Cecilia* - 2 dias depois.
- Queria te informar da minha decisão.
Meu pai me chamou as 7 da manhã para dizer isso, parece até que ele não havia dormido, a julgar pelo travesseiro no sofá do escritório, acho que ele dormiu aqui.
- Você sabe que precisa descansar, por causa da doença pai.
Ele sorri seco,
- Depois que eu me for terei descanso eterno.
Faço uma careta por conta da brincadeira.
- Eu tinha decidido casar você com o Diego Bustamonte a dois dias atrás, havia informado aos outros pretendentes a minha decisão mas ontem a noite recebi uma notícia não muito boa, parece que acharam o corpo dele em um estacionamento, ele levou dois tiros e morreu na hora.
Coloco a mão na boca surpresa com o que escuto, alguém havia o matado.
- Acha que algum outro pretendente pode ter feito isso? Para tira lo da jogada.
Meu pai balança a cabeça.
- Acho, e quem mais se daria bem com a morte de Diego seria Dylan já que era a segunda opção.
Meu Deus.
- E o que faremos agora?
Meu pai continua sentado como se tudo estivesse no lugar.
- Você se casará com Dylan, eu já avisei a ele e sua família.
Agora fico mais surpresa ainda,
- Você acabou de dizer que ele pode ter matado um homem e vai me entregar a ele? Ele pode ser um assassino. - Afirmo nervosa.
- Tudo o que temos são suspeitas filha, e eu preciso que você se case, para juntarmos as fortunas, faço isso pensando em você e no futuro, meus netos e bisnetos.
Eu não acreditava que estava mesmo ouvindo aquilo.
- Não diga que faz isso pensando em mim, você só pensa no dinheiro e quanto mais melhor, aquele homem que você quer me obrigar a casar também é assim, fora que ele age como se eu tivesse que me rebaixar a ele ou obedecê lo.
Meu pai abre a gaveta de sua mesa e me entrega um envelope, abro o mesmo, há um cartão, documentos falsos e uma quantia significativa de dinheiro.
- O quê...Porque me deu isso?
Ele olha pela janela ao falar,
- Porque diferente do que você pensa eu amo você e você é a coisa mais importante que eu tenho, a cima do dinheiro até e se não fosse realmente necessário não te sacrificaria assim mas é preciso filha, muito do dinheiro que temos eu consegui de forma errada e se eu morrer e deixar você tomando conta de tudo, vão acabar com você em minutos, por isso você precisa de um marido, um que mexa com o que...eu mexo.
Agora eu realmente não estava entendendo.
- Com o que você mexe?
Ele olha pra mim dessa vez,
- Tráfico.E todos os seus pretendentes também, eu não vou poder te proteger morto e vão querer te tirar tudo a não ser que você esteja casada e protegida.
Meu pai, traficante.
- E porque isso já que você acha que me casando estarei protegida?
- Muitos querem a sua fortuna Cecilia,seu marido irá te proteger por conta dela já que também será dele mas, não tenho garantias de que ele seja bom pra você, não sabemos se depois do casamento ele será um bom marido ou pelo que parece um machista, isso - Aponta o envelope, - É para o caso de você precisar fugir, documentos falsos e dinheiro, o cartão é de uma conta no banco que abri com o nome do documento que estou te entregando, não estou fazendo isso para você simplesmente fugir, quero que me prometa que vai aguentar quanto puder esse casamento, para não entregar a nossa fortuna e para não ficar desprotegida, mas se chegar a um ponto sem saída..algo que não dá para resolver ou aguentar, essa é..
- Uma válvula de escape. - Completo com ele sorrindo.
Se Dylan não fosse bom para mim, eu poderia fugir, teria que me virar sozinha e claro deixaria minha fortuna para ele o que não está nos meus planos mas se o nó apertar, meu pai estava me garantindo..uma válvula de escape.