigo, o que os outros ali não estavam acostumados.

— Está brincando? Queríamos que vocês três ficassem. — Stanley disse para Niall e Gemma também. — Já falamos isso para Niall e Gemma. Mas pode apostar, que sentiremos falta de todos os seus gritos medrosos.

— Ou de como você bater a perna quando não quer fazer algo. — Bebe completou.

— Ou de como é engraçado quando resmunga pra fazer algo, mas no fim acaba fazendo. Ou como se surpreende com coisas básicas mas que pra você são novas e então arregala os olhos como se fossemos loucos. — Liam continuou sorrindo.

— Ou como sempre me irrita pegando meus cigarros e jogando fora porque estou gravido. É impressionante como você os acha mesmo eu escondendo. Ou como fumou minha maconha só pra que eu não fumasse. — Zayn disse carinhoso, talvez sendo o que mais se aproximou de Harry ali.

— Ou como soa irritante quando está falando mal de algo que ainda nem comeu, mas depois come e gosta, mesmo fingindo que não. — Samile também comentou, a garota soando mais séria e Harry ficando surpreso por ela não sentir realmente ódio dele. A garota realmente não sentia, só não tinha muita paciência como os outros. Mas isso não significa que não via coisas boas ou engraçadas nele, ou que quisesse que ele fosse embora.

Ou como está sorrindo, como agora. — Louis finalizou.

O moreno estava quieto ate então. Ele não queria que o mais novo fosse embora, e não entendia essa falta repentina que estava sentindo dele, por conta de quatro dias que sequer haviam ainda passado. Mas é o que é. É estranho, mas ele queria continuar cuidando dele. Tinha medo que aquilo acabasse quando voltasse para a mansão dos Styles. Provavelmente iria acabar e ele mal tinha aproveitado aquela onda apaixonante deles.

Estava observando como Harry se segurava para não sorrir, como ficava feliz com as pessoas dizendo aquilo para ele. Harry sempre teve essa necessidade de ser aprovado por todos, e quando alguém realmente não gosta dele, quando ele sente que as pessoas acham ele ruim, então ele fica triste. Ele estava pensando que os amigos de Louis o achavam ruim, então eles falarem aquilo o fazia fica todo fofinho enquanto tentava manter o nariz em pé e a expressão de indiferença, mas Louis via o quanto ele estava feliz, e aquele sorrisinho brotando em suas bochechas, então quando menos percebeu comentou sobre o sorriso dele e Harry lhe olhou entre os cachos, tímido, tentando esconder o sorriso, Louis estava explodindo de amor naquele momento.

— Bom. Vocês não são tão deselegantes assim também. Não foi difícil ficar aqui. — Esse fora o elogio de Harry, fazendo eles rirem.

— Sempre tem os finais de semanas ou as próximas ferias pra repetirmos tudo isso ou coisas a mais, Harry. — Stanley comentou sugestivo.

O sonho de vocês. Pois duvido que nas próximas férias estarei aqui ou em algum lugar parecido. Estarei em Paris. — Botou seu óculos escuro, anunciando que já entraria no carro. mesmo que ninguém tivesse acreditado naquilo. Pois Harry um dia disse que nunca estaria ali com eles também, e, bom, esteve.

Harry iria dizer apenas tchau mas cada um deles lhe abraçaram assim como sua irmã e Niall. Todo aquele afeto que Harry se sentia constrangido, como o afeto que lhe deram quando Louis os convidaram para invadir sua festa de 200 mil seguidores no Instagram. Mas agora Harry não estava tão assustado, ele ate sorriu sem esconder. Era bom sentir que embora criticassem algumas coisas que ele fazia, aquelas pessoas eram sinceras. Não o bajulavam, não pediam nada em troca. Ora, ele até beijou a barriguinha de Zayn.

Talvez aquela gentinha fossem alguma coisa.

Ele ficou surpreso quando Louis lhe abraçou também, muito mais apertado que os outros, muito mais carinhoso, muito mais acolhedor. Louis só queria saber se Harry chegaria em casa bem, sem nunca mais se diminuir por causa de alguém babaca. Se Harry chegaria sabendo que era sim lindo, uma princesa bonita e que iria sim algum dia encontrar alguém que ame cada pedacinho dele. Então Louis ficaria bem mesmo que Harry esquecesse tudo que passaram na viagem.

Harry agarrou sua camisa e ficou tímido quando Louis lhe olhou, mesmo que tivesse com óculos, Louis via como ele tinha ficado sem graça, mas mesmo assim mole, ele gostava de abraços então ficou como um gatinho se aninhando a ele. Mesmo que o abraço tenha sido curto, mas Louis sentiu como Harry estava carinhoso.

Eventualmente, ele foi embora. E Louis não sabia como as coisas seriam quando ele também fosse.

...

— Então você está realmente apaixonado por ele? — Liam comentou quando chegou na sala e viu Louis deitado e pensativo.

O mais velho se assustou com a voz do amigo, inclinando a cabeça para olha-lo e ver que ele havia se sentado em uma cadeira perto de si.

Louis queria negar, mas seu coração estava transbordando novamente por Harry, não tinha o porquê mentir. Ele não era de mentir para si mesmo.

— Está tão óbvio assim? — Foi o que ele respondeu, baixo e frustrado. Sem olhar realmente para Liam, o amigo parecendo o psicólogo dele naquele momento.

Ta brincando? — Liam riu em um suspiro. — Bom. Sinceramente? Eu sempre desconfiei que rolava alguma coisa entre vocês. Desde que te conheci, você só tinha dezesseis e no começo eu até acreditava que você tinha um pouquinho de ódio dele, não só porque ele fazia coisas que você não gostava, mas parecia também um ressentimento pela amizade de vocês terem acabado. Mas depois de alguns anos, você vinha reclamar de coisas tão bobas, qualquer coisa que ele fazia você se irritava. Mas lá estava você comentando nas fotos dele, e vice versa, como se não conseguisse largar um ao outro e a implicância fosse um meio de manter vocês ligados. Quando vi ele pela primeira vez e vocês se implicando pessoalmente, eu percebi a grande tensão que pairava e eu achava que era só isso. Tensão sexual. Mas com essa viagem eu vi em seus olhos o tanto de carinho que você tem por aquele garoto.

Louis levou as mãos ao rosto, se segurando pra não gritar sobre elas. Era tudo tão frustrante. Cuidou tanto para não ser apaixonado por Harry de novo e do que adiantou? Se sempre quando se permite o olhar verdadeiramente seu coração bate por aquele mimadinho?

— Eu já fui apaixonado por ele uma vez, Liam... Eu acho que a primeira vez que me dei conta disso era quando eu tinha dezoito. Harry só tinha dezesseis e eu nunca tinha o olhado daquela forma, antes ele era apenas meu amigo, e depois o meu ex amigo irritante. Mas quando ele fez dezesseis... ele de repente estava tão lindo. Talvez a época que os cachos dele estavam mais rebeldes. — Louis sorriu ao lembrar. — E foi em um dia de primavera, com os ventos batendo nos cabelos rebeldes dele e algumas flores caindo de uma das arvores que tem na casa dele, que eu me peguei o olhando de uma forma diferente... eu tentei evitar isso, mas o tempo foi se passando e ele continuava mais bonito, não importava o quanto a gente se ofendesse, ele ainda era lindo demais. Eu tentei esquecer desse fato e conseguir me enganar por algum tempo. Mas quando ele fez dezoito... nossa, quando ele fez dezoito ele estava radiante experimentando os presentes dele pra mim enquanto estava bêbado, todo fofo e mimado e eu também estava bêbado, e quando percebemos, já tínhamos transado. — Louis estava dizendo e ele nunca havia contado isso para ninguém ou falado de seus sentimentos, mas ele precisava. Liam nem ao menos estava surpreso. Ele já desconfiava. — Ou, como ele gosta de dizer, fizemos amor. — Sorriu todo bobo. — Eu, imprudente, disse que estava apaixonado. Ele não falou nada. — Seu tom de voz havia magoa. — No dia seguinte culpamos a bebida pelo o sexo que tivemos, e eu também culpei a bebida pela minha revelação, desmenti. Foi fácil esquece-lo, a viagem que eu e você e os outros fizemos depois disso ajudou. Ficar longe dele por quase um ano fora fácil. Eu me desapaixonei sem esforços. Ou talvez apenas me forcei a não pensar nele... o que não importa porque estava tudo bem. E prometi pra mim mesmo que nunca mais tentaria ver o lado bom que ele tem. Mas agora... ele estava aqui todo frágil por causa daquele merda, tão vulnerável, só precisando de carinho e eu só queria o dar carinho. Eu vi o Harry que me apaixonei, eu me permitir olha-lo e descobri o que é se reapaixonar por alguém.

Louis dizia frustrado, embora tranquilo. Ele não estava com medo de expor seus sentimentos, não tinha medo de se sentir vulnerável, ele só tinha medo de quebrar seu coração de novo, o que provavelmente aconteceria.

Liam só conseguia sorrir, ele não queria atrapalhar os pensamentos de Louis lhe dizendo o que acha daquilo.

— E o que vai fazer a respeito?

A resposta veio rápido e sem nenhuma hesitação.

— Nada.

— Como nada?

— Bom, já esqueci ele uma vez, posso esquecer de novo.

— Você está apaixonado por esse garoto que você olha como se ele fosse precioso, e o que me diz é que vai fazer nada? — Liam estava indignado.

— O que você espera que eu faça? Que lhe conte a verdade? Ele provavelmente vai reagir da mesma forma que reagiu da ultima vez.

— E como você sabe? Aliás, como você sabe que Harry não era apaixonado por você também? — Liam o questionou, Louis ainda não o olhava, as mãos continuaram sobre o rosto. — Não é porque ele não te disse, que significa que não estivesse. Ele apenas deve ter ficado chocado. E mesmo que ele não fosse apaixonado por você, isso não impede dele ser agora.

— E isso faria diferença? Ele ser apaixonado por mim? Somos complicados, Liam. Não é porque supostamente estamos ambos apaixonados um pelo outro que isso signifique que tudo vai ser maravilhoso de repente. Ainda tem coisas que nos incomodam, nossos jeitos não batem um com o outro. O fato de estarmos juntos em um dia não muda o fato de estarmos brigando no outro. E quem garante que tudo não tenha sido devido a estarmos juntos no mesmo local? Pois embora moremos juntos, é difícil de nos vermos, e quando isso acontece sempre vem com implicâncias. Aqui as coisas foram diferentes, mais vulneráveis, pois ele estava vulnerável, ele estava carente e precisando de atenção. Quem garante que não tenha sido só isso? Talvez ele nem goste de mim e sim da forma que eu o tratei. Ele precisa de alguém que diga o quão bom ele é, e eu fiz isso. Isso não significa que ele está apaixonado. Talvez só signifique que ele gosta de ser tratado assim. E era apenas eu quem estava disposto a lhe dar esse tratamento.

Liam naquele momento percebeu o quanto Louis gosta de Harry. Porque Louis não era inseguro, nunca. Louis nunca se rebaixa ou se sente diminuído nem por pessoas nem por sentimentos. Ele sempre foi o garoto que quando pequeno conseguiu todos os beijinhos de garotinhas apaixonadas, e na adolescência tanto de garotas como de garotos. Ele sempre foi alguém que não se deixava abalar por sentimentos, era o cara que transa com você, não que te ama. Mas ele estava ali inseguro por Harry, apaixonado por ele, temendo não ser reciproco. Liam viu que ele realmente gostava e Harry.

— Isso são apenas suposições, Louis. Uma vez você deixou esse assunto para trás por suposições que Harry não sente o mesmo e agora vai fazer isso novamente? Sem ao menos saber dos sentimentos dele? — Louis iria voltar a falar mas Liam não deixou. — E não me venha com isso de que vocês não se entendem. Eu sei que não vai ser a paixão que vai fazer vocês dois de repente serem totalmente pacientes um com o outro. Mas isso são coisas que vocês podem aprender juntos... ora, não tinha dias que se davam bem aqui? Então vão deixar esse sentimento ir embora de novo só porque vocês tem medo de um futuro incerto?

Louis ficou algum tempo em silencio, ele sinceramente não sabia o que fazer. Não queria chegar e soltar que esta apaixonado por ele, mas também não queria deixa-lo para vê-lo com outro alguém, de novo.

Suspirou frustrado.

— Quando eu voltar... — Começou, respirando fundo.— Quando eu voltar, se eu ver que ele não esqueceu do que aconteceu aqui, então eu falo com ele.

✖✖✖✖✖

Quatro dias depois, Louis voltou.

Mais uma semana depois, e ele ainda não havia falado com Harry.

Não o julguem, ele não estava fugindo. Ele não era um cara indeciso. Se fosse pra esquecer Harry, então ele faria aquilo determinado até conseguir, mas se fosse para tentar algo, então ele faria. Mas ele não havia visto o mais novo.

Era só que já era difícil deles se esbarrarem em dias comuns. Harry vivia dentro da mansão, Louis em seu quarto do lado de fora. Harry estudava e Louis passava quase o dia todo na rua trabalhando em seus grafites, alem dos dias que nem dormia nos Styles. Mas agora, com Harry estagiando e ficando o dia todo fora, ficava mais difícil de vê-lo.

Eram quase duas semanas inteiras sem lhe ver. Duas completas que eles haviam transado. Uma e quatro dias que ele havia lhe dado a lingerie e se dado conta que estava apaixonado mais uma vez por ele.

Louis estava se sentindo sufocado.

Ele normalmente grafitava a noite, normalmente chegando depois de Harry, ou seja, quando o garoto já estava dormindo. Mas em um dia ele fez de tudo para chegar mais cedo. Eram por volta das 22:00 da noite quando estava em frente a entrada da sala, por onde Harry passaria quando chegasse. Ele não conseguia ficar ao menos sentado, andando de um lado pro outro e tentando gravar seu discurso. Ele só não era bom em fazer aquelas coisas, sabe... dizer que está apaixonado. Teve um momento que até se achou estupido, não queria sair jogando isso assim pra cima e Harry como da ultima vez, talvez fosse melhor apenas dizer que está se sentindo bem com ele, que ambas as três noites que passaram juntos foram essências. Tanto a que lhe beijou no primeiro dia da viagem dentro da barraca, tanto a do sexo, quanto a da lingerie. Apenas dizer que tudo foi verdadeiro, não apenas coisas do momento. Ele até tinha levado uma flor, tão bonita mas cheia de espinhos que ele tirou um por um e a daria pra Harry e diria que ele era como ela. Que se você cuida bem, então não machuca. Talvez o daria um beijinho no rosto. Ou apenas falaria ''e aí?'' Louis, não fazia ideia. Ele se sentia um patético.

Mas nada adiantou chegar cedo, ou fazer e refazer seus discursos, Harry não chegou. Descobriu alguns minutos depois que ele havia dormido na casa de Niall naquele dia, pois era mais perto do hospital e ele estava cansado demais para voltar pra casa.

Louis havia deixado a flor ali.

E depois de mais uma semana, se tornando a terceira, a flor já estava murcha e despedaçada, os ventos haviam levado as pétalas embora, nunca dando a chance de Louis entregar pro garoto.

✖✖✖✖✖

Harry agora estagiava no hospital de sua mãe. E como Anne, ele fazia aquilo por amor. Ele tinha a mesada e a fortuna que iria herdar junto com Gemma. Se ele quisesse, não estaria fazendo aquilo. Mas ele amava Medicina, especificamente Obstetrícia, que era onde ele queria se especializar. Ele ama realmente bebês e tudo que tem a ver com a vida humana. Ele queria acompanhar cada mês dos seus pacientes gravidos e gravidas, queria fazer os Pre Natais e dar todo suporte do mundo. Principalmente, ajudar a dar vida a um bebê. Era o seu sonho.

No entanto, ele não precisava ainda estagiar, mas como sua mãe era uma das médicas mais importantes do maior hospital de Londres, quase como uma sócia, ela conseguiu um estágio pra ele.

Ele não fazia muita coisa, e ainda nem podia. Ele apenas ficava de assistente e acompanhava os obstetras, enfermeiras ou doulas, ele já havia assistido dois partos e chorou como um bebê nos dois. E embora fosse cansativo ficar tantas horas no hospital, mal parecendo um estagio e sim um plantão (ou ele apenas estava exagerando já que saía da faculdade cansado) ele amava estar ali.

Poderiam definir Harry Styles como a própria alegria de todo aquele hospital quando ele andava pelos corredores e cumprimentava todos, simpático como se ele fosse o próprio sol de cada pessoinha ali. Ele era a simpatia em pessoa, diferente de tudo que já viram sobre ele. Ele realmente amava estar ali.

Mas o que muitos não sabiam é que na ultima semana, aquele garoto carinhosamente apelidado de sunshine pelos médicos ali, já havia corrido várias vezes para o banheiro do hospital e vomitado tudo que comia durante o dia.

Em uma semana, ele perdeu 5 kilos porque sempre estava enjoado.

Inicialmente, ele achou que era culpa do Mc Donalds, afinal, havia voltado a comer os hambúrgueres que Louis e seus amigos haviam lhe apresentado. Em um dos seus dias corridos que avistou um fast food, e como o próprio nome já dizia, era sua comida rápida e ele estava com pressa. A primeira vez que vomitou, ele pôs a culpa nos hambúrgueres, afinal nunca ficava doente. Mas a partir da quarta vez, ele começou a desconfiar que não era intoxicação alimentar.

Na décima vez vomitando só naquela semana, ele confirmou. Porque ele estava na faculdade, e naquele dia nem sequer tinha ingerido nada, mas isso não lhe impediu de botar qualquer coisa para fora. E, droga! Ele estudava medicina, ele sabia os sintomas de inúmeras coisas e aquilo definitivamente não era intoxicação alimentar.

Era por volta das 11 da manhã que ele estava dentro de um dos banheiros tremendo, a boca lavada, o corpo mais magro do que há 3 semanas atras, lagrimas nos olhos, as mãos apoiadas na pia e seus olhar contra si mesmo através do espelho. Ele estava começando a se desesperar ao penar que...

— Harry, o que houve? Por que saiu da aula correndo? —Era Niall que tinha vindo atras dele. O interrompendo os pensamentos. Era que Harry de repente havia esbarrado em tudo que estava por sua frente, sem nenhuma explicação e saindo desesperado da sala.

O mais novo tinha suas mãos tremendo, ele olhou pra Niall através do espelho, deixando suas lagrimas caírem.

— Ni... — Foi tudo que ele disse, não conseguindo prosseguir e o loiro correu até o amigo e o puxou para um abraço, que era tudo que o mais novo precisava.

Harry se jogou nos braços do amigo, chorando tanto e tremendo da mesma forma que Niall estava ficando muito preocupado, no entanto o acolheu em seus braços fortemente. Tinha uns estofados dentro do banheiro, encostados nas paredes de espelhos enormes e o loiro puxou Harry para ali, se sentando com o mais alto em seu colo, o ninando feito um bebê, era disso que o mais novo precisava.

— O que houve? Você está me preocupando... — Sussurrou mexendo nos cachos dele e Harry apenas continuou quietinho e chorando, Niall deixou. — Quer me contar?

Harry permaneceu quieto por alguns minutos, apenas soluçando pelas suas suposições. Mas mesmo que fosse apenas suspeitas, Harry podia sentir que já existia vida ali. E levou sua mão por cima do jaleco branco, estava tendo uma aula pratica quando saiu correndo. O loiro percebeu o movimento da mão dele, Harry segurando a barriga como se aquilo explicasse tudo.

— E-Eu, Niall... — Harry começou gaguejando depois de alguns minutos, saindo do colo do amigo e se sentando do seu lado. Limpou seus olhos com a ajuda do loiro e se manteve de cabeça baixa. — Eu e Louis... — Suspirou, resolvendo contar do começo. — Lembra que eu te disse que só havia me deitado com um único cara quando eu tinha dezoito? Foi o Louis.

Niall estava surpreso, porque Harry sempre disse odiá-lo. No entanto, não deixou sua surpresa ser maior que toda aquela situação, perguntas desnecessárias não eram bem vindas naquele momento. Pois se Harry estava chorando era porque algo sério aconteceu com tudo aquilo.

— Oh, Haz... — Niall colocou os cabelos cacheados atras das orelhas, pois já estavam ficando úmidos por conta do choro. — E por que chora? Ele fez alguma coisa errada?

— Não! — Harry disse de imediato. — Ele foi perfeito... tão perfeito que repetimos isso algumas semanas atras. — O mais novo comentou, tentando se acalmar. Niall tinha os olhos azuis arregalados, aquilo era uma surpresa pra ele. Se fosse em algum outro momento, estaria gritando e dando pulinhos extasiados pelo amigo, querendo saber todos os detalhes, perguntando coisas intimas demais. Mas Harry estava abalado.

— Você gosta dele? Por isso chora? Por isso não queria que eu ficasse com ele? Me perdoa, Haz. Eu não fiz por mal, eu não tinha a menor ideia de tudo isso. — Niall realmente sentia.

— Não é isso... — Harry respondeu, não negando ou afirmando que gostava de Louis porque esse não era o problema maior.

Quem dera seus pensamentos fossem só por sentir algo por ele.

Estava frustrado nas ultimas semanas por nunca o ver, sentia sua falta e aquilo o fazia entrar em conflito consigo mesmo. Mas não se importava, porque só queria ver Louis e dar um abraço nele, nem que fosse um pouquinho e por alguns minutos. Só pra se sentir tão bem de novo...

Mas agora seus problemas são muito maiores que sentimentos e frustrações.

— Eu estou passando mal faz uma semana... — Harry começou, se levantando e andando de um lado pro outro. Niall já sabendo o que ele iria falar. — Eu achei que era aquelas comidas de fast food. Mas Niall... — Sua voz estava tremendo de novo. — Eu fiz amor com ele faz 3 semanas. Não usamos nada... absolutamente nada. — A voz dele estava ficando desesperada. — Era pra eu ter tomado remédio no dia seguinte, mas por conta da minha briga com ele eu esqueci. — E então a voz aguda junto com o choro, suas mãos abanando seus olhos pra tentar evitar, mas falhando.

— Meu Deus... — Foi a unica coisa que Niall conseguiu dizer, se levantando pra tentar acalmar Harry. — Meu Deus, Harry... como você fez sem? — Se calou, vendo que sermão não iria o ajudar agora, seu amigo estava tremendo de novo. — Calma, por favor. Tenta respirar e pensar. Você já fez o teste? — Harry apenas negou com a cabeça, as mãos nos próprios olhos. — Então ainda tem uma chance.

E-Eu sinto que eu e-estou, Niall...

— Tudo bem, então vamos pensar por esse lado. Se você está, não é uma boa noticia? Você vive falando de bebês, você sempre quis um bebê, certo? Você até idolatrava a barriga de Zayn, e olhe que ele nem tem barriga ainda. Não chora, por favor? Não é o seu sonho? Por que está tão desesperado? É por que o pai é o Louis? Você ainda tem essa coisa de ''ele é só o filho da empregada''?

— Não! — Harry gritou. Mas não era pelo que amigo tinha dito, era apenas os hormônios e o desespero tomando conta do corpo dele. — Acredite, Louis ser o filho da empregada não é o que me incomoda. É que, Ni... é meu sonho engravidar. Mas você não entende? Eu tinha um plano... desde bem pequeno eu queria primeiro terminar meus estudos, encontrar alguém que eu amasse e me amasse de volta, casar e então ter um monte de bebês, Ni. Mas eu só tenho vinte anos ainda... eu não estou na metade da faculdade, não estou noivo, eu não tenho ninguém que me ame.... — A ultima frase fez Harry chorar mais ainda, Niall sentiu seu coração partir e então botou o amigo em seus braços, dizendo que ama ele e que estaria ali por ele. — E Louis, Ni... Como Louis reagiria a isso? Ele nem quer as mesmas coisas que eu! Quando você viu ele ao menos namorar alguém? Ele é livre, ele gosta de ser livre, fazer as coisas dele, ter os casos dele. Ele não quer nada que o prenda... ele não quer uma família.

Harry sempre achou que quando descobrisse que estaria gravido na verdade não seria nenhuma surpresa porque ele planejaria isso. Ele estaria em lua de mel em um país glamouroso, com seu marido e então faria um bebê, e depois de algum tempo mais alguns. Ele nunca imaginou que receberia a noticia tão cedo, bom, tecnicamente ele ainda não recebeu. Mas a possibilidade o faz se desesperar, porque ele não tem uma família, e se ele tiver mesmo com um bebê na barriga, é de Louis... Louis que o fez tão bem... Louis que faz seu coração transbordar de paixão. Mas o mesmo Louis que ambos ficam se implicando, Louis que não sonha com uma família, Louis que é livre... Harry nunca achou que a primeira reação que teria ao cogitar estar gravido seria desespero por um futuro incerto.

— Eu te entendo, Haz. Mas calma, okay? Eu vou comprar o teste... fique aqui, respire e tente se acalmar. Vamos ter certeza primeiro.

...

Fora 20 minutos para o loiro sair do prédio da Universidade e voltar para o banheiro onde Harry estava isolado. Quando voltou, estava com a sacolinha na mão, Harry olhou para o teste como se fosse uma bomba. Mas Niall constatou que ele estava mais calmo, o corpo já não tremia e ele havia parado de chorar, estando apenas com o rosto inchado.

— Tranca a porta. — Harry pediu e Niall trancou, entregando o teste pro mais novo e esse não perdendo mais tempo, entrando em uma das cabines.

Niall não sabia nem o que dizer. Talvez um ''boa sorte''? Mas para que? Para ele não estar gravido ou para que esteja? O que Harry realmente queria?

Não sabia, por isso ficou quieto.

Não demorou muito para que Harry saísse da cabine segurando o teste em mãos e botando em cima da pia do banheiro ainda como se fosse uma bomba, com cuidado.

— Quanto tempo?

— Um minuto...

Então eles esperaram, Harry voltou a se sentar, suas mãos sobre a boca, sua expressão indecifrável, Niall não conseguia o ler naquele momento e isso o preocupava mais.

— Vê pra mim, por favor, eu não vou conseguir. — Harry pediu depois que o minuto se passou, então Niall levantou e pegou o teste em mãos.

Harry ligeiramente voltou a tremer, seus pés batendo no chão de nervosismo. A forma que o loiro analisava o teste sem conceber uma expressão fazia Harry ficar mais ansioso.

— E então?

Negativo.

— O que?

— Deu negativo.

Harry encarou o loiro por um tempo, como se ele fosse desmentir aquilo a qualquer momento mas ele não desmentiu. E então sua reação não foi de alivio.

Embora todo desespero, no fundo já se sentia gravido. Ele sentia que havia um neném dentro dele. Todos os pensamentos negativos e desesperados não seriam nada se ele confirmasse aquilo, ele deixaria tudo aquilo de lado pra se dar conta que uma pessoinha tão pequena estava dentro de si. Uma pessoinha que também era de Louis. De Louis, o nojentinho mais gentil do mundo, que o tratou como uma princesa. Uma princesa dele.

— Então... ora, então está tudo bem... — Harry falou, tentando soar feliz mas claramente não conseguindo. — Se eu estivesse, seria complicado de qualquer forma. Estudar, estagiar... contar pro Lou... Enfim, será mais fácil assim, não é? Eu só tenho vinte, e ele é um garoto livre de vinte dois. Ele não iria querer ter um filho comigo, não é? — Harry não percebeu que sua voz começou a tremer, seus olhos transbordando. Enquanto ele tentava arranjar motivos para que aquele resultado fosse bom. — Eu nem sei porque eu estou assim... é só que eu senti, sabe? Pode ser bobagem, mas eu senti que ia ter um bebê.

— Harry, você vai ter um bebê.

— Hum?

— Deu positivo.

Harry o olhou com os olhos arregalados, então Niall sorriu maroto e lhe mostrou o teste.

— Desculpa, eu só queria ver se era o que você realmente queria. E você quer, Harry.

Harry olhou pro teste. Deu positivo. Ele está gravido.

Harry pegou o teste em uma das mãos tremendo, a outra indo ate seu rosto, voltando a chorar mas dessa vez de felicidade porque não importava se não tinha sido como seus planos. Ele ta gravido e aquilo o fazia explodir de amores por dentro.

— N-Nunca mais faça i-isso! — Harry disse todo sentimental e abafado pela mão. Agora Niall via lagrimas de felicidade escorrendo dos olhos do mais novo e seus próprios olhos encheram de lagrimas.

— Desculpa.

Harry estava radiante. Ele olhava pro teste como se fosse a coisa mais preciosa do mundo. Ele se olhou em um dos enormes espelhos, pondo sua mão na barriga que ainda era lisinha, sem nenhum volume mas o mais novo se olhava como se já tivesse um barrigão enorme. Ele de repente deu um pulinho de felicidade que fez o loiro se apaixonar por aquela cena, o mais novo se olhando com adoração através do espelho, mal acreditando naquilo. Ele estava lindo demais, fofo, como se tivesse carregando uma preciosidade.

— Niall, eu vou ter um neném do Louis!  

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