Desejos Indomáveis

By lhell_

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O intuito do BDSM é o prazer sexual através de sua posse de poder erótica de dominação.Você pode até ter rece... More

Paraíso De Luxo
Visitantes Imprevisíveis
Confidencialidade
Corredor Solitário
Dois Dominadores?
Lembrete
Convidada Para Brincar
Novas Sensações
Tabela De Punição
Créditos Acrescentados
Primeira Sessão - Disciplina
Prazeres Intensos
Presente De Felicitações
Presente Encrenca
Analisando O Contrato
Perguntas Pessoais
Amigo Dominante
A Escolha
Pensamentos Indefinidos
Elevador Travado
Meu Dia, Minhas Regras
Mudanças De Planos
Comandada
Tentando Esquecer
Dominante Falso
Verdades Ditas
Limite Ultrapassado
Despedida E Um Recomeço

Portas Frustrantes

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By lhell_

Meus sentidos se paralisam. Era impossível mover um só de meus nervos. Odiava o fato de Sharman em 24 horas ter me intimidado tanto a ponto de me calar com um simples gesto impertinente. O jeito que o dono do olhar azul me deixava, perdida e completamente atrapalhada. Meu olhar se fixa em sua boca, sem me conter em desviar minha atenção.

— Onde está Sprouse? — Perguntou ele.

— Disse que iria reencontrar uns velhos amigos que tem pela região. — Numa tentativa inútil de encontrar uma postura melhor fico ereta.

— Veio sozinha? — Oh, ele não gostou de minha resposta. O grave de sua voz o entregara sem rodeios.

— Sim, não foi tão difícil com a ajuda do GPS. — Levanto minha cabeça colocando uma mecha de meu cabelo para trás.

— Não a quero andando sozinha por essas ruas, ainda mais com sua idade. É perigoso. — Eu obviamente poderia ter ficado fula da vida por sua inconveniência. Ele está me chamando de criança?! Porém, a única coisa que consigo fazer é rir diante da situação.

— Com essa idade? — Ri negando com a cabeça. — Acho que sou capacitada para cuidar de mim mesma, senhor. — Não escondo a ironia usada naturalmente.

— A partir de amanhã peça para que Taylor a busque ou a leve para onde desejar ir. — Não havia traço de humor. Estava zangado. Era fácil perceber, pois a linha ríspida de seus lábios deixara claro que minha resposta foi inconveniente á sua perspicácia.

— Costuma ser assim com sua namorada? — Disparo de uma vez incomodada por seu controle absoluto.

— Não tenho namorada.

— Não?

— Parece surpresa. — Por um instante, uma diversão contagiou a voz dele.

Óbvio que estava surpresa! Como um homem daquele porte arrogante, prepotente, porém lindo e galanteador possa estar só? É quase que impossível! As mulheres com certeza babam ao vê-lo passar! E quem não babaria? Lindo, rico, dono de um patamar gigantesco...

Ah, não.

— Você é gay? — Pergunto chocada. Sua expressão se fecha, como se estivesse avaliando sua resposta percebe que acabara de cometer um erro. Puxando a gravata de cima do piano observo enrolar o pedaço de pano em sua mão habilmente. Apertando com força em volta da mão esquerda às veias saltitam de seu dorso dando para ver claramente seus nervos. Parecia estar se controlando, para o que eu não sabia certamente, mas o pensamento me fez ruborizar outra vez.

Droga!

— Não, eu não sou gay. — Alto e claro puramente rude, assim foi sua resposta, e provavelmente com razão. Encolho diante de minha vergonha, mas por algum motivo sua resposta me deixara mais aliviada.

— Lyra? — Graças a Deus! Levanto-me imediatamente vendo Cole nada contente se aproximando com uma sacola na mão. — Seu celular está quebrado?

— O que?

— Valerie me ligou e disse que tentou falar com você, mas...

— Caralho! — Ignoro a repreensão do xingamento dos dois homens em minha frente saindo correndo para meu quarto, encontrando o celular em cima da cama. Porém, não havia ligação de minha mãe. Nenhuma. Confusa, ouço a porta se fechar e Cole cruzar seus braços, olhando-me furioso. — Não tem ligação nenhuma.

— O que estava fazendo sozinha com ele? — Arregalo meus olhos me sentindo no meio de um conflito interno entre tirar satisfação ou apenas responder sua pergunta. Primeira opção.

— O “ele” que você se refere é seu tio, dono dessa casa na qual VOCÊ me disse que não haveria problema, o que estou começando a duvidar de sua palavra.

— O que Sharman te disse? — Se aproximando mais ainda de meu corpo reparo na estatura de meu amigo. Ou eu estava encolhendo ou Cole ganhou muito mais massa muscular nas férias.

— Nada demais, na verdade Daniel mal fala comigo. — Percebo seus músculos se relaxarem. — Aguentar uma colega de quarto não seria um transtorno comparado á uma desavença entre tio e sobrinho. Faz exatamente 1 dia que estou aqui e me sinto uma zebra.

— Zebra? — Cole ri e o encaro séria

— Isso não vem à questão. — Solto um suspiro entediada. — Sei que está tentando ser o amigo atencioso, mas isso não está dando certo. Eu me sentiria bem melhor no dormitório da faculdade aguentando uma colega de quarto com gosto musical horrível.

— Meu tio e eu não temos uma desavença, na verdade nos damos muito bem. Sempre passo pelo menos duas semanas todo ano com ele. Acontece que... — Parando suas palavras ao ar Sprouse franze suas sobrancelhas. — Tem razão, desculpe. — Arregalo meus olhos perante a mudança de humor brusca. — Só estou tentando garantir que está confortável. Prometo não tentar ser o amigo intrometido outra vez. — Aquele não era o tipo de resposta que normalmente Cole dá. Poupando o trabalho de uma investigação que não daria em nada assenti sorrindo de lado.

— Eu tinha perguntado se ele era gay. — Numa explosão de gargalhada me deixo levar rindo junto com meu amigo. — Foi sem querer, tinha escapulido de minha boca!

— Sua curiosidade ainda irá leva-la a encrenca, Blanche.

— Acho que terei que concordar. — Falo. Colocando a mão na barriga ele se recupera dos risos ajeitando seus cabelos. — Já terminou?

— Não. — Ele responde. Reviro os olhos olhando para o lado. —Não fica brava, foi engraçado.

— Bom, Sharman não achou. Por um momento achei que ele fosse me bater. — Cruzo meus braços e seu olhar transforma para um misto de curiosidade e frustração. — Anda saia, está precisando de um banho.

— Me expulsando?

— A vingança é doce. — Aponto para a porta. — Está suando, é nojento.

— Tudo bem, estou indo madame. — Sorrio fechando a porta.

* * *

— Como foi seu primeiro dia na faculdade? — Encaro Taylor pelo retrovisor que me olha em expectativa. — Disseram que os melhores professores dão aulas naquele departamento.

— Eu não tenho dúvidas. — Respondo sorridente.

Universidade era muito diferente de escola estadual, não me refiro apenas nas matérias, mas o conteúdo em si. Era quase como se estar em outro mundo. Um mundo que te mostrará a capacidade de um ramo de trabalho pelo resto de sua vida. Não gostava de pensar por este lado, parece muito promissor, mas na realidade, é mesmo. Minha família não tem condições de pagar uma universidade de grande escala, por sorte e desempenho consegui uma meia bolsa, mas mesmo assim ainda tinha a outra metade para ser paga e não é um valor barato para todo mês...

— Terra chamando Lyra. — Olho para Cole que sentado no banco da frente troca a estação do rádio. — Ouviu o que eu disse? — Nego e seu corpo se vira para me olhar. — O que acha de eu alugar um carro? Assim dará menos prejuízo para Taylor.

— É uma boa ideia. Preciso de um emprego. — Olho para a janela reparando nos restaurantes. — Taylor conhece algum estabelecimento que precisa de funcionários?

— Hoje foi nosso primeiro dia na universidade, relaxe um pouco. Não precisa resolver as coisas de uma vez como costuma fazer. — Soltando uma respiração forte e prolongada Cole se vira novamente para frente. — Eu posso...

— Não vou aceitar seu dinheiro. — Detestava o fato de depender dos outros para alguma coisa. Aquela ideia sempre abominava. — Deixei isso bem claro. — Irritada amarro meus cabelos para o alto, presto atenção em algumas madeixas do castanho cair atrás da orelha. — É sempre bom pensar um pouco para frente do tempo pra na hora não bater de cara com o problema. — Em rendição o vejo assentir. — Posso dar um jeito nisso.

— Como sempre.

— Exatamente. — Rimos.

Assim que a porta do elevador se abre, escuto uma musica sutilmente animada. Encontro Gail na cozinha limpando o fogão mexendo as mãos no ritmo da musica. Cole havia ido diretamente ao seu quarto, sorrindo reparo que ela ainda não havia reparado minha presença. Pego meu celular colocando “Hollaback Girl”- Gwen Stefani no maior volume a pegando de surpresa. Começo a dançar no ritmo da música a fazendo rir, vou para seu lado atrás do balcão balançando de um lado para outro, timidamente ela retribui a dança balançando a cabeça.

— Desliga isso, o Sr. Sharman pode chegar a qualquer momento. — Ela fala. Ri desligando o aparelho deixando a sinfonia lenta da Sra. Jones de antes.

— Vai me dizer que não gosta de música agitada? — Rindo ela nega terminando com o serviço indo para a louça, me apoio no balcão colocando meus cotovelos apoiando a palma da mão em minha bochecha. — Porque há duas portas solitárias naquele corredor perto da porta?

— Sharman me avisou que era curiosa. — Levanto minha cabeça. Sua expressão era agradável, como se aquela resposta fosse uma piada cômica interna. — É uma biblioteca.

— E a outra?

— Pequena! — Cole grita do quarto me fazendo bufar

— Licença. — Saio em direção ao quarto que estava completamente bagunçado, meus papéis de parede estavam ao chão e a cama bagunçada com fitas e uma escada pequena posta ao canto. De onde aquilo surgiu?

— Onde vai colocar isso?

— No teto

— O que? — Sem entender retiro o papel de parede de turismo de sua mão. — Porque no teto?

— Achei que era para colocar o quarto com minha cara, Sprouse.

— Às vezes tenho vontade de castigar sua boca arrogante. — Ajeitando a escada no meio do quarto o olho, desconcertada de sua confissão. — Estou tentando te ajudar, ou tentara colocar isso sozinha no quarto? — Ele diz rapidamente remendando o que tinha dito.

Tiro o blazer colocando no guarda roupa para não sujar. Já que faltavam algumas horas para a noite cair levo em consideração o tempo para organizar tudo, possivelmente não demoraria tanto com a ajuda de Cole, e como não teria nada para fazer mesmo.

— Okay.

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