— Lyra? — Escuto a voz de cole.
— Que? — Acordo de meu transe olhando para Cole assustada escutando Daniel sorri. — Desculpe o que disse?
— Nada, está tudo bem?
— Está, hã... Eu vou... Vou me deitar. — Pronuncio embaralhada sem ter coragem de olhar na cara de Daniel retirando meu prato apressadamente de cima da mesa. Coloco sobre a pia. — Boa noite. — Subo as escadas quase que correndo chegando ao quarto encosto a porta me deitando na cama.
Tudo bem, eu beijei Daniel Sharman... Eu beijei o tio do meu melhor amigo... Eu... Beijei... MEU DEUS! COLE VAI ME MATAR! Ou será que não? Ele me disse pra participar da “brincadeira”. E foi o que eu fiz! Sendo assim não estou errada, não é? Não! Cole não quer mais eu como amiga. Submissa...
Okay. Concordo com minha consciência me levantando da cama vou ao banheiro colocando em seguida uma blusa folgada tirando a parte de baixo opto por ficar de calcinha. Ao me deitar novamente o sono não vinha até a mim, em compensar a indecisão estava a minha volta. Escolher entre um deles... Viro-me para o outro lado da cama fechando os olhos em outra tentativa inútil de dormir.
Merda. Eu preciso fazer isso!
Abro a porta andando em passos largos e silenciosos ao quarto de Cole que por sorte se encontra destrancada, entro rapidamente o vendo deitado na cama de barriga para cima apenas de cueca num sútil sono.
Sempre achei impossível uma pessoa ser bonita enquanto dorme, mas Sprouse conseguia esse efeito até estando num sono profundo. Seus cabelos espalhados pelo travesseiro rebeldemente bagunçados lhe dava o ar mais feroz e consequentemente sexy, seu peito subia e descia com calma, as tatuagens que enfeita seu corpo se mostrava com facilidade com a luminosidade do abajur ao lado.
Não faça isso ficar estranho, Lyra.
Suspiro pesado me aproximando na cama subindo em cima de seu corpo coloco uma perna de cada lado me sentando quase que encima de seu membro.
— O que está aprontando, Blanche? — Sua voz completamente rouca me faz arrepiar, suas mãos param em minhas coxas impossibilitando minha saída caso tentasse.
— Preciso tentar uma coisa. —Olhando-me curioso um riso sapeca surge de seu rosto
— Vai me beijar, Lyra? — Sorrindo sua mão sobe para minha cintura agarrando com força. Fraquejo por um momento sentindo o clima mudar de sereno para tempestuoso.
— Posso? — Se sentando na cama Cole me permanece em seu colo não tirando o sorriso cobiçado de sua face. Se aproximando a centímetros de meu rosto sabia que aquela era minha deixa para terminar com o resto do espaço que havia, e assim faço. Nada de borboletas ou frio na barriga. Havia corrente elétrica, calor, fogo, chama... Mordendo meu lábio inferior Cole puxa para ele me invadindo com sua língua em seguida. Invertendo as posições fico por debaixo de seu corpo com suas mãos passeando por minha pele em pura forma de posse. E então, pela primeira vez consigo ver seu domínio.
Seu dominador.
Sua mão aperta minha nádega com força, seu membro que se encontrava duro se apertava contra minha intimidade deixando claro o efeito de nossos corpos juntos. Descendo seus lábios para meu pescoço Cole me permite respirar por um breve momento. Começo a me mexer tornando a pressão de nossas intimidades maiores soltando um gemido meio alto.
— Melhor não provocar, antes que eu te coma aqui, com ou sem seu consentimento. — A voz entrega a vontade do ato, e se ele quisesse me fazer sua ali eu não teria coragem de dizer não. — Acho que teve seu beijo.
— Sim. — Concordo sem pestanejar olhando em seus olhos escurecidos pela atração.
— Até amanhã, pequena. — Me liberando de sua posse seu olhar continua fixo a mim.
— Até amanhã, Sprouse. — Sorrio me levantando da cama saindo de seu quarto sem olhar para trás.
Escolher...
Deito em minha cama tocando meus lábios levemente. As cenas dos beijos de meus possíveis dominadores vêm à tona. Não ficou estranho, não teve nada de estranho. Sorrio enfiando minha cara no travesseiro contendo a empolgação. Onde você está se metendo, Blanche?
* * *
Ao tocar o sinal fecho o notebook caminhando para a segunda aula. Biologia. Não que eu reclame, mas acho desnecessário. Aulas a mais no currículo sempre é bom, mas se torna cansativo depois de um tempo. Virando o corredor meu braço é puxado, desengonçada quase caio de cara ao chão se não fosse seu braço bloqueando a ação.
— Que porra, Cole! — Reclamo brava.
— Porque ontem foi embora na ultima aula? — Seu tom não era rude, mas também não era amistoso. O olho soltando a respiração.
— Precisava de um tempo para pensar. — Algumas pessoas ao redor nos notam, irritado com a atenção, Cole me puxa para outra ala do prédio.
— E pensou?
— Sabe o que mais me deixa maluca nisso tudo? — Negando ele me encara atentamente. — É que eu não quero escolher.
— Está me dizendo que não quer tentar?
— Não, não. Não é isso. — Uma ponta de esperança cresce em sua face.
— Então, o que é?
— Não quero ter que escolher entre você e Sharman.
— Tem certeza? — Assenti em concordância. — Por quê?
— Eu quero você, mas também quero Daniel. — Olhando para seu par de olhos esverdeados não tenho dúvida de minha escolha. Eu os desejava, a verdade é que sou muito gananciosa para escolher só um deles. E os beijos de ontem comprovava tudo.
—Tem ideia do que está pedindo, Lyra? — Seu olhar era fixo e apreensivo. — Será tudo em dobro, o que você viu ou ouviu falar serão duas vezes a mais. Disciplinas, castigos...
— Me disse para entrar no jogo, acho que é isso que estou fazendo. E pelo que sei quem escolhe os tipos de castigos ou os instrumentos aplicados sou eu. — Defendo meu argumento cruzando meus braços o fazendo sorrir negando.
— Está querendo entrar de cabeça num mundo que até dois dias atrás te aterrorizava só de pensar em cordas pelo seu corpo?
— Estou dizendo que quero tentar.
— Sabe das regras. — Sua postura muda para proficiente. Como se eu estivesse numa pequena avaliação.
— Sei, e é por isso que não estou pedindo um contrato. — Sua sobrancelha se arqueia um tanto perplexo.
Sim amiguinho, eu sei como funciona seu universo.
— Te vejo depois. — Ele fala saindo puxando o celular do bolso contenho minha vontade de segui-lo virando para direção contrária caminhando até minha próxima aula.
* * *
— Preparada para a prova? — Nego bufando saindo da sala. — Qual é Ly, será fácil qualquer coisa estudamos juntas. — Rindo Chloe segura meus ombros me sacudindo. — Irá na festa de amanhã?
— Não, tenho uma entrevista de emprego e quero estar sem ressaca ou sem cara de zumbi no sábado, obrigada. — Sorrindo ela concorda amarrando seus cabelos loiros num coque frouxo deixando alguns fios soltos.
— Tudo bem, te livrarei dessa. Porém a próxima terá que me acompanhar, fechado? — Estendendo a mão seus olhos azuis me olham em expectativa.
— Fechado. — Sorrio apertando sua mão. Caminhando em nossa direção observo a camisa de Cole meio aberta em seu peito deixando visível sua corrente de cruz.
— Opa! Minha deixa, até amanhã. — Chloe fala. Ri negando a vendo sair de fininho.
— Vamos? — Cole diz. Assenti seguindo até o carro com sua companhia ao meu lado.
— Para quem não queria chamar atenção, conseguiu bem alugando esse carro. — A Range Rover preta se destacava entre os outros carros dos estudantes, sorrindo pretencioso coloco o cinto de segurança.
— Vai me dizer que não gostou?
— Na verdade não, prefiro aquela bicicleta que usava no 9º ano? — Rindo ele revira os olhos voltando sua atenção à estrada.
Parando o carro em sua vaga subimos pelo elevador dando de cara com Daniel na sala de seu apartamento nos esperando.
— Chegou mais cedo. — Digo desconcertada. — Onde está Gail?
— Conversamos sobre seu pedido. — Cole me encara deixando sua mochila em cima do sofá.
— Conversamos?
— Cole e Eu. — Daniel se levanta indo para meu lado tirando a bolsa de meu ombro colocando meu cabelo de lado. — Confesso que fiquei um tanto surpreso, senhorita Blanche.
— Queremos fazer um aperitivo do que será. Uma brincadeira. — Cole diz e sinto minhas pernas se tornando moles e meu cérebro entrando em colapso.
— Em 5 minutos esteja no quarto vermelho, nua.
O que?
— Não se preocupe, vamos devagar. — Daniel garante saindo de perto de meu corpo. Os pelos de meus braços se eriçam, engulo em seco percebendo a casa vazia a não ser por nós três. Eles planejaram isso.
Assenti sem dizer uma palavra indo para meu quarto. Nervos aflorados mais o instinto despertado. Não sabia muito bem como reagir. Retiro minha roupa colocando o roupão por cima respirando fundo. Uma brincadeira, um aperitivo. Respiro fundo mais uma vez acalmando meu nervosismo indo em direção ao corredor solitário, abrindo a porta encontro meus dois dominadores parados um do lado do outro apenas de calça e pés descalços, nas mãos de Cole havia dois objetos pequenos, assim que me veem a atenção dos dois homens se volta por completo para mim. Sinto-me intimidada mais em completo desejo.
— Tire o roupão e vire-se de costas para a porta. — Obedeço Sprouse hesitando um pouco e logo o pano cai sobre meus pés, ouço passos vindo em minha direção e meu cabelo é posto para trás sendo trançados com cuidado.
— Sente-se na cama. — Daniel soa autoritário atrás de meu corpo e meu coração parece que vai querer sair de seu lugar a qualquer momento. Indo para a cama em seu tecido vermelho, me sento encarando o chão. Levantando meu rosto com uma das mãos olho para Cole.
— Preste atenção. — Dois dados são deixados em minha mão. — Isto é apenas um jogo que iremos fazer com você, são dados eróticos. — Olho para os objetos cautelosa voltando minha atenção para Cole. — Cada lado contém uma posição e a outra uma ação, só fale quando permitimos. — Assenti em concordância. — O jogo será um pouco diferente. Não acho que irá precisar, mas se as coisas se tornarem muito intensas é só dizer as palavras de segurança, Verde.
— E vermelho.