Caroline chega de volta ao Instituto e ouve uma movimentação estranha em casa.
— Que bagunça é essa aqui?
— Bem vinda de volta, Caroline!
— Kai? O que está fazendo aqui? — seu olhar vai imediatamente para o corpo jogado no chão e para uma garota que chorava ao lado dele.
— Ai meu Deus, o que você fez com o Luke?
— Precisei, você sabe como são essas coisas...
— Responde, o que faz aqui?
— Ora, apenas uma visita a minha velha conhecida...
— Crianças, subam! Agora!
Hope, vendo a situação de Pietra que só chorava foi até ela e a ajudou a subir até seu quarto, Pietra pediu para ficar sozinha um momento enquanto se recuperava do acontecido.
PIETRA PELENTIR
A cena daquele homem entrando e matando o meu Luke não sai da minha cabeça, deito em minha cama chorando desesperadamente e escuto quando algo cai no chão, um barulho que lembra um pequeno metal batendo contra o piso, por instinto levanto e vejo que é um pequeno colar e junto dele há um bilhete. O colar é uma pedra vermelha com pequenos cristais ao redor, parece algo mágico, ainda tremendo pego o bilhete e leio:
Pietra, confesso que estava bastante ansioso para esta noite, mas tomei coragem, quer dizer, mais ou menos e vim por meio deste bilhete te fazer um pedido: quer namorar comigo? Se a resposta for sim, me encontre no jardim às 00:30, caso não aceite, não precisa comparecer, apenas peço que use o colar, ele vai te proteger de todos os males que nossa vida pode causar. Com amor, Luke.
Ao ler aquele bilhete, desabo novamente, sinto uma raiva crescendo aqui dentro de mim, eu preciso me vingar daquele homem, preciso encontra-lo... Decido descer até a cozinha para beber um copo de água e não consigo evitar de ir até o salão, encontro um broche estranho no chão perto do local que o Luke estava.
— Isso só pode ser do Kai...
Pego o broche e guardo, tenho planos para ele hoje à noite. Subo de volta para o quarto e me preparo para um feitiço de localização.
— Você vai sofrer em dobro tudo que estou sofrendo...
Enquanto Caroline e as meninas tentavam acalmar os jovens do Instituto, Josh e Hope levam o corpo de Luke para um quarto.
Pietra, após preparar-se para o feitiço começa a recitar:
— Fes Matos Tribum, Nas Ex Viras, Sequitas Saguine, Ementas Asten Mihan Ega Petous!
A localização do Kai é revelada facilmente. Sem hesitar Pietra pega seu casaco e sai de seu quarto em disparada. Hope a vê, porém não quis incomoda-la nesse momento de luto. Já fora do Instituto, Pietra pega um táxi e vai direto para suposta localização do Kai. Ao chegar, ela encara o galpão respira fundo e segura forte o colar que Luke a havia presenteado.
— Esse desgraçado vai pagar caro.
Ela abre as portas com um feitiço.
— KAI, CADÊ VOCÊ? NÃO PRECISA SE ESCONDER COM SEU FEITIÇO DE
INVISIBILIDADE!
— Doce Pietra — diz uma voz saindo de uma sombra, era o Kai.
— Muito corajoso de sua parte vir atrás de um cara que matou seu namorado. Ah, presumo que seja. Correto? — zomba ele
Pietra o joga contra a parede e caminha em sua direção.
— Uau não sabia que os bruxinhos do Instituto eram fortes. Uma pena que não sejam tão fortes quanto eu — sorri e desfaz o feitiço dela e a imobiliza, arrastando-a para um quartinho que ficava no fundo da casa.
— Bem-vinda ao meu acervo de seres sobrenaturais, é daqui que eu dreno magia.
O lugar era escuro e estava cheio de vampiros presos em uma espécie de jaula, Pietra ficou assustada começou a se debater tentando se soltar das mãos de Kai, mas foi inútil... Antes de tranca-lá Kai pegou seu celular ao perceber que ele estava tocando
— Pietra, aonde você está? estam...
— Oi Caroline — ri Kai
— KAI? O que você fez com a Pietra? Eu juro que se você tocar um fio cabelo dela você vai perder sua cabeça outra vez.
— Não se preocupe não fiz nada a ela, até agora. Quero que Bonnie Bennett venha me ver sozinha amanhã bem cedo num depósito abandonado na entrada da cidade. Caso o contrário. Você perderá outro aluno. Que péssima diretora você seria, não é? — desliga.
Bonnie, que estava em um dos quartos lá em cima conversando com os alunos e explicando o ocorrido de mais cedo, foi interrompida por uma batida na porta.
— O que houve? Entre.
Caroline desesperada começa a falar tudo sobre o que aconteceu.
— Por que ele quer me ver?
— Não sei, você vai lá? Podemos dar outro jeito...
Ela recebe uma mensagem, era uma foto da Pietra com uma queimadura com o nome Kai na bochecha.
— Meu Deus... — Caroline mostra a Bonnie.
— Eu vou, Caroline. Sozinha.
— É perigoso — diz Caroline preocupada.
— Eu sei, mas precisamos dar um fim nisto.
Bonnie vai até o endereço dito por Kai. Ao chegar ela abre o portão e entra, sem hesitar. Pietra estava sentada em uma cadeira no fundo da sala com as mãos amarradas.
— Bonnie, quanto tempo! Você não mudou muito desde a última vez que te vi.
— Pare de gracinhas e me diz o que você quer em troca da garota. Ela está bem?
— Calma, não está feliz em me ver?
— Nem um pouco.
— Ah, mas eu estava com tanta saudade do seu rostinho bonito... — leva a mão até o rosto da Bonnie fazendo carinho.
— Não me enrola, diz logo.
— Quero respostas — diz Kai.
— Respostas sobre...?
— Desde que voltei da prisão e uso muito meus poderes meu nariz sangra. E acho que você tem haver com isso.
Bonnie ri.
— São efeitos colaterais. A fuga do mundo prisão requer muita magia, não achou que ia escapar e ficar ileso, não é? Seu inferno pessoal não ia deixar isso acontecer...
— Não está me escondendo nada?
— Porque eu mentiria sobre isso? Agora vai, solta ela.
Kai caminha até Pietra e a solta.
— Vamos, queridinha. Vieram te buscar.
Bonnie corre até eles e segura Pietra que está muito fraca e não consegue ficar em pé sozinha.
— Nunca mais faça isso, ouviu?
— Sim...
As duas saem do prédio e vão de volta para o Instituto. Caroline vê a chegada delas pela janela e corre para abrir a porta.
— Meu Deus! Vocês demoraram, como ela está, Bonnie?
— Fraca, precisa descansar imediatamente, mal consegue se segurar em pé.
— Me levem para o quarto, por favor...
— Vamos, eu ajudo — diz Hope que olha assustada para a marca em seu rosto. As duas sobem deixando Bonnie e Caroline a sós.
— E o Luke, amiga? Como vai ser?
— O velório foi marcado para às 15h, temos que correr para arrumar essa bagunça...
— Vou ter que ir embora assim que o velório acabar, você vai ficar bem Caroline?
— Claro, obrigada pela ajuda... — As duas se abraçam.
Com ajuda de todos os estudantes do Instituto – e da magia claro – toda bagunça foi arrumada em questão de segundos para o velório do jovem Luke Donovan.
Todos por respeito a ele, estavam de preto. Hope, Pietra, Josh, Bonnie, Lizzie e Josie estavam na primeira fileira.
Caroline começou a falar:
— Aqui jaz Luke Donovan. Amigo. Um jovem que tinha muito o que viver, mas sua vida foi ceifada cedo. Tenho certeza que ele encontrará a paz, a sua família e todos aqueles que o amam que já tivera partido.
Enquanto Caroline discursava, Pietra estava aos prantos e Hope tentava consolar. Após todos se despedirem, o corpo do Luke foi levado ao cemitério de Mystic Falls.
Dias se passaram, todos tentaram seguir em frente após a grande perca. Pietra já não chorava mais com tanta frequência e a maquiagem agora era sua mais nova aliada para esconder as marcas deixadas por Kai, Hope estava sempre ao seu lado cuidando dela, mas aquela era uma dor que nunca ia ser esquecida... Cada vez que se olhava no espelho, a imagem do namorado morto e seu coração nas mãos do vilão voltavam a sua cabeça...
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