O Filho do Barão [COMPLETO]

By CupcakeeyV

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❕ LIVRO COMPLETO O FILHO DO BARÃO • DULOGIA SUBMUNDO Da Autora da Trilogia Bratva Copy... More

Sinopse
Prólogo
1
2
Reconfortante-3
Ultimato-4
Estrangeira-5-I
Estrangeira-5-II
Sentimental?-6
Fúria-7
GRUPO NO WHATSAPP
Kalahari-8
Herdeiros-9
O Amor-10
Tradições-11
Fúria 2 & TOC -12
Junto à Ele-13
Traição-14
Conflitos-15
Ameaça-16
Tatuagens e Cicatrizes-17
Entregue-18
Mudanças?-19
Kalahari Bonatero-20
Possessivo-21
A Baronesa-22
O Início-23
Perda-24
Dor da Perda-25
Verdades Ocultas-26
Minhas dores-27
Traidores-28
Tatuagens-29
Cupcake & Manteiga-30
Medo & Culpa-31
Baronesa-32
Território Inimigo-34
Desabafo-35
Amizade e Lealdade-36
Kazama-37
Mamma mia-38
Bonnateros-39
Finale-40
Bónus: Com amor, Light Bonnatero
Agradecimentos
Novidades: Livros Novos
Faça parte do meu mundo

Bicolores-33

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By CupcakeeyV

Recta final!?
Emocionem-se comigo e apsixonem-se.

Boa Leitura.

KALAHARI


Três meses e meio se haviam passado e eu estava no fim da gestação. A barriga enorme e os pés inchados não facilitavam a minha coordenação motora, eles mexiam tanto que doía ainda mais por saber que Light, não estava comigo para senti-los chutar com vontade e não me deixando dormir. Será que ele perderia seus primeiros passos também? E suas primeiras palavrinhas? Eu não fazia ideia de como iria chamá-los, uma vez que o meu maior desejo era que o pai  escolhesse os nomes para cada um.

Apesar da falta que Light fazia, coisas boas acabaram acontecendo, como por exemplo mamma saindo do coma e um mês depois tendo sua alta. Gianna e Kammily finalmente decidiram assumir o namoro e noivaram um mês e meio depois do grande anúncio. Vicenzo estava oficialmente namorando Tafadzua e céus, eles formavam o casal mais lindo que eu já vira, perdendo apenas para meus sogros que apesar de algumas brigas e de tudo que Pietro Bonnatero havia escondido, mostraram que o amor que sentiam um pelo outro superava qualquer obstáculo e os mantinha firmes, com os pés no chão. Sem segredos e sem possíveis ataques surpresa. No entanto, o que fora uma verdadeira surpresa foi o facto de mamma garantir que durante seu período de bela adormecida, Light a visitou várias vezes, o que tornou-se um completo choque para todos nós. Não havia como ele entrar sem que as câmeras o flagrasseem ou os soldados não o vissem, porém Light era Light. Enzo tornara-se o meu fiel escudeiro. Sempre preocupado, feliz com a chegada dos sobrinhos e sempre de olho em tudo que dizia respeito a minha segurança e a segurança da família.

Mas como não existe uma história em que resume-se apenas em fogos de artifícios e sorrisos. Light estava a determinado a deixar-nos sem um método de defesa. Todas as cargas sendo impiedosamente afundadas, embora não houvessem baixas. O que deixara-nos preocupados e curiosos. Nunca mais ouvimos falar dos Kazama. E quanto à Filipo. Esse era o presente que eu havia guardado para quando Light regressasse casa, para mim, uma vez que eu sabia que ele voltaria. Ele disse que voltaria para mim e para nossos filhos. Mariah estava prestes a completar 1 ano e já começava a dar seus primeiros passinhos, estávamos todos encatados e com vontade e mordê-la de tão fofa que se tornara. Quando ela chamou-me de mamma pela primeira vez, desmanchei-me em lágrimas e claro que coloquei a culpa nos malditos hormônios.

Estavamos a gozar da famosa calmaria antes da tempestade ou talvez depois dela.

Fazia uma hora que eu assitia meus cunhados,  Zander e Kammily discuntindo uns com os outros, sobre quais eram as melhores vias para entrada dos armamentos que meu sogro havia comprado. Eles chegariam da Bolívia e entrariam por via aérea dessa vez. Se Light soubesse, seria mais alguns milhões afundando por água abaixo, literalmente.

Eu só queria que eles calassem suas bendidas bocas.

—Eles estão fortes demais. —ressaltou Kammily. Suas vestes pretas combinavam perfeitamente com a cor dos seus olhos, que transbordavam fúria. —Ele só pode estar fazendo isso para testar a nossa paciência.

Não. Light não faria joguinhos. Não era algo dele brincar antes de dar o bote final —não haveria bote final.

—Nós  também somos. —retrucou Zander.

—Não... Sem ele não somos...

Por alguma razão Kammily estava ardentemente frustrada.

—Eles interceptaram todas ás nossas últimas cargas, a maioria delas está no fundo do mar agora. Light está acabando com a Cosa Nera, atingido aquele que é o nosso ponto fraco. Não tem como lutarmos contra isso. Lutarmos sem armas é o mesmo que pedir para morrer num golpe só.

Eu podia sentir a preocupação que emanava de Vicenzo.

—Temos sim... Por mais que ele saiba de todas as nossas estratégias, nós vamos mostrar-lhe o quão evoluímos. —Zander estava optimista demais. Ele sabia que Light não nos  atacaria?

Eu era a mulher gravida, sentada numa poltrona malditamente confortavel na cozinha —ordens da minha sogra protectora. Dando ordens para um par de homens, que não pareciam confiantes o suficiente, pois o inimigo era aquele que eles temiam mesmo quando aliado.

Respirei fundo acariciando minha barriga. Os vestidos largos deixavam-me tão confortável, que eu podia dormir em qualquer lugar vestindo eles. Bebi um gole do meu chocolate quente que também havia sido preparado pela minha sogra e bocejei colocando a mão na boca. Eu estava com sono e tive uma noite horrível. Por algum motivo eu sentia-me desconfortável demais. O barrulho deles irritava-me e se eu pudesse levantar sem perder o equilíbrio, chutaria a bunda de cada um deles apenas para que não altercassem sobre assuntos como aquele em pleno pequeno almoço.

—Não teriamos chance se o enfrentassemos outra vez.

Enzo fitou Zander.

—Sejamos espertos... Ele não espera por retaliação, no entanto será exactamente isso que terá.—exprimiu Enzo, convicto das suas palavras.

—E desde quando você da ás ordens aqui? —indagou sua copia, num tom de gozação. Por mais que o assunto fosse sério, o clima era afável e  plácido ao ponto de gozarem uns com os outros.

No entanto eu sentia-md extremamente irritada.

—Kammily tem uns super golpes ninjas e eu tenho certeza que afugentaria Light. —Provocou Zander.

—Eu vou enfiar o meu golpe ninja na sua bunda espertinho. —ameaçou a morena, que exibia um sorriso genuíno de lado.

—Enzo mijou nas calças. —brincou Vicenzo, recebendo uma palmada na cabeça.

Sorri. Talvez não fosse tão irritante assim. Era bom quando todos eles pareciam distraídos e quando a calmaria não soava como prelúdio para o Ragnarök. Talvez eu estivesse assistindo demais aos filmes da Marvel, uma vez que eu mal podia mexer-me sem que minha sogra dissesse que eu estava sendo descuidada. Minha sogra importava-se mais ainda que minha mãe, uma vez que esta não fazia questão de estar presente nas últimas semanas da minha gestação. Talvez seja porque ela não era realmente minha mãe. Pois é, depois que Usain tentou beijar-me, sendo brutalmente impedido por Enzo e tendo um nariz quebrado e varias costelas para fazerem conjunto com o nariz, minha mãe simplesmente disse-me que eu era o fruto da infidelidade do meu pai. Doeu ouvi-la chamar-me de bastarda. No final ela acabou tendo uma grande marca roxa no olho esquerdo,  devido ao soco certeiro de Beatrice Bonnatero. Ela estava restritamente impedida de colocar os pés na Villa.

Eu sempre soube que Usain nutria sentimentos nada inocentes por mim, e eu também sabia que Light sabia disso. Light sabia que ele tentara embebedar-me quando eu tinha 16 anos, na tentativa de ter a noite dos seus sonhos —o que não acontecerá, pois no dia seguinte eu acordei na minha cama com dois comprimidos e um copo cheio de sumo de laranja. Agora eu sei que foi Light, que me tirara dos braços dele. Como castigo, Usain estava expulso e nunca mais poderia colocar seus pés na Itália. Ele era o meu meio irmão, no entanto seu caracter era tão sujo ao ponto de causar-me asco.

O dia passara rápido. O cansaço tornara-se no meu melhor amigo, e achar uma posição para dormir era como travar uma guerra contra a minha enorme barriga. Era doloroso ter que dormir naquela enorme cama sem ele, sem sentir seu cheiro e sem seus braços em torno da minha cintura. Eu sentia tanta falta dele, embora soubesse que não era a única.

Foi no meio da madrugada que senti-me completamente molhada. Perfeito, não entrar em pânico foi a primeira coisa que tentei dizer para mim mesma. Estava na hora. Senti um aperto no peito e queria chorar. Light não os veria nascendo. Isso era tão injusto, que eu pensei na possibilidade de ter uma conversa com os meus bebês e adiar o parto, embora fosse impossível. Respirei fundo uma dúzia de vezes, antes de aproximar-me mais ao criado mudo para pegar a babá e electrônica que hilariamente não pertencia a minha filha e sim a mamma dela. Eu tinha uma sogra coruja, a melhor mãe que qualquer ser humano poderia desejar. Ela era tão atenciosa que fazia com que todos ao seu redor transbordassem amor e bondade.

—Mamma. —chamei. Definitivamente não estava calma. Começava a sentir as contrações. Eu seria mais uma vez mãe.

A resposta veio quando Beatrice Bonnatero adentrou no quarto, carregando as malinhas com as roupinhas dos bebês e sorria largamente. Essa mulher não podia ser real.

—Estava esperando por isso —murmurou, ajudando-me a trocar de roupa. —Você estava mais agitada hoje e percebi que eles chutaram mais que o normal. Não entre em pânico.

Respirei fundo, eu sentia-me exausta e aquilo não era bom. Pelo menos era o que eu achava.

—Eu estou tão cansada mamma. —reclamei, calçando meus chinelos.

—Fique tranquila bambina, eu já cuidei de tudo. —sua voz transboradava amor. — Não vai acontecer o mesmo que aconteceu no parto do pai deles.

Sim... Eram eles... Eu estava esperando dois pequenos rapazes. E eu queria do fundo do meu coração que eles se parecessem com o pai. Que levassem os olhos de Light e sua beleza desconcertante. No entanto que não levassem muito do seu temperamento.

Não demorou muito para que Enzo, entrasse como um furacão no quarto, suas feições eram de pura preocupação e pânico. Não parava de perguntar-me se eu estava bem, se os bebês já estavam nascendo, se eu precisava de chocolate quente ou se queria que ele chamasse a ambulância. Era cômico e lindo de se ver, e eu sabia que com seu irmão longe ele sentia-se responsável por mim.

Eles eram tão bons para mim que chegava a doer de tanta alegria.

—Mariah? —murmurei preocupada.

—Gianna e Kammily estão cuidando dela. —esclareceu mamma. —Carregue-a com cuidado, a clínica não fica muito longe você sabe bambina, daqui a poucas horas estarás com os bambinos nos teus braços.

Assenti. Eu estava com dor e eu detestava qualquer dor que fosse.

Enzo carregou-me como se eu fosse alguma peça de cristal rara. Na cabeça dele eu realmente era. Depois de alguns lances de escada ultrapassados, o meu querido fratello colocou-me no banco traseiro do Audi, distribuído ordens como se o mundo fosse desabar em nossas cabeças. Mamma e papà estavam no carro a nossa trás e a escolta já estava posicionada. Não levou mais de 15 minutos para que chegassemos à clínica, e menos de 7 para que a minha obstreta estivesse pronta para mim, o que fez-me sorrir pelo exagero. Sua carrona fora nada mais que um helicóptero.

Se eu estava feliz? Com certeza estava, eu teria dois bebês. Dois pequenos anjos.

Para a alegria de todos e principalmente da minha sogra, eu não precisaria de uma sesariana de emergência em momento algum, estava pronta para ter meus meninos apesar do meu corpo cansado. Eu os traria ao mundo da forma mais antiga e tradicional, eu seria capaz e era o que ele iria querer. E graças a Deus, deu certo.

Ás cinco horas da manhã nasceu o meu primeiro menino achocolatado e quarenta e cinco minutos depois, nasceu o meu outro menino achocolatado. Eu era mãe, eu finalmente tinha tornado-me naquilo que sempre quis. Sorri tão largamente que por alguns segundos minha boca poderia rasgar-se e as lágrimas que corriam pela minha face, eram o sinonimo de toda a felicidade e emoção que eu sentia naquele momento. O chorinho dos dois fora o som mais lindo que eu ouvira em toda a minha vida. Light deveria estar aqui para vê-los e tocá-los. Mamma ajudou-me a pegar cada um deles em cada lado, sujos e chorões.

—Parabens mamãe, são lindos. —elogiou minha sogra, com os olhos marejados. Fazia algum tempo que não a via tão feliz e brilhante.

—Oh mamma...

Sorri, as lágrimas caindo no rostinho pequeno e bonito da coisinha um. Os dois preguiçosos estavam com os olhos fechados e suas cordas vocais eram muito potentes. Que Deus os abençoasse. Naquele momento, que senti-me tão conectada aos meus filhos que acabei percebendo que o amor de mãe, era o maior que existia, era puro e assemelhava-se a uma fonte infinita de amor, cuidado e ternura.

• •

As coisinhas um e dois dormiam em seus bercinhos. Segundo Enzo, todo o conforto nunca seria suficiente para seus pequenos sobrinhos. Era lindo ver o quão eles eram amados,  o quão todos babavam neles. Quem estava rabugenta era Mariah, que dormia ao meu lado e não aceitava a ninguém, apenas a mamma dela. E aquela era a minha família, meus filhos, cunhados, e sogros. Quando a minha sogra perguntara o motivo pelo qual eu os chamava de coisinhas, foi duro para mim admitir que eu não os conseguiria nomear, não sem que o pai estivesse com a gente, não antes dele olhá-los e emorcionar-se, assim como todos nós o fizemos. Queria que Light os nomeasse, era o que ele desejaria e eu compartilhava do mesmo desejo.

As minhas duas coisinhas tinham a cor de pele um pouco mais escura em relação a todos os Bonnatero, eles eram pequenos anjos bronzeados, não exactamente negros, no entanto o que fora realmente surpredente era a cor dos olhinhos de cada um deles. Vicenzo apenas conseguiu dizer que eu e Light havíamos feito um trabalho de mestre, minha sogra chorou por horas e o meu sogro sorria estufando o peito de tanto orgulho. Enzo não parava de olhá-los, ele estava encantado e meu pai emocionou-se ao ponto de precisar de tomar calmantes.

Meus meninos possuíam olhos bicolores. O olho direito completamente castanho, tão clarinhos que chegavam a ser mais brilhantes que os meus,  enquanto que o esquerdo era num tom extremamente azulado. Definitivamente era um lembrete de quem eram seus pais.

—Isso merece uma comemoração.—Gianna bateu palmas, entrando no grande quarto branco com sacolas e mais sacolas. —A tia Gia trouxe presente para as pequenas coisinhas Bonnatero. E como eu sei que a nossa pequena Mariah é uma Bonnatero ciumenta, trouxe alguns presentes para ela também.

Revirei os olhos, sorrindo largamente.

—Gia...

—Espera para ver ate o que a Stephanie comprou.

—O quartinho está tão lindo. —comentou Tafadzua. —Definitivamente eu e o Enzo somos os melhores padrinhos.

—O quê?

Gianna parecia chocada.

—Duplo o quê? —acompanhou Vicenzo. —Eu sou o padrinho aqui.

—Saiam da frente vocês dois. —exclamou Enzo. —Eu e a minha pepita de chocolate chegamos primeiro. Isso quer dizer que seremos os padrinhos.

—Kammily faça alguma coisa. —retrucou Gianna indignada.

—Eu farei algo... Espera. Kalahari escolha.

Olhei para mamma num pedido de ajuda silêncioso. Eles eram seis, Vincenzo e Tafadzua, Enzo e Zander,  não que eles fossem um casal, mas tratava-se de guerra e tudo valia à pena. Padrinho e padrinho ou madrinha e madrinha,  e o último casal: Gianna e Kammily.

—Não a perturbam suas curujas barulhentas. —Repeendeu mamma. —Desse jeito irão acordar os anjinhos.

—Nos chegamos primeiro. —Murmurou Gianna, sua boca formava um biquinho fofo e seus olhos eram extremamente pidões.

—Eu sinto muito —a voz estranha soara no quarto assim que a porta foi aberta, fazendo com que todos naquele cômodo puxassem suas armas. —, mas a madrinha aqui serei eu. —Disse a mulher morena.

—Quem é você? —Rugiu Vicenzo.

Quem era ela?

Opa... Opa... —a mulher que estava vestida por um conjunto de roupas que valeriam mais que o rim de muitos, sorriu. Ela era linda. Com o seu sorriso surgiam covinhas em suas bochechas e seus lindos olhos verdes, estavam brilhantes demais para alguém que encontrava-se na mira de muita gente.

A mulher, nem se quer preocupou-se em levantar suas mãos, como um gesto de rendição. Pegou o grande buquê de Rosas vermelhas numa mistura de Orquídeas brancas que carregava e estendeu na minha direção.

—Parabéns mamãe. —Felicitou em pura felicidade. —Finalmente sou tia.

—Quem raios é você? —grunhiu Gianna.

Fitei Zander que parecia apreensivo, no entanto seu olhar era mais surpreso que assustado e sua arma nem se quer havia deixado o coldre.

—Oh! —Murmurou. —Que indelicadeza a minha. —Eu sou a titia do Gabriel e do Miguel.

Franzi o cenho. Aquela mulher mesmo sendo muito bonita, era definitivamente louca.

—Alguém pode por favor tirar essa louca de perto dos meus sobrinhos? —pediu Gianna.

—Como ela entrou aqui para início de conversa? —a voz de Kammily fez-se audível.

A mulher bufou num gesto de puro desinteresse. Deu de ombros e voltou a fitar-me ainda com o buquê em mãos. Ela devia ter em média uns 1.70 metros de altura, não mais que isso. Em seus lábios não haviam resquícios de batom e em seu rosto não havia nenhuma maquiagem, seu nariz era um pouquinho torto, como se alguém o tivesse entortando naturalmente, haviam sardas na altura dos seus olhos e nariz para completar. Ela era realmente linda. Seu conjunto de moletom eram tão bonito e bem feito que chegavam a ser invejável, aquilo definitivamente havia sido feito por encomenda e seus cabelos longos estavam amarados num rabo de cavalo bem apertado.

—Digamos que eu sou muito boa em convencer as pessoas. —disse, exibido um sorriso genuíno. —Ah! Chamem-me de Atena. Atena Wayne e estou aqui a pedido de Light.

Silêncio, seguido por mais silêncio e feições perplexas. Eis a razão de Zander estar tão surpreso e ao mesmo tempo calmo?

A primeira coisa que me passou pela mente, foi o que aquela mulher significava para o meu marido, a segunda a razão pela qual ela servia de mensageira e em terceira e não menos importante, quem raios ela era, como podia existir alguém tão linda e tão pouco louca?

—Oh... Esse silêncio é meio desconfortável. —a mulher, que agora eu sabia que chamava-se Atena sibilou. No entanto sua postura mudara assim que terminou a frase. —Eu trouxe a sua guarda real Kalahari Bonnatero, foi um pedido de Light, não achamos que seria viável usarmos um trunfo tão importante, no entanto eles não pertencem a mim e sim a você. Desculpem pela entrada maluca, as vezes esqueço que vocês são todos maníacos por segurança...

—O que raios você sabe sobre nós? —Indagou Vicenzo. De todos ele aparentava estar realmente nervoso.

—Eu sou aquela que vai chutar a sua bunda se você não parar de agir como se fosse o fodão nervoso. E já que insistes Vicenzo Bonnatero, eu sou aquela que é mais irmã de Light, que vocês e antes que você Gianna, abra a boca, eu sinto muito dizer, mas Light sempre esteve melhor sem todos vocês.

—Do que você está falando? —Indagou mamma. Sua calma era um aviso de tempestade.

Atena deu de ombros.

—Eu trouxe os quatro homens que Light treinara durante quase dez anos, para sejam o escudo dos seus filhos e de Kalahari, Zander é um deles. Sei que não entende, porém eu não tenho muito tempo, tenho um maldito vestido para desenhar. —Seu tom era completamente diferente do que ela usara quando chegou aqui. Agora era fria e seus olhos também. —Zander obedece a você e ao Light Kalahari, no entanto os outros quatro obedecem apenas a mulheres, mas não obedecem tanto a mim quanto irão obedecer-te. Light os fez assim e não me pergunte como, eu apenas posso dizer que é um estudo pertencente ao Beserker Bonnatero, e que fora aperfeiçoado por Light e outros homens. O clã como chamamos o grupo de assassinos, é composto por dez homens e cinco dos dez, pertencem à você. Eles irão morrer por você e não deixarão que nada aconteça a você ou aos pequenos.

Então era isso. Eu sabia que Light fazia parte de uma irmandade, eu sabia que ele era amigo de Hunter Mikhailkov — o Pakhan da máfia Russa, eu sabia que eles comandavam todos os assuntos internos do submundo, como se fosse uma deep web dentro da deep web. Eu sempre soube que ele e mais dez pessoas eram os reis do submundo e olhando para essa mulher, analisando agora a sua postura, sua mudança de humor e seu tom sem medo, eu percebi que ela era uma das rainhas.

—Ah... Essas flores são um presente meu e céus, eu acho que exagerei nos presentes para os meninos, mas eu acho que dois jatinhos serão necessários para quando eles precisarem dar umas voltinhas por ai. —Ela mudava de humor drasticamente. —Light a ama Kalahari —Ela aproximou-se, fitado-me intensamente. —Ele sofreu demais e juntos nós achamos um motivo para lutar, mas não duvide nunca do amor que ele sente por você.

—Eu...

—Você é linda e gostosa. —murmurou. —Eu nunca havia visto o meu irmão feliz ao ponto de deixar sua sede por corpos dilacerados de lado, mas desde que você entrou na vida dele, Light simplesmente tornou-se uma pessoa feliz e menos rabugenta. Você é a luz da vida dele e é por esse motivo que ele pediu que eu dissesse a sua piccola, que seu desejo é que o fruto do amor de vocês fossem nomeados com nome de anjinhos. Miguel e Gabriel. Em dois meses você estará junto dele. 

—Obrigada. 

—Eu agradeço. Você o faz bem e por isso eu agradeço. —ela era tão sincera e intensa, que até seus olhos falavam. —Eles são tão lindos, e fico feliz que seja você.

E do mesmo jeito que entrou — ela saiu, deixando vários pares de olhos curiosos e emocionados. Era tão bom saber que mesmo longe, ele preocupava-se e agora nossas coisinhas teriam nomes.

—Miguel Bonnatero —pronunciei-me, olhando para o meu bebê que dormia no berço do meu lado esquerdo —, e Gabriel. —Olhei para o irmãozinho de Miguel, que estava adormecido no bercinho do meu lado direito. Sejam bem vindos ao mundo e a família. Vocês tem oficialmente sete padrinhos.


Atena Wayne a minha personagem favorita.

Estamos na recta final bolinhos...

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