Tempo fora de lugar - Drarry...

By itsmgab1hx

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Como seria acordar num dia e não se lembrar dos últimos 7 anos da sua vida? Como seria acordar e perceber qu... More

A Dor de Cabeça é o Último dos Meus Problemas
Uma Visão de Dor
Eu Não Posso te Ajudar se Você Não me Conta
Lar Doce Lar
Proteja-os Com Sua Vida
O Inferno de Um Curador
Animar Alguém
Pesadelos e Laços do Coração
Tenha Minha Mente
Você Me Faz Sentir As Coisas Mais Estranhas
Quem Te Irrita Te Conquista
Construindo Pontes de Amor
Veneno
Eu Sou Um Curador
Guerras Nunca Feriram Alguém, Exceto Quem Morreu
Visgo
Vozes do Passado
A Melhor Prova de Amor é Confiança
Eu ainda não comecei a lutar
Que você viva todos os dias da sua vida
A Vida de Althidia
Está Tudo Voltando Para Mim Agora - Último capítulo
Fontes Tiradas da Internet

Quando tudo vem abaixo

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By itsmgab1hx

"Como assim você não sente mais suas pernas?" Harry perguntou estupidamente. Seus orgãos internos viraram gelo com as palavras do namorado.

Draco pareceu dar de ombros, apesar de praticamente não mexer nada mais. "Eu não sinto mais as minhas pernas," ele disse. "Não consigo movê-las nem sentí-las."

Hermione o fitou, seus olhos largos e se enchendo de lágrimas. Ela não choraria, Harry sabia disso. Ela sabia, assim como ele, que tinham que ser fortes.

"Por Merlin," Dumbleodore murmurou, seus olhos azuis observando Draco com preocupação. "Claro, a visão teria sido um choque para o seu sistema e com o veneno tão infiltrado o resultado seria ainda pior."

"O que você quer dizer?" Harry perguntou, sua mente estava lenta, em choque.

"Ele quer dizer que o veneno tomou conta de Draco ainda mais enquanto estava fraco da visão. O paralisou," Hermione explicou. Ela se levantou, caminhou até o outro lado da cama e alcançou Draco. "Eu vou beliscar suas pernas, e você vai me dizer quando sentir algo, okay?"

Draco acenou que sim.

Hermione começou com os pés de Draco, beliscando cada um de seus dedos, depois seu pé, calcanhar, tornozelos, canelas, joelhos e a frente e as costas de sua coxa. Draco não disse uma palavra durante o processo, mas Harry pode ouvir sua respiração ficar irregular quando percebeu exatamente quanto de seu corpo ele não sentia de forma alguma.

Finalmente, quando ela tocou seus quadris, ele sentiu suas mãos em seu corpo novamente e a alertou a isso. Sua voz estava grossa quando disse, "Não precisa continuar, Granger."

Hermione não o fuzilou com os olhos por usar seu sobrenome, pelo contrário, seus olhos se encheram de algo parecido com dó. Ela se sentou de volta em sua cadeira.

Naquele momento Rony voltou ao aposento com Ariel chorando em seus braços. Logo atras vinha Gina com o outro bebê. Gina tinha a aparência cansada, como se tivesse acabado de acordar – o que provavelmente era verdade – porém havia uma aura de controle e segurança ao seu redor quando conjurou uma cadeira e se sentou ao lado de Hermione. Ela entregou o bebê para Hermione e se virou para Draco e Harry na cama. Harry ainda segurava o loiro, temendo o que aconteceria se o deixasse. Ele nunca queria soltá-lo. Draco, por sua vez, apenas deitava ali, com os olhos fechados. Harry imaginou que ele havia cochilado novamente.

O diretor recontou a visão de Draco para Gina e os olhos da garota alargaram de susto.

"Eles são fortes o suficiente para pensar que conseguem invadir Hogwarts?" perguntou.

"Eles têm ficado muito fortes" Hermione disse. "Nas últimas semanas houveram vários desaparecimentos entre os trouxas que ninguém consegue explicar, e os jornais têm reportado um aumento no número de tiroteios. Estão havendo assassinatos na comunidade bruxa que se assimilam demais aos feitos de Voldemort para não serem. As vítimas foram torturadas, baleadas e colocadas onde sabiam que os corpos seriam descobertos."

"Por que não nos disse?" Harry perguntou ao ouvir as notícias pela primeira vez.

"Pensamos que seria melhor se se concentrassem em achar uma cura para o veneno, do que se preocuparem sobre coisas que não poderiam mudar." Gina respondeu com um leve tom de culpa.

"Que não poderiamos...Você esconde notícias sobre bruxos sendo assassinados porque acha que não conseguiriamos lidar com isso?" Harry perguntou levantando a voz. O que lhe restava dos nervos fora embora com as palavras de Gina. Sentiu seu mundo e sua vida despedaçar, porém foi tomado por um calor humano e uma voz que dizia:

'Se acalme, Harry. Não fique nervoso, não ajudará.'

A voz era fraca até dentro de sua mente, mas Harry manteve a conexão com Draco e respirou fundo para se acalmar.

'Não me dê sua energia, Draco,' disse ao loiro, 'Você precisa dela muito mais que eu.'

Sentiu Draco sorrir, mas não recebeu uma resposta.

Gina, Hermione e os outros – exceto os bebês – olhavam os garotos com interesse. Harry corou quando finalmente olhou-os.

"Não fizemos isso para te enganar, Harry," Gina completou. "Apenas pensamos que sua energia seria gasta de uma forma melhor procurando o antídoto."

Harry ofereceu um pequeno sorriso. "Eu sei. Me desculpe por me descontrolar com você."

Gina retribuiu o sorriso – cheio de uma leve tristeza e preocupação. Ela então se virou para o diretor e voltou a ser Gina-no-controle.

O diretor sorriu para ela e disse, "Mandarei uma coruja para todos os pais de alunos da escola. Em um dia todos os estudantes que quiserem partir, terão ido. Não deixarei ninguém abaixo do sexto ano ficar, é perigoso demais."

"Ótimo." Gina disse. "Entrarei em contato com a Ordem e organizarei tudo para que cheguem em Hogwarts amanhã. Se Voldemort pensa que é forte o suficiente para entrar na escola, teremos que surpreendê-lo com uma resistência ainda maior.

"Sirius Black e Remo Lupin estarão encarregados de organizar a Ordem e informar a todos o que está acontecendo. Vocês poderiam mandar algumas corujas para os gigantes pedindo ajuda?"

Dumbleodore aquiesceu. "Farei isso imediatamente."

"E nós?" Harry perguntou apontando para si mesmo e para Draco. "Eu não vou deixá-lo, não agora."

'Ah, muito obrigada Potter. Se sentindo responsável por mim?' foi a resposta mental sarcastica de Draco.

'Por acaso, sim,' respondeu Harry.

Ginny ficou pensativa. "Precisarei de você em Hogwarts, Harry."

Harry sabia que esse seria a resposta que receberia – não apenas porque ele era o único medibruxo agora que Draco não estava mais "ativo," mas também porque ele era o garoto-que-sobreviveu. Apesar dessa realidade ser sete anos no futuro, ele ainda era visto como o Salvador do mundo mágico. Ele tinha que ficar face a face com Voldemort em – todos sabiam sem ter que pensar sobre isso – o que seria a última batalha contra o Lorde das Trevas.

"Irei com você," Draco disse levantando a cabeça um pouco.

"Você não vai para um campo de batalha quando não pode nem mesmo andar," Harry disse. Ele estava irritado com Draco por sugerir isso.

"Eu posso beber uma das poções fortalecedoras. Tenho certeza que me farão mais forte. Aí poderei ajudar."

Harry olhou para Draco, os olhos cinzas imploravam que o deixasse ir também.

"Você será assassinado," Harry disse, sua voz cheia de emoção.

"Eu vou morrer de qualquer forma," Draco respondeu com a voz normal exceto por uma pontinha de raiva praticamente indetectável. "Isso apenas antecipará o evento – e talvez seja menos doloroso."

"Draco, porque não te levamos para o St. Mungos?" Gina sugeriu sem muita convicção.

"E o quê? Me deixar lá para morrer? St. Mungos não pode fazer nada por mim. E não acham que quando o Lorde das Trevas estiver acabado com Hogwarts iria imediatamente ao maior hospital bruxo da Inglaterra? De qualquer forma, não deixarei Potter enfrentar aquele Lorde sangrento sozinho."

Draco estava ficando nervoso, e com a raiva parecia um pouco mais forte pois levantou a cabeça para fuzilar Gina com o olhar. Ela encontrou seus olhos, nunca deixando os dele. Finalmente ela suspirou.

"Se você realmente quer vir, eu sei que ninguém será capaz de detê-lo".

"Não conseguirão mesmo," Draco disse com um sorrisinho maroto.

"Avisarei Madame. Pomfrey sobre sua chegada," continuou Gina. "Você ficará na ala hospitalar até que algo aconteça.

"Mas – "

"Não, isso não é discutível," disse Gina. "Se você acabar alucinando sozinho em algum lugar. E aí? Na enfermaria sempre haverá alguém de olho em você".

Draco lançou-lhe adagas com o olhar, odiando se sentir como um bebê. Mesmo assim não disse nada.

"Hermione," Gina disse se virando para a cunhada. "Você não vai em hipótese alguma."

Hermione aquiesceu. "Eu sei. Não posso, não agora, não importa o quanto eu queira ir."

A jovem ruiva se virou para o irmão. "Rony, você pode escolher vir ou não. Esses bebês – eles precisam do pai," disse carinhosamente.

Rony mostrou que entendeu, porém nada disse. Harry o viu apertar sua filha com mais força, segurando-a de forma protetora.

Alguns minutos depois, o plano geral já havia sido formado. Dumbledore e Gina foram embora, deixando Harry, Draco, Hermione, Rony e as crianças sozinhos.

"Vá para a cama, Mione," Harry disse suavemente da cama. "Não vai te fazer muito bem dormir sentada nessa cadeira."

Hermione sorriu para ele. "Realmente acho que vou dormir..."

Ele percebeu a expressão em sua face e disse, "Vai ficar tudo bem."

Ela tinha o semblante preocupado, seu sorriso ficara amargo. "Eu sei disso," disse, apesar das palavras não carregarem a convicção apropriada. Ela se levantou com seu garotinho ainda no colo. Beijou primeiro Harry e depois Draco na bochecha. O loiro que já estava dormindo novamente sorriu um pouco com o toque.

"Boa noite, Mione." Harry disse.

"Boa noite Harry."

A manhã chegou com Hermione acordando todos cedo demais. Gina havia dito que deveriam ir para Hogwarts o mais rápido possível. Aparentemente tanto ela quanto o diretor estavam convencidos que o ataque aconteceria a qualquer momento. Logo, a Ordem estava se juntando com grande urgência – a tensão ainda maior.

Harry foi para o apartamento fazer as malas. Arrumou uma mala para si mesmo e outra para Draco. Escolheu roupas e botas que pareciam confortáveis e úteis. Em seguida pegou sua capa de invisibilidade – que não havia notado antes de revirar o guarda roupa – e as varinhas. Também empacotou as novas pistolas que Mr. Hanawalt lhe havia dado. Uma para si mesmo, uma para Draco, apesar de duvidar que deixaria o loiro tocar na arma, assim como não tinha certeza que deveria deixar Draco ter sua varinha.

Também levaria várias garrafas de poção de cura. Tinha a poção Galena – usada para cortes, fraturas e pequenos machucados em geral. Era a poção mais comum que Harry possuia. A poção Kevahla, um pouco mais forte que a Galena, era usada para machucados mais severos como sangramentos internos e ferimentos na cabeça. A poção Kevahla deveria ser ingerida, enquanto a Galena deveria ser aplicada no ferimento. Por último, a poção Salusta para os ferimentos críticos. Funcionava como a poção Althidia – apenas medibruxos podiam administrá-la. Ela requeria uma combinação da poção com a energia do medibruxo.

Empacotou algumas outras poções, mas descobriu que não tinha muito delas em casa. Esperava muito que Severus pudesse produzir mais algumas.

Decidiu levar três livros de feitiços de cura. Tanto Harry quanto Draco haviam memorizado vários dos feitiços, mas ainda haviam muitos que não sabia. Portanto, os livros iriam com ele para Hogwarts.

Pegou o anel que havia ganho de Draco no natal e colocou no dedo. Sentiu um calor de felicidade momentâneo ao admirar o anel em seu dedo e sorriu para si mesmo.

Colocou as últimas coisinhas nas malas antes de lançar os feitiços de diminuição de peso e tamanho. As malas ficaram pequenas o suficiente para caber na palma da mão. Um pouco antes de pisar na lareira, olhou ao redor da sala e não conseguiu parar de sentir que essa seria a última vez por muito, muito tempo, em que veria esse apartamento.

O castelo Weasley borbulhava de atividade. Apenas Draco parecia ser preguiçoso, deitava sem se mexer no sofá da sala.

Vários dos outros irmãos Weasley haviam se juntado à Hermione, Rony e Draco no castelo. Gui já estava lá, assim como Fred, Jorge e suas respectivas namoradas. Gina obviamente não estava lá – estava em Hogwarts, tentado colocar essa operação em ordem.

"Oi Harry," Gui disse estendendo a mão. "Circunstâncias ruins, mas é bom te ver mesmo assim."

"É, o mesmo para você. Então, também está indo para Hogwarts?"

"Estou. Na verdade, todos irão," disse apontando para Rony também. Harry franziu a testa – ele definitivamente não gostou que Rony deixasse a família. Então olhou para Hermione e viu que havia sido uma decisão conjunta.

"Então, Rony vai também," disse suavemente.

"Sim. Parece que ninguém pode ficar de fora – nem mesmo seu namorado," Gui responde com um pequeno sorriso.

Harry balançou a cabeça. "Ele queria vir. Disse que vai morrer de qualquer jeito... não podia negar. Talvez se lutar com alguém, possa lutar um pouco por si mesmo."

Gui sorriu confiante. "Tenho certeza que tudo terminará bem."

"Carlinhos virá?" Harry perguntou decidindo mudar de assunto para evitar uma crise emocional. Não tinha tempo para isso agora tinha que ser forte.

Gui concordou. "Acredito que trará dragões consigo," disse.

Continuaram a falar até Hermione pedir sua atenção.

"Vocês precisam ir agora," disse. "Dumbledore agendou quando todos teriam acesso às lareiras de Hogwarts para que não chegassem todos de uma vez."

Ela estava em pé ao lado da lareira, e Harry a viu lutando contra as lágrimas. Rony ficou ao seu lado, com seus filhos no braço, todos dois dormiam. Colocou as crianças nos berços e abraçou Hermione. Se beijaram e as lágrimas de Mione finalmente correram soltas. Ela soluçava no ombro de seu marido, e ele também chorou. Entretanto, estava decidido – ele deveria ir.

Harry ficou de pé ao lado do sofá, onde Draco estava deitado. Acordou-o gentilmente quando o primeiro bruxo partiu. Com um 'pop,' Fred desapareceu. Angelina e outros foram logo em seguida.

"Acorde, Draco," disse Harry.

Os olhos do loiro se abriram. "É hora?" perguntou.

Harry concordou gravemente. "Você não precisa fazer isso."

"Mas eu preciso, Harry," respondeu Draco. "Eu tenho que fazer isso."

"Tudo bem," Harry disse baxinho. Então pegou Draco nos braços com firmeza. Sentiu o namorado ficar tenso por um momento, e sabia que o loiro se sentia desconfortável mostrando sinais de fraqueza tão claramente. Porém, não havia nada que podiam fazer sobre isso, logo Draco apenas relaxou.

Harry se curvou para dar um beijo na bochecha de Hermione antes de entrar no fogo, e ela chorou mais forte.

"Hogwarts, a enfermaria," Harry disse claramente após jogar o pó-de-flú no fogo. As chamas brilharam, verdes, e o mundo em volta deles se dissolveu. Harry segurou Draco pertinho de si, enquanto o mundo passava ligeiramente por eles. Então foram jogados para fora, exatamente na ala hospitalar.

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