Me Beija Ou Me Mata (Outra Ve...

由 CyntiaPaula4

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Esse livro está registrado na biblioteca nacional. NÃO FAÇA PLÁGIO. É CRIME E PODE TE CUSTAR CARO. ❤ Obs: SOM... 更多

Capítulo 1: Obsessão Infinita
Capítulo 3: Única Esperança
Capítulo 4: Incontrolável
Capítulo 5: Skyfall
Capítulo 6: Cage Dorée
Capítulo 7: Presença de Libelle
Capítulo 8: Confusão quente
Capitulo 9: Compartilhamento proíbido
Capítulo 10: O teorema de Isabelly P:1
Capítulo 11: Teorema de Isabelly P:2
Capítulo 12: Teorema de Isabelly P:3 (O segredo) RETIRADO
Capítulo 13: Sombra da minha luz (RETIRADO)
Capítulo 14: Consanguíneos.(RETIRADO)
Capítulo 15: Fogo da minha carne!(RETIRADO)
Capítulo 16: Azul é a cor mais quente! (RETIRADO!)
AVISO IMPORTANTE: sobre a maratona!
Capítulo 17: É importante ter lembranças.(RETIRADO)
Capítulo 18: Hello, Dexter! (RETIRADO)
Capítulo 19: Gotas de fogo no oceano.
Capítulo 20: A visitante.
Capítulo 21: Festa no Charter!
Capítulo 22: Espectro.
Capítulo 23: Espelho.
Capítulo 24: O tratado parte 1.
RECADINHO💛
Capítulo 25: O tratado Parte 2
PRÉVIA do Capitulo 26. 😱
Capitulo 26: VINGANÇA DE FAMÍLIA.(completo)
Capítulo 27: O Flagra!
Capítulo 28: Dark Romance.
Capítulo 29: NÃO ME AME.
AMORES: Um aviso 💙
Capítulo 30: V o g u e.
Capítulo 31: A vingança!
Capítulo 32: Como Romeu e Julieta.
Teaser lindo de Me Beija Ou Me Mata, Outra Vez🍎
Capítulo FINAL: A L W A Y S.
A V I S O S IMPORTANTES 🦄

Capítulo 2: Reunião

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由 CyntiaPaula4

Quer dizer que além de escrever literatura, Steven Wodsen é o teatrólogo idealizador de todo aquela encenação vampiresca no cassino? Recuso-me a acreditar que ele seria capaz de atirá-la nos braços daquele abusador, em retaliação a mim por tê-la roubado dele. Mas se ele começou o show, agora terá que assistir, porque em breve, vou mitigar o impacto desse livro com o ensaio fotográfico e o comercial para o Vogue.

- Posso saber o que está fazendo? - Vou até a sala de vigilância a procura de Will, porém me deparo com Diego que leva o um susto ao ser pego no flagra espionando a câmera do quarto de Isabelly.

- Desculpa, cara, estava apenas tirando as dúvidas da sua esposa.

- Espionando-a? - Questiono quase alterado.

- Ela está curiosa, me pediu para vir aqui para conversamos sem interrupções, achei que seria sobre as novas ordens, mas me encheu de perguntas sobre o casamento. Ela sabe que te ajudei. E com certeza vai continuar insistindo.

- O quê? - Aproximo-me um pouco mais e lá está ela mandando beijo, enquanto começa a tirar a roupa. Desligo. - Espero que não tenha dito nada à ela, se não quiser perder os 5 mil que acabou de ganhar sem precisar de esforços.

- Calma, cara. E quer saber? Eu ainda sou a favor de que você pare essa vingança enquanto é cedo. Pelo o que me contou, esse grupo de pessoas que a sequestraram sabe de muita coisa. E você caiu como um patinho revelando perante essa corja que se casou com ela. E se o noivo dela está metido nisso, é porque já sabe de tudo. Daqui a pouco essa notícia vai se espalhar pelo mundo inteiro.

- O que queria que eu fizesse? Perdi a cabeça quando aquele professor insinuou que iria tocá-la e...

- Está vendo só? Está se envolvendo demais com ela e...

- Estou absolutamente no controle. - Decreto impaciente.

- Percebi que está no controle, quando cheguei e vi as roupas molhadas de vocês no chão, misturadas a essas notas aqui em cima do sofá. - Ele abre a lateral do paletó mostrando-as fazendo vento.

- Estratégia... farei até o impossível para conquista-la, e eu vou. Ela é filha de Dexter, e tem que ser completamente minha.

- Enfim, tem certeza que o tal Liborn é seu primo?

- Pedi para Nanda rastrear a chamada anônima que ligou para aquele imbecil que deixou cair o celular enquanto tocava e levava Isabelly. Copiei todos os dados do aparelho, antes de devolver e ir atrás dela, mas nada muito concreto. Ele está usando um nome falso e outro número de contato, para comandar essa corja nojenta, e tirar a Belly de mim, mas peguei o Filho da Mãe! Se faz de santo, e escritor, mas não vale nada. E quando ela souber disso... verá que eu não sou o único vilão dessa história.

Fecho o chuveiro rindo da cara do Yan ao me ver na câmera. Não consegui nada, mas foi divertido. E é só pensar nele, ele adentra sem pedir licença. Só pelo jeito de pisar no chão, sinto que está pegando fogo por ter me flagrado com a boca na botija, e tenho muito mais certeza disso, ao notar uma tesoura em suas mãos. Volto a fechar o box, porém ele coloca a mão antes e me tira a força, posicionando-me na frente do espelho.

- O que vai fazer?

- Vou consertar o que aquele professor desgraçado fez. - Responde tranquilamente.

- Ah, mas não vai mesmo... - Subo no vaso. - meu cabelo é meu manto sagrado, não vou entrega-lo nas mãos de um aspirante a cabeleireiro com esse utensílio aí...

- Desce daí, está molhada e você pode cair, vem cá. - Ordena, a expressão austera e o instinto protetor, sempre me confundindo.

- Você está nua Isabelly, e posso atirá-la na cama, te dar uns tapas e não te deixar sair de lá. - Relembro-o, imitando sua ameaça da outra vez.

- Fico feliz que guarde minhas ameaças na ponta da língua. - Agora desce! - Me agarra trazendo-me para baixo, e eu reviro os olhos. - Não preciso ser um profissional para aparar as pontas. Você me suturou com o fio do seu cabelo e um brinco, e eu deixei, agora é minha vez.

- Você estava bêbado, eu estou bem lúcida. - Destaco.

- Sabe por que levei aquele corte? Por que eu estava no Copacabana aquela noite num bar, e o maldito vídeo seu que viralizou na internet estava passando na TV, foi quando tive que te defender de comentários sujos e ofensivos...

- Você brigou num bar?

- Não tive escolha. E por te defender de um imbecil, vou ficar com uma cicatriz no ombro pra toda vida, agora cabelo se arruma, ou faz um corte novo, consegue vê a diferença? - Termina seu raciocínio, e comovida, balanço a cabeça concordando.

Ele ergue meu queixo delicadamente no ângulo certo, e por fim desliza os dedos por entre os fios posicionando a tesoura, cortando as pontas com bastante cuidado e atenção.

- Relaxa... está tensa. Depois de toda intimidade que tivemos, você não precisa tremer assim.

- Você poderia facilmente me deixar ir ao salão. - Tento disfarçar.

- E perder essa oportunidade?

- Olha se você destruir meu cabelo, eu juro que...

- Está linda, mi cielo! - Ele pega o celular, coloco as mãos no rosto achando que ele vai tirar uma foto minha, mas me entrega, para eu ver o reflexo atrás no espelho. Estou impressionada com a perfeição do corte. - E então, estou contratado?

- Er... dá pro gasto!

Ele solta aquela risada de canto que só ele tem, e começa a secar os fios. Quando foi que ele colocou meu secador na tomada que eu nem vi? Desisto de tentar compreender esse homem imprevisível, extremo, então aproveito a sensação do ar quente e das mãos dele.

Sua atitude é calma, mas com determinação brilhando em seus olhos... é tão bom, que quando dou por mim, ele está ajeitando perfeitamente a toalha ao meu corpo, depois me abraça, como se tivesse também cogitando uma decisão.

- O que está pensando? - Pergunto curiosa.

- Tenho uma reunião muito importante hoje, e estou pensando no que vou fazer com você. - Responde naturalmente beijando as mechas do meu cabelo.

- Não se preocupe comigo, sei que não me quer exposta para o mundo. - Olho para o chão cabisbaixa.

- E não quero, mas o percurso das coisas mudaram. - Ergue meu queixo delicadamente. - Somos alvos dos tabloides, Isabelly. Ainda temos o ensaio fotográfico para Vogue, obviamente, estamos abertos para especulações, por isso, não posso mais aprisiona-la aqui, não da forma como quero. Agora as regras são outras. Você irá me acompanhar em jantares e negócios, e começaremos por hoje. Você estará presente nessa reunião comigo... eu posso continuar sendo muito bom, se você for obediente, e dedicada, como foi ontem em minha cama. Portanto, eu te aconselho: Não faça apostas perigosas.

- Já entendi que te pertenço, Yan... pelos termos contratuais, pela lei... porém, Steven vai ficar sabendo, isso se já não estiver, e ele vai vir atrás de mim, tenha certeza disso.

- Steven... - Murmura como se escondesse algo. - Enfim, não se preocupe. Não tornaremos público o nosso casamento, que é um assunto privado entre nós dois.

- Ah, claro! Sempre pela mídia. Ninguém pode ver o tecnólogo poderoso, com maus olhos. Você gosta de se exibir com essa máscara, você é uma fraude.

- Você está virando especialista em me diagnosticar não é? - Ele me aperta com suas mãos fortes. - Eu não ligo. Tudo o que importa para mim é que você sabe que me pertence. O que os outros pensam, é irrelevante. Eu sei que meu primo virá atrás de você, e eu não ligo, vou permitir, porque quando ele estiver na sua frente, não vai se lembrar que é minha pelo contrato de jogo, ou pela lei, vai se lembrar de tudo o que sentiu ao fazer amor comigo, enquanto ele estava longe... - Diz me remetendo de volta à noite passada. -Ah, antes que eu me esqueça, pedi a Drica para comprar roupas novas para você, ainda mais que vai me acompanhar de agora em diante. Ela adicionou em seu closet. Obviamente, você nunca mexeu nele, porque está do mesmo jeito desde que chegou e eu te passei a senha.

- Porque eu tenho o suficiente e não preciso de um shopping, já disse.

- Mas é seu, afinal é minha esposa. Pode me pedir o que for, você terá tudo o que precisar. Agora, vou descer, preciso falar com o Will, fique pronta. Não podemos nos atrasar. - Beija meu pescoço e não tira os olhos de mim até sumir pela porta.

O que está acontecendo com ele? Me viu na câmera e não fez nada. Mas estava bravo quando entrou aqui. Isso não conseguiu esconder. A palavra "apaixonado" fugiu da sua boca, claro que disse somente para me ter melhor. E eu já nem sei porque estou me preocupando com isso.

Curiosa pra ver as roupas novas, vou até o meu closet de Genóvia. Esse closet é um escândalo, e os vestidos e objetos adicionais são definitivamente o sonho de toda mulher. Em outras ocasiões eu ficaria mais feliz, no entanto, meu destino está em jogo. De repente Woody aparece pulando de dentro da caixa de joias, feito um felino, quando pego uma calcinha para vestir.

Arregalo os olhos, ao vê-lo com algo em sua boca.

- Gatinho esperto... - Elogio-o, ao reconhecer meu objeto peculiar. - Como encontrou isso? Ah, Yan Hunter... farei o que você quer, será melhor do que refutá-lo. Mas farei do meu jeito. - Falo comigo sozinha. - Daniel? - Solicito-o.

- Sim, senhora. - Prontamente aparece.

Ando impaciente de um lado para o outro em frente ao closet, conferindo no relógio os "Só mais 15 minutos meu amor" que já faz 25 que ela gritou lá de dentro. Só não entendo porque ela está me chamando de "Meu amor" se estamos somente nós dois aqui. Mulheres! Melhor não tentar entender, mentalizo, sentando-me em sua cama, esperando, ouvindo-a cantar.

"Vou usar aquele vestido apertado que você gosta

Arrumar meu cabelo bem bonito

E sincronizar minha pele com as batidas do seu coração

Porque eu só quero estar gostosa para você, gostosa para você, uh-huh"

Que letra de música é essa? Ela sabe ascender meu fogo até quando está se produzindo.

- My love... você canta muito bem, e já estou tendo fantasias com você cantando assim no meu ouvido, mas devo lembra-la que temos uma reunião, e...

"Você diz que eu te dou gostoso,

Tão malvada! Tão malvada..."

- Vai continuar me provocando? - Serro os punhos de pau duro encostado na porta. - Se você não sair em 30 segundos eu vou invadir esse closet.

- Calma, já estou saindo. - Assegura, rindo devassa atiçando minha fúria.

- Faz meia hora que estou aqui, e já escutei isso três vezes. - Decreto irritadiço.

Quando finalmente sai, meu queixo despenca. E minhas oscilações de humor cessam.

Estou encantado. Analiso-a, da base ao cimo, acompanhando seu gesto de erguer consideravelmente o vestido preto e justo, expondo as meias na cor preta rendada. Essa menina pequena e delicada, desbancaria qualquer modelo alta e esbelta na passarela da Victória Secrets, com sua beleza preternatural.

Hoje minha reunião será carregada de testosterona!

- E então? Como eu fiquei? Não vai dizer nada? - Inquire girando sua silhueta psicodélica, fazendo-me engolir seco à medida que me aproximo.

- É a coisa mais linda que eu já ví! - Avanço, com meu característico olhar de predador. - Está tão maravilhosa que minha vontade é agarrar você e te despir.

- Não, Yan, não, fica parado aí. - Entra de volta correndo, energética, em zig-zag por entre os espelhos, ativando meu instinto de perseguição.

- Não adianta correr, você sabe que eu te pego. - Adentro também, participando do seu jogo de pique esconde. Assim que viro a direita, ela solta um gritinho por ser encontrada, e enlaço-a pela cintura encostando-a perante um dos espelhos, minhas mãos descendo entre os seus fios sedosos.

- Vai estragar meu penteado. - Suplica arfando.

- Eu te arrumo. Não se preocupe. - Gemo excitado, acariciando seu rosto.

- Vai borrar minha maquiagem.

- Não vai borrar nada já que está sem batom. - Sussurro mordiscando do seu queixo até seu brinco delicado de diamante marquise.

- Então você me dá gostoso? Canta agora no meu ouvido, vamos ver...

- Está me fazendo cócegas... - Desencadeia uma risada cativante e gutural. Nossos narizes se tocam, e ela entreabre os lábios, ofegante, totalmente entregue. Aproximo-me, ávido para ter sua boca, porém, paro ao perceber um barulho vindo de traz do espelho em que estamos. Ela me puxa para me beijar, mas viro o rosto e grudada a mim abro o guarda-volumes. Vejo um par de sapatos preto atrás do cesto de roupas. Mas que porra é essa? Me afasto furioso.

- Posso saber por que está trancado no closet junto com minha esposa? -Indago imponente, e Daniel me encara com sua face cadavérica.

- Ai meu Deus! Coitadinho, eu nem vi que o deixei trancado aí dentro, me desculpa. - Ela caí em uma gargalhada sem fim, achando graça. Como ele fica mudo, me dirijo para ela.

- Primeiro fica de perguntas com o Diego que não lhe convém, agora isso? Não testa minha paciência. Ignorei o primeiro fato, mas agora já chega. Ele está demitido! - Fico esperando-o sair.

- Espera, deixa que eu explico. - Ela entra na frente esforçando-se pra se recuperar do ataque de riso - Amor, você disse para eu tirar as minhas dúvidas com o Diego, foi o que eu fiz e você não especificou nenhum assunto proibido, quanto ao Dani, não pode demiti-lo, eu apenas o solicitei porquê precisava de ajuda com o zíper. Não sabia que você já estava de volta. Para de ser machista. Dani até me ajudou com o fecho do sapato, olha... - Fica de costas mostrando a autossuficiência do Daniel. - E também ajudou a escolher a lingerie que estou usando, você acertou em cheio, bem cheio, ao contratá-lo como meu segurança, porque o Dani tem um ótimo gosto.

Dani! Dani... Mas que Porra é essa?

- Vou mostrar mais tarde para você... - Sussurra provocante segurando minha gravata. O QUÊ?!

- VOCÊ... - Aponto o dedo para Daniel. - mais uma vez está sendo salvo, mas não se faça de engraçadinho, estou de olho em você! Agora vai, pode dar o fora daqui! - Ordeno, e volto minha atenção para ela.

- Daniel, fica! - Ela ordena a ele, com o queixo altivo me encarando. - Meu marido vai pedir desculpas pra você.

- Sério isso, Isabelly? - Solto um som de deboche.

- Muito sério, aliás, seríssimo! Isso é jeito de tratar um funcionário que trabalha para você? Ele não é meu segurança? Não está aqui para me servir? Cuidar, proteger...? Então... NÃO há nada de errado, ou demais nisso, você está sendo egoísta.

- Egoísta? - Me exalto com sua justificativa.

- Sim, egoísta. Se está desconfiado de alguma coisa, pergunta pro Woody, ele está aqui de prova.

- Um gato de prova... - Articulo pasmo.

- Ele está esperando. - Tilinta a ponta do salto impaciente.

- Daniel... me desculpa. - Digo baixo, mas respiro fundo para manter a calma.

- Não foi nada, patrão... com licença. - Assim que ele se retira, aperto-a forte, cerrando os dentes furioso.

- A senhorita não pense que não percebo o que está fazendo. Por mais que eu tenha pedido desculpas, ainda tem raiva de mim, pelas ofensas que fiz em relação a você, e como não pode comigo, revida me provocando, deixando que outro homem a veja seminua... Por Deus! Se continuar me testando, eu juro que...

- Você me chamou de putinha, lembra? - Dispara. - E eu até poderia levar na esportiva se você tivesse dito... - Coloca os lábios em meu ouvido. - Minha putinha querida. - Sussurra com entonação rouca na voz doce de menina. - Sentiu como soa carinhoso? - Ofega perto da minha boca. - Mas você disse, putinha mixuruca de quinta categoria, e isso eu não vou perdoar.

- Mixuruca? Eu não disse isso...

- Olha, não importa. - Ela vira de costas.

- Não? - Questiono inalando sua essência aglutinada, que eu mesmo proporcionei em seu nome. Adoro o cheiro que exala dela.

- É surdo ou o quê? - Vira de volta pra mim.

- Você é tão louca quanto eu, por isso é perfeita pra ser minha esposa. - Digo com os olhos fixos em seus lábios.

- Senhor. - Drica adentra. - Er, desculpe, eu não sabia que...

- Não foi nada, aconteceu alguma coisa?

- Sim. Tem um helicóptero prestes a pousar na cobertura com os representantes da Stand Craft e Deep Ocean.

- Peça a Diego para levarem-os até a sala de reunião, Drica. Por favor.

- Sim, senhor. - Ela acena e se retira.

- A reunião é aqui?

- Não. - Respondo, e ao ver que continua sem entender esclareço. - É no Flyer, a 12 metros abaixo do oceano.

- Como isso é possível? - Indaga.

- Curiosa... - Viro-a de frente para o espelho. - Falta um último detalhe. Feche os olhos. - Comando. E ela o faz, então, adorno o meu presente delicadamente em seu pescoço. - Agora pode abrir.

- Meu Deus! É lindo! - Diz com olhos brilhando perante as pérolas pequeninas, e o pingente de ouro com seu apelido: Libelle.

- São chamadas de South Sea, porquê foram encontradas no fundo do oceano. Valiosas e preciosas, assim como você é pra mim. - Passa o dedo sobre as letrinhas, depois viro-a para mim, afagando seu rosto entre minhas mãos. - Nunca se esqueça disso, e... respondendo sua pergunta... é possível porque desceremos por aquele elevador panorâmico onde você já esteve. Ele é especialmente projetado para suportar a pressão da água e transportar pessoas para a sala de reunião... vamos? - Estendo meu braço a ela, descemos até a sala, e quando ela me vê apertando o botão branco que se acende ficando azul, não colocando a senha, capto sua dúvida.

- Não precisamos passar pela ponte, porque para entrarmos no Flyer tem a opção de seguir pela ponte ou diretamente pelo elevador. Achou mesmo que para ter acesso era apenas estando lá? Não, love. A academia é a entrada principal. Atrás dela está o seu pole dance, que está interligado a sacada, pela porta automática que os separa, através da escada, a qual usou para escapar quando se recusou a dançar pra mim aquela noite. - Vejo a raiva em seus olhos e isso me diverte.

- Você queria me obrigar a dançar. - Taca na minha cara.

- Ele nos leva para cima... - Silencio-a com o indicador para que mantenha o foco em minha explicação. - nos leva para baixo, ou para os lados, tudo depende do destino... então, como é um disco, ele sai do lugar, deslizando pelos mainéis até chegar aqui.

- E só agora avisa? - Ela me fuzila. Isso me faz rir instantemente.

- Ah, meu Deus! Quantos segredos mais tem essa casa? Você me fez passar pela ponte de propósito? Filho da...

- Cuidado, love. Queria que apreciasse à vista, porque estava muito tensa e nervosa aquela noite. Nada melhor que a música do oceano para acalmar e você ficou mansinha depois. Para a sua primeira vez no Flyer tinha que estar calma, relaxada, então fomos pela ponte e com nossa luta no tatame, ficou no ponto que eu queria para...

- Olha, é melhor eu ficar. - Digo porquê não quero que continue, sei a frase final. Para O SEXO. Desgraçado! Estou também temerosa pelo desconhecido. - Não sou boa com reuniões, e da outra vez eu estraguei seu negócio com os japoneses quando entrei lacrando na sua sala só camisola, paguei um mico e tanto.

- Foi uma entrada memorável, porque estava sexy demais de camisola, e quer saber? Fechei o maior negócio aquele dia por sua causa.

- Não diga! Sério? - Arregalo os olhos.

- Sim, mas agora vem cá. - Me puxa para dentro do elevador, e pega meu rosto entre suas mãos. - Não precisa ficar com medo, sei que é claustrofóbica, mas está comigo, por acaso não confia na minha tecnologia?

- Tudo bem. Afinal, o que é uma reuniãozinha no fundo do oceano? - Respiro fundo apoderando coragem. - Eu caí no lago da casa de campo dos meus pais, e me afoguei, achei que nunca mais iria... voltar.

- Deve ter sido aterrorizante. - Fala baixinho.

-E estar descendo de elevador acrílico pro fundo do oceano acaba ativando os gatilhos e...

- E tendo o horror adicional de estar acompanhada de um ser maligno e demoníaco! - Ele arregala os olhos, brincando e fazendo sua melhor cara de psicopata pra tirar minha aflição. Começamos a descer, olho as janelas envidraçadas refletindo todo o mar do início ao seu infinito, e flashs do sexo que fizemos na balaustrada, a nossa queda na piscina, ele dentro de mim, assombra meu subconsciente. Temerosa, eu o abraço, cimentando a tensão sexual aguda, observando por cima dos seus ombros a água engolfar o elevador. A superfície envolvida por uma película reflexiva, proporciona uma vista espetacular dentro dele.

- Chegamos. Está tudo bem? - Confere preocupado.

- Sim. - Digo soltando-o.

A porta se abre, e noto que na extremidade do recinto há várias cadeiras imponentes, em semicírculo, que está ocupada pelos convidados. Penso que ele vai prosseguir na minha frente, no entanto, ele me puxa para o seu lado, mas desvinculo sua mão da minha cintura.

- Reunião de negócios. - Noto seu sorriso de foda-se que vejam! Porém não insiste e vai cumprimenta-los. São 10 homens no total. Todos eles vem nos cumprimentar. Ouço Yan falar francês, o seu lindo espanhol, o português é arrastado, búlgaro, russo, eu acho. Alemão e outros idiomas que desconheço.

- Yan, para de falar grego, eu não estou entendendo nada, fala inglês ou português, por favor! - Peço em seu ouvido, ele acha graça, enquanto estende a mão ao japonês de Los Angeles, que disse que eu era uma delícia, e seus olhos ficam mais rasgados ainda com o sorriso que ele me dá ao me ver.

- Achei que soubesse que sou poliglota, porque já me ouviu falar japonês com esse cara quando estava de camisola na minha empresa... - Ele cochicha de volta aproveitando que os olhos puxados pega uma taça de vinho que está sendo servida por garçons vestidos como Eudyptula Minor fazendo jus a cada ponta do salão. - espanhol também, mi cielo. - Seu sorriso se fecha quando o japa vem me cumprimentar.

- Konnitchua. Sexy sweater girl. - Beija minha mão. - Uau! Ele lembra de mim como "A garota da camisola sexy." É... bem que dizem que a primeira impressão é a que fica.

- Konnitchua pra você também. - respondo sem nem saber o que significa.

Yan só observa, subindo três patamares acima até o centro do piso principal. Fico vidrada admirando tudo em volta. Meu Deus! Estou a 12 metros abaixo do oceano. É tudo tão incrível! E aqui as bioluminescências de estrelas brilhantes são visíveis através do vidro. Por dentro da água elas brilham muito mais. Mas logo minha admiração é quebrada pela presença da mulher que distribuí os papéis de maneira ritualística. Mas o que essa Cleópatra piranhanhuda está fazendo aqui? Claro! As evidências são óbvias. Ela trabalha para ele.

Nossos olhares se encontram, Yan percebe minha inquietação, e ela em afronta, por me notar ali, entrega o último para ele de pertinho, quase engolindo-o inteiro com seus olhos de cobra em postura de dar o bote.

- Bom dia, senhores, sejam todos bem-vindos. - Em pé na frente deles, ele começa a falar, e o silêncio deriva. Sua aura de comando é contagiante. Enquanto ele fala, abro a bolsa, e pego meu desaparecido Lime Crime, que Woody achou no closet, com a ponta da faca direcionada para frente, atraindo o olhar de todos para mim. Yan trava na hora sua oratória, ao nota-lo em minhas mãos. O peito dele incha de vontade de me esganar. Por essa ele não esperava. Para pôr um pouco mais de fogo, começo a passar o vermelho Scarlet em meus lábios, ele nem se move, quase dá pra eu enxergar sua áurea se dilatando em pequenas centelhas. Eu que não era louca de passar lá em cima pra ele me fazer tirar. "Esse é um batom de mulher, não de menina." Recordo sua possessividade.

- Antes de começarmos... quero apresentar a vocês, a administradora desse projeto, porquê boa parte dele é administrado por ela, Isabelly... - Me chama com reverência fazendo-me borrar o canto da boca. QUÊ? Do que ele está falando? O japa retira o excesso para mim, porquê não dá tempo de eu pegar o espelhinho. Yan bufa, esperando que eu levante, o mais rápido possível.

Todos acompanham seu olhar discrepante a sua aparência intimidadora, que está fixado em mim. E me dou conta do porquê está sobrando uma cadeira. É para mim, e a tal Nanda, me olha desgostosa, como se tivesse um punhal de inveja cravado no coração. Ignoro-a e vou até meu lugar, imposto por ele.

- Obrigada pelo cargo, chefinho. - Agradeço atuando como a doce secretária piranha, e ele revira os olhos para o meu comentário, pois sabe que é uma indireta para a Odalisca mercenária que dá descaradamente em cima dele.

- Como podem ver, toda estrutura desse projeto custou algo em torno de US$5 milhões. Flyer é a síntese da excentricidade. Notem como apenas uma parede lhes separam de um incrível mundo aquático. - Ressalta, imperioso e primitivo. Fico extasiada com cada passo que ele dá, enquanto explica sua tecnologia com seu sotaque britânico rebuscado. Sua inteligência é incrivelmente sexy. Penso ao ver a imagem do Flyer projetado na televisão.

- É um projeto bastante audacioso, começado há alguns anos atrás por um grande tecnólogo. Grayson Hunter, meu pai... - Revela, e fico curiosa, pois ele parece ter um nó na garganta ao tocar no nome dele. - e dar continuidade, foi um teste para minha capacidade intelectual e tecnológica. - Todos murmuram um com o outro, entusiasmados com o projeto. - Também uso essa experiência para minha necessidade privativa. - Completa fixando o olhar crepitante em mim, fazendo minhas bochechas chamuscarem. - Esse projeto já expandiu para Dubai, Istambul na Turquia, Ilhas Maldivas, e os chamei aqui porquê quero expandir pelo mundo, inclusive aqui no Brasil e no exterior.

Como sempre, ela está "lacrando", como costuma dizer em seu dialeto jovial. E claro, está sendo o ponto culminante da minha reunião. Ela sabe que fico louco ao vê-la com a boca de morango suculento. Me lembra sexo, e imagino seus beijos espalhando os resquícios vermelhos, pelo meu pescoço, atravessando pelo meu corpo e lambuzando lá em baixo. Cacete! Tento controlar a explosão de endorfina, e voltar o foco para reunião, porém, meu pensamento não acompanha minha voz. Cada vibração vinda dela, desperta meu lado selvagem, como um animal querendo copular. Será que ela tem consciência do quanto está atraente? Como não me excitar com esse sinal vibrante.

- Como eu estava dizendo... - Tento prosseguir, mesmo com a atenção fixa em seus lábios rubros.

Durante o almoço, todos conversaram sobre a vida submarina, comentando a beleza das estrelas-do-mar, os corais, peixes pequenos e grandes, muitas vezes se colocando ao vidro olhando-os como se realmente pudessem se comunicar. E ela encantou a todos com suas explicações amadoras sobre tecnologia. Os executivos estão eufóricos, dizendo que ela tem sangue de tecnóloga nas veias, e que vou me dar bem em tê-la na administração. Vê-la em meio a esse grupo de homens cobiçando-a em minha presença, aumenta ainda mais o meu tesão. Para completar está tocando uma música com um apelo sexual que... Eu quero pegar quem escolheu essa porra. Direciono meu olhar a suas coxas, que estão roçando uma na outra, à medida que arruma a barra do vestido. E eu sei que essas movimentações aparentemente pudicas, querem na verdade, direcionar meu olhar para a sedução metódica.

"Eu posso dizer que eu sinto falta das suas pernas

E o jeito que elas se envolviam em volta de mim

Sempre um encaixe perfeito

Como peças de quebra-cabeça"

Escorrego minha mão louco para apalpá-la, senti-la, porém, ela veta meu atrevimento, me atiçando ainda mais. Está possessa fuzilando Nanda, que está sentada de frente comigo, tagarelando.

- Muito obrigada pela oportunidade Yan, foi muito bom ter esbarrado com você aquele dia no programa, e ainda me rendeu esse emprego maravilhoso ao seu lado, prometo não decepcioná-lo em nada.

- Senhorita? - Solicita o japonês dirigindo-se a Isabelly. - Como é administrar essa beleza?

- É maravilhoso. - Ela começa, captando muito bem a minha indireta inicial. - Porém, eu já falei ao Yan que... - Fixa o olhar em Nanda. - A invasão de piranhas pode causar danos. - Ergue o queixo em afronta para mim, reforçando o sentido duplo, mas eu sei ler as entrelinhas.

- O que está fazendo? - Digo disfarçadamente.

- Eu preciso de ar, com licença. - Levanta-se.

- Isabelly! - Avanço para ir atrás dela, mas Nanda me impede.

- Termine sua reunião. Pode deixar, eu vou falar com ela. - Se prontifica.

- Obrigado.

Passo por um dos garçons, pego uma taça de vinho da bandeja e sigo até o elevador. Quero ficar sozinha. Que ódio! Aperto o último botão de cima que deve ser a tal cobertura do Flyer. Quando as portas se abrem, parece que estou em cima de uma nuvem e a qualquer momento vou cair, porque não há grades, é tudo amplo, agora entendi o que Drica quis dizer, aqui é a área apenas para chegar e sair de helicóptero ou jatinho, onde há um estacionado em cima das letras YH cravadas abaixo dele.

Tudo carrega o seu nome onde quer que eu vá e olhe nessa ilha... Em volta há coqueiros, logo à frente, mesas pequenas e cadeiras mognais aderem à parte do chão que é cimentado na cor marrom. A outra é totalmente aberta, que segue em três. Aproximo-me da borda, estico a ponta do pé, e fico firme no vidro, no qual posso ver todo o oceano abaixo. Rapidamente me afasto, e Yan, que fique lá, conversando com a tal Nanda. Penso nela cedo demais, e ela aparece com um cigarro entre os dedos, olhando-me atentamente, desfilando com aquele salto que até o barulho que faz me irrita mais que unhas passando na parede. Se ela mexer comigo, desativarei meu interruptor de barraqueira e vou arrancar essa peruca dela.

- O que veio fazer aqui? - Pergunto indiferente.

- Vim ver o que aconteceu, com a Ninfeta da Sorte. - Responde ironicamente.

- Eu estou muito bem, obrigada.

- Olha... eu não vim aqui saber de você na realidade, pouco me importa. Eu só vim dizer para não se iludir, achar que está vivendo um romance. Ele não é assim. Ele é um homem que pode ter a mulher que quiser em um estalar de dedos. Você é só uma garotinha excitante de brincar, e vai ser abandonada assim que ele cansar de enfiar o pau em você.

- Despeito não fica bem numa mulher da sua idade. - Atiro, e ela me encara atentamente, um olhar que retribuo com igual frieza.

- Bom, mas não sou eu que ficarei sozinha hoje à noite, contando carneirinho para dormir. - Debocha.

- O que quer dizer com isso?

- Ele não te contou? - Ela me estuda. - Temos um jantar, só nós dois. Ai... me perdoa, sua carinha ficou tão triste, eu deveria ter esperado ele mesmo te contar mais tarde. Toma isso, pode te ajudar a te deixar mais calma... - Ela me entrega seu cigarro, e o isqueiro. - Ah, antes que eu me esqueça, ele não vai ficar muito tempo com você, pois é a mim que ele quer no futuro. - Revela, e sai me deixando ali intrigada, com meu coração estranhamente palpitando, de dúvidas e dor.

Assim que a imagem de Isabelly aparece no aplicativo, meu sangue ferve. O que? Fumando? Apresso o passo, mas paro ao ver Nanda, com o olhar preocupado em minha direção.

-Por que não está com ela?

-Estávamos na cobertura, e falei para voltar, porém quis ficar... - Responde calmamente tocando meu ombro. - Ela ascendeu um cigarro e disse que precisava fumar. Com certeza pediu a algum homem, que deve ter dado a ela. Não briga com a pobrezinha, essa é a idade da rebeldia, sabe, a adolescência, é bom ser flexível.

-Mas quem deu cigarro pra ela? Era só o que faltava! Só pode ter sido o Daniel, que faz tudo que ela quer.

-Olha, eu não sei. - Gesticula com as mãos. - Eu só sei que é um cigarro eletrônico.

-Eletrônico! - Bufo. - Bem... eu vou resolver isso, e você recolhe aquela papelada para mim. Está me ajudando demais, conseguiu descobrir o Liborn, mostrou eficiência na reunião, muito obrigada por tudo. Assim que der, marcarei o nosso jantar.

-Eu espero. - Responde cordial, e entro no elevador, apertando o C repetidas vezes. Deveria ter feito essa merda ser mais eficiente e rápida.

Vou me aproximando, e ela está lá, admirando o mar, toda sem vergonha, com o brilho de cereja de um cigarro. Ah, se eu experimentar os lábios dela...

-O que está fazendo? - Trago-a para perto de mim. - Para de fumar isso eu juro que apago essa porcaria na sua boca.

Como se não me ouvisse ela puxa um trago e joga a fumaça na minha cara.

-Me dá isso aqui. - Tomo dela e guardo no bolso. - Daniel vai ser demitido e nada do que diga vai salvar esse imprestável. Já está decidido!

-Ele não tem nada a ver com isso. Quem me deu foi a Nanda... aliás, ela é sua nova amante? - Dispara. - Porque não esconde que morre de vontade de dar pra você. Toma cuidado com seu pendrive. - Aponta para o meio das minhas calças. - Não deveria colocá-lo em qualquer entrada... pois corre sérios riscos de contrair um vírus.

Quase sorrio com seu trocadilho.

- O meu pendrive só coloco em você baby, que é a número 1 do meu... Qual foi o termo que você usou aquele dia mesmo? Ah, me lembrei! Cardápio.

- Olha, eu sei que me ganhar naquele maldito jogo te tornou obsessivo em relação a mim. Sei que gosta de me possuir, ter o controle da minha vida. Assim como também sei, que seu tesão chega no pico quando eu faço exatamente o que você odeia, recuso uma ordem sua. - Assopra seu hálito intoxicado na minha boca. - Eu odeio que tenha contratado três homens pra ficar de olho em mim, e já que eu não tenho mais vida própria, eu vou agir nessa situação do jeito que eu quiser. - Seu peito arfa, e seu sangue parece borbulhar enquanto deslancha as palavras. - Se eu quiser eu bebo, fumo, uso batom vermelho, e deixo seus homens tocarem em mim.

- O que há com você? - Aperto-a contra o meu peito. - Passou a noite nos meus braços tão dócil. Estou tentando ser um homem bom, mas você está passando dos limites! Não sei se já percebeu, mas comigo não há meio termo, ou eu sou muito bom com você, ou muito mau, você que escolhe, Isabelly, e te garanto, com esse mal comportamento, está escolhendo muito errado.

- Não está satisfeito comigo? - Me desafia. - Então, corre lá e vai trepar com a Nanda, assim como fez aquele final de semana que me deixou sozinha pra ir ficar com aquela tal de Manu, faça isso, e pelo menos por hoje... ME DEIXA EM PAZ! - Se debate tentando desprender-se de mim e me dá um tapa na cara. Que inferno de menina! Puxo-a pelo braço, e o vinho que ela volta a tomar cai todo no chão junto com a taça, por causa da força que uso, entrando com ela no elevador.

- O que está fazendo? - Pergunta ao ser encurralada na base acrílica.

- Vamos conversar um pouquinho, antes de descermos para finalizar a reunião. - Levanto a alavanca para que ninguém nos interrompa.

- Conversar? Sei... - Revira os olhos. - Olha, os convidados podem querer usar o elevador, e...

- Foda-se! - Aperto-a mais ainda contra o meu peito, ergo seu vestido justo, e dou dois tapas em cada lado da sua bunda. - Você gosta de me provocar não é sua safada? Gosta que eu bata em você.

- Ai... - Geme, agarrada na minha camisa, ofegante, de olhinhos cerrados pela ardência das palmadas, e a boquinha vermelha entreaberta.

- Vai, diga na minha cara que não está louca para me beijar, e pra ter meu pau entrando e saindo de dentro de você. E te aconselho a não ser mentirosa, ou seu narizinho vai crescer como o do Pinóquio.

- Yan, coloca o elevador para funcionar. Eu não gosto de lugares fechados, ainda mais aqui no fundo do oceano e...

- Ótimo! Assim você desmaia e terei que fazer respiração boca a boca.

- Por favor, não... não me beije... tudo isso não passa de uma grande mentira. - Diz oscilante, com sua boca roçando na minha. - É apenas um casamento falso... - Ela puxa minha gravata e me beija. - um contrato falso... - Ela solta as palavras sem desgrudar seus lábios dos meus. - Por favor me solta...

- Não estou fazendo nada, você que está me beijando. - Ergo os braços pra que ela veja que está me atacando sozinha como na noite do blackout, e ela para, virando de costas para mim, as palmas explanadas no espelho. Aproveito e aprisiono-a para sussurrar em seu ouvido - O contrato é tão verdadeiro quanto você se contorcendo ontem à noite em baixo de mim, dizendo com essa boquinha deliciosa que queria que eu colocasse tudo, tudo... Vai negar? Vem aqui, e olha pra mim quando estou falando com você.

- Não vou negar, adoro seu pau! - Admite resfolegando de volta pra mim. - E não deixarei que saia com aquela oferecida hoje à noite, eu faço um escândalo.

Meu pau lateja na hora com essa confissão. Puta que pariu! Tomar no meu cú!

- Libelle. - Gemo rouco lutando contra o desejo, e ajeito seu vestido no lugar pra conseguir me segurar.

Estou sobre o efeito da voz rouca e orgástica, que apenas noto que já estamos desencapsulados, ao ver a Cleópatra postada na porta com aquela cara de pouco caso.

- Yan, vocês precisam entrar urgente no salão, todo mundo já está sabendo! Sinto muito. - Se dirige a ele na maior intimidade, e o que ela quer quis dizer?

Adentramos depressa, recebendo olhares de entendimento e sorrisos. A perucuda aumenta o volume da TV e assistimos o vídeo onde ele e meu pai estão no cassino, enquanto Evaristo solta a notícia no jornal da tarde.

"Temos aqui uma notícia bombástica que abalou o país. Recebemos informações de que Yan Hunter, o tecnólogo mais cobiçado de Los Angeles, que atualmente reside no Brasil, mantém prisioneira em sua ilha, Vale das Estrelas, há 5 semanas, Isabelly Palouli, a garota do famoso video de pole dance, que recentemente esteve no palco do Faustão, com ele em uma dança íntima, e juntos sairão na revista Vogue de Dezembro.

Ela foi dada como prêmio máximo de um jogo de Poker pelo próprio pai, mas o tecnólogo se aproveitou das circunstâncias precária do pai da menina, e o obrigou a fazer essa aposta ilícita. E há rumores de que casou com ela em segredo. Inacreditável."

- Ela é a sua esposa? Yan, você é um cara de sorte, meus parabéns, eu no seu lugar faria igual. - Diz o japa apertando sua mão e batendo em suas costas. Os outros fazem o mesmo, colocando-o em um pedestal.

- Há helicópteros da imprensa rondando por todos os lados. É melhor saírem daqui por enquanto. Eu cuido de tudo e aviso quando puderem voltar. - Alerta Diego sem fôlego por ter corrido até nós. - Eu te avisei que aquela corja iria entregar você...

- Não vamos fugir. O que eles querem é sensacionalismo. O pai dela a apostou e é minha esposa. Ótimo que o mundo todo saiba, que Isabelly já é casada e comigo. Foda-se! Nós vamos falar com a imprensa.

Ao chegarmos ao ar livre, no top do Flyer, flashs são disparados sobre nós dois. E todos falam ao mesmo tempo, como enxame de abelhas.

- Senhorita Isabelly, não quer se pronunciar? - Uma repórter aponta o microfone para mim. - O senhor Hunter abusou de você?

- Por aqui... - Diego conduz, em tom formal, dispersando os repórteres. - Por favor, eles precisam passar, se afastem.

- Isabelly, o mundo inteiro está curioso com sua situação, você está aqui contra sua vontade?

- A garota não quer se pronunciar, por favor, respeite-a!

- Diego, pode deixar... eu vou responder a todas essas perguntas. - Sem parar de andar ao seu lado, dou minha resposta. - Não. Eu estou aqui porque eu quero. Meu pai me apostou, e isso só não foi pior, porque Yan Hunter chegou no cassino a tempo, comprou de volta as propriedades dele, e me salvou. Como forma de agradecimento, aceitei sair para jantar com ele, e casamos sim em segredo, não queríamos que soubessem por enquanto, uma semana foi o suficiente pra nos apaixonarmos. Estamos muito bem e felizes.

- Foi o senhor Hunter que a obrigou a dizer isso? E o escritor não era seu namorado? - Persiste o repórter.

- O que vocês viram no Faustão foi apenas um ato de amizade, temos a mania de nos tratar dessa forma, com muito carinho, porém, boa parte é verdade. Namoramos um tempo, mas agora somos apenas amigos. A mensagem e o livro foi uma surpresa pra mim.

Yan me olha pasmo, e ele sabe que estou protegendo-o, e não sei exatamente o porquê estou fazendo isso. Ele vem para mais perto de mim, me tocando no rosto como se só existíssemos nós dois naquele momento.

- Vamos deixar esse momento se espalhar pela internet. - Diz suavemente, a voz sobrepujando os cliques dos flashs. É tudo tão confuso, que minha cabeça começa a girar, e me encosto no peito dele em busca de equilíbrio.

- Senhora, Isabelly? Você por acaso está grávida? - Escuto alguém perguntar, misturadas a variadas do mesmo gênero.

- Por favor, com licença, ela está passando mal. - Yan passa por todos abraçado comigo.

- Só mais uma informação senhor, todo mundo quer saber onde está o pai da garota. Ao perder todos os bens e a filha, ele ficou sem ter pra onde voltar, e não conseguimos notícias dele. O senhor o deixou à deriva pra se aproveitar na situação? Poderia Dexter estar morto nesse momento? O senhor por acaso tem alguma ligação com a morte dele?

Fraquejo mais ainda ao ouvir o rumor fúnebre. Não. Não. Isso não é verdade.

- Não sei nada sobre Dexter. Agora com licença.

Ele se despede, e assim que escapamos do tumultuo, Felipe está nos esperando com a chave da hilux. Yan toma posse, agradece, abre a porta para mim, e entra pelo outro lado.

- Você está bem? - Confere tocando minha testa.

- Sim. - Meus olhos se enchem de lágrimas, e viro para o lado pra que não veja.

- Olha para mim... - Ele traz meu rosto fixo ao dele. - Você está chorando... não, não chora. Meus Deus! Vem cá. - Me passa para o seu colo. - Me conta, o que está acontecendo? Por que fez aquilo perante a imprensa?

- Não sei, eu... Eu não paro de pensar, em você fazendo amor comigo até as cinco da manhã, me disse tantas coisas lindas, que por um momento eu me esqueci dos seus objetivos contra mim, mas eu não devo esquecer. Tudo isso faz parte do plano pra que eu me apaixone por você, não é? Depois que tiver certeza disso, vai me deixar desolada, sem proteção, e sem o seu amor. Alex até me disse que seu objetivo é me matar. Você seria tão mau assim, Yan?

- E mesmo sabendo que posso ser capaz de tudo isso, você ainda me defendeu, continua aqui comigo... - Acaricia meu rosto, retirando minhas lágrimas, os olhos exalando uma ternura calorosa e familiar. - Por que é tão boa, Isabelly? Deveria ter aproveitado a oportunidade de gritar ao mundo o que estou fazendo com você, e fugir... mas que droga! - Ele esmurra o volante. - Agora entendi tudo. Você não esqueceu a ameaça que fiz. É por isso que está se esquivando de mim, está com medo.

- Não consigo esquecer... Você foi muito duro quando fez a promessa. Sozinha e desolada sem o seu amor... - Soluço de sobressalto. - Meu pai pode estar morto? O repórter disse que...

- Ele está vivo. E por que não disse a eles?

- Tenho meus motivos, agora fica tranquila, vamos sair um pouco, por uma hora, é tempo suficiente para desistirem de nós, e irem embora. - Diz olhando os fotógrafos que ainda estão nos fotografando, enquanto os repórteres batem nas janelas por respostas.

- Para onde vamos?

- Num lugar muito importante para mim, vou te explicar o porquê sou assim. Preciso te contar algumas coisas que precisa saber.

Durante todo o percurso, ficamos em silêncio. Estranhos. Ouvindo apenas as músicas intensas e perturbadoras, que está tocando, e que são assim como ele. Então, ele adentra em uma espécie de pequeno museu, com o letreiro faltando na portaria. Que lugar é esse? Me pergunto curiosa. Ele já está na porta, me dando a mão e me leva onde há vários quadros expostos: Mona lisa, Boticelli, Noite Estrelada de Van Gogh, em fileiras no chão, e o seguinte me chama a atenção. É A MINHA MÃE!

- Yan, quem pintou esse quadro e por quê está aqui?! - Questiono impaciente.

- É sua mãe, não é? - Afirmo com a cabeça. - Você teve a quem puxar. Quem pintou foi o meu pai. Essa galeria era dele. Chama Utopia. Ele tem outra em Los Angeles, mas focou mais nessa, deixando seu sócio cuidar da outra, depois que passou a trabalhar mais aqui em seus negócios.

- O que nossos pais tinham entre eles, pro seu pai pintar a minha mãe?

- Eu não sei te dizer, é estranho pra mim também, pode ficar com ele, te dou de presente. Quando formos embora coloco na traseira da hilux. Você descobriu uma das coisas que eu queria que visse...

- Como sabe sobre a minha mãe?

- Quando eu tinha 8 anos, sua mãe comprou um dos quadros dele, a famosa Obsessão Infinita. Você não era nascida ainda... Ela deixou cair o RG da carteira, quando foi pegar o dinheiro, tentei ajudar e devolver mas já era tarde. Então dei ao meu pai caso ela voltasse. Mas ela não voltou mais. Ele decidiu pintá-la e fazer uma exposição na esperança de revê-la, para lhe devolver, porém não obteve resposta. Todos que viam a pintura dela, queriam comprar, porém ele se recusou e guardou. A sua última tentativa foi repetir a Obsessão, porém, maior já que era o favorito dela, mas como não teve sucesso em Los Angeles, tentou aqui, eu o ajudei nas férias de verão... e mais uma vez ela não voltou. Nunca entendi essa obsessão dele por sua mãe. Quer ver?

Digo que sim marejada, ele me conduz até uma grande parede entijolada, e logo consigo reconhecer os pontinhos e suas repetições.

- Essa pintura nunca saiu dessa parede, tem 20 anos. É a única lembrança que tenho de nós dois trabalhando juntos, depois do que aconteceu. Venho aqui sempre que posso. - Agora entendo porquê tem a mesma pintura em seu quarto. - Meu pai amava pintar, era o seu passatempo preferido, ele adorava a arte, e creio que sua mãe também em parte, porquê essa pintura a representa e ele era obcecado por ela, apesar de ser confuso, eu sei. - Conta e sua mente divaga para bem longe.

- Seu pai e minha mãe? Muito surreal, não dá pra entender. E por que você diz no passado... por acaso ele está...?

- Não, meu pai não está morto, Belly, ele está vivo, mas infelizmente está muito doente, sua situação é precária, e não tem chances de sobreviver, por isso a galeria está fechada todo esse tempo, mas quero reabri-la um dia.

Seu olhos se enchem de lágrimas e percebo o quanto está difícil para ele se segurar, está dissemelhante ao homem frio e calculista que conheço. A vulnerabilidade estampada em seu rosto maravilhoso, me deixa enfeitiçada. Meu peito pesa, chego mais perto, e estendo a mãos fazendo carinho, gosto de sentir o contato com sua pele, nossas respirações aceleradas.

- Eu sinto muito... - Sussurro, e ele segura minha palma contra sua face.

- Desde que meu pai ficou nessa situação, eu fiquei cheio de ódio por dentro. Claro, que não usarei isso como desculpa, mas devido a essas circunstâncias, me tornei um homem corrompido pela raiva. Aquele fim de semana que saí, após o bar, eu não estava com nenhuma mulher, eu estava com meu pai. Quando voltei pra casa, e vi você no sofá, pintando as unhas, descarreguei tudo em você, eu te maltratei, humilhei, e olha só que ironia... você é tão pura que está devolvendo o mal que te fiz, e ainda faço, com o bem. Não consegue me odiar. E sabe o que eu sou? Egoísta! Porque você está sofrendo, pelas minhas escolhas ruins.

- Eu deveria sim te odiar, por ter sido uma pessoa horrível comigo, essa seria a lógica, não? Mas aqui... no fundo do meu coração, eu não acredito que você seja tão mau assim, Yan...

- Eu sou pior do que você imagina. Eu sei que tudo isso o que estou fazendo com você é errado, mas eu não consigo parar. - Afaga minhas bochechas, enquanto a próxima música toca baixinho no rádio que ele deixou ligado todo o momento, talvez pra não ficar tudo tão sinistro quanto esse lugar que me dá arrepios, e me deixa confusa. - Não consigo!

"Posso te ouvir, não precisa falar.

Cometeremos mil erros

Porque nós nunca iremos aprender"

- Tudo bem... não precisa dizer mais nada. - Ela enlaça meu pescoço, no embalo da música. - Eu não me arrependo da noite de ontem, de ter te defendido e nem de gostar de você... pode me tocar.

- Isabelly... não, não seja o que eu preciso. - Meu pulmão desesperado grita em seu hálito mentolado, e ela puxa meu cabelo para direcionar sua boca na minha. Perco o controle, e beijo-a apaixonadamente com uma violência controlada, meu lado vingativo, confrontando com o sentimento que ela despertou em mim. Acaricio seu rosto com meus polegares, enquanto bebo toda paixão em seus lábios doces de geleia vermelho-sangue. O desejo é tanto, que minha vontade é drená-los, mas o cheiro da sua pele, acalma os demônios que carrego dentro, e apenas mordo-os, absorvendo o sabor do cigarro que se mistura ao fraco gosto de ferro impregnado na sua língua.

Suas mãos estão desesperadas para desfazer o nó da gravata, compactuando com meu ataque insano e obsessivo, e eu a ajudo a remover tudo, terno, camisa, deixando que resvalem até o chão. Ergo seu vestido, e vou direcionando-a até a hilux, uma mão aperto sua bunda, a outra seguro forte em seus cabelos à medida que vai aconchegada na pele do meu pescoço distribuindo beijos de carmim em uma trilha sem limites, por cada músculo que pulsa sob seu contato.

Sento-a no capô, sem deixar de beijar sua boca aglutinada de batom. Meus dentes ferindo-a, a língua acariciando. Ela é rápida para captar, ergue os braços, e retiro seu vestido, em seguida afasto o sutiã delicado de renda transparente com os dentes, expondo seus seios pequenos, que deslizo minhas mãos. E ela arqueia para trás e se ajeita, abrindo as pernas, oferecendo-se para mim, como Lolita se oferecia para Humbert, impudica e inocente que faz meu coração pegar fogo.

"Você é minha obsessão

Meu fetiche, minha religião

Minha confusão, minha confissão

A única que eu quero essa noite"

- Ah, mi cielo. - Rastreio os dentes pelo seu pescoço, minhas mãos ávidas passeando pela barriga, coxas, até chegar em sua virilha. - Se aquela noite os seguranças não tivessem atrapalhado, eu teria tirado seu hímen complacente bem aqui... você tremia, tão linda e indefesa, me deixou com o pau tão duro que cometi uma loucura, mas eu seria mais louco se eu não tivesse te comido aquela noite dos pés à cabeça, como eu fiz.

Deslizo minha boca pela sua perna torneada moldada pela meia de renda preta, e vou puxando sua calcinha, assim que retiro, roço meu nariz nas dobras rosadas, fazendo-a se entreabrir mais para me dar acesso. Cremosa e pronta. Não resisto, e com o polegar, toco o brotinho inchado, que está implorando por atenção, e sugo-o faminto, fazendo-a se contorcer em aflição.

- Yan... - Assopra, então, coloco dois dedos dentro dela, e volto a cobri-la com meu corpo.

- E mesmo depois de tudo que fiz, você ainda é generosa, gostosa, delicada, quando está em meus braços. Você é linda, intensa... por isso eu sou um homem apaixonado pela sua esposa. - Sussurro o elogio, roçando nossos narizes num gesto carinhoso de cumplicidade, e ela se entrega deliciosamente. - Estava com saudade de ouvir isso?

Ela balança a cabeça em sinal de sim, o desejo que sinto é tão perturbador e forte, que arremeto abruptamente, ela se contrai, mas deslizo fácil apesar do aperto.

- Yan... - Ela geme novamente no meu ouvido, arrebatada, preenchida, choramingando, o som mais gostoso que já escutei na vida.

- Shhh, baby, já estou todo dentro de você... - Aprisiono-a em meus braços, mexendo devagar para acostumá-la. - respire, não fique contra mim, relaxa... - Instruo-a, e ela inspira, respira sucessivas vezes, acostumando-se com minha rigidez. - Isso... deixa eu cuidar de você. - Meus polegares encaixando-se perfeitamente no sulco da sua clavícula, e ela me abraça com braços e pernas, rouca, emocionada, ondulando no meu pau como uma boa ninfeta, apertada, derretendo-se toda assim que começo a come-la deliciosamente saqueando sua boca e afagando o rostinho sujo de batom.

- Eu roubei naquele jogo, porque eu fiquei louco pela possibilidade de outro homem ter você assim... se tem uma coisa boa que seu pai fez, foi ter apostado você naquele maldito cassino. - Coloco minha boca em seu seio e fico ali vários segundos chupando-o enquanto ela geme fora de controle. Seu olhar me chama, e sua entrega total me golpeia. A menina reprimida por seus medos e traumas infantis, se doando para mim, num momento em que eu mais preciso. Sua pele cálida é quase febril, e seus seios intumescidos brilham a luz alaranjada do crepúsculo.

- Yan... eu preciso. - Choraminga de tesão.

- Calma, não goza ainda, aproveita... - Acaricio suas bochechas quentes, os olhos chocolate, turvos pelo desejo, e nossas mãos deslizam entrelaçadas sobre a pintura.

- É que está tão delicioso... - Ela sussurra em meu ouvido. - Não sei se consigo aguentar.

Estou enredada ao seu corpo, súbita e irresistivelmente atraída, e sinto cada movimento que ele faz, a voz calorosa e suave. Seus olhos como mel das abelhas, que eu tive certeza que seria ferroada desde que o conheci. Nenhuma mulher, absolutamente nenhuma, resistiria a este cerco sensual, porque esse homem deliciosamente indecente me fascina e me enlouquece com sua inteligência sexy habitada em seu corpo viril.

Ele segura minha coxa torneada pela meia de renda, entrando em mim, e abro bem as pernas para aproveitar a sensação. Posso sentir seu bíceps perfeito de músculos definidos sob o contato das minhas mãos. Forte, intenso. Arremete precisamente, e acompanho remexendo ao ritmo erótico, as mãos possessivas afagando meu seio, endurecidos pelo contato do peito dele. Seus olhos brilham como ônix, enquanto ele prestigia acariciando meu rosto.

- Que gananciosa! Você gosta disso. - Elogia, arremetendo, e só o que sei fazer é gemer preenchida e apertada em torno dele.

- Sim... - Concordo, compactuando, nessa paixão ensandecida e paralisante. E mesmo vendo tudo como um Halo desfocado, percebo um vulto de alguém na porta. - Yan... tem alguém vendo a gente.

- Eu sei... mas não vou parar. Seja quem for, mostre que você está adorando. - Propõe, com os olhos cintilando um desejo letal, e automaticamente, me deleito sugando seu dedo que acaricia meus lábios. Os olhos do meu expectador reviram estarrecidos de excitação, no entanto, sou ciente apenas de Yan, e como me sinto sexy, segurando-o enquanto a música inunda e leva nossos corpos a mover-se em um ritmo infinito. Minha voz não sai, e o prazer é tanto que eu só preciso que ele permita e...

-Goza, minha putinha angelical. Só minha. - Murmura respirando em meu ouvido. O polegar raspando o colar em meu pescoço. O apelo é tão erótico, que faz o fogo entre nós dois arder mais forte, quente, poderoso. Como se me tragasse completamente. Grito gozando, um momento que parece o protótipo da morte, divino, transcendente. Ele me pega forte, do jeito que eu gosto, e desmancho-me inteira, partindo em pedaços. Eu não ligaria de morrer nesse momento tão confuso e glorioso. É como se eu não vivesse em mim, e sim nele.

-Libelle... - Geme meu apelido, e me aperta em seus braços, gozando junto comigo, inflando dentro da minha boca, me passando oxigênio, como se me tragasse completamente, em um beijo hermético que tira de vez o meu fôlego. Depois espalha carícias de todo jeito, por cada pedacinho do meu rosto. É tão intenso que tenho vontade de chorar. Abraço-o com o peito pulsando de emoção, deitada em seus braços, enquanto o mundo lá fora está caindo, mas não me importa, tudo que quero é permanecer assim. Olhando intensamente um para o outro, e os minutos parecem intermináveis, e trocando beijos delicados e ardentes.

Ainda enfraquecida, permito-o abrir minhas pernas e me limpar com o lenço que tira do bolso da calça, e ao arquear meu corpo, sei que está me trocando, então, estico minhas mãos no alto, para facilitar o seu cuidado comigo.

Mais uma vez, escuto o ruído advindo da entrada da galeria. E dessa vez, eu vejo com exatidão.

- Professor, Alex! - Grito temerosa. Yan, me pega, e subo em seu colo, inalando a pele do seu pescoço nu, e ele entra comigo no banco de trás da hilux, como fez no dia que cheguei na ilha.

- Não fique assustada... - Ele entrepassa os dedos em meu cabelo, a voz suave. - Ninguém mais tem acesso a esse lugar pequena. Vai ter que me explicar que história é essa, de estar em meus braços pensando em seu professor.

- Mas eu juro que eu o vi.

- Não tem ninguém aqui além de nós, fique calma. - O celular dele toca... é Diego.

- Estamos bem sim. - Conversa com ele. - O que? Mas não desistem mesmo! Ok, cuide de tudo, obrigado por avisar.

- O que aconteceu?

- A imprensa ainda está lá, não podemos voltar por enquanto.

- Para onde vamos agora?

- Segredo, mas pode ir dirigindo... - Ele liga a caminhonete no painel e acrescenta. - para Niterói.

- O que faremos em Niterói?

- Só faça o que digo, pequena. Apenas dirija, e chegara ao lar doce lar.

O que ele está aprontando? Seja o que for, estou com ele. Suspiro fundo, e arranco com tudo, dirigindo sem consternação, completamente feliz.

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