O Filho do Barão [COMPLETO]

By CupcakeeyV

253K 25.3K 5.2K

❕ LIVRO COMPLETO O FILHO DO BARÃO • DULOGIA SUBMUNDO Da Autora da Trilogia Bratva Copy... More

Sinopse
Prólogo
1
2
Reconfortante-3
Ultimato-4
Estrangeira-5-I
Estrangeira-5-II
Sentimental?-6
Fúria-7
GRUPO NO WHATSAPP
Kalahari-8
Herdeiros-9
O Amor-10
Tradições-11
Fúria 2 & TOC -12
Junto à Ele-13
Traição-14
Conflitos-15
Ameaça-16
Tatuagens e Cicatrizes-17
Entregue-18
Mudanças?-19
Kalahari Bonatero-20
Possessivo-21
A Baronesa-22
O Início-23
Perda-24
Dor da Perda-25
Verdades Ocultas-26
Minhas dores-27
Traidores-28
Tatuagens-29
Cupcake & Manteiga-30
Medo & Culpa-31
Bicolores-33
Território Inimigo-34
Desabafo-35
Amizade e Lealdade-36
Kazama-37
Mamma mia-38
Bonnateros-39
Finale-40
Bónus: Com amor, Light Bonnatero
Agradecimentos
Novidades: Livros Novos
Faça parte do meu mundo

Baronesa-32

3.4K 428 69
By CupcakeeyV

Recta final? Sim...

A Cupcakie de vocês está com livros novos na plataforma, não deixem de dar uma olhada. NO LIMITE & HAEGER.


Boa Leitura.

KALAHARI

—Ele voltará certo? —indagou Gianna, seu tom de desespero era cortante. —Digam-me que ele voltará. Que daqui a pouco teremos notícias da mamma e que vai tudo ficar bem. —além de desesperada ela estava agitada, e infelizmente não conseguira obter resposta nenhuma. A ruiva estava visivelmente em pânico.

De alguma forma todos nos estavamos desesperados por notícias.

A sua mãe estava numa cirurgia, que já durava à 3 horas e tudo que poderíamos fazer era sentar,  esperar e orar para que tudo desse certo. Para que ela ficasse bem e para que ele tambem estivesse.

Ele já não estava aqui. Eles o levaram e com certeza não o deixariam voltar. Apertei a mão do meu pai depositando força desnecessária. Estavamos todos preocupados. Beatrice Bonnatero deu entrada no Hospital particular dos Bonnatero com a vida por um fio. Ela salvou-me, na verdade ela e Light salvaram a mim e aos bebés. Não consigo imaginar-me no seu lugar—com certeza meus bebês não estariam aqui, dentro de mim. Passei a mão pela minha barriga, fazendo com que minha mãe olhasse para o meu gesto nem um pouco discreto com a sombrancelha arqueda,  um olhar totalmente indagador. Ignorei-a. Era tudo que eu podia fazer momento.

—Alguém diga a porra de uma palavra. Merda!

Todos estavam em torno de seus próprios pensamentos, espalhados pela sala de espera com semblantes tristes, preocupados e fechados. Eu estava perdida e sabia que a qualquer momento,  teria um ataque de pânico também. Ele foi embora e suas últimas palavras foram que eu não era nada para ele —nada além de um amuleto da sorte. Com a minha aquisição, vieram ainda mais riquezas e aberturas comerciais em territórios africanos repletos de riquezas.

Era tudo mentira. Eu sabia que era tudo mentira. Se ele não o fizesse, não seria apenas minha sogra numa sala cirúrgica e talvez eu não tivesse que passar nem por uma cirurgia. Ele simplesmente pensou em todos, antes dele mesmo. E pensar que ele passará por toda aquela dor novamente quebra mais ainda o meu coração. Ele fora embora sabendo que sua mãe estava entre a vida e a morte. Ninguem merecia ficar no escuro. Ninguem merecia passar pelo que ele estava passando. Tudo por causa de uma maldita vendetta, ter que vender sua liberdade em troca de protecção para sua família, uma vez que de qualquer forma seria uma falsa paz.

—Acalma-te, Gia. —pedi-lhe. Gianna simplesmente sibilou uma série de palavras desconexas, antes de retirar-se da sala fechando a porta que ligava a sala e o jardim forte o suficiente para fazer Mariah remexer-se nos meus braços.

—Errr... Eu vou... —pronunciou-se Tafadzua.

Dei-lhe um sorriso amarelo.

Estava tudo perfeito demais antes do ataque surpresa. E eu havia aprendido que tragédias simplesmente aconteciam, nunca vinham com um aviso de antecedência e nem enviavam sinal de fumaça como alerta. A felicidade tinha a tendência de durar pouco na maioria das vezes.

O pai dos meus filhos estava à quilómetros de distância. Numa maldita ilha cercada pelo inimigo. E para piorar, não sabíamos se minha sogra sobreviveria. Estava tudo a dar errado demais e a situação toda deixava-me angustiada. De alguma forma a maioria dos soldados estavam incapacitados e nosso arsenal fraco demais, o que não era bom. A solução seria uma reunião de emergência, para que pudéssemos reagrupar todos os nossos homens, ou pelo menos o que restaram deles, pois depois que Vittorini e seus soldados de plástico se foram, Zander veio com a notícia que eu tanto temia. Uma boa parte dos soldados da família Bonnatero haviam sido envenenados. Um plano bem traçado. Envenenar a água e todos os mantimentos do Casulo.

Eles tinham o que queriam, e a pergunta que não queria calar era: qual seria o próximo passo da Máfia Siciliana. Será que light se voltaria contra nós? Sua família? Uma parte de mim queria bate-me por duvidar da lealdade dele, afinal de todas as formas ele evitou uma tragédia maior concordando de primeira em ir de bom grando com Maurice, porém ver sua mãe quase sem vida o fez relutante. Ele não se iria virar contra a Máfia Negra. Eu traria ele de volta para casa e lutaria pelo meu homem.

Eu lutaria pelos Bonnatero. Eu seria uma verdadeira Baronesa. A Baronesa.

Depois de mais quarenta minutos de espera, finalmente Joseph deu as caras para o medo e alívio de todos nós. Estávamos apreensivos. E se as notícias não fossem boas? Levantamos todos assim que a porta que nós separava da alá que dava para sala de operação foi aberta, mostrando a figura alta e cansada de Joseph Bonnatero. Ele e Stephanie haviam corrido até nós alguns minutos após Vittorini sair sobrevoando a Vila Bonnatero, tendo em sua posse o meu marido. Graças a ele conseguimos salvar a mamma a tempo. Pensamos todos que ela estava morta e foi um dos momentos mais apavorante da minha vida. Da vida de todos nós.

Papà olhou assustado para seu irmão.

—Joseph...

—Fique calmo irmão. Fiquem todos calmos por favor. —pediu. — A lâmina penetrou multiplas vezes em alguns órgãos da cavidade abdominal. Isto causou hemorragia interna e graças ao rápido atendimento evitou uma potencial infecção. O intestino foi o mais afectado e como eu já havia mencionado o rápido socorro foi determinante. A cirurgia foi um sucesso, apensar de algumas complicações, porém tivemos que induzí-la ao coma.

—O quê? Mas...

—Acalma-te Vicenzo. —Joseph Bonnatero era um execelente cirurgião da família, assim como Pietro Bonnatero. —A Bea é forte e o importante é sua vontade de viver, o que há bastante nela. Nós a tiraremos do coma assim que ele estiver estável, seus rins também foram afectados e por pouco seu fígado. Temos todos de agradecer por ela estar viva.

—Mas ela vai ficar bem não vai? —indagou Enzo. Era a primeira vez que ele falava desde que minha sogra havia dado entrada.

—Quando poderemos vê-la? —perguntei.

Joseph bufou alto em sinal de exaustão. Pisquei uma dúzia de vezes ansiosa e apreensiva. Viver sabendo que a qualquer momento nossa vida poderia ser tirada, era como viver uma vida cheia de adrenalina, sabendo que quando a adrenalina acabasse, tudo que restaria seria o medo da morte. Tudo reflectia-se no agora. No viver cada dia como se fosse o último, pois ninguém sabia qual seria o último dia.

Eu achei que o meu fosse hoje.

—Vocês já podem vê-la. —sorri. Graças a Deus. —Ela já está no quarto, no entanto seria bom que fossem apenas duas pessoas hoje. Amanhã ela já estará pronta para receber visitas.

—Papà. —chamou Enzo.

Papà maneou a cabeça em confirmação, deixando-nos e indo em direcção a sala em que estava aquela que era a dona do seu coração, a mãe dos seus filhos e sua esposa. Era duro vê-lo tão triste e com o olhar repleto de culpa. Sempre que ele olhava para mim, seu olhar reflectia culpa e arrependimento, no entanto eu sabia que não era sua culpa se Vittorini era um psicopata vingativo e sem capacidades de gerar seu próprio herdeiro. Ele tirara Light de nos, mas isso não sairia barato para ele.

• •

—Bem, eu convoquei-vos para dizer que estamos sob alerta. Código zero. —pronunciei-me. Eu precisava respirar o suficiente para aguentar até o final da reunião.

Não fazia muitas semanas desde que aquelas pessoas estavam pedindo por protecção e no final nós que realmente precisávamos dela. Era ironicamente frustrante. Os chefes das cinco famílias estavam sentados a minha frente, cada um exibia o seu anel de chefe e acompanhados por seus conselheiros. Japão, Botswana, Nova York, Brasil e Inglaterra. Eu precisava que eles honrassem com seus juramentos e ajudassem a famila a acabar de uma vez com a Cosa Nostra.

A sala de reuniões do casulo era uma das minhas preferidas. Eu adorava o quão frio era o cómodo. Eu estava sentada com Mariah nos braços. Eu havia finalmente contado para todos que estava esperando dois pequenos Bonnateros e depois de tanta tristeza a notícia foi realmente motivo de vários sorrisos e até um almoço especial. Mesmo sendo Baronesa, eu era mãe em primeiro lugar e estava fora de questão manter minha filha longe de mim. Minha segurança havia sido malditamente reforçada. Eu estava cercada por soldados e pelos meus abutres pessoais.

Suspirei, olhando para cada um dos chefes. Incluindo o meu pai.

—Não somos fortes o suficiente no momento Baronesa. —respondeu meu pai. —pelos últimos relatos, a Cosa Nostra conseguiu em menos de dois meses recuperar 50% dos seus territórios, reforçar suas alianças e blindar seus pintos fracos.

—Eles estão mais fortes agora. Não há um ponto fraco se quer...—murmurou Enzo.

Olhei para a cadeira imponente em que um dia fora do meu marido, ainda era dele, mas estava vazia agora. Light não estava mais comigo. Ele era o inimigo.

—Vocês comandam países. —disse entredentes. —Todos vocês juraram proteger a família, assim como juramos protegê-los. Que merda vocês acham que são para dar pra trás agora? E não. Vocês não precisam falar nada em relação a isso. Está estampado na cara de cada um de vocês.

—Com todo o respeito Baronesa...

Num gesto de mão mandei-o calar a maldita boca. Eu estava irritada. Por parte era apenas culpa dos hormônios. Eu precisava relaxar, no entanto minha cabeça não parava de funcionar. Quando eu ia deitar-me, toneladas e mais toneladas de lembranças e pensamentos atingiam-me fortemente como um clarão de luz na escuridão. Eu sintia a falta dele, e já se fazia um bom par de semanas desde que minha sogra estava em coma. Como eu podia acalmar-me?

O capo da família Japonesa estava com medo. Um maldito capitão, um chefe de família com medo. Eu queria chutar sua bunda e fazê-lo implorar para que fosse até Sicília.

—Se vai fugir como um bastardo, Hokuto-san, apenas diga. Assim eu poparei meu tempo e o mandarei numa viagem apenas de ida ao fim do inferno.

O homem mais velho olhou-me assustado, seu pomo de Adão subiu e desceu lentamente. Medo. Por mais que estivéssemos fracos, ainda podíamos matá-los a todos. Todos aqueles que se mostrassem contra nós. Todos os inimigos. E eu não havia esquecido que havia um informante de torno de todos nós; em torno dos meus filhos.

—Eu sei que estão temerosos —era óbvio, até eu estava. Afinal era sobre lutar contra Light que estavamos falando. —, eu mesma estou. Estamos com menor número de soldados e com 60% das cargas interceptadas. Eu realmente entendo,mas o que vocês esperam? Que fiquemos sentados esperando que Light é sua nova família destrua-nos um por um?

—Essa é uma decisão muito ariscada. —exprimiu Enzo. —No entanto, precisamos do apoio de todos, precisamos lutar por todos.

—Porque primeiro será a Itália, e depois?

—É a nossa vez de pescar suas armas e mostrar-lhes que estámos prontos para suas bunda sujas.—declarei.

—É do seu marido que estamos falando.

Fitei meu pai. Porquê raios ele tinha de salientar isso? Como lutar contra ele? Sim essa era a grande questão. Por mais que eu não quizesse admitir, ultimamente Light não parecia o mesmo, já se havia passado algum tempo e ele não havia ligado ou enviado uma mensagem se quer. Ele estava a acabar conosco pela base, desestabilizando-nos pelo medo. Todos nos sabíamos do que ele era capaz, eu sabia que ele não exitaria em matar qualquer um que entrasse no seu caminho ou atrapalhasse seu grande plano de conquista. Eu não temia pela minha vida e sim pela vida de todos àqueles que não estivessem emocionalmente ligados a ele, embora eu pensasse que ele não se importaria em matar-nos a todos. Ele simplesmente não lutou contra. Ele decidiu tornar-se naquilo que Vittorini queria, naquilo que o maníaco que se auto intitulava papà dele desejara a vida toda.

Como detê-lo? Eu não fazia a mínima ideia.

E a decisão estava tomada. Iríamos interceptar milhões de dólares em armamentos que pertenciam a Cosa Nostra. A minha fonte havia garantido que seria a meia noite de hoje e graças às habilidades estrategas de Enzo, conseguiríamos não apenas interceptar o armamento, assim como as toneladas de heroína que chegariam num lote único. Estava tudo fácil demais. Por mais que eu quizesse acreditar que não estava sendo tudo fácil demais para o meu senso de desconfiança. Light não seria um problema, pelo menos não hoje. Ele nunca gostara de envolver-se directamente na entrega e escolta de armamentos, porém Claude Trichet, poderia ser a minha dor na bunda,  embora eu já tivesse um plano para ele também.

Dois maltidos meses se haviam passado. Longe do meu marido e do pai dos meus filhos. E àquilo acabaria em breve. Eu estava com quase cinco meses de gravidez e por Deus, meus enjoos eram malditamente persistentes. O mau humor fazia festa em torno de mim e em vez de chorar como uma mulher frágil que eu devia ser, eu queria apenas matar qualquer um que ousasse me desafiar. Seria justo. Ou talvez não. Não que a sanidade estivesse fazendo moradia em mim, no entanto toda aquela situação enloquecia-me, deixava-me doente ao extremo.

Naquela mesma semana o plano havia sido colocado em prática. E claro, meu sogro bateu seu grande cetro imaginário impedindo-me de participar no esquema da intercepção. No final das contas, estar grávida fazia de mim um alvo frágil e fácil, uma vez que poucos sabiam que eu carregava herdeiros Bonnatero. Eu definitivamente não queria que eles soubessem que eu estava grávida. Só de pensar no que Light havia passado deixava-me tonta. Nenhum ser humano merecia ser tratado como um ser miserável por conta de concepções podres de um velho psicopata rancoroso. Então eu estava na escuta —queria sentir-me inclusa de alguma forma.

Mas algo estava errado.

Pelas informações que Enzo e Vicenzo passaram, eu percebi que algo estava definitivamente errado. Talvez fácil demais, embora toda equipe tática tivesse sido altamente treinada. Algo não soava bem. Segundo Enzo, não havia sinal do Capitão da Cosa Nostra. Claude Trichet era um maldito maníaco por controle. Eu sabia que ele não deixaria armamentos que chegavam a valer dúzias de milhões de dólares fossem tão mal transportados. Estudei Claude por um mês, eu conhecia exactamente quais eram os padrões de dele, pois eu também havia estudado meu marido tão profundamente ao ponto de pensar como ele. Claude fora o responsável por tornar Light no homem que se tornara, e apostaria alto na possibilidade de Claude ter estudado muito sobre tortura, não apenas física mais psicológica também. Como mudar a personalidade de um homem na base da dor? Aquele maldito homem, cujo cabelo grisalho e as linhas duras emolduravam sua face era possuídor de um alto QI.

Todas as respostas dançaram bem na minha frente, no momento em que Claude e seu Don invadiram a villa. No maldito dia que ele levara  meu marido para longe de mim. Para longe dos meus filhos. Claude era maníaco por controle do mesmo jeito que Light era, havia tanto dele em Light que a princípio arrancou o inferno fora de mim numa única tentativa de dilacerar o meu coração e abalar minha autoconfiança.

Fechei os olhos, respirando fundo em seguida. Precisava voltar para aquele dia e talvez eu conseguisse uma forma de saber porque raios Claude não havia levado sua bunda até o porto de Palermo. Estávamos todos em torno do território inimigo. Pensei em todos aqueles que morreriam se eu não fizesse algo, pensei nos meus filhos e principalmente no que seria de mim sem ele. O meu marido. Minha memória levou-me directamente ao jardim da mansão principal. Olhei para toda cena que ocorreu e era ainda mais assustador olhando para tudo de fora. Claude sorria enquanto estalava seus dedos, segundos antes de colocar suas mãos nojentas na minha sogra e algo peculiar chamara a minha atenção. O olhar satisfatório daquele que eu permiti que me protegese, aquele que havia conquistado a confiança de Light e de todos os outros. Aquele que com certeza manipulara o sistema de segurança da mansão e plantou as bombas tão perfeitamente que nem Zander, que entendia tão bem delas conseguira detectá-las.

Maldito.

—Estamos com problemas. —comunicou Zander.

Olhei para minha filha que dormia no seu bercinho tranquilamente. Ele era um anjo. Beijei sua bochecha gordinha saindo do quarto.

—Recuem. —ordenei. Era uma armadilha. Eu foquei-me tanto em Claud, que esqueci-me que na verdade existia alguém que eu descartara e era mais perigoso. —Estão me ouvindo? É uma armadilha. Recuem imediatamente. Os Helicópteros estão a cinco minutos da posição que vocês estão.

Cazzo!

Era a voz de Vicenzo.

—Merda, Kala... Ele está aqui. —grunhiu Enzo. Eu podia ouvi-los ofegar, enquanto corriam. —Todos vocês, recuar. Repito, recuar... Light está aqui.

Eu estava apreensiva. Andava de um lado para o outro no grande escritório, sendo seguida pelo olhar assutado de Gianna e o olhar apreensivo de Kammily.

—Kamilly. —chamei-a. —Vá pegar Felipo e o tranque no porão do casulo.

—Sim Senhora.

Haviam câmeras espalhadas pelas roupas de todos os soldados. As imagens em tempo real passavam pela tela da grande TV prateada que estava presa à parede de concreto. Nela eu pude ver o exacto momento em que Vicenzo gritou quando foi brutalmente derrubado.

—Ele está aqui. —dessa vez foi Vicenzo, sua voz era de puro ódio e escárnio.

Cazzo!

—Enzo. Siga as coordenadas de Vicenzo. —ordenei. Não havia nenhuma imagem de Light, no entanto o som de dedos sendo estalados de forma tão padronizada, fez-me esquecer de respirar por alguns segundos.

—Oh, não! —exlamou Gianna.

—Zander, proteja os gêmeos. —gritei, ainda pelo interfone. Não demorou muito para o moreno responder de volta.

—Eu sinto muito, seus dispositivos de rastreamento foram desligados.

Praguejei. Maldita tecnologia Sky.

—Encontre-os. Mas, não matem Light. Eu o quero vivo.

Eu precisava dele vivo. Eu realmente precisava dele e eu odiava isso. Eu o amava e eu só conseguia pensar em salvá-lo. Talvez ele não quisesse ser salvo, embora eu acreditasse veemente que mesmo que ele não dissesse tais palavras ele queria ser salvo. Agora a vida de Vicenzo estava em risco, mesmo eu não acreditando que Light fizesse algum mal á ele. Eu tinha de acreditar que ele não os machucaria. Que ele não os mataria. Ele era o meu Light, não era nenhum mocinho ou príncipe, embora sua beleza, postura e poder dissessem o contrário. Talvez ele fosse um príncipe das trevas.

Bufei, afastando esse pensamento louco da mente.

—A quanto tempo fratello. —a voz dele estava ainda mais profunda e sexy? Senti minha inocente espinha derreter, apenas no meu cérebro. —Olá amore mio.

Gelei. Sua imagem estava bem nítida numa das imagens distribuídas pela grande tela. Ele olhava para a câmera instalada na roupa de Vicenzo, como se estivesse olhando diretamente para mim. Ele era astuto. Claro que ele era. Estávamos falando do Filho primogênito do Barão, no final das contas. Aquele que matara mais homens que soldados durante a segunda guerra.

—Light...

—Sentiu saudades minhas piccola? —seu tom de voz soara tão sério. E eu não precisei respondê-lo. —Definitivamente sentiu. Caso contrário não teria enviado um grande número de homens para levar aquilo que me pertence. Que pertence a Cosa Nostra.

—E-eu...

Maldita voz traiçoeira. Maldito nervosismo. Maldito Light.

—Ah! Contínua tão inocente. —sibilou.

—Cala a boca. —gritou Enzo. —A mamma está em coma, num lugar frio e sem vida enquanto você brinca de rei. Brinca de inimigo?

—Estou num momento marido e mulher aqui fratello. —disse frio. —Não me atrapalhes.

—Não...

E o tiro soou. Light maldito. Ele acabara de atirar no próprio irmão. Gianna saltou da poltrona que estava. Assim como ela meus olhos estavam arregalados e a minha respiração descompassada. Que Enzo estivesse bem, murmurei para mim mesma. Ele não os mataria. Eu queria mesmo acreditar que não.

—Kala...

Respirei fundo.

—Vicenzo. —chameio-o depois de um longo suspiro. —Enzo...

—Puta merda... Esse idiota acertou a minha coxa.

—Somos seus irmãos seu desgraçado. — guinchou Vicenzo.

Permiti-me respirar mais tranquilamente. Céus.

—Ninguem mandou vocês interromperem o momento íntimo marido e mulher? —zombou. —Da próxima será na perna da sua cópia Enzo.

—Maldito...

—Não maldiga fratello. A mamma ficaria tão triste em ouvi-lo praguejando. —definitivamente ele estava mais sarcástico. —Ah! Kalahari espero que você esteja cuidando das abelhinhas do papà. Mariah está com o quê? Seis meses? O tempo passa tão rápido, embora você saiba que eu não voltarei.

E a Linha que dava para Vicenzo ficou muda. Senti minha garganta secar e engoli em seco.

Light havia simplesmente dito que, queria que eu fosse para Sicília em 6 meses. Depois do nascimento dos gêmeos. Ele simplesmente me queria lá. Sorri. Abelhinhas significavam exatamente o que eu achava que significava.

Maldito homem.


Não deixem de comentar e votar... Para a história crescer eu preciso do apoio de todas vocês bolinhos...
PARTILHEM MUITO

Continue Reading

You'll Also Like

13.1K 1.8K 53
+ 18 | Completo | Há quem acredite em providência divina, propósitos ocultos. Igor não é uma dessas pessoas. Para ele, as certezas alheias não passam...
3M 261K 169
Somos aliança, céu e fé.
16.2K 1.5K 83
Ambientado em Berlim, aos 18 anos, Aurora descobre estar grávida de Ethan Jones Siren, um multimilionário descendente da Monarquia com uma personalid...
4.2K 855 42
Depois de perder a memória , Bárbara Stanford descobre que seu marido , Victor Monteiro a ama e decide viver seu feliz para sempre com ele, mas quand...