Hannah
Domigo. O começo dele foi entediante e chato com meu irmão fazendo várias perguntas entre elas "você está bem?" a cada 15 minutos, sendo que sempre minha resposta era "sim".
Amanda também me pediu desculpas porque segundo ela isso tudo aconteceu por culpa dela.
Mas claro que não foi culpa dela, eu nunca a culparia por nada.
Já era por volta das 14:00 da tarde, eu estava conversando com meus pais e estava tentando evitar sobre o assunto da festa ontem.
Depois de conversar com meus pais acabei dormindo, hoje eu tinha acordado cedo e depois que eu almocei o sono atacou.
Acordei lá pras 15:00 com Felipe entrando no quarto e me assustando com o barulho da porta.
- Foi mal, só vim pegar cigarro aqui. - Caminhou até sua cômoda e abriu a gaveta tirando de lá um maço de cigarro.
- Tudo bem. - Me sentei na cama me espreguiçando.
Amanda entrou correndo no quarto e se jogando na minha cama.
- Tem planos para agora? - Praticamente gritou.
- Não por que?
- Me ensina a dirigir? - Perguntou animada.
Vejo Felipe saindo do quarto e fechando a porta do mesmo.
- Mas eu não sou professora. - Me deitei na cama novamente.
- Não importa! - Se levantou e me puxou, me fazendo levantar - Olha o que eu tenho aqui. - Levantou as mãos e estava com chaves.
- Deixa eu adivinhar... Meu irmão?
- Sim. - Pulou animada.
- Ele sabe?
- É claro... Que não, né. - Gargalhou - Ele nunca deixaria eu usar o carro dele para aprender a dirigir.
- Amanda, Amanda... - Cruzei os braços.
- Ah vamos logo. - Me empurrou - E já desliga seu celular...
*****
Eu já estava morrendo de um infarto, a Amanda simplesmente não me ouvia e fazia do seu jeito, ela quase bateu o carro mais de cinco vezes.
- E aí, o que achou? - Perguntou estacionando o carro todo torto.
- Sinceridade?
- Sim.
- Você foi péssima! Você quase matou nós duas.
- Eu vou melhorar com o tempo.
- Sei... - Liguei meu celular e tinha mais de 30 ligações perdidas, Bryan claro - Amanda você é uma pessoa morta! - Comecei a rir.
- Ah não quero voltar para casa agora não... - Colocou a cabeça no volante.
- Você não mas eu sim! Esqueceu que eu tenho o jantar na casa do Felipe hoje?
- Aé, vamos eu vou com você. Vou deixar você uma gata. - Fechou as janelas do carro e logo saímos o fechando.
Pegamos o elevador e em um minuto estavamos no nosso andar, assim que coloco a mão na maçaneta olho para Amanda e vejo a preocupação em seu olhar.
- Fica calma, ele não vai fazer nada. - Toco em seu ombro.
— Eu sei. - Suspirou e me incentivou a abrir a porta.
Giro a maçaneta lentamente abrindo a porta aos poucos, quando ela se abre por completo vejo Bryan no sofá com uma cara péssima.
Assim que ele nos vê, se levanta rapidamente e vêm até nós.
—VOCÊS ESTÃO MALUCAS? QUEM MANDOU PEGAREM MEU CARRO! - Berrou em nosso ouvido.
— Ai Bryan não é pra tanto, eu só fui ensinar a Amanda dirigir! - Entrei na frente dela.
— VOCÊ O QUE?
Depois de quase meia hora discutindo com Bryan, consegui fugir com Amanda para o meu quarto.
— Eu acho que peguei pesado dessa vez. - Se sentou na cama preocupada.
— Mas na outra vez você também pegou o carro dele - Me sentei ao seu lado.
— Mas eu não peguei para dirigir. - Abaixou a cabeça e colocou as mãos no rosto — Eu acho que depois disso acabou tudo entre nós, você viu como ele me olhou? - Levantou a cabeça e vi seus olhos se encherem de lágrimas.
— Ele não vai acabar a relação de vocês por causa de um carro. - A puxei para um abraço — Ele gosta muito de você, eu conheço meu irmão e ele não faria isso...
— Eu também gosto dele.
Conversamos mais um pouco e Amanda começou a me contar do seu lance com meu irmão. Os dois se conhecem a 4 anos mas só começaram a ficar esse ano, eles nunca se assumiram, Amanda me disse também que os seus pais adoram Bryan e vivem o cobrando quando ele irá pedir Amanda em namoro.
— Meu irmão é lerdo, mas uma hora ou outra ele vai pedir. - Sorri me levantando.
Olhei as horas no relógio que estava pendurado na parede e marcavam quase seis horas, eu só tinha apenas uma hora para me arrumar.
— Melhor eu começar a me arrumar se não vou me atrasar. - Me levantei.
— Vai tomar banho enquanto eu arrumo as coisas aqui. - Sorriu.
— Obrigada. - Peguei a toalha e entrei para dentro do banheiro.
-
Amanda tinha escovados meus cabelos e o pranchado, depois fez uma maquiagem não tão pesada mas optou em passar batom vermelho em mim.
Eu já estava vestida, só faltava meu sapato.
— Que tal esse? - Pegou minha bota de cano baixo e ergueu para que eu pudesse vê-la.
— Será que vai combinar? - Perguntei.
— Claro que vai! Experimenta. - Fiz o que ela falou, me sentei na cama e coloquei a bota.
Me levantei e me olhei no espelho, eu precisava admitir, eu estava linda.
— Você está maravilhosa. - Sorriu.
— Graças a você, não conseguiria me produzir assim nunca!
— Ainda bem que você tem a mim. - Me abraçou.
Vestido:
Sapato:
Peguei uma bolsa pequena e passei por fim meu perfume.
****
Iria dar 19:30 da noite, eu e Felipe estavamos presos no trânsito, fiquei mais indignada porque nunca vi ter engarrafamento em pleno domingo a noite.
— Isso é por culpa sua. - Olhei para o lado e vi Felipe me encarando sério.
— Minha por quê? - Perguntei confusa.
— Se você não tivesse demorado um ano para se arrumar, teríamos saído de casa bem mais cedo e evitado isso!
— Ah me poupe que você que passou um século naquele chuveiro. - Revirei os olhos.
— Para de ser exagerada Hannah, não fiquei nem 10 minutos!
— Ah Felipe, cala boca vai. - Aumentei o som do rádio e encostei minha cabeça na janela do carro.
Felipe ligou para seu pai avisando-o que estávamos presos no trânsito.
O mesmo entendeu e falou que estava tudo bem.
Depois de quase uma hora conseguimos chegar na casa dele, deveria ser umas oito e pouco agora.
Saímos do carro e eu fiquei admirada com a beleza daquela casa, mesmo por fora ela era magnífica imagina por dentro?
Felipe tocou o interfone e logo o portão foi liberado para nós entrarmos.
O jardim da casa era super bem cuidado, tinha algumas luzes pela grama a dando iluminação pela noite.
Felipe abriu a porta e estávamos no hall da casa, logo seu Ramalho aparece com Beca no colo.
— Demoraram mas chegaram. - Abriu um sorriso enorme e veio nos comprimentar — Hannah. - Colocou Beca no chão e me abraçou e logo depois fez o mesmo com Felipe no "abraço de homem".
Abri os braços e Beca pula em meus braços me abraçando com força.
— Senti sua falta Hannah!
— Eu também. - Beijei sua bochecha.
— Não sentiu minha falta? - Perguntou Felipe e a mesma se solta de mim e vai abraçar o irmão.