Tempo fora de lugar - Drarry...

itsmgab1hx tarafından

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Como seria acordar num dia e não se lembrar dos últimos 7 anos da sua vida? Como seria acordar e perceber qu... Daha Fazla

A Dor de Cabeça é o Último dos Meus Problemas
Uma Visão de Dor
Eu Não Posso te Ajudar se Você Não me Conta
Lar Doce Lar
Proteja-os Com Sua Vida
O Inferno de Um Curador
Animar Alguém
Pesadelos e Laços do Coração
Tenha Minha Mente
Você Me Faz Sentir As Coisas Mais Estranhas
Quem Te Irrita Te Conquista
Construindo Pontes de Amor
Eu Sou Um Curador
Guerras Nunca Feriram Alguém, Exceto Quem Morreu
Visgo
Vozes do Passado
A Melhor Prova de Amor é Confiança
Eu ainda não comecei a lutar
Quando tudo vem abaixo
Que você viva todos os dias da sua vida
A Vida de Althidia
Está Tudo Voltando Para Mim Agora - Último capítulo
Fontes Tiradas da Internet

Veneno

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Assim que saiu da lareira, Harry parou estanque. A sala de estar estava lotada de gente, com Gina Weasley no centro do caos, tentando colocar alguma ordem no lugar. Ela não estava conseguindo.

Num dos cantos do sofá, Draco estava sentado. Ele encontrou o olhar de Harry brevemente e o moreno se encolheu ao ver como ele estava. Ele não parecia estar nada melhor agora do que estivera pela manhã. De repente, Harry se sentiu culpado por não tê-lo avisado pra onde ia.

Ele atravessou a sala até o Quarto Principal e deixou suas compras no armário para serem embrulhadas mais tarde. Voltando para a sala, ele examinou rapidamente o lugar.

Todas as pessoas que ele estava vendo estiveram na festa no Castelo Weasley também. Ele viu alguns Weasleys; perto da sacada estava Fred conversando com Angelina. Uma vez na vida ele não estava com o outro gêmeo grudado ao seu lado, por mais que ele pudesse muito bem estar em algum lugar próximo. Rony e Hermione estavam ali também, Harry percebeu com um sorriso. Eles se sentaram ao lado de Draco e Hermione parecia estar checando se ele estava com febre – a mão dela estava posta na testa do loiro. Harry sorriu para a enorme barriga de Hermione; a data do parto não estava muito longe.

Sirius e Remus estavam conversando com Severus, Harry notou com surpresa. Remus e Severus pareciam completamente à vontade um com o outro, porém Sirius não estava tão confortável assim.

Havia algumas outras pessoas – Harry pensava ter ouvido alguém na cozinha e aparentemente havia pessoas no quarto menor, perto da sala.

Harry se encaminhou para o sofá.

- Harry! Você está aqui! – Hermione exclamou. Ela fez uma tentativa de se levantar, mas ele a impediu.

- Pode ficar sentada, eu realmente não me importo. – ele disse com um sorriso.

Ela fez biquinho e disse- Eu estou enorme. Não posso fazer nada.

Ele a abraçou e lhe deu um beijo na bochecha. – Você está linda.

- Você fala igualzinho ao Rony. – Hermione respondeu. – Vocês deviam tentar passar um dia na minha pele pra ver como é.

- Eu acho que eu não ia caber na sua pele. – Harry respondeu com um sorrisinho.

- Oh, eu sei. – ela continuou com seu tom de reclamação – Ainda assim, você deveria tentar isso aqui por apenas um dia, e você me apoiaria muito mais.

- Você está dizendo que nós não te apoiamos? – Harry perguntou.

Ela o encarou – Vocês estão tirando uma com a minha cara.

- Eu acabei de dizer que você está linda! – ele disse, ligeiramente exasperado.

Ela lhe atirou outro olhar, e Rony, que estivera acompanhando a conversa com interesse, se pôs a rir. Draco estava recostado contra o sof, olhos fechados, parecendo tão pequeno e frágil. Diferentemente de Rony, ele não parecera estar prestando nenhuma atenção em Harry ou Hermione. O coração de Harry se espremeu por ele; ele estava mal.

- Como você est? – o moreno perguntou baixinho.

Draco abriu os olhos para observ-lo – Eu estou bem, Harry. – ele disse. – Não se preocupe.

Hermione foi mais pro lado do sof, permitindo que Harry se sentasse no meio, entre ela e Draco. Ele o fez, tanto querendo quanto temendo o que podia acontecer. Ainda assim, aquele era um cômodo abarrotado de gente – nenhum dos dois podia dar um ataque com tanta audiência assim e ninguém esperava que estivessem se amassando agora. Talvez essa fosse a melhor hora para o conforto.

Ele passou um braço ao redor dos ombros de Draco – apenas pelas aparências, por causa de Rony e Hermione, ele disse a si mesmo. Nada mais... Não tinha definitivamente nada a ver com a necessidade de confortar o loiro.

Draco enrijeceu por um momento, antes de relaxar no abraço. Era estranho; Harry podia sentir o estado de alerta irritadiço do sonserino. Por um breve momento, ele se deixou dar a Draco o Calor da Cura, antes de parar a si mesmo. Draco levantou os olhos para ele e acenou minimamente com a cabeça. Enquanto ele se reajustava junto a Harry, o moreno voltou a lhe oferecer força.

Hermione e Rony estavam conversando, e Harry voltou sua atenção para eles enquanto Draco entrava em algum tipo de semi-sono.

- Gina está realmente envolvida nisso. – ele disse com um sorriso para a caçula, que estava correndo de um lado para o outro, falando brevemente com cada ocupante da sala.

- Ela é uma das melhores coisas que já aconteceu à Ordem. – Hermione disse. – Dumbledore não pode cuidar de tudo e ela é realmente boa com organização. Ela faz as coisas acontecerem.

- Você já falaram com ela hoje? – Harry perguntou. – Sabem o que está acontecendo?

Hermione sacudiu a cabeça – Não. – ela disse. – Eu sei que ela falou com Dumbledore depois que saiu daqui, e eles criaram um plano. Ao que parece as coisas precisam rolar rápido, ou então a reunião não teria sido até amanhã.

- Bem, a Visão foi horrível. – Harry disse baixinho.

- Eu sei. Elas sempre são. Draco não nos disse muito, entretanto. – Hermione disse com um olhar para o loiro. Seus olhos se suavizaram quando ela o viu, semi-adormecido.

- Eu tenho certeza de que a Gina vai nos contar. – Rony falou. – Olhem, parece que ela está prestes a começar a reunião de verdade.

Harry virou os olhos para encontrar Gina flutuando mais ou menos um pé acima do chão, fazendo-a um pouco mais alta que todo mundo na sala, e chamando atenção de quase todos para ela. Ela permaneceu em silêncio até que todos os presentes estivessem quietos.

- Eu agradeço a todos por terem vindo aqui com um aviso tão em cima da hora. – ela disse. – E também obrigada ao Draco e ao Harry, que deixaram que a reunião fosse feita aqui. Ontem à noite, o Sr. Malfoy teve uma Visão. Eu não vou dizer todo o seu conteúdo, já que isso tomaria tempo demais, e tempo e uma coisa que nós não temos sobrando. Assim sendo, eu gostaria que as seguintes pessoas se aproximassem: Dino Thomas.

O jovem negro, que Harry não tinha percebido estar ali até o momento, levnatou os olhos do coanto onde estava de pé ao lado de Simas Finnegan. Ele caminhou devagar até Gina.

- Angelina Johnson.

Angelina se afastou do noivo apertando sua mão brevemente. Ambos os gêmeos estavam surpreendentemente quietos e Katie também não parecia muito melhor.

- Neville Longbottom.

Harry olhou ao redor. Neville estava ali? Seu queixo caiu quando o rapaz se adiantou. Ele era apenas vagamente similar ao garoto gordinho que Harry conhecera. Esse homem era mais ou menos da altura de Harry, forte, om cabelo escuro e curto. A única coisa que provava que ainda era a mesma pessa que Harry conhecera era a leve timidez em seus movimentos enquanto ele tomava seu lugar ao lado da ruiva. L, ele olhou brevemente para Gina. Harry imaginou como Draco fora capaz de reconhecer Neville na Visão, pelo meio que fosse.

- Severus Snape.

O Mestre de Poções foi para o lado dela com seus passos longos e confiantes.

- Agora, eu nem posso ressaltar como é importante não deixar que essa missão se exploda como a anterior – Gina disse – Eu não vou aceitar casualidades a não ser que elas realmente não possam ser evitadas. Nós temos as vidas de quinze pessoas sob risco aqui, além de todo mundo envolvido na missão de salvamento, e eu não quero que nem uma dessas pessoas seja perdida. – ela se virou pros quatro que tinha chamado e entregou um colar pra cada um deles. – Essas correntes estão ligadas diretamente a algumas pessoas. Primeiro, a Albus e eu. Segundo, à pessoa mais próxima de vocês. Terceiro, para uma pessoa de segurança, que já foi informada por mim. E por último, ao Harry e ao Draco.

Harry sentiu Draco começar a acordar ante à menção de seu nome, e ele tinha de admitir também estar assustado, especialmente porgue Gina não tinha lha falado nada antes. Entretanto, fazia sentido; se algo acontecesse, ele e Draco e seus poderes de Cura seria muito necessários. Com esperança, dessa vez, um deles não estaria recebendo esses poderes.

- Eles também têm um localizador pra que possamos ach-los. – Gina continuou. – Desse jeito, nós podemos ach-los imediatamente, se foram seqüestrados.

- E se nós não quisermos que vocês venham? – Angelina perguntou baixinho. – Poderia ser perigoso. Vocês poderiam Aparatar bem em frente a uma bala ou coisa assim.
- Se vocês disserem Incapacitate, eles vão ficar mandando apenas um sinal vermelho para nós até que vocês o removam. Mas, eu não recomendo isso. Isso aqui vai ser perigoso, não importa o que fizermos. Nós vamos ter que assumir alguns riscos, se pudermos salvar vidas.

Angelina assentiu com a cabeça.

Mais alguns minutos foram passados explicando detalhes menores do plano. Dino e Simas pareciam os mais nervosos sobre o que sabia que estava prestes a acontecer. O rosto de Snape estava congelado numa carranca. Harry sabia que o Mestre de Poções era o menos propenso a estar com medo; afinal de contas, ele já fora um Comensal da Morte. Ele sabia muito bem que não era mais; ele ouvira inadvertidamente a história de Snape de Lilá Brown na festa de Natal, quando ela a contava para suas amigas. Aparentemente, o infarto que Severus tivera fora um resultado a Maldição Cruciatus, colocada nele horas antes de ser enontrado. Harry, junto de Rony, Hermione e alguns outros membros da Ordem, foram aqueles que o acharam. Logo que a Maldição Cruciatus fora desfeita, o infarto o atingira. Harry aparentemente era quem estivera mais perto dele, enquanto os outros davam um jeito nos Comensais da Morte – sendo esse o porquê de Hermione ficar tão espantada quando ele não se lembrava da informação.

Gina terminou seu discurso – Eu sinto muito que não possamos tranc-los em algum lugar seguro até segunda instância, mas alguns trouxas já foram seqüestrados, e nós acreditamos que Voldemort esteja por trás desses crimes. Só nós vamos ach-los, temos que deixar vocês serem seqüestrados também. Agora, todos exceto Rony, Hermione, Harry, Draco, Sirius e Remus estão liberados para ir.

A turma se dispersou. Angelina voltou para perto de Fred, que a abraçou. Ele a segurou com força contra si, acariciando suas costas, Simas e Dino desapareceram pela lareira em instantes. Severus se aproximou de novo de Sirius e Remus. Harry de repente percebeu que Remus deveria ser "a pessoa mais próxima" dele. Fazia sentido que Sirius estivesse um pouquinho nervoso.

Harry observou Snape apertar as mãos dos dois antes de sair pela lareira. Le também viu Neville segurar a mão de Gina. – Vá pra casa. – ela disse levemente. – Eu vou chegar lá logo.

- Vou estar te esperando quando você chegar. – ele afastou uma mecha de cabelo do rosto dela e plantou um beijo levem em seus lábios.

Ela lhe ofereceu um sorriso tristonho, e deixou que ele a abraçasse. Eventualmente eles se separaram, e Neville lhe deu um último beijo leve na testa, antes que ele fosse embora do mesmo jeito que os outros. Harry percebeu Rony encarando a irmã; parecia que o relacionamento de Gina com Neville era novidade pra ele também.

- Gina! Você não nos disse que finalmente se entendeu com o Nev'! – Hermione disse alegremente, ignorando o queixo caído de seu marido.

A jovem Garota-Weasley corou. – Só meio que... aconteceu. – ela disse, sorrindo.

- Mas... Neville? – Rony engasgou.

- Sim. Neville. – Gina disse secamente. – Eu gostaria que você soubesse que ele tem sido um perfeito cavalheiro esse tempo todo.

- E exatamente quanto tempo é "o tempo todo"! – Rony perguntou enquanro Sirius e Remus se aproximavam para se sentarem. Eles conjuraram um segundo sofá pra Gina e eles se acomodarem.

- Um mês e meio. – Gina enfrentou o olhar de seu irmão calmamente.

Rony sabia muito bem que era melhor não ir contra aquele Olhar – o Olhar que Gina tinha herdado da mãe. Ele dizia a todos – especialmente aos Garotos-Weasley – que eles estavam perigosamente próximos de se meterem com algo realmente feio. Rony reconhecia o Olhar em Hermione também; talvez fosse uma coisa de mulheres, não só de mulheres Weasley.

- De qualquer modo- Gina disse, desviando o assunto claramente para os assuntos mais importantes que tinham que discutir. – Eu preciso falar um pouco com vocês.

Harry observou enquanto o grupo passava da expressão relaxada, pra de trabalho. Apenas Draco, ainda sentado de olhos fechados ao seu lado, não tinha mudado. Harry sabia que o loiro não estava dormindo; estava meramente indiferente. Como se ele não se importasse com o que estava acontecendo, como se estivesse... fraco? Harry franziu o cenho. Seus pensamentos foram interrompidos pela continuidade do discurso de Gina.

- Hermione, eu preciso que você fique dentro de casa até que os gêmeos nasçam, e por um tempo depois disso. Você está fraca por enquanto, queira você admitir isso ou não. Você não seria páreo pros Comensais da Morte. Albus e eu gostaríamos de pedir que você sempre esteja acompanhada. Dentro do Castelo você pode ficar sozinha, é claro, mas não fora, nem mesmo nos campos do Castelo. Então por favor...?

Hermione assentiu – Eu sei. Vou ser cuidadosa.

- Bom. – Gina disse com um pequeno sorriso. – Eu não gosto disso mais do que você, mas em tempos como estes... A gente faz o que tem de fazer. Agora, Sirius e Remus, eu quero que vocês vão com Rony e Hermione até o Castelo e coloquem as proteções e alarmes mais pesados pra nos avisar se algo acontecer com Hermione enquanto o Rony estiver fora.

- Mas os escudos já são alguns dos mais fortes na Grã-Bretanha. – Remus disse.

- Eu sei. – Gina respondeu. – Entretanto, não são do tipo que precisamos. Nós precisamos de algo que nos avise se Hermione entrar em trabalho de parto se estiver sozinha e sem condições de entrar em contato conosco. Eu sei que é improvável, mas precisa ser feito. Então, os feitiços de que precisamos são para dor auto-inflingida; sim, Mione, é auto-inflingida. Vocês podem fazer isso?

Sirius e Remus assentiram. – Não deve ser muito difícil. Pra quem conectamos os feitiços?

- Rony primeiro, depois Harry e Draco. Tudo bem, Hermione?

- Está certo. – Hermione disse levemente.

- Precisa ser feito bem rápido. – Gina avisou.

- Nós vamos com vocês agora – Sirius informou a Hermione e Rony – Se estiver tudo bem.

Rony e Hermione assentiram. Gina sorriu para eles.

- Então é isso. Vocês quatro; - ela apontou para rony, Hermione, Sirius e Remus – podem ir. Harry, Draco, eu preciso falar com você por mais uns minutos.

- Bem, sendo que somos nós que moramos aqui, quem vai ter que ir embora é você e não nós, não é? – Harry lhe perguntouum tantinho exasperado, enquanto Hermione e os três homens se levantavam para irem embora. Harry não se levantou para se despedir; apenas acenou para eles. Um momento depois, Herry, Draco e Gina foram os únicos que sobraram.

- Oh, certo. – Gina respondeu, dando de ombros. – De qualquer modo, ele está acordado?

- Estou acordado. – o loiro respondeu sem abrir os olhos.

- OK. – a ruiva falou. – Isso vai soar um pouco... Eu não sei como vai soar, mas... Eu não quero que você entenda do jeito errado...

- Gina? Só diz, que tal? – Harry disse delicadamente.

- Tanto eu quando Albus estamos preocupados com você, Draco.

Draco abriu os olhos devagar para encar-la – Ah, é? – ele rosnou, soando muito Malfoy.

- Não seja assim. – Gina replicou, voltando a ser ela mesma. – Voce não está comendo direito, está sempre cansado; se eu não estou entendendo tudo errado, você está recebendo Calor da Cura do Harry enquanto conversamos.

- E se eu estou? – Draco continuou a rosnar naquele tom muito Malfoy.

- Nenhuma pessoa saudável seria capaz de receber Calor da Cura por mais de uma hora e ainda estar cansada, Malfoy. – Gina disse. – Você devia estar de pé, em frenesi com o tanto de energia no seu corpo, e não mal capaz de abrir os olhos!

- E isso te interessa porque...?

- Porque sendo que nós temos uma batalha próxima com no mínimo vinte Comensais da Morte, senão com o próprio Lord das Trevas, eu gostaria que meus dois únicos Curadores estivessem aptos a curar as outras pessoas, ao invés de um ao outro. – o tom de Gina era glacial, e ela encarou o olhar de Draco igualmente.

- Você se preocupa demais, Weasley – Draco disse friamente. – Eu estou bem.

- Vamos testar?

Por um breve momento, Herry viu alguma emoção alienígena passar pelo rosto de Draco, mas ela se fora antes que pudesse reconhecê-la.

- Que seja. – o loiro cuspiu – O que você quer fazer comigo?

Antes que qualquer um dos dois tivesse tempo para reagir, Gina lançou um feitiço em Draco. Uma fumaça vermelha o atingiu, e foi absorvida por seu corpo. Um momento depois, o loiro começou a brilhar no mesmo tom vermelho.

- Você é um Curador. – Gina lhe disse. – Você deve saber o que isso significa.

Harry não sabia o que aqueli significava, mas ele podia adivinhar. – Eu acho que você está doente, Draco. – ele disse levemente ao loiro.

- Eu não estou! – ele disse, pondo-se de pé. Entretanto, o corte repentino do Calor da Cura o fez tropeçar pra frente. Harry se levantou e o segurou rápido, antes que ele pudesse cair, mas Draco o empurrou para longe.

- Me deixa sozinho! – ele disse, correndo pra fora da sala.

- O que você acha? – Harry perguntou.

Gina se virou da porta por onde Draco tinha acabado de desaparecer, olhando para Harry. – Eu não sei. Eu não acho que seja algo tao sério; a luz não estava tão brilhante; mas ainda assim pode ser algo que precise de tratamento. Eu estava sendo séria quando estava falando antes, Harry. Nós estamos encarando uma operação enorme aqui, e se algo der errado, nós precisamos poder contar com vocês. Se o Draco está doente, ele não vai ser capaz de curar, e você não vai conseguir se concentrar.

- Eu vou falar com ele. – Harry disse. – Eu vou fazê-lo ouvir.

- Bom. Leve-o até Hogwarts pra ver Madame Pomfrey o mais rápido possível. Eu não acho que você possa curar a doença nele agora.

Harry assentiu – Não parece que eu possa.

- Eu vou agora. – Dina falou. – Eu espero que você consiga fazê-lo enxergar a razão.

Ela foi até a lareira, e com despedidas breves, foi embora.

Harry andou pela sala e recolheu algumas xícaras de chá deixadas pelos convidados. Ele as colocou na pia da cozinha, antes de respirar fundo e abrir as portas do quarto.

Draco estava deitado de bruços no seu lado da cama, o rosto enterrado num travesseiro. Ele não se moveu quando Harry entrou e parou próximo aos pés da cama.

- Draco...

- Vai embora, Harry. – o loiro lhe disse.

- Não, Draco, eu não vou embora. – Harry disse. Ele se forçou a estar e falar com completa calma; ele não estraria em outra briga com Draco. Tudo que eles vinham fazendo aqueles dias era brigar, pedir desculpas, e brigar mais um pouco.

Draco se virou e o encarou, sentando-se. – Por que não? Por que você simplesmente não pode ir embora?

- Porque eu me importo.

O loiro se freou e a qualquer resposta sarcática que estivesse para atirar. As quatro palavras que Harry sussurrara aparentemente não eram o que Draco esperava.

- Agora é você quem parece um lingüado. – Harry disse com um sorriso pequeno.

Draco fechou a boca. Harry se aproximou e sentou ao seu lado.

- Eu posso ser seu amigo, Draco. – ele disse suavemente. – Não seu namorado, não ainda, e quem sabe nunca, mas eu posso ser seu amigo.

- Eu pensava que nós já tinhamos concordado que somos amigos, há muito tempo. – Draco disse baixinho.

- Aquilo foi uma trégua, durando apenas enquanto nós estivermos aqui. Nós voltaríamos para casa e entrar nos nossos papéis de inimigos novamente. Aquilo não é amizade.

- E isso é? – Draco perguntou, olhando para suas mãos.

- Olha, Draco, é sério o que eu disse ontem. Eu não sei o que sinto por você. Mas eu sei que gosto de passar o tempo com você, e eu sei que me preocupo com você. Amizade é tudo o que eu tenho a oferecer agora.

O loiro ficou em silêncio por alguns segundos, andes de dizer- Então eu aceito essa amizade.

Harry sorriu. – Ótimo. Agora, você quer ouvir a amiga do seu amigo? Você está doente, Draco. Nós precisamos que você esteja bem.

O sonserino virou-se para olh-lo. – Eu sei que tem algo errado comigo. Eu... tem sido assim por meses.

- Meses? Como você... ah sim, o diário. – Harry soou um tanto arrependido ao citar o item que tinha causado a última briga deles. – Eu sinto muito por ter gritado com você por causa disso ontem à noite.

- Está perdoado. – Draco disse baixinhio.

- Você... ele escreve sobre isso? Ele sabe o que está errado com você?

Draco sacudiu a cabeça – Ele só escreve que anda muito cansado e fraco. Diz que perdeu o apetite.

- Você vai vir comigo até Hogwarts e deixar Madame Pomfrey te checar, então? – Harry perguntou.

- Por que não St. Mungus?

- Gina me disse pra te levar pra Hogwarts, então é pra lá que eu vou te levar. Eu acho que ela tem medo que você seja reconhecido por um dos espiões de Voldemort. Não seria muito bom se ele soubesse que você está doente.

- Por que você não pode simplesmente me curar? – Draco perguntou.

- Eu não sei. – o Garoto-Que-Sobreviveu respondeu. – Eu faria se pudesse, acredite em mim, mas você acabou de passar uma hora recebendo Calor da Cura e ainda assim mal conseguia ficar de pé logo depois, então claramente não está ajudando.

- Você acha que é o contrário?

Harry o encarou. – O quê?

- Ao contrário. Tipo, você me curar está na verdade me deixando doente. Talvez meu corpo esteja ficando alérgico a isso ou coisa assim.

Harry precessou a idéia por alguns intantes, então disse- Eu acho improvável. Você melhora durante e depois das Visões quando eu te abraço, e se a sua teoria estivesse correta, não ia acontecer.

Draco deu de ombros. – Então, devíamos ir?

Harry assentiu. – Vamos.

Vinte minutos depois, eles foram com Pó de Flú até Hogwarts. Albus Dumbledore estava em seu escritório, olhando direto para a a lareira quando eles saíram dela. Harry imaginou se ele sabia que eles iam sair bem naquele momento. Claramente parecia que sim. Ele não teve muito tempo para ponderar na questão, entretanto, já que o Diretor os levou diretamente à Ala Hospitalar.

L, Madame Pomfrey fez Draco se deitar num dos leitos no canto da Ala. Não havia nenhum estudante lá no momento; os habitantes de Hogwarts do momento pareciam ser mais eficientes em ficar fora de perigo do que aqueles no ano de Harry.

Draco parecia contente de estar deitado novamente. Ele fechou os olhos e tomou algumas respirações profundas. Quando abriu os olhos de novo, ele disse- Oh, não me olhe assim, Potter. Eu não estou morrendo.

- Agora, Sr. Potter, se o senhor pode se afastar da cama, por favor? – Madame Pomfrey lhe perguntou.

Harry assentiu e se afastou. Assim que ele o fez, a medi-bruxa começou a colocar feitiços em Draco, para decetar qualquer doença. Ela franziu o cenho quando todos se provaram negativos.

- Sr. Malfoy, o sernho pode descrver os sintomas que teve até agora? – ela perguntou finalmente – E por quanto tempo os vem sentindo?

- Começou há alguns meses. – Draco replicou. – Eu fiquei cansado de repente, muito mais que o usual. Eu costumava acordar antes que o Harry e agora eu nunca consigo. Então umas semanas depois, eu comecei a sentir náusea. Náusea realmente horrível, que me faz querer vomitar constantemente. Eu nunca vomitei; está apenas aqui, e eu me acostumei com isso, eu acho, mas ainda está aqui.

Harry entendeu enquanto Draco falava que havia provavelmente mais de um motivo para que o loiro não quisesse que ele lesse os escritos de seu eu mais velho.

- Eu acho que piorou depois do ataque dos Comensais da Morte há dois meses, quando Harry e eu ficamos ambos inconscientes por cinco dias. Eu não sei, mas eu estou mais cansado desde então. E eu reagi com violência à Visão depois desse ataque; daquela vez eu vomitei.

Harry analisou como Draco podia ser tão calmo para falar sobre o que quer que fosse que havia de errado com ele. Nem seus olhos, nem seus sentimentos que Harry podia sentir por causa do Laço do Coração, exprimia qualquer medo ou nervosismo. Ele parecia cansado, como ele parecia por dias seguidos agora, seus olhos constantemente cansados e com olheiras escuras embaixo. Mais uma vez, Harry achava que ele parecia pequeno e frágil numa grande cama de hospital.

- Ontem eu tive uma Visão. Me levou quase cinco horas pra acordar dela. – Draco continuou. – Harry estava acordado uma hora antes. Quando eu consegui acordar, minha cabeça estava nublada e pesada, e meu corpo estava mais cansado do que nunca.

- E você não pensou em contar a ninguém! – Madame Pomfrey perguntou, suas palavras desaprovando, mas seu tom mais preocupado do que outra coisa.

- Eu não sei... Eu não queria nem pensar sobre isso. Eu pensei que talvez fosse o resultado da Visão; foi uma bem ruim, afinal de contas; e eu apenas concluí que eu... Eu não sei, talvez estivesse pegando uma gripe ou coisa assim. Nada sério.

Harry queria gritar "Nada sério!", mas se impediu de fazê-lo. Ele sabia que não ia adiantar de nada. Ainda assim, Draco olhou para ele, olhos pedindo desculpas. O Garorto-Que-Spbreviveu lembrou que Draco podia sentir suas emoções, tanto quanto ele podia captar as do loiro.

- Eu vou ficar bem, Potter. – ele lhe disse baixinho.

Harry lhe ofereceu um pequeno sorriso.

Madame Pomfrey ficou parada ao lado da cama, seu cenho franzido enquanto tentava entender o que havia de errado com o jovem loiro na sua frente. Como os feitiços voltaram negativos, isso lhe dizia que Draco estava perfeitamente saudável – mas ainda assim seus olhos lhe diziam o contrário; o rapaz estava doente.

Por fim, ela foi até um dos muitos armários no cômodo e pegou uma seringa.

- Isso vai doer um pouquinho. – ela disse a Draco. Ele assentiu e ela atravessou a agulha por sua pele, tirando sangue. Ela encheu um pequeno tubo com o líquido, e a pequena ferida se fechou quando ela murmurou um feitiço.

- Eu vou voltar daqui a pouco. – ela disse. – Eu preciso testar isso.

Ela saiu rápido da Ala, rumando para seu pequeno escritório. Harry e Draco observaram enquanto as grandes portas se fecharam atrás dela.

- Então... – Draco começou, virando-se para Harry.

- Por que você não me disse antes? – o moreno perguntou.

- Pra que você tivesse feito o quê, Harry?

- Eu... Eu não sei. Mas eu podia ter ajudado. Nós podíamos ter procurado ajuda antes. – Ele se deixou cair numa cadeira ao lado da cama, seus ombros indo pra frente em leve derrota.

- Ajuda de quem? – Draco perguntou levemente. – Pomfrey não sabe o que há de errado comigo ainda. Joça, os feitiços voltaram negativos; talvez eu não esteja nem doente. Talvez eu só esteja cansado.

- Você não acredita no que está dizendo.

Draco suspirou. – Não, porque eu posso sentir isso. Tem algo dentro de mim, me fazendo ficar desse jeito. Me consumindo. Eu eu simplesmente sei que não tem jeito de parar isso.

- Não fale assim! – Harry disse, se levantando abruptamente.

- Eu estou só falando a verdade. – Draco disse, e quando Harry estava prestes a gritar com ele, ele levantou a mão. – Por favor, Harry. Eu não quero entrar em outra briga.

Harry se sentou de novo, escondendo o rosto nas mãos por um segundo, antes de levantar os olhos para o loiro. Era tao mais fácil ficar com raiva e gritar com Draco, ao invés de tentar entender o porquê de se importar se o outro vivia ou morria. Ainda assim, ao ouvir o pedido baixinho de Draco, ele não podia fazer nada além de fazer como o loiro queria.

- Eu sinto muito. – ele disse.

- Não sinta.

Eles ficaram em silêncio por alguns minutos. Sua leve depressão – bem, na maior parte a de Harry – foi interrompida quando Madame Pomfrey reentrou na Ala Hospitalar, seus olhos expressando preocupação e tristeza. Harry sabia que as notícias eram ruins.

- O que você achou? – Draco perguntou, de novo surpreendendo Harry com sua calma.

- Você... você foi envenenado, Sr. Malfoy. E pelo quê, eu não faço nem idéia.

- Leve o teste para o Sev', então- Harry sugeriu – Ele deve saber, ou ao menos ser capaz de descobrir.

- Eu não posso. – a medi-bruxa disse.

- Por que não?

- O Mestre de Poções Severus Snape acaba de ser seqüestrado.

Okumaya devam et

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