Passaram-se um mês desde a minha primeira corrida, depois que comecei não parei mais, a cada dia corria mais, Anne e Megan me apoiaram quando contei pra elas, já a minha mãe nem desconfia... obvio. Luke e eu nos afastamos, mas ainda nos falamos, acho que Jessica estava certa, perdi ele, mas pensando bem, nunca o tive e nunca quis mesmo. Perguntei várias vezes o por que dele ter pedido pra Jessica mentir em estar gravida, mas ele nunca se quer me disse um "a" em relação a isso e eu até contaria o que descobri pra Megan, afinal ela e o Marcus estão de mal a pior, mas eu tinha que descobrir quem queria separar eles e o porquê. Anne e Megan definitivamente não deu certo novamente, foi uma amizade linda que aconteceu a anos atrás, mas infelizmente acabou e é uma pra um lado e a outra pro outro e eu no meio das duas, é difícil conviver com isso quando a Megan diz "Vai lá com sua BFF" droga, era só um nome numa porra de celular.
Ainda não entendi o porquê de Boby e Luke se odiarem e ah, falando em Boby ele é um cara muito legal ... pode se dizer que meu melhor amigo, a não ser nas partes em que ele tenta me beijar. Fora isso, eu me sinto bem ao seu lado, e vejo que tem alguém além de Megan e Anne em que eu possa confiar.
― Então, está se sentindo bem ganhando da Jessica sempre? ― pergunta Luke enquanto olho fixamente para o Boby que está de olho em nós. Ele não parece gostar do Luke e muito menos gostar de mim perto do Luke.
― Estou sim ― respondi. Olhei para Luke e ele estava olhando para o Boby, depois se concentrou em mim.
― Ele não é uma boa pessoa, Mand ― disse parecendo certo com o que disse.
― Vou perguntar de novo, "e você é"?
― Mand, é diferente, eu nunca te faria mal ― respondeu e as palavras dele soou como uma música doce do The Lumineers. Mas ao mesmo tempo a lembrança dele sendo rude comigo surgiu.
― Você diz isso ― digo enquanto as lembranças parecem um filme em minha cabeça. ― Mas você já me fez mal e ele não.
― Eu já pedi desculpas.
― Tudo bem, já sei ― digo tentando não parecer que aquilo era importante, mas era. ― Agora me diz, como pode trair sua amiga e seu amigo?
― Eu não traí eles.
― Oh não? Então me explique como a Jessica disse que ela mandou ela inventar aquilo do Marcus.
Seu olhar desviou do meu e ele respirou profundamente. Alguns segundos se passaram antes que ele abrisse os lábios e pronunciasse:
― Eu precisei.
― Claro ― digo inconformada. ― Você só liga pra você. Ainda dizia gostar da Megan, olha o que fez com ela...
― Eu gosto dela ― respondeu me interrompendo. ― Eu sei o que fiz com eles, eu sei que não vão me perdoar.
― Não parece ― murmurei.
― Mand, eu precisei ― repetiu suavemente.
― Foi? Te obrigaram né? ― perguntei. ― Que pena! ― ironizo enquanto vejo o quanto minhas palavras soaram grosseiras. Ele merecia que elas fossem assim, vejo Megan triste todo dia por causa disso, e dizer que "precisou" não muda nada.
― Você não entende.
― Não mesmo, mas entendo que você é um idiota. Sua namorada está te esperando. ― Apontei pra Jessica que estava de olho em nós.
― Eu também precisei disso ― disse.
― Namore quem você quiser.
Sai e fui pra perto de Boby. Ele estava olhando a pintura do carro, e os pneus. Seu olhar se concentrou em mim enquanto eu me escorava no carro.
― O que foi? ― perguntou voltando a olhar os pneus.
― Está difícil ― respondo. ― Ele sempre diz "eu precisei", isso não está ajudando em nada
― Ele não vai falar ― disse Boby.
― Eu preciso que ele fale.
― Talvez ele seja o culpado ― disse, dessa vez olhando em meus olhos. ― Não entendo por que você não aceita essa hipótese e conta logo para Megan. Ela e Marcus já estariam juntos novamente, você não a veria mais triste e não precisaria ficar tentando fazer com que Luke fale algo que você nem sabe se existe.
― Não ― digo. ― Luke não faria isso com eles por que quer, acredito quando ele diz que precisou, mas eu não entendo e não aceito...
― Vamos ficar falando sobre ele mesmo? ― perguntou Boby enquanto sorria. Ele se aproximou de mim e levou suas mãos no carro enquanto me fazia ficar entre seus braços.
― Já disse que não. ― Olhei em seus olhos castanhos que me encarava.
― Podia me dar uma chance.
― Não quero estragar nossa amizade. Eu gosto de como estamos, gosto de conversar contigo e saber que poderei confiar em você quando estiver de olhos fechados. Eu gosto de você, o suficiente para não estragar isso que temos por causa de algo mais.
― Não tem amizade entre nós, pelo menos da minha parte não ― disse. ― Eu gosto de você, o suficiente para saber que nunca deixaria que isso acabasse. ― Olhei para ele e depois para a direção que estava Luke, a palavras deles me tocaram, e ver o Luke beijando a Jessica me tocou mais ainda. Puxei o Boby para mais perto de mim pelo seu pescoço e o beijei. Afastei meus lábios do dele, e ele me encarou um pouco confuso.
― Desculpa ― murmuro. ― Não era pra eu ter feito isso.
― Eu gostei ― admitiu.
― Foi errado ― expliquei e coloquei a mão em seu peitoral o afastando de mim. ―Você não entende.
Pude sentir a tensão que estava ali, ele estava com raiva de mim, talvez por ter o beijado e depois dito que era errado ou talvez por ele entender o que quis dizer com "errado".
― Você fica feio assim ― digo.
― Assim como? ― perguntou enquanto se mantinha com uma cara séria.
― Com raiva ― respondi.
― Não estou com raiva.
― Diz isso pra tua cara ― zombei e ele riu, assim como eu.
― Você parece a Reh ― disse baixinho. ― Muito, e isso machuca.
― Quem é Reh? ― perguntei.
― Deixa pra lá, ela não está mais entre nós.
― O que aconteceu? ― perguntei novamente. Ele abaixou a cabeça.
― Eu já falei para deixar pra lá ― gritou bravo. Olhei para ele magoada, a única coisa que queria era sair dali.
― Vou pra casa ― digo desviando meu olhar do dele, coloquei a mão em seu braço o puxando para poder sair, mas seus braços me prendem.
― Me desculpa ― sussurrou. Mexo a cabeça em sinal que sim. Ele tirou os braços e pude sair, dei uma última olhada pra ele antes de pegar meu celular e ligar para um taxi que logo chegou e me deixou em casa. Abro a porta e vejo minha mãe sentada no sofá assistindo televisão, seu olhar se concentrou em mim enquanto fechava a porta.
― Filha pra onde foi depois da aula? ― pergunta diminuindo o volume da televisão para me escutar.
― Fui na casa de um amigo ― minto. ― Esqueci de avisar, desculpe.
― Você tem amigos? ― perguntou um pouco surpresa.
― É mãe, talvez um ou dois.
― Já é um bom começo ― disse esbanjando um sorriso.
― Claro! ― Subi para o quarto e tomei um banho.
Nesse mês eu e minha mãe não brigamos tanto, na verdade é a primeira vez depois que meu pai nos abandonou que parecemos mãe e filha por tanto tempo. Fiquei intrigada com o que o Boby disse. "Você parece a Reh" quem será essa Reh? E por que ele ficou nervoso? Coloquei uma roupa e fui ver a Megan, não vale mais a pena esperar para descobrir quem quer a separação deles, ela está sofrendo, ele está sofrendo. Não vou deixar isso continuar assim e o Luke vai ter que explicar isso pra eles. Bati no quarto dela e ouvi um entre, meio baixo. Abri a porta e ela estava sentada no chão com um papel na mão e chorando. Fui até onde estava e me sentei ao seu lado.
― O que foi? ― pergunto olhando seus olhos borrados de rímel por causa das lágrimas.
― A Liv ... ela. ― Megan deu uma pausa e chorou mais.
― O que ela fez? ― pergunto brava. Já não basta essa mentira toda sobre Marcus ter engravidado uma garota, ainda vem a Liviane a atormentar?
― Ela me entregou isso. ― Megan me deu um bilhete.
"É tudo verdade sobre Marcus e Jessica. Se ainda tem dúvidas, vá no galpão na rua 7, as 17:00. Eles vão se encontrar lá. Veja com seus próprios olhos. Xx Liv"
― Você vai acreditar na Liviane? ― pergunto desviando o olhar do papel e me concentrando em Megan. ― Sabe que ela não é a pessoa mais confiável né? Sei que ela foi legal contigo e que vocês foram amigas, mas as coisas mudam...
― Eu sei ― respondeu. ― Mas eu vou lá. Se eu não for, nunca irei saber a verdade. Acha que ela mandaria isso só para mim perder meu tempo indo lá e não encontrar nada? ― Deu uma pequena pausa enquanto respirava. ― Não! ― respondeu sua própria pergunta.
― Você não vai ― digo. ― Marcus já falou que não engravidou aquela garota, e que não a conhece. Você tem que acreditar nele, não precisa ir lá para saber que Marcus está e sempre esteve falando a verdade.
― Mand, você não vai me impedir ― disse.
― Eu não quero te impedir, nem conseguiria na verdade. Só quero que você entenda o que está se passando ao seu redor, acha que se Marcus não te amasse estaria ainda tentando te fazer acreditar nele? Depois te tudo que ele ouviu de você? ― perguntei. ― Se você for vou contigo. ― Cruzo meus braços. Liviane não faria Megan ir lá para ver nada, não precisa a conhecer bem para saber disso, a algo lá, e eu não vou deixar que Megan vá sozinha, e que acredite em qualquer coisa que ver.
― Não. Tenho que fazer isso sozinha.
― Nunca vou te deixar sozinha ― digo. ― Então eu vou sim.
― Eu também nunca irei te deixar sozinha.
― Eu sei. ― Limpei as lágrimas dela. ― Vamos almoçar?
― Estou sem fome.
― Não vou deixar mais isso, Megan. ― Puxei ela e se levantou.
― Sei ir sozinha ― respondeu parando, me fazendo parar de puxa-la.
― Não me diga ... serio? ― ironizei. Começamos a rir e Megan foi ao banheiro lavar o rosto e passar uma maquiagem para disfarçar o rosto vermelho de choro. Descemos e encontramos Will e minha mãe se beijando. Finjo uma tosse falsa e eles se separam.
― Demoraram ― disse minha mãe se levantando da cadeira e pegando o refrigerante na geladeira.
― Um pouco só ― digo e assim como Megan me sento.
― Imagine se tivéssemos demorado mais ― sussurrou no meu ouvido e começo a rir.
― Parem de segredinhos ― disse Will sério e eu me segurei para não rir novamente, a cara de Megan era a melhor.
Terminamos de comer e minha mãe ficou de arrumar a cozinha e eu e Megan aproveitamos para assistir ao filme que acabava de começar enquanto esperávamos Malhação.
― Então, você ainda acha a Karina egoísta? ― pergunto me virando no sofá em direção à Megan ao ver que a novela acabará de começar.
― Não sei ― respondeu ela um pouco confusa. ― Eu acho que agora a entendo um pouco.
― A Bianca que é egoísta ― digo voltando a encarar a TV.
― Ela só quis ajudar, Mand ― argumentou Megan em defesa de Bianca.
― Pagando pra um garoto namorar a irmã? ― pergunto. ― Mas que bela ajuda ― completo.
― Ele gosta dela, e ela dele.
― Mas ainda assim, a Bianca só queria se livrar da Karina, e só por que soube que Karina gosta do Duca ― digo, já com o tom de voz um tanto alterado.
― Ah, desisto ― ela joga os braços pra cima e se vira para a TV. ― Você não entende o lado da Bianca.
― E você não entende o da Karina! ― Viramos e ficamos assistindo sem falar uma com a outra. Até que ela pronunciou algo:
― Odeio essa Jade. Por que ela tinha que ter feito isso com a Karina?
― Idiota! ― gritei apertando umas das almofadas contra o peito para não continuar gritando com a TV.
― O Cobra gosta dela, meu Deus ― Megan gritou.
― Não acredito. Caramba, que incrível ― gritei pulando de alegria e jogando a almofada no chão.
― Acabou ― Megan disse entre um suspiro e outro de frustação.
― Odeio quando acaba ― murmuro e me jogo novamente no sofá, batendo a cabeça no encosto do mesmo.
― Quer assistir que filme? ― pergunta Megan já com o controle do DVD em mãos.
― Frozen ― digo com um sorriso débil no rosto.
― Sério? De novo esse filme de criança?
― Sim. De novo. E vai se acostumando, irei assisti-lo quantas vezes der ― respondo antes de me deitar no sofá, ocupando todo o espaço.
― Nada folgada você ― disse Megan puxando minhas pernas pra fora do sofá para que pudesse se sentar também.
― Não sou folgada. Apenas achei que você não fosse assistir
Me sentei novamente no sofá. Dando total espaço para Megan se sentar confortavelmente. Ela apertou o play e se virou pra mim, enquanto aparecia o logotipo da Disney.
― Por que eu não iria querer assistir?
― Você acabou de dizer que era filme de criança ― respondo, colocando ênfase na palavra criança.
Ela apenas assentiu em silêncio e tornou a encarar a TV.
Olhamos e já eram 16 horas, fomos para os nossos quartos, nos arrumamos e descemos.
― Quer mesmo? ― pergunto mesmo sabendo que ela não iria mudar de ideia.
― Eu preciso ― respondeu e fomos pra fora. A rua 7 era a umas 15 quadras daqui.
― Vou ligar pra alguém nos levar, tudo bem? ― perguntei sabendo pra quem deveria ligar.
― Obrigada ― ela disse, me afastei um pouco dela e ela não se importou, estava concentrada em seu celular, provavelmente olhando uma foto de Marcus. Peguei meu celular e liguei pro Luke...sim, pro Luke.
― Mand? ― pergunta surpreso.
― Sim. ― respondo. ― Tem como levar eu e a Megan, em um lugar? ― pergunto.
― Por que não pede pro Boby?
― Por que a Megan não sabe dele. Da ou não?
― Hum. Claro.
― Estamos te esperando aqui em casa.
― Já chego ai.
― Obrigada.
― Não estou fazendo por você e sim pela Megan.
― Eu sei. ― Desliguei e olhei pra Megan ... ela estava mexendo no celular, o Luke logo chegou e entramos no carro.
― Querem ir onde? ― pergunta o mesmo enquanto mantinha as mãos firmes no volante, mesmo com o carro parado.
― Rua 7, no galpão ― disse Megan e o Luke me encara. Seu olhar era um pouco estranho para mim, sabia que ele sabia sobre essa rua, hoje, Marcus, Jessica e Liviane.
― Posso deixar vocês na 6? ― ele pergunta.
― Não, Luke ― digo. ― Não vamos demorar lá. ― Dei um sorriso malicioso.
― Eu... não posso.
― Por favor Luke ― implora Megan.
― É, Luke. A Megan está pedindo ― digo e ele me olha com um olhar mortal e arranca. Logo chegamos e entramos pela lateral... E sim, ele estava lá e ela estava lá. Megan olhou para mim e percebi o quanto ela estava segurando para as lágrimas não caírem, Jessica viu que estávamos lá e beijou o Marcus.
― Depois de dizer que era mentira e que me amava, Marcus? ― gritou Megan e ele empurra a Jessica e olha pra trás.
― Não é isso que está pensando, Megan ― ele disse e se aproxima dela, que ao mesmo instante se afasta.
― Eu te odeio ― ela grita e olha pra mim e vejo lágrimas escorrerem pelo seu rosto. Olho para Luke que mantinha a cabeça abaixada.
― Não precisa mais mentir, Marcus, diga a ela ― disse Jessica e minha vontade é de socar a cara dela.
― Dizer o que? Cala a boca ― grita Marcus. ― Deixa eu te explicar, eu vim falar pra ela dizer a verdade e nos deixar em paz. Acredite em mim ― ele implora.
― Não confio mais em você ― Megan disse com a voz embargada de choro. ― Não mais.
Marcus tenta encostar em seu braço, mas ela recua novamente e começa a andar para a porta por onde entramos. Seguro em seu braço a impedindo de dar mais um passo se quer.
― Daqui você não sai, ninguém sai ― digo encarando o Luke.
― Me deixe, Mand, você viu o que eu vi. Não viu? ― ela pergunta brava. ― Quer mais que eu faça o que aqui? ― gritou. ― Eu juro que tentei confiar nele, e eu estava conseguindo. Mas olha isso. Olha ele aqui, olha ela...
― Eu vi sim ― disse a interrompendo. ― Mas você não sabe o que sei.
― Cala a boca, Amanda ― grita Luke.
― Para idiota, já chega.
― Eu vou embora ― disse e se aproxima da porta, mas entro na frente. Impedindo que ele abra a porta e saia, sei que isso não adiantaria nada, se ele quisesse só me tiraria dali com facilidade.
― Olha para eles Luke ― murmurei e levei minha mão em seu peitoral. ― Olha o que você fez ― digo e ele olha pra Marcus e depois para Megan, ambos não estavam entendendo nada.
― Já chega, Jessica ― disse. Ele anda até perto de Megan e a abraça. ― Me desculpe por tudo. Eu .... ― Ele dá uma pausa.
― Depois conversamos, Luke, por favor ― ela disse e olha pro Marcus, enquanto deixava mais uma lágrima escapar de seus olhos.
― Não ― disse Luke, e quebrou o abraço que tinham. ― Preciso contar algo pra vocês... é que... a Jessica é e minha namorada, e nunca teve nada com o Marcus... ― disse e olha pra Marcus que bate a mão na parede com raiva.
― Como você pode? ― perguntou. ― Como porra? ― Marcus gritou.
― Eu precisei ― disse. ― Eu sinto muito.
― Por que precisou Luke? ― pergunta Megan.
― Não posso dizer.
― Claro ― Riu de forma irônica enquanto limpava as lágrimas de seu rosto. ― Destruir meu namoro você pode né? ― Megan grita brava. ― Luke, eu sempre, sempre confiei em você. Esperava tudo, de todos. Menos de você.
― Me desculpe ― Sua mão foi para o rosto dela e ela não recuou e percebo que ele agradeceu por isso. ― Marcus nunca viu a Jessica na vida, eu a mandei inventar tudo aquilo, e eu dei a ideia dele vir aqui falar com ela para resolver isso... Mas não para resolver e sim para você ver ela beijando ele.
― Por que Luke?
― Eu... não posso. Me entenda ― pediu. ― Me entenda, Megan.
― Luke termina logo com isso ― disse Jessica enquanto andava mais para perto deles.
― Não ouse dizer nada ― gritou.
― Cansei de você, Luke. ― disse. ― Eu achei que teríamos algo, que você gostasse de mim o quanto gosto de você. ― Jessica olhou pra ele e depois para mim. ― Mas acha que não percebo como você olha pra Mand? Como a deseja? Como fica bobo quando a vê? ― perguntou. ― Ele fez isso por que uma tal de Liviane ameaçou de contar sobre a Reh para a polícia. E parece que ela tinha provas, e ficava mandando para a casa dele. Me desculpe Luke ― ela disse e vem até a porta e a deixo passar. Saio da porta e me aproximo de Megan, mas ela recua... droga ... ótimo.
Megan olha pra Luke e pra mim, depois saí porta a fora e Marcus corre atrás dela.
― Satisfeita, Mand? ― Luke pergunta. ― Era isso que você queria, não é mesmo?
― Foi o certo ― digo. ― Mas por que a Liv queria separa-los se ela gosta de você?
― Ela não gosta de mim ― respondeu bravo. ― E ela não me disse ― ele disse e vai saindo, coloco a mão em seu braço o fazendo parar e olhar pra mim.
― Quem é Reh? ― pergunto.
― Você não precisa saber... ― disse rispidamente. ― E não se iluda com o que a Jessica disse, nunca gostei e nunca vou gostar de você ― Soltei seu braço e recuei enquanto o via sair porta a fora. Passei a mão levemente em meu cabelo e sai também, não havia mais ninguém, só eu e uma rua vazia.